30 de janeiro de 2010
Adeildo canta pop autoral no Estação Nordeste
Caiana dos Crioulos põe coco e ciranda na roda
Dinho põe voz no álbum de inéditas do Capital
29 de janeiro de 2010
Sai de cena Helvius Vilela, pianista dos grandes
Renata cai no samba e põe até Roberto na roda
Evento: Estação Nordeste
Título: Roda de Samba com Renata Arruda
Artista: Renata Arruda (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Ponto de Cem Réis (João Pessoa, PB)
Data: 29 de janeiro de 2010
Cotação: * * *
Tizumba evoca Minas afro na Estação Nordeste
Evento: Trem do Música Minas na Estação Nordeste
Título: Maurício Tizumba no Mercado
Artista: Maurício Tizumba (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Ponto de Cem Réis (João Pessoa, PB)
Data: 28 de janeiro de 2010
Cotação: * * * 1/2
Zé da Guiomar faz samba típico do bar mineiro
Evento: Trem do Música Minas na Estação Nordeste
Título: O Samba Tá
Artista: Zé da Guiomar (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Ponto de Cem Réis (João Pessoa, PB)
Data: 28 de janeiro de 2010
Cotação: * *
Tom vai pela trilha 'black' na 'Estação Nordeste'
Evento: Trem do Música Minas na Estação Nordeste
Título: Tecnogroove
Artista: Tom Nascimento (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Ponto de Cem Réis (João Pessoa, PB)
Data: 28 de janeiro de 2010
Cotação: * * *
28 de janeiro de 2010
Sony Music anuncia abertura de selo evangélico
'Sticky & Sweet' ao vivo sai também em blu-ray
Brown cria trilha para filme 'Capitães de Areia'
DVD do NX Zero registra feitura de Sete Chaves
EMI lança no Brasil apenas um ao vivo do Blur
27 de janeiro de 2010
'The Best' compila hits de Janet e traz inédita
'Comfusões 1' mixa 'beats' de Angola e do Brasil
Pinheiro relança disco com parceria com Maysa
Jorge Ailton lança solo pelo selo de Paula Toller
Dadi pilota teclados no segundo CD de Roberta
26 de janeiro de 2010
Caetano escreve sobre 'Tecnomacumba' de Rita
Aprendi o nome de Rita Ribeiro ao encontrar as respostas a essas perguntas. Agora, em parte num movimento de buscar usos significativos para suas invenções vocais, Rita desenvolveu esse projeto a que deu o nome de Tecnomacumba. Os cantos e toques das religiões afro-brasileiras e sua sintonia com os ritmos desenvolvidos no uso de instrumentos eletrônicos. O resultado é rico, honesto e sugestivo.
O disco é um produto de nível profissional impecável, uma prova de que o Brasil anda com as próprias pernas. As combinações rítmicas e timbrísticas das programações eletrônicas com os instrumentos tocados por gente são equilibradas. O repertório é uma antologia de composições sobre o tema das religiões africanas no Brasil - sempre emolduradas por cantos saídos diretamente dessas práticas religiosas. Às vezes somos levados a nos perguntar coisas como, por exemplo, se o canto sobre Tempo ecoa as lavadeiras de Monsueto ou se o samba de Monsueto é que foi tirado daquele canto. Assim, há um rendado de motivos, uma rede de lembranças e referências que dão uma textura interna especial ao trabalho. O resultado fica mais para um pop elegante, em que uma boa banda de acompanhamento é temperada por sons tecno, do que para um mergulho radical no mundo dos batuques e da eletrônica. Mais uma vez, o que ressalta é a voz de Rita, sua segurança simpática (isso não é fácil nem freqüente), seu timbre cheio, seus ornamentos chiques porque personalíssimos, sua nobreza maranhense. Esse disco tem um futuro intrigante e pode vir a dizer mais do que parece agora. Vamos ouvir e esperar." Caetano Veloso
A paixão do Metallica na 'garagem' mexicana
Título: Orgulho, Paixão e Glória
- Três Noites na Cidade do México
Artista: Metallica
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * *
Sandra retorna ao disco no colo da mãe África
Radiohead regrava Wallflower, de Peter Gabriel
U2 faz álbum que vai misturar folk e eletrônica
25 de janeiro de 2010
Zé destila as tradições da MPB no show 'Imbora'
Título: Imbora
Artista: Zé Renato (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Centro Cultural Carioca (RJ)
Data: 18 de janeiro de 2010
Cotação: * * * *
Em cartaz às segundas-feiras (até 25 de janeiro de 2010)
Logo após cantar samba inédito feito com Joyce (Desarmonia, boa novidade do roteiro do show Imbora), Zé Renato lista sete compositores - Ary Barroso (1903 - 1964), Custódio Mesquita (1910 - 1945), Dorival Caymmi (1914 - 2008), Noel Rosa (1910 - 1937), Pixinguinha (1897 - 1973), Tom Jobim (1927 - 1994) e Vinicius de Moraes (1913 - 1980) - que, conforme diz em cena, definiram as bases da música brasileira. "Tudo que eu faço passa por eles", ressalta, antes de engatar um longo medley que agrega temas desses compositores (O Amor em Paz, Lamento, Foi Ela, Pela Décima Vez, Mulher, Nunca Mais, A Jangada Voltou Só, João Valentão). De fato, dá para identificar as boas tradições da música brasileira no canto e na obra autoral de Zé Renato. Neste show Imbora, apresentado por ele às segundas-feiras no Centro Cultural Carioca, no Rio de Janeiro (RJ), Zé aglutina tais tradições em roteiro primoroso que mistura inéditas, clássicos da MPB pré e pós-Bossa Nova e sucessos da carreira solo e do grupo Boca Livre.
Não fosse o Brasil o país das cantoras, Zé Renato talvez fosse mais reverenciado - na medida de seu grande talento como intérprete. Reiterado em discos recentes que beiram o sublime - como É Tempo de Amar (2008) e Navegantes (2004) - e neste show de voz-e-violão. Tocado pelo próprio Zé, o violão não chega a ser excepcional como a voz, mas funciona muito bem, preparando a cama para que o cantor deite e role em temas autorais que transitam bem pela vivacidade nordestina (caso do baião Toca Sanfoneiro, parceria com Luizão Paiva e com o saudoso poeta Cacaso), pelo lirismo poético da canção brasileira (Pena de Sabiá, com Xico Chaves) e pelo tom lúdico das crianças (Água pra que? - tema de um projeto infantil sobre as águas que o artista pretende concretizar em breve). Ainda dentro da rica seara autoral, Zé apresenta músicas feitas com Arnaldo Antunes (Porque Eu Estou Aqui) e Pedro Luís (Imbora - a música que dá título ao belo show).
Baseado no repertório de um disco de voz-e-violão que vai ser lançado por Zé Renato neste ano de 2010, com produção do guitarrista Ricardo Silveira, o roteiro de Imbora pesca no baú nativo pérolas lapidadas originalmente em tempos idos de maior ingenuidade e poesia. É o caso da pueril Professora, parceria de Benedito Lacerda (1903 - 1958) e Jorge Farah que fez parte do repertório de Silvio Caldas (1908 - 1998) - cancioneiro, aliás, abordado por Zé Renato num dos discos mais festejados de sua obra fonográfica (Arranha-Céu, 1993). Por mais que Zé continue a produzir como compositor, seu gosto como intérprete parece situado em algum bom lugar do passado da música brasileira. O que explica a presença tanto de um tema pouco cantado de Lupicínio Rodrigues (1914 - 1974) - Aves Daninhas (1954), sucesso na voz soturna da cantora Nora Ney (1922 - 2003) - como de uma parceria obscura de Waly Salomão (1943 - 2003) com Carlos Pinto, Luz do Sol, entoada por Gal Costa em 1971 no célebre show Gal Fa-Tal - A Todo Vapor, transformado num dos discos mais emblemáticos da cantora. Sem nunca carregar nas tintas, Zé desfia com sua voz afinada o rosário de mágoas de Lupicínio com a mesma precisão com que sublinha toda a poesia contida no samba Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico). Às vezes, eleva um pouco o tom e esboça registro mais caloroso, como na supra-citada Luz do Sol. Mas sem nunca passar do ponto. Entre iluminada folia de reis composta com o parceiro Pedro Luís (Luz da Nobreza), nobre parceria com Milton Nascimento (Ânima), sucesso do Boca Livre (Quem Tem a Viola, sem pegada no registro minimalista de voz-e-violão) e marcha de Sérgio Sampaio (Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua), Zé Renato solta um grito gutural que introduz Kid Cavaquinho, samba de João Bosco e Aldir Blanc entremeado no roteiro de Imbora com outro samba da dupla de bambas, De Frente pro Crime. No fim, já no bis, Como Tem Zé na Paraíba (Catulo de Paula e Manezinho Araújo) - sucesso de Jackson do Pandeiro (1919 - 1982) - destila fina ironia, mostrando que, dentro da devoção às suas tradições, o canto de Zé Renato se revela elástico, sedutor e fluente em várias latitudes.
'Tantas Marés' traz Edu Lobo de volta ao disco
Roda lança o CD 'Disney Adventures in Samba'
1. Aquarela do Brasil - Alexandre Pires
2. Na Baixa do Sapateiro (Bahia) - Daniela Mercury
3. Tico-Tico no Fubá - Leci Brandão
4. A Estrela Azul (When You Wish Upon a Star) - Martinho da Vila
5. Você Já Foi à Bahia? - Margareth Menezes
6. Aqui no Mar (Under the Sea) - Diogo Nogueira
7. A Bela e a Fera (Beauty and the Beast) - Alcione e Sylvinha
8. Eu Vou (Heigh-Ho) - Grupo Molejo
9. Que Eu Quero Mais É Ser Rei (I Just Can't Wait to Be King) - Exaltasamba
10. Somente o Necessário (The Bare Necessities) - Dudu Nobre
11. Supercalifragilisticexpialidoso - Ana Costa
12. Amigo Estou Aqui (You've Got a Friend in me) - Jorge Aragão
13. Os Quindins de Yayá - Casuarina
14. Pagode na Disney - Arlindo Cruz
Warner põe hoje nas lojas trilha de 'Esquilos 2'
Trilha de 'Cama de Gato' é lançada com atraso
24 de janeiro de 2010
Disco dos Cariocas agrega Milton, Eumir e Valle
Sai no Brasil o DVD da 'Funhouse Tour', de P!nk
Scorpions agenda fim quando DVD sai no Brasil
'Live a L'Olympia', de Ray Charles, sai no Brasil
Muita elegância no CD e DVD do Pouca Vogal
Título: Ao Vivo em
Porto Alegre
Artista: Pouca Vogal
Gessinger+Leindecker
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * * *
Por sempre ter sido alvo de adoração fervorosa da tribo teen, o grupo gaúcho Engenheiros do Hawaii nunca recebeu o devido valor da crítica musical que analisava (com amor e ódio) o rock brasileiro projetado ao longo dos anos 80. Mesmo longe demais das capitais, o som existencialista de Humberto Gessinger sempre esteve perto do que melhor foi produzido no pop nacional naquela década. Aliás, atualmente em recesso por tempo indeterminado, a banda tem suas letras analisadas pelo próprio Gessinger no recém-lançado livro Pra Ser Sincero - 123 Variações sobre o Mesmo Tema, editado neste mês de janeiro de 2010 em que o Engenheiros do Hawaii completaria 25 anos de existência (o grupo estreou oficialmente em 11 de janeiro de 1985 após alguns anos de ensaios). Para quem perdeu o bonde da história do pop nacional, o recém-lançado registro ao vivo do duo Pouca Vogal - formado em 2008 por Gessinger com Duca Leindecker, guitarrista do grupo gaúcho Cidadão Quem - oferece nova oportunidade de conhecer músicas como Somos Quem Podemos Ser, Até o Fim e Toda Forma de Poder. Estes sucessos do Engenheiros do Hawaii figuram entre os 20 números perpetuados no roteiro do show captado entre 11 e 13 de março de 2009, no Teatro CIEE (RS), para gerar o CD e DVD Ao Vivo em Porto Alegre. Mas que fique claro: o repertório do Pouca Vogal não se escora no rosário de pérolas do Engenheiros. Algumas estão lá, mas dividem espaço com músicas do Cidadão Quem (caso da bela Girassóis, florida pela gaita de Gessinger) e com novidades como Depois da Curva (parceria de Gessinger e Leindecker que se destaca na safra de inéditas), Além da Máscara (mais um destaque, este composto apenas por Gessinger), O Voo do Besouro (outra somente de Gessinger) e Na Paz e na Pressão (balada de Leindecker). A gravação tem tom folk. Em cena, os dois músicos se revezam em violões, viola caipira (resquício do último álbum do Engenheiros), piano, guitarra e até um bombo legüero (instrumento argentino de percussão) - com adição eventual de baixo e violinos tocados por músicos convidados. Funciona? Sim, funciona. O repertório - formado por baladas, em sua maioria - se ajusta bem ao formato acústico. Há muita elegância na gravação ao vivo da dupla Pouca Vogal. Que merece exposição além das fronteiras do Sul e análise mais isenta - sem paixões e preconceito.