3 de fevereiro de 2007

Babado evolui em CD que clona o estilo de Ivete

Resenha de CD
Título:
Ver-te Mar
Artista:
Babado Novo
Gravadora: Universal

Music
Cotação:
* * *

Quinto disco do Babado Novo, Ver-te Mar é, sim, o melhor trabalho do grupo baiano. A rigor, a supremacia tem pouco significado, pois a banda fez fama escorada em repertório rasteiro e no carisma da vocalista Cláudia Leitte - cuja bela imagem ilustra capa, contracapa e encarte do CD. Entre vários closes da cantora, há apenas uma pequena foto circular da artista com Sérgio Rocha (guitarras e violões) e Luciano Pinto (teclados) para lembrar que, ao menos na teoria, o Babado Novo ainda é um trio. Autor do pop reggae E Mesmo que a Lua Vá, trunfo do bom repertório, Rocha assina com Lincoln Olivetti a produção deste álbum caloroso que transita pelo axé populista sem o teor de vulgaridade presente nos CDs anteriores. O Babado se renova e (até) evolui em Ver-te Mar.

Celeiro fértil de hits de axé, responsável pela revitalização das carreiras de Daniela Mercury e Margareth Menezes, Carlinhos Brown dá outra contribuição luminosa ao gênero com Insolação do Coração, parceria com o hitmaker Michael Sullivan. O tema - que conta com intervenção do rapper angolano Dog Murras - tem pulsação rítmica contagiante. Assim como Coladinho e como o samba-reggae Doce Paixão (de Ramon Cruz), ambos com cacife para garantir a animação explosiva de micaretas e trios elétricos.

De tom funkeado na faixa-título, mais uma parceria de Carlinhos Brown com Michael Sullivan, Ver-te Mar apresenta repertório superior aos recentes discos de Ivete Sangalo. E teria ganhado mais peso se baladas como Pedindo um Pouco Mais tivessem sido limadas. A voz de Cláudia Leitte não é especialmente talhada para canções românticas. Nessa seara, Ivete tem bem mais presença...

Entre a sensual levada sanfoneira do xote Abra Aí (garantida pelo acordeom de Targino Gondim, convidado da faixa) e o alto pique carnavalesco do Rock Tribal, Cláudia Leitte arrisca até cantar em inglês o reggae Stay. Mas a vocalista bem poderia ter poupado o ouvinte de testemunhar a destruição de Amantes Cinzas, um dos mais belos sambas de Carlinhos Brown, composto com Arnaldo Antunes e lançado pelo autor em Omelete Man, a obra-prima da discografia do Tribalista. Nem a participação de Brown - em dueto gravado ao vivo para o DVD que virá na edição dupla de Ver-te Mar, nas lojas em março - impediu o fiasco da faixa. A alteração do andamento, mais para samba-reggae, apagou a beleza do tema.

Trabalho marcado pela exuberância rítmica do pop afro-baiano, Ver-te Mar cresce a cada audição. Não tem a abrangência, o rigor estilístico e a azeitada miscigenação de um Balé Mulato (a recente obra-prima de Daniela Mercury), por exemplo, mas tem pegada e supera a produção corriqueira da axé music. A idéia foi clonar o som e o estilo de Ivete, mas a cópia é superior à matriz...

Elza grava seu primeiro DVD no show 'Beba-me'

Elza Soares (em foto de Valéria Trabanco) vai gravar seu primeiro DVD em 10 de fevereiro, durante apresentação do show Beba-me no Teatro do Sesc Vila Mariana (SP), onde o espetáculo estreou em setembro de 2006. Além de ter colaborado na construção do bom roteiro, José Miguel Wisnik assina a direção artística, assim como fez com o CD Do Cóccix até o Pescoço, um dos mais festejados da trajetória da cantora. Eduardo Neves fez novos arranjos para sambas como Malandro e Se Acaso Você Chegasse, hits da artista.

O repertório integral inclui Meu Guri (Chico Buarque), Dura na Queda (Chico Buarque), Lata D'água (Luiz Antônio e Jota Junior), Estatuto da Gafieira (Billy Blanco), Fadas (Luiz Melodia), Volta Por Cima (Paulo Vanzolini), Malandro (Jorge Aragão e Jotabê), Se Acaso Você Chegasse (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins), Bambino (José Miguel Wisnik), A Carne (Marcelo Yuka com Seu Jorge e Wilson Capelete), Cartão de Visita (Edgardo Luiz e Nilton Pereira), Nego Tu ... Nego Vós ... Nego Você (Hianto de Almeida e Macedo Netto), Devagar Com a Louça (Haroldo Barbosa e Luiz Reis), Pra que Discutir com Madame? (Haroldo Barbosa e Janet de Almeida), Pranto Livre (Dida e Everaldo da Viola), Palmas no Portão (Walter Dionísio e Dacri Luiz), Teleco Teco 2 (Nelsinho e Oldemar Magalhães), Teleco Teco 1 (Murilo Pinto e Murilo Caldas) e Beija-Me (Roberto Martins e Mário Rossi). É um show de samba!!

Chiclete põe Fevers no tabuleiro da axé music

Escorado na música inédita Chicleteiro Eu, Chicleteiro Ela, o grupo baiano Chiclete com Banana - dono de público fiel por conta de suas performances em trios elétricos - lança mais um CD ao vivo, Tabuleiro Musical, em que traz para o tom populista da axé music versões popularizadas pelos grupos Os Fevers (Mar de Rosas, hit de 1971) e Renato e seus Blue Caps (Menina Linda, versão de I Should Have Known Better). Eu Quero esse Amor e Solidão são outras músicas.

Amarga, Norah Jones se repete no terceiro CD

Resenha de CD
Título: Not Too Late
Artista: Norah Jones
Gravadora: Blue Note / EMI
Cotação:
* *

Norah Jones seduziu o mundo da música em 2002 com um álbum, Come Away with me, que exalava refinada sensualidade, sobretudo na faixa-título. Enquadrada no rótulo de pop jazz, embora somente simulasse elegante ambiência jazzística, a ótima cantora e pianista mostrou em 2004, com Feels Like Home, que tinha fôlego para carreira longa. Neste segundo bom disco, sem a magia do anterior, Jones realçou a raiz country que também sustenta sua música. Já o terceiro, Not Too Late, lançado mundialmente esta semana via EMI, decepciona pelo tom monocórdio e até enfadonho. É chato!!!

Se houve evolução nas letras, algumas impregnadas de amargura e de toques políticos inexistentes na obra anterior da artista, houve também retrocesso na parte musical. Efeito talvez da morte, em 25 de junho de 2006, do produtor turco Arif Mardin, piloto dos dois primeiros álbuns de Jones. Lee Alexander – baixista que toca na banda da cantora e seu parceiro em algumas músicas – assumiu a função. Se a produção mantém o padrão de refinamento da obra da cantora, o conceito ficou meio frouxo. Falta em Not Too Late a diversidade que sustentou Feels Like Home. Norah Jones não tinha cacife como compositora para assinar todas as 13 faixas do CD. O resultado é um repertório repetitivo que prejudica o álbum.

Em melancólico mosaico de canções que se parecem muito umas com as outras, Norah Jones destila amargura raivosa (em The Sun Doesn't Like You e em Not my Friend), tenta clonar o romantismo sensual do primeiro CD em Thinking about You (palatável balada estrategicamente eleita o primeiro single do álbum), dispara seus torpedos lamentosos contra a política americana em My Dear Country e se apega na pegada country de Be my Somebody. Há isoladamente boas canções, caso de Wish I Could, em que Jones encarna uma garota triste que perde seu namorado para a guerra. Além de alvejar George W. Bush, Sinkin' Soon também seduz ao evocar, no clima dos cabarés de Kurt Weill, os tempos em que o dixieland (estilo pioneiro de jazz em voga no início do século 20) imperava nos salões. O solo de trombone de J. Walter Hawkes é (especialmente) brilhante por reproduzir a sonoridade da época.

Enfim, Not Too Late tem seus encantos, mas, no todo, soa pálido e sonolento. Norah Jones vai precisar reconquistar a sua platéia...

2 de fevereiro de 2007

Gal canta Ana em triha, mas disco é suposição

Embora a informação não seja confirmada oficialmente, já há especulações nos bastidores da indústria fonográfica sobre suposto CD que Gal Costa (em foto de Daniel Klajmic) estaria alinhavando para 2007. Uma das faixas do disco seria Ruas de Outono, parceria de Ana Carolina e Antônio Villeroy, lançada por Ana em seu CD Dois Quartos. Certo é que o registro da balada foi feito por Gal para a trilha da novela Paraíso Tropical e será ouvido já em março. Haveria o sigilo em torno do (suposto) preparo do álbum pelo fato de a artista ainda não ter se desligado oficialmente da Trama, embora o registro ao vivo do show Hoje - editado em DVD e em CD no fim do ano passado - conte, em tese, como o segundo disco previsto no contrato assinado pela cantora com a gravadora presidida por João Marcelo Bôscoli. Entretanto, a Trama afirma ignorar qualquer intenção de desligamento de Gal.

Science, morto há dez anos, formou uma nação

Francisco de Assis França - mais conhecido como Chico Science - botou a boca no trombone, em seus curtos 10 anos de carreira, e criou toda uma nação estética rotulada de Mangue Beat (ou, para alguns, Mangue Bit). Science saiu de cena há exatos dez anos em trágico acidente de carro ocorrido em 2 de fevereiro de 1997 na fronteira entre Recife e Olinda. O silêncio da mídia do eixo Rio-São Paulo em relação à efeméride é sintomático. No comando de seu grupo, Nação Zumbi, Science gravou somente dois bons discos, Da Lama ao Caos (1994) e Afrocibederlia (1996). O primeiro é um dos álbuns definidores da estética miscigenada da década de 90. Permanece mais cultuado do que propriamente ouvido pelo público. Nunca vendeu muito. Só que foi escutado pelas pessoas certas, incluindo artistas que ainda hoje reverberam em sua obra o maracatu atômico criado por Science. Foi o mentor da Nação que repôs Pernambuco no mapa musical do Brasil - frevo à parte. Talvez por isso, Science seja rei em seu território natal. Em Recife, seu nome é bem mais popular e reverenciado do que os de vários ídolos do pop nacional. Só que o culto não resiste no Brasil como deveria. Science morreu jovem, aos 33 anos. Tinha ainda muito o que fazer. Iniciada já em 1987, quando ele integrou a banda Orla Orbe, sua carreira deslancharia somente a partir de 1994. Ou seja, viveu apenas dois anos de sucesso, já que a morte o surpreendeu logo no início de 1997. Sua obra continua viva - sorry, o clichê é inevitável - porém seria justo que o todo o Brasil, e não somente Pernambuco, recordasse Science dez anos após sua triste partida.

Selma vai regravar repertório sacro na Deckdisc

Em evidência por conta de seu trabalho como atriz na novela Páginas da Vida, em que encarna a freira irmã Zenaide, Selma Reis (foto) vai retomar enfim a carreira fonográfica em 2007, 20 anos depois do lançamento de seu primeiro disco, Selma Reis, editado de maneira independente e ainda inédito em CD. A ótima cantora está ingressando na gravadora carioca Deckdisc para fazer logo dois discos. O primeiro reunirá temas sacros como Ave Maria (de Gounod) e Ave Maria no Morro (hit de Herivelto Martins). Na seqüência, está prevista gravação de CD de repertório inédito que, na prática, deverá sair somente em 2008.

Sem lançar disco desde 2003, quando chegou às lojas Vozes, um CD ao vivo dividido pela cantora com Cauby Peixoto, Selma Reis deverá ter reeditados pela Deck alguns títulos de sua discografia - como Ares de Havana (1999). Seria oportuno que houvesse um interesse no relançamento de seu primeiro álbum - ainda o melhor da intérprete, cuja carreira ganhou impulso no início dos anos 90, quando a artista foi contratada pela PolyGram (Universal Music), mas acabou adquirindo um tom populista com o passar do tempo.

Melodia, Fafá e Donato na trilha de 'Amazônia'

Com alguns justos fonogramas de artistas ligados ao Norte do Brasil (casos de Fafá de Belém, João Donato, Nilson Chaves), a trilha sonora da minissérie Amazônia - De Galvez a Chico Mendes chega às lojas nos próximos dias. O CD reúne releitura de Rosa - a valsa de Pixinguinha, de 1917 - na voz de Luiz Melodia. Já Isabella Taviani regravou Viramundo, de Gilberto Gil. Natural do Acre, Estado cuja trajetória é contada no enredo histórico de Glória Perez, João Donato participa duplamente da trilha com Flor de Maracujá e O Fundo (com a intervenção de Caetano Veloso). O disco inclui ainda músicas gravadas por Maria Rita (Caminho das Águas, tema de abertura da série), Nana Caymmi (Solamente una Vez), Pedro Jóia (Umbral) e Roberta Miranda (Luar do Sertão).

1 de fevereiro de 2007

CD do Gnarls Barkley ganha DVD em reedição

Um dos fenômenos de 2006, a dupla Gnarls Barkley - formada pelo cantor Cee-Lo Green e pelo produtor Danger Mouse - tem seu (ótimo) álbum St. Elsewhere relançado no mercado brasileiro, pela Warner, em edição dupla (foto) que agrega um DVD com vídeos e registros ao vivo de faixas como Crazy e Gone Daddy Gone. St. Elsewhere, o CD, é um clássico instântaneo e concorre ao troféu de Álbum do Ano na 49ª edição do Grammy. Da mesma forma que Crazy é uma das músicas favoritas para o prêmio de Gravação do Ano. Os vencedores - aliás - serão conhecidos em 11 de fevereiro.

EMI pega carona na festa dos 80 anos de Tom

Com (indesculpável) atraso, já que se trata de mera coletânea de gravações extraídas de seu arquivo, a EMI Music decidiu pegar uma carona nos festejos pelos 80 anos de Tom Jobim - completados em 25 de janeiro. A gravadora lançará, no início de fevereiro, a compilação Ao Maestro com Carinho - Um Tributo a Tom Jobim (foto). O disco reúne 15 músicas do compositor nas vozes de Clara Nunes (em Sabiá), Joyce (Chega de Saudade), Maysa (Dindi), Elza Soares (Só Danço Samba), Elizeth Cardoso (Insensatez), Toquinho (o hit Garota de Ipanema), Leila Pinheiro (Este seu Olhar), Dóris Monteiro (Wave) e (até) Norma Bengell (Eu Sei que Vou te Amar).

Série 'As Divas' reúne vozes do Brasil pré-bossa

Resenha de coleção de CDs
Título:
As Divas
Artistas: Ana Lúcia, Ângela Maria,
Aracy de Almeida,

Carmen Costa, Dóris Monteiro, Emilinha Borba, Isaura
Garcia, Helena de Lima e Vanusa
Gravadora:
Warner Music
Cotação:
* * *

Garimpada no farto arquivo da extinta gravadora Continental, a coleção As Divas repõe em catálogo 13 discos de nove cantoras que, com as exceções de Ana Lúcia e Vanusa, são da era pré-Bossa Nova. São intérpretes diplomadas na época de ouro do rádio e do samba-canção. A catarinense Ana Lúcia é a mais desconhecida das 13. Teve um de seus três únicos discos (Canta Triste) reeditado em outubro na série RGE Clássicos, da Som Livre. Na coleção da Warner, é seu álbum de estréia - Ana Lúcia, gravado em 1959 em clima cool - que volta ao catálogo para reviver seu belo canto. 10!

As divas enfocadas na coleção, a rigor, nada têm de cool. Ângela Maria tem relançados dois discos de 1961. Não Tenho Você e Quando a Noite Vem flagram a Sapoti no auge vocal, mas seu repertório na época já tinha perdido o viço do cancioneiro mais chique que gravou nos anos 50. Aracy de Almeida (1914 - 1988), ao contrário, já não estava em sua melhor forma vocal quando gravou disco ao vivo no Teatro Lira Paulistana (SP), em 1980, ano em que Carmen Costa, também já bem distante de sua fase áurea, lançou LP com músicas de Dalto, Cartola, Noel Rosa e Aldir Blanc.

Aliás, o disco Carmen Costa traz o mesmo som datado de Dóris Monteiro, álbum feito em 1981, quando a intérprete de Mocinho Bonito já vivia fase crespuscular. Dos dois títulos da ótima Dóris incluídos na coleção, o melhor é Vento Soprando, álbum de 1958, a rigor uma coletânea de músicas do compositor Fernando César, gravadas com frescor pela cantora entre 1954 e 1956. Já Emilinha Borba (1923 - 2005) têm reeditados na série seu primeiro LP solo (Calendário Musical, gravado em 1957 com repertório muito irregular) e o tardio Oh! As Marchinhas..., editado em 1981 com o registro do show feito pela Favorita da Marinha com Jorge Goulart no projeto Seis e Meia, do Teatro João Caetano (RJ). Bom!

Isaura Garcia (1919 - 1993) volta às lojas com dois pioneiríssimos songbooks. Chico Buarque de Hollanda e Noel Rosa na Voz de Isaura Garcia (1968) é primoroso, inclusive pela iniciativa de juntar o então quase novato autor de A Banda com o Poeta da Vila, compositor que teria influenciado Chico. O outro songbook, Ary Barroso e Billy Blanco na Voz de Isaura Garcia, de 1969, seguiu a fórmula do anterior até no título, mas não soa tão impecável. Por sua vez, Helena de Lima (1917 - 1999) ficou na seara do samba-canção em Para Ouvir Helena, álbum de 1958. Já Vanusa é lembrada com disco popular de 1973, inexpressivo, a despeito de ter trazido o seu maior sucesso, Manhãs de Setembro.

Pautada mais pelo gosto pessoal do pesquisador Rodrigo Faour do que pela relevância dos discos (alguns a rigor irrelevantes, outros realmente preciosos), a série As Divas parece moldada para fãs e colecionadores das cantoras enfocadas na coleção. Nem todas as nove merecem o título de diva, mas são vozes que montam perfil da música brasileira que veio antes da Bossa Nova e que, no caso delas, seguiu à margem da revolução pregada por João Gilberto.

Poeta da canção, Carneiro revisa a obra musical

Bom parceiro de compositores como Astor Piazzolla, Egberto Gismonti e Francis Hime, Geraldo Carneiro inventaria sua obra musical em Gozos da Alma (foto), o terceiro título da coleção Poetas da Canção, série do selo Sesc Rio.Som. O CD vem embalado em caixa que agrega o livro de poemas À Flor da Língua. Há sete gravações inéditas feitas especialmente para o disco. Danilo Caymmi regravou A Flor e o Cais - letra posta por Carneiro sobre melodia antiga de Wagner Tiso na ocasião do espetáculo comemorativo dos 60 anos do maestro e pianista - e Choro de Nada, parceria do poeta com Eduardo Souto Neto. O time de intérpretes inclui Francis Hime (Gozos da Alma e O Amor Passou), Olivia Hime (Falta-me Você), Zezé Motta (Rita Baiana), Olivia Byington (Palhaço, Lady Jane, Olha a Lua e Luz do Tango), Lenine (Lundu, tema da Sinfonia do Rio de Janeiro de São Sebastião) e AfroReggae (A Aquarela Dela).

31 de janeiro de 2007

Novo CD de Fito Paez sai no Brasil em fevereiro

A gravadora Sony BMG editará no Brasil, na primeira semana de fevereiro, o novo álbum de Fito Paez, El Mundo Cabe en una Canción (confira a capa à esquerda). Já editado na Argentina, em setembro de 2006, o disco foi gravado em meados do ano passado, mas sua gestação começa a rigor em 2005, em Córdoba, numa viagem do artista com os músicos Coki Debernardi e Vandera, que colaboraram na gravação do repertório (inteiramente) autoral - como guitarrista e como vocalista, respectivamente. Rollinga o Miranda Girl, La Hora del Destino, La Casa en las Estrellas, Fue por Amor e Enloquecer são algumas das 12 músicas deste projeto.

Tenha atenção ao renovar discografia de Chico

Aviso aos navegantes que planejam renovar sua discografia de Chico Buarque no embalo da chegada às lojas de novas reedições dos (áureos) álbuns editados pelo compositor na gravadora hoje denominada Universal Music: as atuais reedições convivem nas prateleiras de algumas lojas - sobretudo em magazines populares como a rede de Lojas Americanas - com as reedições antigas, lançadas em 1993. É preciso atenção porque a coleção anterior sequer roça a qualidade da série de 2006. Além da recuperação da arte gráfica dos 17 LPs originais, as reedições de 2006 foram primorosamente remasterizadas por Luigi Hoffer, técnico craque na depuração do som de discos antigos sem alteração de timbres e freqüências. Os discos de 1993 foram precariamente transpostos para o padrão digital, mas ostentam na capa o orgulhoso rótulo "remasterizado" numa tarja preta. Fuja dessa tarja, inexistente na atual coleção. A tarja é o sinal de que você compra gato por lebre.

Argentina tenta realçar luz de estrelas da MPB

Resenha de livro
Título: Estação Brasil - Conversas com Músicos Brasileiro
Autor: Violeta Weinschelbaum
Editora: 34
Cotação: * * *
"Posso até errar em algumas coisas que faço, mas tudo o que fiz foi verdadeiro. Era o que eu queria fazer em cada momento", garante uma altiva Gal Costa, como a desmentir a fama (recorrente no meio musical) de que sua carreira tem oscilado por conta de suposto controle externo. "Sou geminiana. Então tenho um espírito muito livre. Tenho que ter certas coisas muito seguras para poder voar. Se essas questões práticas não estão resolvidas, viro um bicho, porque atrapalham o que preciso para estar livre", argumenta Maria Bethânia ao falar sobre seu temperamento, tido como difícil por quem convive com a cantora. Os depoimentos de Gal e Bethânia fazem parte das 14 entrevistas feitas pela escritora argentina Violeta Weinschelbaum entre 1998 e 2005. Estas boas entrevistas estão reunidas no livro Estação Brasil - Conversas com Músicos Brasileiros, já lançado na Argentina e editado no Brasil neste início de 2007 pela 34, editora voltada para a música.
Para leitores argentinos, o livro deve ter resultado especialmente saboroso. Entrevistadora segura, Violeta sempre fugiu do óbvio na formulação de suas perguntas e realizou entrevistas de caráter quase atemporal, posto que não estão centradas no lançamento de algum CD ou na estréia de um show. Para brasileiros amantes da MPB, a rigor o principal público alvo do livro, Estação Brasil apresenta teor de novidade bem menor. Ainda assim, propicia o entendimento do pensamento articulado e sempre inteligente de Carlinhos Brown ("Eu vivo a África dentro de um país chamado Brasil") e da opinião de Marisa Monte sobre o mundo virtual ("A internet reúne tudo o que há de bom e ruim na humanidade. É terra de ninguém, sem controle"). É muito bacana ver Adriana Calcanhotto reforçar a influência que o Tropicalismo tem em sua obra. Assim como é sempre interessante ler entrevistas em que Chico Buarque e Milton Nascimento rememoram suas trajetórias - no caso de Chico, relembrando a recorrente censura que afetou sua produção como compositor na primeira metade dos anos 70.
Ao tentar identificar de onde vem a luz de estrelas como Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ney Matogrosso e Rita Lee, a escritora monta pequeno painel da ideologia de artistas que dão ao Brasil uma identidade musical (re)conhecida em todo o mundo.

Kings of Leon lança 'Because of Times' em abril

Primeiro single do terceiro CD do fabricado grupo americano Kings of Leon (foto), On Call estará disponível no iTunes a partir de 6 de fevereiro e, dias depois, poderá ser ouvido nas rádios dos Estados Unidos. O disco - intitulado Because of Times - será lançado em 3 de abril pela gravadora Sony BMG com faixa, Knocked up, que contabiliza sete minutos. É um dos trunfos.

30 de janeiro de 2007

Paul Ralphes produz voz dissidente do Rouge

Voz logo dissidente do grupo Rouge, Luciana Andrade (em foto de Leonardo Pereira) vai tentar emplacar carreira solo. Radicada em São Paulo, a cantora já gravou quatro músicas para CD produzido por Paul Ralphes. Em parceria com Dudu Falcão, a artista assina a faixa De Longe. Falcão, a propósito, também é o autor de Sempre.

CD de Jarre rende clipe de animação futurista

A imagem acima é do clipe de Téo & Téa, faixa-título do álbum que Jean Michel Jarre lança em março (no Brasil, o CD chegará às lojas em abril). Feito em animação futurista, o vídeo já rende teaser em circulação no You Tube. Téo & Téa tem 13 músicas e é o primeiro disco de estúdio do tecladista e produtor francês - pioneiro dos sons eletrônicos - desde Metamorphoses, CD editado em 2000.

Marco toca Caymmi e Baden em 'Camerístico'

Marco Pereira experimenta a fusão de seu violão com uma orquestra no CD Camerístico (capa), lançado esta semana pela gravadora Biscoito Fino. É o 14º disco solo do violonista, que toca temas do colega Baden Powell (Violão Vadio, Canto de Ossanha e Consolação), de Dorival Caymmi (A Lenda do Abaeté, A Jangada Voltou Só e É Doce Morrer no Mar) e composições de sua própria lavra (a bela Círculo dos Amantes, Liz, Roda das Baianas, Luz das Cordas e Dança dos Ventos) no álbum produzido por Swami Jr. O bandolinista Hamilton de Holanda participa de Luz das Cordas.

Hits dos Pet Shop Boys em versões orquestrais

Disponível no exterior (desde outubro), o primeiro álbum ao vivo da dupla Pet Shop Boys, Concrete (à esquerda), chega ao mercado nacional no início de fevereiro pela EMI Music. A gravação foi captada em 6 de maio de 2006 no Mermaid Theatre, em Londres, para a Radio 2, com a orquestra da BBC e intervenções de Robbie Williams e Rufus Wainwright. O duo britânico rebobina 17 hits de seu repertório - incluindo músicas do último bom CD de estúdio, Fundamental - em versões orquestrais. É essencial para os fãs!!!

29 de janeiro de 2007

'Salvador Negro Amor' valoriza pop afro-baiano

Resenha de CD
Título:
Salvador Negro Amor
Artista:
Vários
Gravadora:
Maianga Discos
Cotação:
* * * *

Em 1997, Marisa Monte gravou com Gilberto Gil para a trilha do filme Navalha na Carne uma espécie de mantra afro-pop-brasileiro cuja letra relaciona somente nomes de entidades divinas em diversos idiomas e dialetos. O belo dueto no tema intitulado Life Gods virou raridade desconhecida até por fãs da cantora porque o CD com a trilha teve distribuição restrita. Só que a música da percussionista Mônica Millet (detalhe: neta de Mãe Menininha do Gantois) - composta em parceira com Arnaldo Brandão e Tavinho Paes - ganha segunda chance com sua inclusão na coletânea Salvador Negro Amor, editada pelo selo baiano Maianga. Parte da renda obtida com a venda do CD (encontrável no site oficial da gravadora) será revertida para a ONG Salvador Negroamor, que trabalha para firmar a identidade afro-brasileira.

Produzida por Alê Siqueira com Reinaldo Maia, a compilação mistura gravações inéditas com outras licenciadas para o disco em mosaico de 12 faixas que realçam a excelência da produção do pop afro-brasileiro além dos limites da já desgastada axé music. Samba-reggae e ijexá são os ritmos predominantes no repertório. Se Virgínia Rodrigues une sua voz operística ao canto de Lazzo Matumbi em Alegria da Cidade (Lazzo é co-autor do sucesso de Margareth Menezes), Gilberto Gil toca na sempre delicada questão da miscigenação racial no ijexá Luandê. A boa letra é de Capinam.

Líder do grupo Os Tincoãs, Mateus Aleluia defende a faixa-título em ritmo de samba-reggae - gênero que tem um de seus clássicos, Brilho e Beleza, turbinado com efeitos eletrônicos em releitura que une as vozes de Margareth Menezes, Ninha e Nem Tatuagem. Na mesma seara eletrônica, Zumbi, de Jorge Ben, ganha loops da dupla Berna Ceppas & Kassin - além da voz de Arnaldo Antunes e do percussão do grupo Cortejo Afro. A letra de Ben Jor é mixada com o texto Fax para Zumbi, de Alberto Pitta. Já Jackson Costa insere o discurso do rap no samba À Cidade da Bahia, musicado sobre (belos) versos do poeta Gregório de Mattos (1633 – 1696).

Se Jauperi reafirma a devoção ao afoxé Filhos de Gandhi, em pot-pourri de temas que louvam o bloco afro com arrepiante arranjo vocal, a cantora Claudete Macedo propaga o orgulho negro com sua voz rústica em Sou Negro Sim. E o canto operístico de Rita Braz fecha o disco com Ê Ôru Ô, saudação em yorubá baseada em canção do folclore nigeriano. Inclusive por apresentar gravação pouco conhecida de Maria Bethânia (Massemba, dueto feito com Roberto Mendes para disco do compositor), a ótima compilação Salvador Negro Amor merece lugar de honra na discografia brasileira por reafirmar a riqueza da produção musical baiana, às vezes até soterrada sob a força (comercial) do axé industrializado.

Novo de Avril em abril puxado por 'Girlfriend'

The Best Damn Thing. Este é o título do terceiro álbum de Avril Lavigne. O lançamento mundial já foi agendado para 17 de abril. O primeiro single - Girlfriend - chegará às rádios dos Estados Unidos em 5 de março enquanto seu clipe já vai poder ser visto na MTV a partir de 26 de fevereiro. I Can Do Better, Everything Back But You, I Don't Have to Try e When You're Gone são faixas do disco, cujo repertório vai incluir Keep Holding on, música gravada por Avril Lavigne (foto) para a trilha do filme Eragon. O álbum será editado pela gravadora Sony BMG.

Especial global confirma grandeza de Paulinho

Resenha de DVD
Título:
Paulo César

Baptista de Faria
Artista:
Paulinho

da Viola
Gravadora:
Trama
Cotação:
* * * *

Houve um tempo em que Paulinho da Viola gravava e lançava anualmente discos com repertório inédito. Exibido em junho de 1980 na Rede Globo, dentro da série Grandes Nomes, o ótimo especial Paulo César Baptista de Faria - ora editado em DVD pela gravadora Trama - é desse tempo de inspiração profícua do compositor. Sem se deslumbrar pelo fato de estar no horário nobre global, o artista reafirmou as crenças e princípios que moldam sua obra - devota das tradições do samba e do choro - no belo programa dirigido por Daniel Filho.

Dividido em cinco blocos e 18 números, o programa contou com as intervenções de gênios como o pianista e maestro Radamés Gnattali (1906 - 1988), que acompanhou o compositor no choro instrumental Sarau para Radamés e em Coração Imprudente, cantado por Paulinho ao som do piano de Radamés. Outro auxílio luxuoso veio da flauta exímia de Copinha (1910 - 1984). O músico enobreceu Numa Seresta. Já Canhoto da Paraíba reafirmou em Pisando em Brasa a elasticidade do choro (como forma de tocar).

Reverente ao seu passado, Paulinho da Viola arregimentou para o segundo bloco os músicos do conjunto Rosa de Ouro, integrado pelo artista antes de sair em vitoriosa carreira solo, em 1968. É na companhia de Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Anescarzinho do Salgueiro e Nelson Sargento que Paulinho apresenta sambas do (alto) quilate de Pode Guardar as Panelas e Guardei minha Viola.

Se os bambas do Rosa de Ouro dominaram o segundo bloco, Zezé Motta - então em grande evidência como cantora de samba - foi a convidada da terceira parte. A atriz fez dueto com o anfitrião em Aquela Felicidade (samba menos conhecido de Paulinho) e ainda apresentou seu maior sucesso na época, Senhora Liberdade (jóia de Wilson Moreira e Nei Lopes), acompanhada pelo cavaquinho esperto do sábio intérprete de Nervos de Aço, clássico do gaúcho Lupicínio Rodrigues, rebobinado no programa com cordas que lhe deram pulsação diferente na introdução. Um momento especial...

Emoldurado por cenário que remete tanto a uma favela como a um botequim, Paulinho da Viola reforçou o elo com a Portela ao receber no quinto e derradeiro bloco bambas da velha guarda da escola de samba carioca como Manacéa e Casquinha. E fechou o especial, orgulhoso, com Cantar pra Não Chorar, samba antigo de Heitor dos Prazeres e Paulo da Portela. Paulinho da Viola sempre é o mesmo em qualquer canto - inclusive na tela da Rede Globo - e é essa fidelidade aos seus princípios que moldam sua rara elegância.

Jennifer Lopez lança CD em espanhol em abril

Jennifer Lopez (foto) voltou a gravar em espanhol após dez anos dedicada a atuar e a cantar em inglês para expandir seu mercado nos Estados Unidos. A artista vai lançar em 3 de abril o álbum Como Ama una Mujer, co-produzido por Jennifer em parceria com seu marido, o cantor Marc Anthony. O repertório será propagado na TV em minissérie baseada nas letras do CD, editado pela Sony BMG.

28 de janeiro de 2007

Compilação revive o canto lírico de Bidu Sayão

A carioca Balduína de Oliveira Sayão - bem mais conhecida como Bidu Sayão (1902 - 1999) - foi a única intérprete brasileira a obter reconhecimento mundial na área do canto lírico. Para quem quer recordar ou conhecer a voz de Bidu, o selo curitibano Revivendo está lançando a coletânea O Luar da Minha Terra (foto). A compilação reúne 21 gravações da artista em seleção que mistura modinha (Canção da Felicidade), canção popular (A Casinha Pequenina), árias (de Madame Buterfly e Bodas de Fígaro, de Puccini e Mozart, respectivamente) e um clássico de Heitor Villa-Lobos (Bachianas Brasileiras nº 5). Há dois temas de O Guarani, de Carlos Gomes.

Show de Brown em festival baiano sai em DVD

Dono de elétrica presença no palco, Carlinhos Brown tem, enfim, um show perpetuado em DVD. Ao Vivo no Festival de Verão de Salvador (foto) chega às lojas esta semana pela gravadora Som Livre com registro de show feito pelo cantor em fevereiro de 2006 no já tradicional evento baiano. No roteiro de 20 números, o artista concilia dois hits tribalistas (Passe em Casa e Carnavália), um samba-reggae (Faraó), músicas do último disco de carreira (Carlito Marrón) e temas de suas incursões pelo eletroaxé (Tribal United Dance e Favelatecno). Outras músicas são Venho da Jurema e Toda Paz.

Kassin + 2 roça a canção com bossa antenada

Resenha de CD
Título:
Futurismo
Artista:
Kassin + 2
Gravadora:
Ping Pong
Cotação:
* * *

Um dos produtores mais badalados da cena carioca, Kassin forma trio moderninho com o baterista Domenico Lancelotti e o violonista Moreno Veloso. Cultuado por tribo indie, o grupo já lançou os discos Máquina de Fazer Música (sob a alcunha Moreno + 2), Sincerely Hot (sob o nome Domenico + 2) e Futurismo (sob a liderança de Kassin). Já editado no Japão em maio de 2006 (e com a perspectiva de sair nos Estados Unidos pelo selo Luaka Bop), Futurismo chega ao Brasil neste início de ano com instrumental antenado que adorna repertório irregular. Com suavidade típica da Bossa Nova, Kassin + 2 desvia o trio dos experimentalismos arriscados por Domenico em Sincerely Hot (2004). Mais palatável até do que Máquina de Fazer Música (2000), Futurismo é disco que roça o formato da canção e que acerta quando o olha para o passado como na latina O Seu Lugar, destaque do repertório. É parceria de Kassin com João Donato, que evoca seu suingue (dos anos 70) a bordo de um piano Rhodes.

Entre sambossa (a faixa-título, com direito a discurso de Jorge Mautner), eletrosamba (Ponto Final, com vocal de Rodrigo Amarante) e canção (a bela Pra Lembrar, outro real trunfo do repertório), Kassin monta moderno mosaico de sons que seduz turma formada por gente ilustre como Adriana Calcanhotto (parceria de Kassin na lúdica Quando Nara Ri e convidada de Simbióticos) e o grupo Los Hermanos (presente no indie rock Mensagem). O elemento alienígena de Futurismo é a guitarra que evoca o tecnobrega do Pará na deliciosa Água. Mas o maior problema do disco é que a segunda metade do repertório está aquém do instrumental do trio. Músicas como Antes da Chuva beiram a chatice. Opinião que não deve ser compartilhada pela pequena tribo moderninha a que Futurismo se destina no Brasil.

MTV grava cinco revelações do pop rock nativo

Formado em 1994, o grupo paulista Hateen (foto) já lançou cinco discos, mas, por ter alcançado projeção nacional apenas em 2006, está entre as cinco bandas selecionadas pela MTV para gravar CD e DVD na série MTV ao Vivo, com produção de Rick Bonadio, dono do selo Arsenal. A gravação vai acontecer em 14 de fevereiro, em show na casa Via Funchal, em São Paulo (SP). Além do Hateen, o projeto MTV ao Vivo 5 Bandas de Rock vai reunir os grupos ForFun (grupo carioca que está na estrada desde 2001 e alcançou sucesso com o CD Teoria Dinâmica Gastativa), Fresno (banda gaúcha que grava desde 2003), Moptop (o cultuadíssimo quarteto carioca que lançou o primeiro álbum oficial no ano passado, pela major Universal Music) e NX Zero (grupo paulista que emplacou o hit Além de Mim em 2006). O lançamento do CD e DVD MTV ao Vivo 5 Bandas de Rock já está programado para este semestre.