9 de agosto de 2008

Paula apresenta seu 'sambinha cheio de bossa'

Cantora egressa do grupo vocal Céu da Boca, Paula Morelenbaum lança novo disco solo, Telecoteco - Um Sambinha Cheio de Bossa..., nas lojas a partir de 19 de agosto de 2008 com a distribuição da major Universal Music. No repertório, Manhã de Carnaval (com direito à scratch e ao piano de Ryuichi Sakamoto), Não me Diga Adeus (com o violão antenado de Chico Pinheiro), O Samba e o Tango (com as intervenções do grupo Bajofondo, popularizado no Brasil por tocar o tango de abertura da novela A Favorita), Você Não Sabe Amar (samba-canção de Dorival Caymmi, Carlos Guinle e Hugo Lima) e Luar e Batucada (samba pouco gravado de Tom Jobim e Newton Mendonça). A faixa que gerou o título do CD é Teleco-Teco (Murilo Caldas e Marino Pinto).

DVD de Bethânia e Omara vai sair em setembro

Gravado em abril de 2008, em apresentação no Palácio das Artes, em Belo Horizonte (MG), o DVD que perpetua o show feito por Maria Bethânia (à direita na foto de Leonardo Aversa) com Omara Portuondo já tem lançamento previsto pela gravadora Biscoito Fino para setembro. Em compensação, o registro em vídeo do show Dentro do Mar Tem Rio - feito em agosto de 2007 no Rio de Janeiro e repetido em dezembro do mesmo ano em São Paulo - ainda não tem data prevista pela gravadora para chegar às lojas...

Mart'nália regrava samba do último LP de Elis

Parceria de Natan Marques e Ana Terra, lançada por Elis Regina (1945 - 1982) em seu último álbum (Elis, 1980), Sai Dessa ganha regravação de Mart'nália. Detalhe: o samba integra o mesmo disco de Elis do qual a filha de Martinho da Vila pescou a balada Só Deus É Quem Sabe (Guilherme Arantes) para seu CD Menino do Rio (2006). Nas lojas nos próximos dias pela gravadora Biscoito Fino, o sétimo álbum de Mart'nália, Madrugada, inclui versão de Don't Worry, Be Happy - música feliz de Bob McFerrin que a artista já vinha cantando no show Sambacharme, que deu o tom do disco, produzido por Arthur Maia e Celso Fonseca. Luiza Possi faz dueto com Mart'nália em Alegre Menina, sucesso de Djavan na trilha sonora da novela Gabriela (1975). Eis as faixas de Madrugada:
1. Alívio (Arthur Maia e Djavan)
2. Tava por Aí (Mombaça e Mart'nália)
3. Deu Ruim (Arthur Maia, Ronaldo Barcelos e Mart'nália)
4. Ela É Minha Cara (Celso Fonseca e Ronaldo Bastos)
5. Não Encontro Quem me Queira (Thiago Mocotó)
6. Sai Dessa (Natan Marques e Ana Terra)
7. Batendo a Porta (João Nogueira e Paulo César Pinheiro)
8. Fé (Jorge Agrião e Evandro Lima)
9. Angola (Arthur Maia, Mart'nália, Maré e Paulo Flores)
10. Alegre Menina (Dori Caymmi e Jorge Amado)
11. Sem Dizer Adeus (Moska)
12. Tom Maior (Martinho da Vila)
13. Don't Worry, Be Happy (Bob McFerrin. Versão de Mart'nália)

Caixa 3 da coleção de Caetano viria em outubro

De acordo com a gravadora Universal Music, a coleção Quarenta Anos Caetanos - prevista inicialmente para ter sido editada inteiramente em 2007, festejando as quatro décadas de Caetano Veloso na companhia fonográfica - vai, enfim, ter continuidade. A terceira das quatro caixas, 83-94, já teria entrado em processo de produção - segundo a empresa - e teria lançamento agendado para 28 de outubro. O atraso na edição das duas últimas caixas tem irritado o público que comprou os dois primeiros volumes na esperança de completar logo a coleção. A quarta caixa é a 95-06.

8 de agosto de 2008

Roberta Sá já corre risco de desgastar imagem

Na próxima terça-feira, 12 de agosto de 2008, Celso Fonseca vai gravar seu primeiro DVD no Canecão. Roberta Sá integra o time de convidados e vai cantar A Voz do Coração com o anfitrião. Na recente gravação do CD e DVD Samba Social Clube, a cantora - vista acima no palco da Fundição Progresso (RJ) em foto de Vera Donato - marcou presença em dois números, Pressentimento e Meu Sapato Já Furou. Assim como também esteve presente no também recente tributo a João Donato prestado dentro do ciclo de eventos produzidos pelo Banco Itaú para marcar os 50 anos da Bossa Nova. No CD Uma Noite... Noel Rosa, lançado esta semana pela gravadora Universal Music, Roberta também figura entre os solistas que revivem a obra do Poeta da Vila. E o canto gracioso da cantora potiguar, radicada no Rio de Janeiro (RJ), pode ser ouvido ainda no álbum Flores do Clube da Esquina, no CD e DVD Roda de Samba ao Vivo, de Dudu Nobre, e na trilha da novela Ciranda de Pedra. Isso para citar somente gravações e lançamentos deste ano de 2008. Moral da história: Roberta Sá já corre sério risco de desgastar sua imagem e sua voz.
É natural que todos queiram Roberta Sá em seus discos. Ela é a melhor cantora surgida na música brasileira nos últimos tempos. Convidá-la para participar de um CD, DVD ou show já é garantia de status e mídia (o mesmo vem ocorrendo com Fernanda Takai, outra que precisa dosar suas participações). Mas cabe a Roberta saber filtrar os convites - tarefa que, parece, a intérprete não está conseguindo desempenhar com o mesmo talento com que garimpou repertório para seus dois irretocáveis álbuns, Braseiro (2005) e Que Belo Estranho Dia para se Ter Alegria (2007). E o fato é que, talvez embriagada pelo reconhecimento unânime da crítica e do público (que, aliás, vem aumentando gradativamente), Roberta está pecando pelo excesso. Ela precisa se mirar no exemplo de Marisa Monte, que, às vezes, peca até pela falta em projetos importantes, mas é o maior exemplo, no Brasil, de cantora que sabe conduzir sua carreira sem perder prestígio e sem desgastar sua imagem. Ainda há tempo de Roberta Sá filtrar com mais rigor os convites para participações em projetos alheios - nos quais nem sempre brilha como em seus álbuns - para não banalizar sua imagem e o seu canto tão sedutor. Ainda há tempo...

Trilha demoníaca de Abujamra já está na rede

Assinada por André Abujamra (foto) com Márcio Nigro, a trilha sonora do novo filme de José Mojica Marins, o Zé do Caixão - Encarnação do Demônio, nos cinemas a partir desta sexta-feira, 8 de agosto de 2008 - já está disponível para download no MySpace. Composta por 19 faixas, a trilha pode ser baixada no endereço que contém o perfil do filme. Pelos títulos de algumas músicas (Noite de Cão, Autoflagelo, Purgatório, Faca na Goela, Sangue Imortal, Velório e Praga, entre outros), já é possível constatar que o trabalho de Abujamra e Nigro está em sintonia com o tom (aterrorizante) do longa-metragem de Marins.

Com 'Microswing', Suely faz pop fora do padrão

Resenha de CD
Título: Microswing
Artista: Suely Mesquita
Gravadora: Independente
Cotação: * * * 1/2

Ótima intérprete carioca que transitou pelo grupo Arranco de Varsóvia e formou dupla com o cantor Carlos Fuchs, Ryta de Cássia se retirou de cena, voluntariamente, em abril de 2006. Em memória da amiga, Suely Mesquita - outra artista militante da cena indie carioca - dedica seu segundo álbum solo, Microswing, que fecha com o pungente Blues para Ryta. Suely foi projetada no circuito indie em fins dos anos 90, com o álbum coletivo O Ovo, que reuniu nomes como Arícia Mess e Pedro Luís, parceiros de Suely em Zona e Progresso, samba sincopado que deu título ao terceiro álbum de Pedro Luís e a Parede e que, sete anos depois, ganha regravação de sua co-autora neste disco em que brilham o violonista João Gaspar e o percussionista Edu Szajnbrum, únicos acompanhantes da artista. Eles se desdobram no toque de vários instrumentos para tocar um repertório que mistura blues (John Wayne e Catástrofe), balada de aura bossa-novista (Mertiolate), samba (Qualquer Lugar) e até um leve tango (On the Rocks). A ficha técnica reúne nomes como Chico César, Zeca Baleiro e Zélia Duncan. Chico é parceiro de Suely na suingante Vira Lixo. Já Baleiro é co-autor e vocalista convidado do samba Longe, assim como Zélia Duncan é parceira e também convidada de Imenso, pop ligeiramente funkeado. Enfim, Microswing ratifica o talento de Suely Mesquita - hábil na confecção de um pop além do padrão.

Metallica lança 'Death Magnetic' em setembro

Ícone do thrash metal, o grupo norte-americano Metallica vai lançar em 12 de setembro de 2008 o sucessor de St. Anger (2003). Nas lojas em escala mundial, com distribuição da Warner Music, Death Magnetic apresenta nove músicas inéditas e a terceira parte de The Unforgiven - tema que já apareceu nos álbuns Metallica (1991) e Reload (1997). A produção é de Rick Rubin. Neste primeiro CD de estúdio em cinco anos, a banda já contou com a adesão do baixista Robert Trujillo, incorporado ao Metallica em 2003. Eis as 10 músicas do disco Death Magnetic:
1. That Was Just your Life
2. The End of the Line
3. Broken, Beat & Scarred
4. The Day that Never Comes
5. All Nightmare Long
6. Cyanide
7. The Unforgiven III
8. The Judas Kiss
9. Suicide & Redemption
10. My Apocalypse

7 de agosto de 2008

Preta Gil vai gravar ao vivo no Rio em outubro

Preta Gil vai gravar seu primeiro DVD, em 28 e 29 de outubro, no Teatro Rival, no Rio de Janeiro. A base da primeira gravação ao vivo da cantora é o show Noite Preta, cultuado pela tribo GLS carioca. No roteiro, uma inédita de Ana Carolina (Stereo), uma relíquia do baú de Lulu Santos (Beleza Física, lançada pelo trio As Sublimes nos anos 90 sem repercussão) e um duo com Ivete Sangalo. Estão também previstas regravações de sucessos de Cássia Eller (1962 - 2001) (Gatas Extraordinárias), As Frenéticas (Perigosa) e Xuxa (Doce Mel), entre músicas dos dois álbuns de estúdio lançados por Preta.

Paula Lima grava DVD 'SambaChic' em Sampa

Paula Lima agendou a gravação de seu primeiro DVD para 28 de agosto, na Casa das Caldeiras, em São Paulo (SP). Intitulado SambaChic, o DVD vai ser feito na seqüência da turnê inspirada no terceiro CD da cantora, Sinceramente, que rendeu cerca de 120 shows. No roteiro, há músicas como Mangueira (Seu Jorge), Deixa Isso pra Lá (Edson Menezes e Alberto Paes) - sucesso de Jair Rodrigues nos anos 60 - e É Isso Aí (Sidney Müller). Detalhe: os ingressos para a gravação são gratuitos e podem ser adquiridos mediante cadastro no site oficial da cantora. O DVD sairá este ano.

Ed realça sombras no primeiro álbum em inglês

Resenha de CD
Título: Chapter 9
Artista: Ed Motta
Gravadora: Trama
Cotação: * * * 1/2

Há no nono álbum de inéditas de Ed Motta reflexos de sua primeira incursão no teatro como compositor dos temas do musical Sete (2007). Não pelo fato de seu parceiro na trilha do espetáculo, Cláudio Botelho, ser o autor de uma letra das 10 músicas inéditas de Chapter 9, o primeiro trabalho inteiramente em inglês de Ed. Mas porque a atmosfera sombria que caracterizou Sete é perceptível logo na primeira longa faixa do álbum, The Man from the Oldest Building. Em seus seis minutos e 42 segundos, a balada já dá algumas pistas certeiras sobre Chapter 9. Após ter radicalizado no instrumental Dwitza (2002), ter tentado um meio termo no mais acessível Poptical (2003) e ter flertado com o samba-jazz em Aystelum (2005), o cantor constrói em Chapter 9 atmosfera soul pautada por seu habitual requinte harmônico e por ligeiro sotaque pop em faixas como a funkeada The Runaways e a retrô You're Supposed to... (uma das mais inspiradas da irregular safra de inéditas). Entre as sombras e o leve clima lisérgico de Twisted Blue, Ed surpreende positivamente ao apresentar faixa de ambiência mais roqueira. Tommy Boys's Big Mistake exibe guitarras em primeiro plano e tira o foco do retrô piano rhodes que sobressai em várias músicas.
Exceto a de Botelho, as letras em inglês são assinadas pelo DJ inglês Robert Gallagher, egresso de um coletivo de acid jazz. A propósito, cantar em inglês não chega a ser novidade na discografia de um artista que surgiu há 20 anos devotado ao funk e à música norte-americana. O fato realmente relevante deste canto atual de Ed é o abandono dos floreios vocais que empanavam o brilho de sua voz. Em bom português, ele não está cantando em edmottês neste disco em que apresenta músicas como The Sky and Falling (melodiosa e com leve levada de reggae), Ikarus on the Stairs (a faixa que fecha o álbum com o refinamento instrumental que salta aos ouvidos do início ao fim de Chapter 9) e The Caretaker (de rala inspiração melódica). No todo, Chapter 9 mantém Ed Motta distante do funk desencanado de seu início de carreira. E também do pop que norteou discos como Manual Prático para Festas, Bailes e Afins (1997). Temas lentos como St. Christopher's Last Stand e Georgie and the Dragons sinalizam que Ed Motta prefere continuar na sombra do mercado.

Solo, Frejat expõe 'Intimidade entre Estranhos'

Intimidade entre Estranhos é o título do terceiro álbum solo de Frejat (acima numa foto feita por Christian Gaul para a arte gráfica do CD). O disco vai chegar às lojas em setembro, pela Warner Music. Uma das músicas - Dois Lados, parceria de Frejat com Maurício Barros e com Mauro Sta. Cecília - já está em rotação há meses na trilha sonora nacional da novela global Beleza Pura.

6 de agosto de 2008

Faixas natalinas de Elvis geram CD de duetos

Elvis Presley (1935 - 1977) fez somente 20 gravações de temas de Natal. Tais registros - que já motivaram a venda de cerca de 25 milhões de discos apenas nos Estados Unidos - ainda vão render mais dividendos. A gravadora Sony BMG lança em 14 de outubro o CD Elvis Presley Christmas Duets, no qual, através dos recursos tecnológicos da era digital, vozes como as de Anne Murray, Carrie Underwood, Martina McBride e LeAnn Rimes vão se juntar a de Elvis em composições natalinas. Trata-se do primeiro álbum de duetos do cantor. O disco ainda continua em processo de produção nos EUA.

Natalie tenta outro duo 'inesquecível' com o pai

Em 1991, Natalie Cole galgou o (cobiçado) topo das paradas norte-americanas com CD de standards, Unforgettable... With Love. Natalie fazia duo virtual com seu pai, Nat King Cole (1919 - 1965), na faixa que inspirou o título do disco, que, além de conquistar um Grammy de Álbum do Ano, vendeu oito milhões de cópias somente nos Estados Unidos. Dezessete anos depois, a cantora repete a fórmula em Still Unforgettable, CD que a gravadora Rhino vai lançar em 9 de setembro com a distribuição da Warner Music. Como no disco de 1991, Natalie regrava standards e faz dueto virtual com seu pai - no caso, na música Walkin' my Baby Back Home. Neste seu 21º trabalho de estúdio, a cantora assume, pela primeira vez, a produção. O time de arranjadores é formado por John Clayton, Patrick Williams, Nan Schwartz e Victor Vanacore. Eis, na ordem, as 14 faixas do CD Still Unforgettable:

1. Walkin' my Baby Back Home
2. Come Rain or Come Shine
3. Coffee Time
4. Somewhere along the Way
5. You Go to my Head
6. Nice n' Easy
7. Why Don't You Do It Right?
8. Here's That Rainy Day
9. But Beautiful
10. Lollipops and Roses
11. The Best Is Yet to Come
12. Something's Got to Give
13. Until the Real Thing Comes Along
14. It's All Right with me

Ivete grava CD infantil com o vocalista da Eva

Enquanto alimenta planos de fazer um disco de bossa nova, dividido com Bebel Gilberto, Ivete Sangalo (foto) concretiza outro projeto atípico em sua obra fonográfica. A cantora baiana grava um CD direcionado ao público infantil. Previsto para ser lançado ainda em 2008, o álbum está sendo feito em parceria com Saulo Fernandes, atual vocalista da Banda Eva. As músicas são de autoria dos dois artistas. Mais Ivete: para fim de 2009, ela planeja gravar DVD (e CD ao vivo) nos Estados Unidos, mais especificamente no Madison Square Garden, o lendário palco de Nova York. Consta que Lenny Kravitz já teria acertado a sua participação neste novo registro de show de Ivete.

Amarante estréia solo com baterista do Strokes

Enquanto Marcelo Camelo retoca seu primeiro trabalho solo, nas lojas em setembro em sintonia com o começo de sua primeira turnê individual, o hermano Rodrigo Amarante (visto à esquerda em auto-retrato) vai lançar ainda em 2008 um álbum gravado com Fabrizio Moretti, baterista do grupo norte-americano The Strokes. Intitulado Little Joy, o projeto vai ser editado pelo selo britânico Rough Trade. Também fora das fronteiras brasileiras, Amarante gravou participação em álbum de Devendra Banhart, Smokey Rolls Down Thunder Canyon. Ele permanece na Orquestra Imperial.

5 de agosto de 2008

Obra de Arantes tem resistido - bem - ao tempo

Uma das melhores surpresas do atual show de Adriana Calcanhotto, Maré, é a inclusão de Meu Mundo e Nada Mais, a bonita balada que projetou Guilherme Arantes (foto) em 1976. Foi lançada no mesmo álbum do qual em 2007 Zélia Duncan pinçou Cuide-se Bem para inserir no roteiro de sua parte solo no show que vem dividindo com Simone, Amigo É Casa, atualmente em turnê nacional. Também em 2007, o grupo Cidade Negra incluiu Deixa Chover - pérola pop lançada por Arantes em 1981, na trilha da novela Baila Comigo - em seu DVD e CD ao vivo Diversão. No mesmo ano, Leila Pinheiro também lançou CD e DVD, Nos Horizontes do Mundo - Ao Vivo, no qual cantava medley que reunia duas músicas de Arantes, o prelúdio O Amor Nascer (1982) e Brincar de Viver (1983). A segunda faz parte da parcela infantil de uma obra que também inclui Lindo Balão Azul, tema incluído por Simony no recém-lançado CD em que ela regrava sucessos do grupo A Turma do Balão Mágico (tal música é do especial de TV Pirlimpimpim).
Com resultados artísticos divergentes, as cinco recentes regravações da obra de Guilherme Arantes mostram que sua música tem resistido muito bem ao tempo. Arantes lançou em 2007 um disco de inéditas, Lótus, que não faz jus ao seu talento. E também incorreu no erro de rebobinar (mais uma vez) seus hits em CD e DVD da série Intimidade, ambos também editados em 2007 pela mesma gravadora Som Livre que distribuiu Lótus no mercado fonográfico. Contudo, por mais que seus recentes trabalhos não ratifiquem sua inspiração, Arantes é um compositor que precisa ser devidamente colocado no seu devido lugar: o de grande criador do pop brasileiro. Sim, por mais que suas habituais (e belas) baladas tenham dado à sua obra um caráter mais romântico e popular, Arantes é um dos legítimos precursores da onda pop que invadiu a praia da MPB a partir do estouro da Blitz, em 1982. Títulos mais roqueiros de sua discografia - em especial, A Cara e a Coragem (1978) - precisam ser mais ouvidos (ou conhecidos) para que sua obra possa ser alvo de uma reavaliação.
É fato que Arantes se afastou do rock ao longo dos anos 80, mas excluí-lo do universo pop nacional é tremenda injustiça. Basta dizer que, em 1982, quando Lulu Santos arremessou seus Tempos Modernos, Arantes soltou um disco que tinha O Melhor Vai Começar - música tão pop, saborosa e jovial como o hino modernista de Lulu. Contudo, o tempo foi passando e e Arantes, menos moderno, apostou em baladas (Pedacinhos, Um Dia Um Adeus), se lambuzou com a parafernalha tecnopop (através da qual produziu hits irresistíveis como Cheia de Charme) e foi saindo progressivamente das paradas ao longo dos anos 90. Mas os roteiros de seus shows podem empilhar tantos hits quanto os de Lulu. Contudo, enquanto a sintonia de Lulu com seu tempo é constantemente reconhecida e reverenciada pela crítica, Arantes foi caindo em esquecimento ou ficando com aura brega que não lhe faz jus, porque suas baladas nunca patinaram em solo rasteiro. Em parte, por sua própria culpa, pois Arantes não procurou se atualizar. Ele não se renovou para valer - como Lulu vem fazendo.
É fato também que o desinteresse pela obra de Arantes acontece bem mais por parte da crítica. Os colegas continuam regravando e incluindo suas músicas em shows. Mart'nália pescou a balada Só Deus É Quem Sabe (lançada por Elis Regina em 1980) para o CD Menino do Rio (2006) - somente para citar um exemplo mais recente. Quantas gerações terão que passar para que se reconheça a importância de Guilherme Arantes na cena pop nacional? Talvez muitas. Mas é certo que a boa acolhida de suas músicas nos atuais shows de Adriana Calcanhotto e Zélia Duncan sinalizam que, por mais que o melhor do compositor já tenha acabado, ainda pode começar nova era de revalorização da música perene de Arantes, que bebeu tanto da fonte dos eruditos como do pop rock mundial.

'Canção do Amor Demais' volta via Biscoito Fino

Visto como um dos marcos da Bossa Nova, pelo fato histórico de ter sido o primeiro disco a propagar a batida diferente do violão sutil de João Gilberto, Canção do Amor Demais ganha sua terceira reedição em CD. A primeira saiu em 1998, dentro das comemorações dos 40 anos da velha bossa. A segunda foi lançada em 2002 na série que festejou os 25 anos da gravadora Eldorado. A terceira chega às lojas via Biscoito Fino neste mês de agosto de 2008, como parte da celebração do cinqüentenário da Bossa Nova. Lançado originalmente em 1958 pelo selo Festa, do jornalista Irineu Garcia, Canção do Amor Demais apresenta 13 músicas de Tom Jobim (1927 - 1994) e Vinicius de Moraes (1913 - 1980) na voz classuda de Elizeth Cardoso (1920 - 1990). Nove são parcerias dos compositores, que fazer música juntos em 1956, por conta do musical Orfeu da Conceição. Com arranjos de tom orquestral, Canção do Amor Demais nunca foi um disco de bossa nova, embora tenha trazido pioneiramente o violão de João Gilberto nas faixas Chega de Saudade e Outra Vez. Fato relevante que, por si só, já lhe garante lugar (de honra) na história da música brasileira.

Gil põe no palco a mistura do tempo cibernético

Resenha de show
Título: Banda Larga Cordel
Artista: Gilberto Gil
Local: Vivo Rio (RJ)
Data: 4 de agosto de 2008
Cotação: * * * *
Em cartaz: Curitiba (8 de agosto) e Florianópolis (9 de agosto)

Visionária, a antena parabolicamará de Gilberto Gil capta o que está no ar desde os tempos da explosão tropicalista de 1968. Quarenta anos depois, essa antena capta e põe em cena no novo show do artista, Banda Larga Cordel, a mistura efervescente que pauta a música contemporânea feita no mundo. No palco, apoiado em arranjos contundentes, executados por uma banda entrosada, Gil transita entre o primitivo e o tecnológico em oscilação exemplarmente sintetizada na música que dá título ao show e ao disco de inéditas editado pelo artista em maio de 2008. Depois de rodar o mundo, o espetáculo inicia turnê brasileira que incluiu apresentação fechada para os convidados que assistiram à cerimônia de entrega da segunda edição do Prêmio TDB! - da revista Tudo de Bom, do jornal carioca O Dia - na noite de segunda-feira, 4 de agosto de 2008, na casa carioca Vivo Rio (RJ).
Celebrada já no número de abertura, Pela Internet, a adesão aos recursos e confortos tecnológicos não exclui a valorização do primitivo. E é nessa salutar dicotomia entre o velho e o novo que Gil molda o roteiro de Banda Larga Cordel. Seja inserindo a batida do samba de roda em Andar com Fé após discurso em que enfatiza que as células rítmicas do gênero estavam presentes já nas civilizações indígenas que habitavam o Brasil primitivo. Seja mandando Aquele Abraço com um suingue renovado que mantém a extrema comunicabilidade desse samba de 1969. Seja fazendo impactante coreografia que realça o caráter sombrio de O Oco do Mundo. A melhor música do álbum Banda Larga Cordel não perde seu impacto em cena. Está entre as melhores da obra de Gil.
Entre o antigo e o moderno, o mundo e a música seguem miscigenados. É nessa fina mistura contemporânea que se sustenta o roteiro - surpreendente na releitura de Something (Beatles, 1969) em ritmo de reggae. Entre a malícia nordestina do xote Despedida de Solteira (mais perceptível no disco do que no show), a reflexão sobre a finitude da existência (Não Tenho Medo da Morte, música urdida no mesmo tempo da delicadeza que molda a amorosa A Faca e o Queijo) e a refazenda de bela canção de caratér filosófico (Tempo Rei, em registro mais pesado que contrasta com a reflexão zen exposta nos versos), Gil celebra Bob Marley (1945 - 1981) - em Three Little Birds e Kaya N' Gandaia - e impressiona pela vitalidade inusitada para os seus 66 anos, completados em 26 de junho de 2008. E a voz, que no disco soa meio opaca, recupera o brilho no palco. Ao fim, a retomada do discurso crítico com Nos Barracos da Cidade sinaliza que o ministro já saiu de cena para dar lugar ao artista sempre antenado.

Já na rede, CD ao vivo de Tom Zé chega às lojas

De início disponibilizado apenas para download (gratuito) no portal Álbum Virtual, da Trama, o novo disco de Tom Zé, Danç-Êh-Sa ao Vivo (Dança dos Herdeiros do Sacrifício - O Fim da Canção), chega às lojas no formato de CD neste mês de agosto de 2008. Traz o registro de um show gravado nos estúdios Trama em 2007, com base no último trabalho de estúdio do compositor, Danç-Êh-Sá, editado em 2006. No repertório político do disco ao vivo, há músicas como Abrindo as Urnas, Uai-Uai, Cara-Cuá e Taka Ta.

4 de agosto de 2008

Sérgio revitaliza sua obra a partir da juventude

Resenha de CD
Título: Ponto de Partida
Artista: Sérgio Ricardo
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

Se a geração que canta e toca para o público jovem que vem freqüentando o (efervescente) circuito de samba da Lapa, no Rio de Janeiro, descobrir Maria do Tambá, samba esperto de Sérgio Ricardo que o autor regrava em seu álbum Ponto de Partida, pode criar um hit no boêmio bairro carioca. Maria do Tambá traça o perfil da imponente moradora da Favela do Vidigal (RJ), espécie de tia-avó da Maria do Socorro delineada por Edu Krieger na voz de Maria Rita. Krieger, aliás, toca violão neste CD em que Ricardo parte da juventude para criar uma obra que também se insere no universo da Bossa Nova - por conta de canções como Folha de Papel, regravada em dueto pelo autor com sua filha cantora, Adriana Lutfi - mas que sempre atravessou a fina fronteira rítmica da velha bossa, abrangendo choro e baião.

Rodeado por músicos da nova geração, como o bandolinista Hamilton de Holanda e o violinista Nicolas Krassik, Ricardo oferece vigoroso painel de obra cujo brilho acabou empanado no mercado por conta da censura afiada do regime militar que podou os versos cortantes de músicas como Lá Vem Pedra, tema que roda no toque da capoeira (presente também no arranjo de Palmares, bissexta inédita do disco, composta com Capinam). E também por conta do antológico episódio do festival de 1967, quando, atiçado pelas vaias do público que não o deixava cantar sua música Beto Bom de Bola, o compositor quebrou seu violão e o arremessou contra a platéia. Quem perdeu foi o público, afastado da música consciente de um compositor que transita tanto pelo formato mais tradicional da canção, como Ausência de Você, como pelo samba. Neste gênero, a juventude precisa ouvir Contra Maré (manifesto contra o caráter magoado atribuído ao autor), Enquanto a Tristeza Não Vem - cuja melodia e poesia da letra descendem da linhagem nobre dos bambas da Velha Guarda - e Fantasma, talvez o samba mais atual do repertório de Ricardo. Ouvida hoje, a saga deste Robin Hood da favela parece ter versos premonitórios sobre os atuais duros códigos que regem a vida e a relação dos moradores da favela com seus protetores. Hit na Lapa.

A despeito de conservar sua voz grave em boa forma, já aos 75 anos, Ricardo divide o microfone em ponto de partida com suas filhas cantoras, Adriana e Marina Lufi. Além de ter posto voz em faixas como Cacumbu, Marina assumiu também a produção do disco. Já Adriana entoa o Poema Azul, tirado do baú por Maria Bethânia ao selecionar o repertório de seu álbum Mar de Sophia (2006). Entre tema urdido com a estrutura narrativa das milongas sulistas (Beira do Cais) e dois clássicos gestados pelo cinema de Glauber Rocha (Barravento e Deus e o Diabo na Terra do Sol - este com tratamento sinfônico que preserva a força do tema), Sérgio Ricardo passa uma real vitalidade neste Ponto de Partida. Os refinados arranjos de Alain Magalhães (violões), Alexandre Caldi (sopros) e Marcelo Caldi (piano) mantém seu cancioneiro no tradicionalista universo brasileiro ao qual ele está relegado. Mas nem por isso deixa de haver salutar jovialidade nas 15 faixas deste ótimo CD que parece significar novo começo para Sérgio Ricardo.

Leoni dá inéditas em MP3 para fãs cadastrados

Em sintonia com o ajuste da indústria da música aos mercados virtuais, Leoni está iniciando nova forma de veiculação de sua obra. A cada mês, o compositor vai enviar gratuitamente, aos fãs cadastrados em seu site oficial, uma música inédita em formato MP3, acompanhada da letra, cifras, ficha técnica e de um texto sobre a canção. A primeira música oferecida é Dá pra Rir e Dá pra Chorar, nova parceria do artista com Beni Borja, disponibilizada também em versão instrumental. A idéia de Leoni é lançar depois, quando já tiver reunido material inédito suficiente, um trabalho de inéditas no formato convencional de CD. "Apesar de todas as reclamações de gravadoras e artistas a respeito da internet, para quem gosta de música e para os artistas que estavam fora do foco das grandes gravadoras, a situação nunca foi tão favorável. Nunca foi tão barato e democrático gravar, lançar e divulgar canções. E nunca foi tão abundante a oferta de música na rede", festeja Leoni.

Mú revive colorido inicial em disco ao vivo solo

Na noite de 9 de abril de 2006, Mú Carvalho subiu ao palco da casa carioca Mistura Fina para fazer o primeiro registro de show de sua carreira solo. Já nas lojas pela gravadora Som Livre, o CD Mú Carvalho ao Vivo (foto) - quarto título da discografia solo do tecladista que fez parte da formação original do grupo A Cor do Som - passa em revista a trajetória do artista, mas com ênfase nos repertórios dos álbuns O Pianista do Cinema Mudo (2002) e Óleo sobre Tela (2005). Em 11 faixas, o músico mostra sua habilidade técnica ao se revezar entre o piano e vários tipos de teclados. E, como não podia deixar de ser, revive o colorido de sua obra inicial ao tocar três músicas lançadas pela Cor do Som - casos de Apanhei-te Minimoog (o título faz alusão a Apanhei-te Cavaquinho, de Ernesto Nazareth), Frutificar e Saudação à Paz. Nas duas últimas, Mú conta com a adesão de Armandinho (guitarra baiana) e de Dadi (baixo), velhos companheiros do grupo carioca que fazia música brasileira, nos anos 70, com atitude pop.

Orquestra percussiva de Robertinho lança CD

Com músicas de compositores como Pixinguinha (1893 - 1973), Capiba (1904 - 1997), Geraldo Vandré e Moacyr Luz, o primeiro disco da Orquestra de Percussão Robertinho Silva, Toque de Tambor, vai ser lançado até o fim de 2008 no embalo da festeja pelos 50 anos de carreira de Robertinho Silva (foto) - um dos mestres da percussão e da bateria no Brasil. A Orquestra de Percussão Robertinho Silva é toda formada por alunos que participaram das oficinas do projeto Batucadas Brasileiras. O álbum Toque de Tambor reúne músicos como o trombonista Raul de Souza e o saxofonista Carlos Malta no extenso time de convidados. Moacyr Luz e Wagner Tiso também participam do CD.

3 de agosto de 2008

Show 'Três Meninas do Brasil' rende CD e DVD

Apresentado somente em dezembro de 2007, o gracioso show Três Meninas do Brasil - que promoveu o inédito encontro nos palcos de Jussara Silveira, Rita Ribeiro e Teresa Cristina - vai voltar à cena este mês para gerar DVD e CD ao vivo. Viabilizada pela Biscoito Fino, a gravação foi agendada para 24 de agosto de 2008, no Teatro Municipal de Niterói (RJ). No roteiro, as três cantoras unem forças e vozes em músicas como Minha Tribo Sou Eu (Zeca Baleiro), Seo Zé (Carlinhos Brown), Pôxa (Gilson de Souza), Isso Aqui Tá Bom Demais (Dominguinhos), Chula Cortada (Roque Ferreira), Mulher Nova Bonita e Carinhosa Faz o Homem Gemer sem Sentir Dor (Zé Ramalho) e Meninas do Brasil, a bela parceria de Moraes Moreira e Fausto Nilo que inspirou o título do show e que foi lançada por Moraes em 1980. Registro merecido!!!!

Moptop põe segundo álbum antes no MySpace

Uma semana antes de chegar às lojas, em 19 de agosto de 2008, o segundo álbum do grupo Moptop (em foto de Lucas Bori) vai estar disponível no MySpace em ação promocional coordenada pela gravadora Universal Music com o site. Produzido pelo galês Paul Ralphes e intitulado Como se Comportar, nome de uma das 12 músicas autorais, o disco do quarteto carioca traz letras escritas em tom existencial pelo vocalista Gabriel Marques. Com exceção de 2046, já lançada no CD e DVD MTV ao Vivo - 5 Bandas de Rock, as músicas são inéditas. Na ordem, eis as 12 faixas do disco:
1. Aonde Quer Chegar?
2. Contramão
3. Como se Comportar
4. Desapego
5. Eu Avisei
6. Bom Par
7. Malcuidado
8. Beijo de Filme
9. Adeus
10. 2046
11. História pra Contar
12. Bonanza

Taranta do Gogol oscila entre diversão e crítica

Resenha de CD
Título: Super Taranta!
Artista: Gogol Bordello
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * 1/2

Não fosse o anúncio da vinda do Gogol Bordello ao Brasil, para show na temporada 2008 do Tim Festival, a edição do quarto álbum do grupo no mercado nacional talvez fosse ignorada por crítica e público. A banda é de Nova York (EUA) e tem caráter miscigenado, sendo integrada por descendentes de países como Ucrânia, Romênia e China. O som do Gogol é uma inusitada mistura de punk com música cigana. Dizem que, no palco, o grupo diverte com show anárquico. Em disco, a animação é menor - embora algumas faixas, como Wonderlust King, sejam empolgantes. Entre a diversão e a crítica sócio-política (Zina-Marina protesta contra a escravidão sexual que assola a combalida União Soviética), a banda flerta com a tarantella italiana - em Haren In Tuscany (Taranta) - e com o reggae (em Tribal Connection), entre outros ritmos. Mas seu coquetel étnico, quando degustado no CD-player, às vezes soa mais exótico do que efetivamente saboroso Resta aguardar o Tim Festival para saber se, ao vivo, o punk cigano do grupo faz jus no palco à atmosfera hype alimentada em torno do Gogol Bordello desde que a mistureba despertou a atenção de gente Madonna. Em disco, o grupo nem sempre segura tanta onda.

Filho de Greyck grava CD no tom popular do pai

Filho de Márcio Greyck, um cantor popular romântico que esteve em evidência ao longo dos anos 70 e início dos 80 com sucessos como Impossível Acreditar que Perdi Você e Aparências, Bruno Miguel (foto) segue a linha do pai no seu primeiro CD, que vai ser lançado em setembro pela gravadora carioca Deckdisc. O rapaz tem 25 anos. Em princípio intitulado Meu Mundo, o nome da música que já está em rotação em (algumas) emissoras de rádio, o disco tem 13 faixas, compostas basicamente por temas autorais como Onde Eu Errei? e Faz Assim (já gravado pelo grupo Sorriso Maroto). No CD, Miguel - que tenta também carreira como ator, tendo no currículo atuações na novela Floribella e no musical A Noviça Rebelde - regrava Frisson, parceria de Tunai e Sérgio Natureza que foi hit na voz de Tunai nas FMs dos anos 80, e verte Lovin' You, recente sucesso do cantor jamaicano Andru Donalds.