10 de março de 2007

Coletânea traz raridades de Carmen para o CD

Enquanto a EMI reedita 64 gravações de Carmen Miranda (1909 - 1955) em coleção de quatro CDs (a rigor, pouco atraentes para quem já comprou a caixa editada em 1996 com todos os 129 fonogramas registrados pela diva na Odeon entre 1935 e 1940), o selo Revivendo, de Curitiba (PR), dá real contribuição aos colecionadores da obra da Pequena Notável ao editar a coletânea Raridades (foto). Trata-se de compilação com 21 gravações feitas pela artista entre 1929 e 1934. O alto valor documental reside no fato de (todas) as músicas nunca terem sido editadas em CD no Brasil (Sapatinho da Vida saiu em coletânea lançada em 1995 no exterior). As maiores raridades são os dois sambas - Não Vá Simbora e Se o Samba É Moda, ambos de autoria do violonista Josué de Barros - gravados por Carmen, em 1929, para a pequena companhia Brunswick. Dez!

Mariana dribla voz trivial com samba inusitado

Resenha de CD
Título: Se É Pecado

Sambar
Artista: Mariana de Moraes
Gravadora: Lua Music
Cotação: * * *

Neta de Vinicius de Moraes, já razoavelmente conhecida por seu trabalho de atriz, Mariana de Moraes gravou há dez anos seu primeiro CD, A Alegria Continua, com Elton Medeiros e Zé Renato. Mas, a rigor, Se É Pecado Sambar - lançado no Brasil neste início de ano depois de ter sido editado nos Estados Unidos em 2001 e no Japão em 2003 - é seu primeiro trabalho solo. Já na faixa de abertura, Fotografia, o standard de Tom Jobim, dá para sentir que se trata de cantora afinada, mas de timbre quase trivial. Mariana dribla a voz comum com inusitada seleção de sambas. Se a faixa-título, de Manoel Sant'Ana, é samba um pouco conhecido, o mesmo não se pode dizer das pérolas Meu Samba meu Lamento (Maurício Carrilho e Paulo César Pinheiro), Pra Fugir da Saudade (Paulinho da Viola e Elton Medeiros) e Deus no Céu, Ela na Terra (Wilson Batista e Marino Pinto). Mariana é salva pelo repertório...

Gravado em abril de 2000, com produção econômica e eficaz de Guilherme Vergueiro, o álbum tem clima cool. Dentro dessa linha intimista, Mariana transita até por dois temas jazzísticos, I Fall in Love Too Easily e There Will Be Another You, ambos registrados por Chet Baker. Curiosamente, ela brilha mais quando arrisca uma leitura mais densa para Medo de Amar (música de seu avô) e para Fim de Sonho, parceria de João Donato e João Carlos Pádua. Fica uma boa impressão. Mariana não cometeu o pecado da obviedade.

Ira! se rende ao hitmaker de grupos de Bonadio

Invisível DJ é o título do CD de inéditas gravado pelo Ira! com produção de Rick Bonadio. A banda (em foto de seu site oficial) se rendeu ao hitmaker Rodrigo Koala, que já forneceu sucessos para grupos do selo Arsenal - comandado por Bonadio - como CPM 22 e Hateen. É da lavra de Koala Eu Vou Tentar, faixa estrategicamente eleita o primeiro single. O disco traz 12 músicas. Com a exceção de Feito Gente, cover de tema de Walter Franco, todas são inéditas. A Saga é nova parceria de Edgard Scandurra com Arnaldo Antunes.

Samba de gente grande na voz de Gabrielzinho

Resenha de CD
Título: Ninar meu Samba

Artista: Gabrielzinho do Irajá
Gravadora: Rob Digital
Cotação: * * *

Projetado na solidária novela América, que deu bem-vinda visibilidade às pessoas cegas, o esperto menino Gabrielzinho do Irajá soube se enturmar rapidamente no meio do samba carioca. A ponto deste seu primeiro disco reunir bambas do naipe de Zeca Pagodinho, Luiz Carlos da Vila e Dudu Nobre. Se a voz do garoto é obviamente de criança, o repertório de Ninar meu Samba é de gente grande. Gabrielzinho até exalta a ternura infantil em Pixote, em dueto com Zeca Pagodinho. Mas já em Pátria Amada ele prega o samba como peça de resistência de um (cada vez mais) injusto e violento Brasil. Precoce, canta a felicidade de amor correspondido em Rara Beleza - um samba dolente que inclui Almir Guineto na co-autoria. Do repertório de Guineto, aliás, o menino entoa ainda Lama nas Ruas, ao lado de Dorina, sua grande incentivadora. Com ginga, Gabrielzinho versa bem no bom partido alto Tamarineira, canta Dorival Caymmi (Rosa Morena e Milagre) com a filha do mestre - Nana - e ainda estréia como compositor em Verdade do Samba, faixa que traz as nobres vozes da Velha Guarda da Portela. Mas o melhor samba é Cadê a Água?, de Dudu Nobre e Roque Ferreira, gravado com a intervenção do vocal animado de Dudu. Como diz Luiz Carlos da Vila (autoria e vocal em Fogueira de uma Paixão), em um texto sobre o garoto, Gabrielzinho do Irajá enxerga longe.

9 de março de 2007

Elba, Daniel e Joanna cantam em CD para Papa

Elba Ramalho integra o time de intérpretes que gravaram músicas religiosas para Bendito o que Vem em Nome do Senhor, CD idealizado pela Igreja Católica para saudar a vinda do Papa Bento XVI ao Brasil. Elba gravou Viva a Mãe de Deus e Nossa no disco, produzido pela gravadora Codimuc em parceria com o Santuário de Nossa Senhora Aparecida - com a aprovação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na quarta-feira, 7 de março, Daniel gravou, em São Paulo (SP), a composição Mãe Aparecida, de autoria de Izaías Luciano, da Comunidade Católica Shalom. Já Joanna ficou de entrar em estúdio nesta sexta-feira, 9 de março, para pôr voz em Virgem Mãe Aparecida, um tema do cancioneiro popular religioso. A foto de Elba Ramalho é de Rogério Resende.

Selma Reis aposta em CD de repertório sagrado

Sagrado é o título do CD que Selma Reis (em foto de André Wanderley) vai lançar em maio, no embalo da projeção conquistada como atriz na novela Páginas da Vida, em que viveu uma freira. O repertório sacro enfileira temas do austríaco Mozart (Ave Verum), do italiano Alessandro Stradella (a bela ária Pietà, Signore), Gounod (Ave Maria), Schubert (Ave Maria) e até do brasileiro Herivelto Martins (Ave Maria no Morro). O CD vai ser editado pela Deckdisc.

Cantora de jazz dedica disco a três Franciscos

Esposa do pianista de jazz Brad Mehldau, a cantora Fleurine (foto) dedica seu quarto disco, San Francisco, a três ótimos compositores do Brasil. Chico Buarque, Francis Hime Chico Pinheiro foram os escolhidos para a homenagem. Exímio violonista, Pinheiro participou da gravação do álbum, feita em fevereiro, em Nova York (EUA). Fleurine sempre admitiu seu apreço pela música brasileira.

Falta Maria para Sueli fechar CD que traz Celso

Falta apenas a gravação de Maria Bethânia para Sueli Costa poder concluir seu álbum de inéditas. Celso Fonseca (em foto de Pedro Costa) pôs voz em Amor Blue, música apenas de Sueli. Intérprete dos maiores sucessos da compositora, Simone registrou Porque te Amo, parceria de Sueli com Paulo Emílio. Daniel Gonzaga gravou Calma, que tem letra de Paulo César Pinheiro. Já Fernanda Cunha - sobrinha de Sueli, cantora e produtora do disco - interpretou Luz da Esperança, música feita por sua tia com Carlinhos Vergueiro. A própria Sueli canta seis das 12 inéditas. Já em fase de mixagem, o CD sai este ano e traz a voz de Nana Caymmi em Cantiga do Vento.

8 de março de 2007

James Morrison canta soul à moda de Wonder

Resenha de CD
Título:
Undiscovered
Artista:
James Morrison
Gravadora:
Universal

Music
Cotação:
* * * * 1/2

Justamente laureado como o melhor cantor inglês de 2006 no último BritAwards, já por conta de seu álbum de estréia Undiscovered, editado este mês no Brasil, James Morrison tem sido comparado com Otis Redding (1941 - 1967), mas a audição da música que abre seu disco, Under the Influence, sinaliza um som mais próximo de Stevie Wonder. Comparações à parte, ambas um tanto passionais, Morrison é o cantor da vez no Reino Unido. Seu disco não é tão ousado estilisticamente quanto o segundo de Amy Winehouse, mas não deixa dúvidas de que o intérprete é ótimo. E de que pulsa nele a tristeza que enobrece seu soul. Além do mais, uma canção como You Give me Something já vale qualquer disco.

Undiscovered concilia as tradições do soul com uns toques de modernidade. É efeito dos arranjos, alguns urdidos com piano e metais. Os vocais de Morrison remetem eventualmente ao gospel, mas o que salta aos ouvidos é a forte melancolia impregnada em baladas como The Last Goodbye e The Pieces Don't Fit Anymore. Não se trata de um cantor (e de um disco) exatamente original, só que o fato é que Undiscovered tem a alma e a honestidade nem sempre perceptíveis na música norte-americana, o berço do soul.

Paula grava Dado, Donavon e Harris em CD solo

All Over é o título de uma das músicas do segundo CD solo de Paula Toller - já em fase final de gravação. É parceria da artista com o cantor americano Donavon Frankenreiter, convidado do disco. Paula também canta duas inéditas de Jesse Harris - o autor de Don't Know Why, hit do primeiro álbum de Norah Jones - e composições que fez com Dado Villa-Lobos e com os músicos de sua banda Caio Márcio (piano e violão) e Coringa (guitarra). Com lançamento previsto para fim de abril, o CD tem produção de Paul Ralphes. O primeiro disco solo de Paula Toller (foto) saiu em 1998.

Winehouse deita, esplêndida, no berço do soul

Resenha de CD
Título: Back to Black
Artista: Amy Winehouse
Gravadora: Universal

Music
Cotação: * * * * *


As recentes cantoras inglesas estão deitando, confortáveis, no berço esplêndido da soul music americana. Depois de Joss Stone e Corinne Bailey Rae, chega a vez de Amy Winehouse seduzir ouvintes do mundo inteiro com um álbum embebido em soul e no rhythm and blues das décadas de 60 e 70. Imagine Ella Fitzgerald ou Dinah Washington imersas na levada da gravadora Motown. É mais ou menos o som que se ouve em Back to Black, segundo álbum desta inglesa sem papas na língua cuja voz lembra a de antigas divas do jazz. Me & Mr. Jones é exemplo de como a cantora se revela também primorosa compositora na seara black.

Dona de temperamento forte, Amy Winehouse não é de fazer tipo. Suas letras não escondem o jogo. "Você sabe que eu não presto", avisa a artista logo no título de You Know I'm no Good, uma das 11 músicas do CD. Back to Black é, em suma, um disco de soul e r & b, mas vem urdido com mix de influências que vão do jazz (não tão evidente quanto em Frank, o primeiro álbum de Winehouse, editado em 2003) ao rap (Tears Dry on Their Own), passando até pelo reggae (Just Friends). A mistura soa saborosa e (até) original.

Rótulos à parte, músicas como Love Is a Losing Game e Rehab são de excelente nível. Mas é justo dividir os méritos do álbum com os produtores Mark Ronson (que já trabalhou com Robbie Williams e Macy Gray) e Salaam Remi. Os dois também são responsáveis pela pulsação inebriante do CD Back to Black e pelo encanto causado pelo vozeirão de Amy Winehouse. Já é um dos destaques de 2007!

Voz e interpretação de Aydar crescem no palco

Resenha de show
Título:
Kavita 1
Artista:
Mariana Aydar
Local:
Centro
Cultural Carioca
Data:
7 de março
de 2007
Cotação:
* * * *

responsa cantar samba aqui no Rio", disse, quase se desculpando, Mariana Aydar antes de apresentar sua nobre releitura de Zé do Caroço, reeditando o registro do disco Kavita 1 que deu nova dimensão ao bom samba de Leci Brandão. Ao subir ao palco do Centro Cultural Carioca, na noite de quarta-feira, 7 de março, para mostrar ao Rio o show de lançamento de seu primeiro CD, a cantora de São Paulo justificou a expectativa criada pelo álbum - um dos destaques da rica safra fonográfica de 2006. A voz e a interpretação de Aydar crescem em cena. Sua presença no palco é imponente e o canto ganha mais potência e gestual (Aydar é do tipo que também canta com o corpo). Falta à artista, ainda, algum senso de direção (seus comentários entre os números poderiam ser mais enxutos e bem mais precisos), mas nada que apague o brilho do show e que tire a certeza de que Mariana Aydar veio para ficar. Tem personalidade!

A aura hype já criada em torno da cantora se traduziu na platéia na presença de convidados como a cantora Marina Lima e a atriz Mariana Ximenes. Mas Aydar não se deixou intimidar pelo caráter deste show feito mais para apresentar a artista nos meios artístico e jornalístico. No quarto número, Vai Vadiar, um samba jocoso do repertório de Zeca Pagodinho que teve o seu ritmo ralentado em favor do realce dos versos, os primeiros aplausos mais fortes já sinalizavam que Aydar era a dona da cena. Platéias vips à parte!!

Extrapolando o ótimo repertório de Kavita 1, CD gravado com a produção antenada de BiD, Aydar surpreendeu ao apresentar, no dialeto crioulo, Tunuka, tema de Mayra Andrade, jovem cantora, revelação da música de Cabo Verde. Munida de um triângulo, do qual lançaria mão novamente no bis forrozeiro que incluiu Feira de Mangaio, a cantora exibiu segurança em música de andamento acelerado e idioma difícil. Da mesma forma que pôs seu suingue à prova em Menino das Laranjas, música associada ao repertório de Elis Regina (1945 - 1982). E Aydar se garante bem nas divisões.

Dois números em especial foram amostra da grandeza e segurança da artista. Por coincidência, dois sambas de João Nogueira (1941 - 2001) e Paulo César Pinheiro. Minha Missão já abria o CD Kavita 1. A novidade, na voz de Aydar, foi O Poder da Criação, a segunda parte da trilogia aberta com Súplica (infelizmente, ausente do bom roteiro). Sob base percussiva inicialmente seca, à qual foi inserido o pandeiro de Bira Show, Mariana Aydar defendeu os sambas com um sentimento contagiante. A artista, aliás, consegue se apropriar com rara inteligência de músicas já exaustivamente cantadas. Foi assim também com Consolação, o clássico da dupla Baden Powell (1936 - 2000) e Vinicius de Moraes (1913 - 1980). Não é pouco...

Enfim, um show azeitado que revela uma cantora de intensidade incomum, não de todo exibida no seu refrescante disco Kavita 1.

7 de março de 2007

Carly põe 'Manhã de Carnaval' em 'Into White'

Standard mundial de autoria de Antônio Maria e Luís Bonfá, lançado em 1959 na trilha do filme Orfeu Negro, Manhã de Carnaval ganha releitura de Carly Simon no álbum Into White (foto). Já lançado nos Estados Unidos em janeiro, o CD vai chegar ao Brasil neste mês de março de 2007 com regravações de clássicos como Blackbird (dos Beatles), Over the Rainbow (tema da trilha do filme O Mágico de Oz), Love of my Life (do Queen) e Scarborough Fair (da dupla Simon & Garfunkel). Na faixa You Can Close your Eyes, Carly canta com seus filhos, Ben e Sally Taylor. Detalhe: a música é do compositor James Taylor, pai dos dois e ex-marido da cantora (projetada em 1971).

Linkin agenda 'Minutes to Midnight' para maio

Gravado em estúdio durante 14 meses, o quarto álbum do grupo Linkin Park (foto), Minutes to Midnight, já tem seu lançamento agendado para 15 de maio pela Warner Music. O primeiro single, What I've Done, chega às rádios dos Estados Unidos em 2 de abril. A banda gravou 17 músicas, mas ainda pode tirar uma ou outra do disco. Certas já estão The Little Things Give You Away e Bleed It Out. Rick Rubin divide a produção do álbum com Mike Shinoda, o MC que integra o Linkin Park (formado em Los Angeles, em 1996).

Nenhum de Nós festeja 20 anos com CD e DVD

longe demais das capitais, o grupo gaúcho Nenhum de Nós (em foto de Raul Krebs) festeja seus 20 anos de carreira fonográfica - o álbum de estréia da banda saiu em 1987 e emplacou o hit Camila, Camila em escala nacional - com a gravação de DVD (o segundo do quinteto) e CD ao vivo. Produzido por Paul Ralphes, o registro vai ser feito em 24 de março, em show na Área dos Circos do Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS). O roteiro costura hits de todas as fases do grupo, cujo último CD - Pequeno Universo - é de 2005.

Coleção resume rock feito dos anos 70 aos 90

Explorando a marca jovial do programa semanal Clássicos Multishow, transmitido pelo canal Multishow, a gravadora Som Livre está pondo nas lojas coleção com seis coletâneas que tentam historiar o rock produzido dos anos 70 aos 90. Cada década foi contemplada com dois volumes, sendo um para a produção nacional e o outro para a estrangeira. Texto do jornalista Ricardo Alexandre, editor da revista Bizz, contextualiza a evolução do rock na década.

Pela caráter mais raro dos fonogramas, o destaque da série é o CD Rock Anos 70 - Nacional (foto). A coletânea reúne gravações de grupos do underground nativo como Bixo da Seda (Vênus), A Barca do Sol (Lady Jane), A Bolha (Deixe Tudo de Lado), O Terço (Hey Amigo), Peso (Cabeça Feita) e o progressivo Moto Perpétuo (Verde Vertente). Lendário grupo integrado por Lobão, Ritchie e Lulu Santos, o Vímana está representado pela gravação de Zebra.

6 de março de 2007

Capital apresenta 13 inéditas em seu 14º álbum

O Imperador, Um Homem Só, 18, Dormir, Eu Adoro Minha Televisão, Aqui, Eu e Minha Estupidez e Altos e Baixos são algumas das 13 inéditas do 14º álbum do Capital Inicial, Eu Nunca Disse Adeus (foto), nas lojas no fim de março pela major Sony BMG. A maioria foi composta por Alvin L. com Dinho Ouro Preto. A produção ficou a cargo de Marcelo Sussekind. A faixa-título puxa o disco. A faixa 18 foi inspirada em saga de adolescente da família de Dinho.

Simone canta Francis Hime em trilha de novela

Parceria de Francis Hime com Geraldo Carneiro, Existe um Céu integra a trilha sonora nacional da novela Paraíso Tropical em gravação inédita de Simone. O CD (foto) chega às lojas na próxima semana, via Som Livre, com registros também inéditos - gravados especialmente para a trama global - de Maria Bethânia (Sábado em Copacabana, em bela interpretação), Gal Costa (Ruas de Outono, balada de Ana Carolina e Antônio Villeroy que ganhou suave tom aveludado na voz de Gal) e Milton Nascimento (Samba do Avião). O disco inclui fonogramas de Ana Carolina (Carvão), Toni Platão (Impossível Acreditar que Perdi Você), Nana Caymmi (Você Não Sabe Amar), Miúcha (Você Vai Ver), Caetano Veloso (Não Enche), Mart'nália (Cabide), Marina Lima (Difícil, a regravação de 2006), Erasmo Carlos (Olha, em dueto com Chico Buarque), Nando Reis (Espatódea), Elis Regina (É com Esse que Eu Vou), Danilo Caymmi (Vatapá) e Cazuza (Preciso Dizer que te Amo, com Bebel Gilberto). Completa a trilha um tema instrumental, Alcazar, de Roger Henri.

Ludov finaliza disco produzido por Chico Neves

Em boa evidência desde que, a convite do Disney Channel, aceitou gravar versão de um tema de High School Musical (What I've Been Looking for, intitulado O Que Eu Procurava em português), o grupo paulista Ludov finaliza seu segundo álbum, gravado sob a produção de Chico Neves. A banda (foto) rescindiu seu contrato com a Deckdisc - por onde lançou em 2005 seu CD de estréia, O Exercício das Pequenas Coisas - e ingressou no selo Mondo 77. O lançamento do novo disco está previsto para maio ou junho.

Geraldo põe nove inéditas autorais no 16º disco

Compositor hábil na mistura de ritmos rurais com a linguagem do rock, o mineiro Zé Geraldo (em foto de Marcos Hermes) começa a gravar neste mês de março o disco Catadô de Bromélias, nome também de uma das nove inéditas autorais reunidas por Geraldo em seu 16º álbum. Fecha o repertório canção de autoria da filha do cantor, Nô Stopa. O disco vai ser lançado pelo selo Sol do Meio-Dia, de Zé Geraldo, cujo trabalho anterior foi o ao vivo Um Pé no Mato, Um Pé no Rock, editado simultaneamente em CD e DVD.

5 de março de 2007

Wakeman lança DVD com show 'made in Cuba'

No embalo da abertura musical da ilha de Fidel Castro, o tecladista inglês Rick Wakeman aportou em Havana, em abril de 2005, para fazer show no teatro Karl Marx com seu grupo The New English Rock Ensemble. A ótima apresentação foi gravada para o DVD Made in Cuba (foto), lançado este mês no Brasil pela Warner Music. Além do show em si, cujo roteiro inclui temas como King Arthur e Cathedral of the Sky, o vídeo vem com o documentário The Road to Cuba, sobre a viagem que levou sons progressivos a Cuba. O DVD traz também galeria de fotos. Confira!

Jennifer volta sentimental em CD em espanhol

Em seu primeiro CD feito em espanhol em dez anos, Como Ama Una Mujer (capa), nas lojas em abril, Jennifer Lopez canta 11 músicas sentimentais na língua de seus pais. O curto repertório apresenta inéditas como Qué Hiciste, Me Haces Falta, Te Voy a Querer, Sola, Adiós, Tu e Amarte Es Todo. O CD foi produzido pela própria Jennifer (em parceria com o seu marido, o cantor Marc Anthony).

CD ao vivo de Ivete sai em março com 5 inéditas

Já em alta rotação nas rádios, a música Completo puxa o projeto gravado ao vivo por Ivete Sangalo em show no Maracanã. O CD chega às lojas ainda em março. Já o DVD sairá em abril. Além de Completo, incluída como faixa-bônus de estúdio, o disco traz no repertório mais quatro inéditas: Deixo, Dengo de Amor, Ilumina e Não Precisa Mudar - esta cantada por Ivete (em foto tirada pela agência MT Photos durante a gravação) com Saulo Fernandes, o atual vocalista da Banda Eva. O CD chegará às lojas com 17 faixas.

Compilação reúne os hits novelescos de Marina

Aproveitando a inclusão da regravação de Difícil na trilha sonora da novela Paraíso Tropical, a gravadora Som Livre lança uma compilação de Marina Lima na (boa) série Novelas. Entre as 15 faixas, há Fullgás (da novela Cobras e Lagartos), Pessoa (de Fera Ferida), Nada por Mim (Ti Ti Ti), À Francesa (Top Model), Gata Todo Dia (Jogo da Vida), Pra Começar (Roda de Fogo) e Charme do Mundo (Sétimo Sentido) - além de Difícil (é claro...).

4 de março de 2007

'Letra e Música' é boa piada sobre culto aos 80

Resenha de filme
Título: Letra e Música

Direção: Mark Lawrence
Elenco: Hugh Grant e

Drew Barrymore
Cotação: * * * *


O resistente culto aos anos 80 rendeu divertida e ácida comédia romântica, Letra e Música, em cartaz nos cinemas brasileiros desde sexta-feira, 2 de março. É dez! Ator moldado para o gênero, Hugh Grant é Alex Fletcher, decadente cantor de um grupo, PoP!, que fez grande sucesso na década do tecnopop. Enquanto seu colega Colin Thompson (Scott Porter) decolou em carreira solo, Fletcher ainda sobrevive de shows em eventos que cultuam os 80. Até que surge a oportunidade de compor canção para uma famosa cantora, Cora Corman (paródia de Britney Spears e de Christina Aguilera em sua fase vagaba). Com a letra de regadora de plantas (Sophie Fischer, papel de Drew Barrymore), Alex Fletcher tenta voltar às paradas.

Com esse enredo básico, o filme é deliciosa piada sobre os revivals oitentistas. Os clipes do grupo PoP! são hilários e reproduzem com perfeição a estética glam e kitsch da década, com direito até a uma música - Pop! Goes my Heart, cantada por Hugh Grant - que tem o jeito dos hits da época. Letra e Música é comédia romântica e, como tal, não pretende fazer crítica mais séria ao culto do som dos anos 80. Mas que diverte, lá isso diverte. E muito! Os diálogos são saborosos, brincam com vários ícones efêmeros da década (como as cantoras Debbie Gibson e Tiffany) e acabam satirizando toda a onda nostálgica da era de Duran Duran, Culture Club, Wham! etc. Resta aguardar a trilha sonora do filme que será lançada em breve no Brasil pela Warner Music. A tal canção que salva Fletcher, Way Back Into Love, mesmo fora do tom cínico do filme, é bem... pop!!

Leila Maria reúne 13 músicas sob a ótica GLS

Primeiro álbum brasileiro que teve o repertório idealizado e escolhido assumidamente sob ótica homossexual, o terceiro disco da cantora Leila Maria (em foto de Marcelo Faustini), Canções do Amor de Iguais, vai chegar às lojas a partir de 12 de março pela gravadora Deckdisc. A seleção da artista carioca reúne 13 músicas cujas letras permitem leitura gay - ainda que a grande maioria nem faça referências explícitas ao universo homossexual. São, antes, músicas compostas e/ou gravadas por ícones da cultura GLS. Eis o repertório do já emblemático álbum:

* Você Vai Ser o Meu Escândalo - Hit de Roberto e Erasmo Carlos lançado por Wanderléa em 1968 no LP Pra Ganhar meu Coração.

* Mar e Lua - Música de Chico Buarque, lançada pelo autor no LP Vida, de 1980. Gravada pela Cigarra no mesmo ano no LP Simone.

* Kissing a Fool - Música de George Michael, lançada em 1987 em Faith, o primeiro álbum da carreira solo do cantor, gay assumido.

* Sexuality - Tema da canadense k.d. Lang, assumida compositora e cantora lésbica. Foi lançado em 1995 e batizou álbum de 1996.

* Se Você Voltar - Parceria de Ângela Ro Ro e Antônio Adolfo. Foi gravada e lançada por Ro Ro em 1982 no álbum Simples Carinho.

* Seu Tipo - Parceria de Eduardo Dussek e Luís Antônio de Cássio. Deu título ao ótimo disco gravado por Ney Matogrosso em 1979.

* All of You - Música composta por Cole Porter para o musical Silk Stockings, de 1954. Foi gravada por Fred Astaire e Ella Fitzgerald.

* Lush Life - Jazz do compositor Billy Strayhorn (1915-1967), feito na juventude. Gravado por Nat King Cole (1949), Chet Baker e etc.

* Ilusão à Toa - Tema de Johnny Alf, lançado pelo autor em 1961.

* Mapa-Múndi - Parceria de Marina Lima com Antônio Cícero. Foi gravada por Marina em 1982, no seu LP Desta Vida, Desta Arte...

* Um Certo Alguém - Parceria de Lulu Santos e Ronaldo Bastos. É um hit do disco O Ritmo da Juventude, gravado por Lulu em 1983.

* Gatas Extraordinárias - Música de Caetano Veloso, criada pelo autor para Cássia Eller. Foi lançada pela cantora em disco de 1999.

* Nature Boy - Foi hit de Eden Ahbez em 1948, com Nat King Cole.

DVD flagra Cale no estúdio em sessão de 1979

Na carona da boa exposição obtida pelo guitarrista JJ Cale com o lançamento de álbum dividido com Eric Clapton, The Road to Escondido, a Warner Music está lançando no Brasil o DVD JJ Cale - Featuring Leon Russell (foto). Já editado em 2002 no exterior, o vídeo flagra o compositor de Cocaine e After Midnight em sessão gravada em 1979 no Paradise Studios, em Los Angeles (EUA). O convidado é o tecladista Leon Russell, que pilota inclusive um órgão. Entre as 26 músicas, Crazy Mama, Roll on, 24 Hours a Day e, claro, Cocaine. O áudio é ótimo.

Metallica grava com produtor do Chili Peppers

O grupo Metallica resiste e já começa a gravar neste mês de março álbum produzido por Rick Rubin. Ao trabalhar com o produtor de recentes discos do Red Hot Chili Peppers, a banda (foto) rompe tradição que vigorou de 1991 até 2003 - período em que gravou CDs sob a produção de Bob Rock. O último disco de carreira do Metallica, St. Anger, saiu em 2003. No ano seguinte, o quarteto lançou a trilha do ótimo documentário Some Kind of Monster.