Elegante, Dionne reitera leveza pop em 'Forever'
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Compositor celebrado no universo norte-americano do jazz, com prestígio superado somente por Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), Ivan Lins foi o convidado de Dionne Warwick no retorno da cantora aos palcos cariocas. Em nova turnê pelo Brasil, Forever, a intérprete recebeu Ivan no show que fez na casa Vivo Rio, na noite de 9 de abril de 2010. O set de Ivan e Dionne - vistos acima em foto de Mauro Ferreira - foi aberto com o dueto dos artistas em She Walks This Earth, que vem a ser versão em inglês (escrita por Brenda Russell) para Soberana Rosa, parceria de Ivan com Chico César e Ivan Lins. Na sequência, Dionne se arriscou a cantar com Ivan, num português esforçado, Começar de Novo, outro standard internacional do compositor brasileiro (na versão em inglês intitulada The Island). Após este número, o mais aplaudido do set, Dionne e Ivan uniram vozes e suingues na versão em inglês de Camaleão, parceria do compositor com Vítor Martins e Aldir Blanc que foi lançada pela própria cantora, em 1993, em registro feito com Ivan para disco do extinto grupo Batacotô. Encerrando sua participação cheia de bossa, o compositor - atendendo a pedido de Dionne - solou o samba Madalena, com direito a novas divisões. Enfim, um encontro luxuoso que vai ser reeditado na apresentação que a cantora norte-americana vai fazer na noite deste sábado - 10 de abril - na casa HSBC Brasil, em São Paulo (SP).
Já lançado pela prefeitura de Fortaleza no Carnaval de 2010, por ora com circulação restrita ao Ceará, o tributo Quando Fevereiro Chegar - Uma Lírica de Fausto Nilo apresenta 12 gravações inéditas de músicas letradas por Nilo - compositor, poeta e cearense de Quixeramobim. O CD, ainda à espera de edição comercial, conta com produção de Robertinho de Recife e alinha na ficha técnica nomes como Caetano Veloso (Coisa Acesa, parceria de Nilo e Moraes Moreira que deu título ao álbum lançado por Moraes em 1982), Elza Soares (Santa Fé, tema da trilha sonora da novela Roque Santeiro), Fernanda Takai (O Elefante, parceria lúdica de Fausto Nilo com Robertinho de Recife), Ivan Lins (Pão e Poesia - o samba lançado por Simone em 1981), Zeca Baleiro (Eu Também Quero Beijar, hit de Pepeu Gomes nos anos 80), Jorge Vercillo (Zanzibar, parceria de Nilo e Armandinho, propagada pelo grupo A Cor do Som), Carlinhos Brown (Chão da Praça, clássico atemporal da fase pré-industrializada do Carnaval da Bahia), Zé Ramalho (Periga Ser, galope popularizado na voz de Amelinha) e Fagner (Chorando e Cantando, parceria com Geraldo Azevedo de cuja letra foi extraído o verso que batiza o disco). Principais parceiros de Nilo, Moraes Moreira e Geraldo Azevedo marcam presença no tributo. Moraes faz rolar novamente Pedras que Cantam, parceria de Nilo e Dominguinhos, lançada por Fagner em 1991. Já Geraldo abre o tributo com seu registro de Vida Boa, parceria com Armandinho. Quando Fevereiro Chegar encerra com o poeta celebrado, intérprete de Bloco do Prazer, o sedutor frevo gravado em 1981 por Nara Leão (1942-1989) e popularizado por Gal Costa em 1982.
Em 15 de agosto de 1965, o pop rock adentrou pela primeira vez os gramados - de onde ele nunca mais sairia. Naquela data, os Beatles fizeram história ao se apresentar no Shea Stadium, em Nova York (EUA). Foi a primeira vez que um grupo de rock fez show em um estádio a céu aberto. Era o auge (e já a agonia) da Beatlemania. Daí a histeria com que os 55 mil espectadores se portaram diante dos Fab Four. Recém-editado no Brasil pela gravadora Coqueiro Verde, o DVD Beatles - Live at Shea documenta o histórico show. Não se trata da exibição pura e simples da apresentação (até porque nem há imagens integrais de todos os onze números), mas do programa produzido pela TV norte-americana e exibido ainda em 1965. Detalhe: como o som da apresentação no Shea Stadium era inaudível (e os 55 mil fãs pareciam mais interessados em gritar do que em ouvir o grupo tocar músicas como Ticket to Ride e Help), os Beatles regravaram o áudio do show para o especial da TV. O que explica o aceitável áudio 2.0 do DVD, turbinado com extras. Bastidores entremeia cenas típicas de making of com takes do show e comentários em off dos Beatles. Já a seção Depoimentos dos Beatles expõe - como já anuncia seu título - a visão dos Fab Four sobre a emblemática (e tensa) apresentação no Shea Stadium. Como é praxe nas edições da Coqueiro Verde, as falas foram devidamente legendadas em português - o que valoriza a Edição de Colecionador do programa.
Embora já tivessem debutado no mercado fonográfico com o LP do musical Rosa de Ouro (1965) e com os dois volumes do álbum Roda de Samba (1965 e 1966), gravados como integrantes do conjunto A Voz do Morro, Elton Medeiros e Paulinho da Viola começaram a mostrar suas caras e seus sambas com maior projeção no álbum Na Madrugada, lançado originalmente - em 1968? - pela extinta gravadora RGE e ora reeditado, neste mês de abril de 2010, pela Biscoito Fino. Já relançado em CD em 1997, Na Madrugada é o disco em que Paulinho lançou sambas como Arvoredo e 14 Anos, além de ter regravado Recado e Jurar com Lágrimas. Já Elton canta parcerias com Cartola (1908 - 1980) - Sofreguidão e O Sol Nascerá - e Zé Kétti (1921 - 1999), com quem fez Mascarada e Samba Original. Detalhe: no texto escrito pelo pesquisador Arley Pereira para a reedição de 1997, consta que Na Madrugada foi gravado em 1966. Mas outras fontes sustentam que o LP original saiu em 1968.
Após ter dado banho de loja na música Caminhoneiro e com isso ter se tornado a grande surpresa do elenco do show Emoções Sertanejas (recente tributo coletivo em que artistas sertanejos cantaram sucessos de Roberto Carlos), Paula Fernandes fez nova incursão por seara alheia. Com discreto toque ruralista, a cantora regravou Quando a Chuva Passar - balada de Ramón Cruz que foi lançada com sucesso por Ivete Sangalo no fraco álbum As Super Novas (2005) - para a trilha sonora da nova novela da TV Globo, Escrito nas Estrelas, no ar a partir de segunda-feira, 12 de abril de 2010. A boa gravação de Paula é o tema de abertura da novela.
Com a já conhecida categoria vocal que o põe entre os maiores cantores brasileiros de todos os tempos, Emílio Santiago reiterou a ótima fama e brilhou ao solar sete músicas do repertório de Dolores Duran no concerto da série MPB & Jazz apresentado no Canecão (RJ) na noite de 8 de abril de 2010. Na companhia da banda convidada e da Orquestra Petrobrás Sinfônica, o cantor - visto acima em fotos de Mauro Ferreira - pôs sua voz aveludada a serviço de Olha o Tempo Passando (Dolores Duran e Edson Borges), Se É Por Falta de Adeus (Tom Jobim e Dolores Duran), Sabra Dios (Álvaro Carrilho), Ternura Antiga (Dolores Duran e José Ribamar), Fim de Caso (Dolores Duran), Estrada do Sol (Tom Jobim e Dolores Duran) e A Noite do meu Bem (Dolores Duran). Por seguir padrão uniforme de interpretação, Emílio se ajustou bem ao ofício de crooner da orquestra, regida alternadamente por Carlos Prazeres e Wagner Tiso. Nem a feia derrapada na letra de Ternura Antiga empanou o brilho do set de Emílio Santiago na justa Homenagem a Dolores Duran feita na série MPB & Jazz.
"Grande ZD!...", gritou uma espectadora enquanto Zélia Duncan estava no palco do Canecão (RJ), na noite de 8 de abril de 2010, prestando tributo a Dolores Duran (1930 - 1959) na temporada de 2010 da série MPB & Jazz. Segunda solista a entrar em cena para cantar o fino repertório de Dolores na companhia da Orquestra Petrobrás Sinfônica, sob a regência dos maestros Carlos Prazeres e Wagner Tiso, Zélia se confirmou grande e versátil intérprete. Seu primeiro número - Noite de Paz, uma das músicas mais pungentes da obra autoral de Dolores - já reiterou de cara a maturidade conquistada por Zélia nos últimos anos. A cantora - vista acima em fotos de Mauro Ferreira - se transformou até numa correta crooner de jazz para cantar My Funny Valentine após contar história curiosa sobre a admiração de Ella Fitzgerald (1918 - 1996) - uma das grandes intérpretes do clássico de Richard Rodgers e Lorenz Hart - pelo registro feito por Dolores deste standard norte-americano (Ella veio ao Brasil nos anos 50 e conheceu Dolores). Antes, Zélia brilhou ao reviver O Negócio É Amar, a parceria póstuma de Dolores com Carlos Lyra, lançada em 1984 por Nelson Gonçalves (1919 - 1998) em dueto com Fafá de Belém. Zélia também entoou Canção da Volta (Ismael Neto e Antônio Maria), Castigo (Dolores Duran) e Solidão (Dolores Duran) em registros pautados pela contenção emocional. Uma voz à altura de Dolores!!
Primeira solista a entrar em cena no concerto da série MPB & Jazz em homenagem a Dolores Duran (1930 - 1959), apresentado pela Orquestra Petrobrás Sinfônica no Canecão (RJ) na noite de 8 de abril de 2010, Mariana Aydar não brilhou em seu primeiro número. A cantora - vista acima em fotos de Mauro Ferreira - não botou o suingue devido n'A Banca do Distinto (Billy Blanco). Contudo, Aydar foi ganhando segurança em cena. Na sequência, na companhia da orquestra regida por Wagner Tiso, a intérprete acertou o tom de Escurinho (Geraldo Pereira). Depois, teve outro momento legal ao cantar Bom É Querer Bem, bela pérola rara de Fernando Lobo. O set solo de Aydar fechou com Nossos Destinos (Luiz Vieira), deixando - no todo - boa impressão. Ainda assim, a artista precisa aprimorar seu discurso em cena. Ao falar sobre a importância de Dolores, Aydar apenas relacionou clichês sobre a modernidade pioneira da compositora projetada na década de 50.
A harpista Cristina Braga faz conexões com nomes do universo pop nacional no disco que vai lançar pela gravadora Biscoito Fino. Coproduzido por Kassin, Feito um Peixe traz a guitarra de Dado Villa-Lobos em Peixe, o tema de Luiz Capucho que inspirou o título do álbum produzido por Ricardo Medeiros, parceiro de Jorge Mautner em Vendaval. Braga - vista em foto de José Luiz Pederneiras - instaura parceria com Moacyr Luz no samba Restos e põe sua harpa virtuosa a serviço de Insensatez (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Brasileirinho (choro de Waldir Azevedo).
Vencedora em 2009 da primeira temporada do reality show Geléia do Rock, exibido pelo canal de TV Multishow, a cantora e compositora Luen vai lançar seu primeiro álbum em junho de 2010, pelo selo Discobertas, do produtor Marcelo Fróes. Coisas de Menina é o título do CD, produzido por Clemente Magalhães. Em vez de ficar sozinha sob os holofotes, Luen - nascida nos Estados Unidos, mas criada no Brasil - optou por se apresentar como líder de banda formada por Paulo Aiello (baixo), Rick de La Torre (bateria) e Toninho Van Ahn (teclados). Formatado no estúdio carioca Corredor 5 com tardia adesão do guitarrista Pedro Terra, o repertório do CD Coisas de Menina é essencialmente autoral, mas inclui as regravações de If Not For You (Bob Dylan, 1970) e Menino Bonito (Rita Lee, na fase com o Tutti Frutti, 1974).
Aos 70 anos, festejados em 29 de março de 2010, a reclusa Astrud Gilberto tem lançado no Brasil um raro registro audiovisual da década - a de 80 - em que montou uma banda e partiu em turnê mundial. Editado no Brasil neste mês de abril de 2010, pela gravadora Coqueiro Verde, o DVD Astrud Gilberto Festival exibe show feito em 2 de julho de 1985 pela cantora baiana - radicada desde 1963 nos Estados Unidos - no Lugano Jazz Festival. No roteiro, Astrud - que encerrou sua carreira em 2001 - prioriza clássicos do repertório de Antonio Carlos Jobim (como Águas de Março, Dindi, Água de Beber e A Felicidade) entre música de João Donato (A Rã, em registro instrumental) e afro-samba de Baden Powell & Vinicius de Moraes (Canto de Ossanha). O repertório do show inclui , claro, The Girl from Ipanema, a música que projetou a voz de Astrud - e a própria Bossa Nova - em escala mundial em 1964, na célebre gravação do álbum Getz/Gilberto (de Stan Getz e João Gilberto).
Resenha de CD
Resenha de CD
Resenha de Documentário
É em meio aos rumores de que a Universal Music vai incorporar a EMI Music na América Latina que Teresa Cristina lança pela EMI, neste mês de abril de 2010, o quinto título de sua discografia, o primeiro assinado pela artista sem o Grupo Semente. Melhor Assim - Teresa Cristina ao Vivo chega às lojas nos formatos de CD e DVD com o registro do show gravado em 27 de outubro de 2009 no Espaço Tom Jobim, no Rio de Janeiro (RJ), com as participações de Marisa Monte (em Beijo Sem, samba inédito fornecido por Adriana Calcanhotto) e Seu Jorge (Pura Semente). Tanto CD quanto DVD trazem os registros adicionais feitos em estúdio por Teresa com Arlindo Cruz (Coisas Banais, samba de Candeia e Paulinho da Viola), Caetano Veloso (Festa Imodesta, samba de Caetano) e Lenine (Trégua Suspensa, parceria da artista com Lula Queiroga). Um quarto dueto captado em estúdio - o da sambista com sua mãe, D. Hilda, em Orgulho, sucesso de Ângela Maria nos anos 50 - pode ser conferido apenas nos extras do DVD.
Em 2005, no rastro do grande sucesso obtido por Mart'nália com o disco Menino do Rio, Mombaça - parceiro constante da filha famosa de Martinho da Vila em sambas como Chega e Pretinhosidade - relançou seu segundo (bom) álbum, Afro Memória, gravado em 2002, e adicionou ao título o sufixo + Pretinhosidade para ressaltar o fato de que havia no CD sua leitura de Pretinhosidade. Cinco anos depois, em 2010, Mombaça reedita o mesmo disco - novamente com o título Afro Memória + Pretinhosidade - pela gravadora Biscoito Fino. A atual reedição apresenta outra capa, tem outra remasterização (feita em 2009) e inclui três novos registros entre as 13 faixas. Mombaça regrava Obnubilado em duo com Mart'nália e apresenta as inéditas Denegrir - faixa gravada com a cantora Maria Hime que ressalta a influência que Djavan tem na composição e no canto de Mombaça - e Pra Viver ou Morrer de Amor (tema de tom camerístico que agrega o cantor congolês Lokua Kanza e o pianista brasileiro João Carlos Coutinho). Grande parte das letras prega a igualdade racial.
O rapper norte-americano Kanye West está finalizando seu quinto álbum de inéditas - supostamente intitulado Good Ass Job - no estúdio Diamond Head, construído por ele em sua casa no Havaí. Com lançamento previsto para junho de 2010, o novo disco tem intervenções dos rappers Q-Tip, RZA e Pete Rock - nomes da velha escola do hip hop de Nova York (EUA). De acordo com declaração dada por West em janeiro, o sucessor de 808's & Heartbreak (2008) foi inspirado pelo músico-poeta Gil Scott-Heron, pela autora Maya Angelou e pela cantora de jazz Nina Simone (1933 - 2003). Os três nomes são fortes ícones da cultura afro-americana.
Dois números do show criado pelos Titãs para fazer o que seria sua última turnê como quinteto (e com seu baterista Charles Gavin) - Amor por Dinheiro e Deixa Eu Entrar, captados em apresentação do grupo no Hangar 110 (SP) - podem ser vistos no DVD que vem com a Edição Especial do 16º álbum da banda, o controvertido Sacos Plásticos (2009). A (re)edição dupla adiciona versão acústica de Antes de Você ao repertório original do CD. Mas quem concentra conteúdo inédito é o DVD. Além dos dois takes do show, há o clipe de Antes de Você e os home clipes de Porque Eu Sei que É Amor, Quanto Tempo (este dirigido pela atriz Malu Mader, mulher de Tony Bellotto) e Amor por Dinheiro. O making of do vídeo de Antes de Você abre o DVD.
Enquanto o Bloc Party permanece em recesso por tempo indeterminado, o cantor do grupo inglês, Kele Okereke, revela detalhes de seu primeiro disco solo, The Boxer, cuja chegada às lojas está programada para 21 de junho de 2010 - uma semana depois da edição do primeiro single, Tenderoni. Okereke começou a formatar The Boxer na Inglaterra, em 2009, com produção de Hudson Mohawke, mas a maior parte do CD foi gravada em Nova York (EUA), sob a batuta do produtor XXXchange. O som é calcado na dance music. Eis as 10 músicas:
Divulgados aos poucos pela Universal Music, os pequenos vídeos em que Sandy conceitua seu primeiro disco solo - Manuscrito, nas lojas a partir de 7 de maio de 2010 - fazem parte de filme, Tempo, que documenta toda a produção do álbum e que vai poder ser visto na íntegra no DVD que virá com a edição especial dupla do CD. Promovido pelo single Pés Cansados, já vazado, Manuscrito obviamente também vai ser lançado no formato de CD simples (em digipack).
Como o atual contrato do Rappa com a Warner Music expira neste ano de 2010, já há gravadoras mobilizadas para adquirir o passe do grupo carioca. Líder do mercado em 2009, a Sony Music é uma delas. Mas Falcão e Cia. tendem a permanecer na Warner - por onde gravam desde o início da carreira, em 1994 - pelo fato de serem prioridade na companhia (cujo elenco nacional é reduzido).
Marcelo Camelo grava seu segundo disco solo no estúdio El Rocha, em São Paulo (SP). O grupo Hurtmold - que já participou de algumas faixas do primeiro CD individual do artista, Sou, de 2008 - toca em todas as músicas (inéditas) do novo álbum. O lançamento está previsto para o segundo semestre de 2010. Antes, Camelo edita seu primeiro DVD solo, captado em 3 de abril de 2009, em show feito na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador (BA). Namorada do cantor, Mallu Magalhães participa da música Janta, reeditando due feito no CD Sou. Sai via Sony Music.
Cantora carioca que debutou no mercado fonográfico com o CD Mosaico, gravado em 2008 com produção de Rodrigo Campello, Beatrice Mason planeja um segundo álbum pautado pela estética do frio. A boa ideia de Mason é fazer um disco inteiramente dedicado às músicas dos compositores Vítor Ramil e Jorge Drexler. Aliás, em Mosaico, a artista já interpreta músicas do gaúcho Ramil e do uruguaio Drexler. O novo CD é para 2011.
O álbum duplo Repetition - A Tribute to David Bowie vai ser comercializado a partir de 30 de julho de 2010 pela gravadora Manimal Vinyl. O tributo reúne 32 regravações do repertório do Camaleão por um elenco quase totalmente indie. Os únicos nomes mais conhecidos são o grupo Duran Duran, o duo MGMT, o cantor John Frusciante, a cantora Carla Bruni e o neohippie Devendra Banhart. Toda a renda obtida com a venda do projeto - lançado nos formatos de CD, vinil e em edição digital - vai ser destinada à ONG War Child UK, que ampara crianças afetadas pelas guerras. Eis as 32 músicas e os intérpretes do tributo duplo Repetitition:
Resenha de CD
Dori Caymmi lança no Brasil, neste mês de abril de 2010, o 12º álbum de sua discografia solo, Mundo de Dentro, já editado nos Estados Unidos e Japão com o título de Inner World. No disco, Dori - visto acima em foto de Myriam Vilas Boas - recebe Edu Lobo (no frevo Chutando Lata) e Renato Braz (em Quebra-Mar). A novidade é que a edição brasileira do CD é apresentada por Maria Bethânia, que gravou pela primeira vez música de Dori - É o Amor Outra Vez, incluída pelo compositor em Mundo de Dentro - no seu recente álbum Tua (2009). Eis o texto-saudação de Bethânia:
Resenha de CD
Um dos mais expressivos diretores do teatro brasileiro, Flávio Rangel (1934 - 1988) encenou musicais que fizeram história na cena nacional. Entre eles, O Homem de la Mancha (1972) e Piaf - A Vida de uma Estrela da Canção (1983), ambos estrelados por Bibi Ferreira. Paralelamente à direção de peças teatrais, Rangel conduziu Simone em seis shows estreados pela Cigarra entre 1979 e 1986. Por isso mesmo, o depoimento da cantora - alocado nos extras do DVD que exibe o documentário Flávio Rangel - O Teatro na Palma da Mão - enriquece o DVD recém-lançado pela gravadora Biscoito Fino. Em depoimento colhido em junho de 2009, no estúdio da própria Biscoito Fino, Simone lembra com saudade do diretor que a guiou nos shows Pedaços (1979), Simone (1980), Amar (1981), Corpo e Alma (1982), Delírios & Delícias (1983) e Amor e Paixão (1986). "Ele foi o grande diretor da minha vida. Flávio me abraçava como pessoa e sabia que, dali, ele podia extrair um monte de coisas. Eu sempre fui muito aberta para o Flávio", ressalta Simone, terna, enfatizando também a luz teatral com que o diretor emoldurava os shows. A cantora revela também que foi de Rangel a sugestão de que ela cantasse Caminhando (Pra Não Dizer que Não Falei de Flores), música - então ainda controvertida!! - de Geraldo Vandré.
Levada por Roberto Menescal em 1978 para a extinta gravadora Philips (cujo acervo hoje pertence à Universal Music), Zizi Possi estreou no mercado fonográfico naquele mesmo ano - com o LP Flor do Mal - e contou com o aval instantâneo de Chico Buarque. Encantado com a técnica e com a voz metálica da jovem cantora, o compositor a convidou para fazer dueto com ele - em Pedaço de mim, música que Zizi regravaria em seu segundo LP por conta da repercussão do encontro - no especial gravado por Chico para a TV Bandeirantes e levado ao ar no fim de 1978. Zizi inseriu trecho do número no documentário exibido no segundo volume de seu DVD Cantos & Contos, recém-lançado pela gravadora Biscoito Fino. O trecho aparece enquanto Zizi, grata, lembra a importância que o aval imediato de Chico teve na consolidação de sua carreira.
Comemorado no Reino Unido em 17 de abril, o Record Store Day - data que agrega as lojas independentes do mercado fonográfico britânico - gera uma série de gravações e discos. Os consumidores poderão comprar lançamentos exclusivos, de tiragens limitadas, de grupos como Queens of the Stone Age (o EP Feel Good Hit of the Summer), Them Crooked Vultures (um picture disc excusivo), Muse e Dead Weather, entre outros. Um dos discos mais curiosos produzidos para o Record Store Day é o vinil de 12 polegadas que une as bandas Black Sabbath e Metallica, ícones do heavy metal. Este vinil vai ter uma tiragem limitada de mil cópias, que vão ser vendidas somente no dia 17. De um lado do single, há um remix de Frantic (tema do repertório do Metallica) feito pelo Unkle, grupo inglês de trip hop. Do outro, há gravação de Paranoid, do Sabbath.