1 de agosto de 2009

Peões de 'Paraíso' formam dupla e lançam disco

Intérpretes dos peões Juvenal e Tiago no remake da novela Paraíso, Yassir Chediak e Rodrigo Sater formaram uma dupla sertaneja e gravaram CD que vai ser editado pela gravadora Som Livre neste mês de agosto de 2009. Em vez dos temas açucarados que predominam no mercado sertanejo, a dupla vai priorizar no repertório clássicos da música genuinamente caipira. Entre eles, Amanheceu Peguei a Viola (hit de Renato Teixeira) e Vide Vida Marvada (Rolandro Boldrin). O disco apresenta músicas da dupla.

Yamandu e Dominguinhos se interam em DVD

Já evidenciada no álbum produzido por José Milton e editado em abril de 2007 pela gravadora Biscoito Fino, a grande interação do violonista Yamandu Costa com o sanfoneiro Dominguinhos chega ao DVD. Yamandu+Dominguinhos perpetua o especial gravado pela TV Cultura em show da dupla no Auditório Ibirapuera, em São Paulo (SP). Ao bom repertório do CD, o roteiro adiciona oito músicas. Entre as quais, Odeon (Ernesto Nazareth e Vinicius de Moraes), Negrinho do Pastoreio (Barbosa Lessa), Doce de Coco (Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho), Estrada do Sol (Tom Jobim e Dolores Duran), Lamento (Pixinguinha e Vinicius de Moraes), Tico-Tico no Fubá (Zequinha de Abreu) e Tesouro e Meio (Luiz Gonzaga). DVD traz 22 números.

Vozes que nada acrescentam à música de Yanni

Resenha de CD
Título: Voices
Artista: Yanni
Gravadora: Sony Music
Cotação: * *

"Acredito que a voz humana seja o instrumento mais poderoso e expressivo que o homem conhece", pondera Yanni, a respeito de Voices, CD em que adiciona vozes - no caso, as dos cantores Nathan Pacheco, Ender Thomas, Leslie Mills e Chloe - ao seu cancioneiro originalmente instrumental. Verdade seja dita, as vozes desses quatro cantores são belas e potentes, mas o fato é que elas pouco (ou nada) acrescentam ao som grandiloquente do tecladista grego, hábil na criação de uma música que funde elementos eruditos, latinos e de new age num coquetel exótico que tem seduzido milhões de ouvintes ao redor do mundo. Produzido pelo próprio Yanni em parceria com Ric Wake, Voices recicla o repertório do tecladista com as tais vozes. O tenor brasileiro Nathan Pacheco responde pelas faixas de tom operístico como Omaggio (Tribute) e Vivi Il tuo Sogno (Almost a Whisper) com todos os excessos permitidos no gênero. Por sua vez, Leslie Mills entoa com maior delicadeza baladas como Before the Night Ends com afinação exemplar. Já Chloe - a outra voz feminina do álbum - esboça sensualidade em temas como Kill me with your Love sem deixar de soar como xerox de Sade. Por fim, o colombiano acentua a latinidade de faixas como Ritual de Amor (Desire). Ao fim de suas 17 faixas, Voices deixa a sensação de que Yanni errou ao pôr vozes em primeiro plano neste trabalho atípico na sua discografia.

New York Dolls oscilam no CD ' 'Cause I Sez So'

Resenha de CD
Título: 'Cause I Sez So
Artista: New York Dolls
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * 1/2

Formado em 1971, o grupo New York Dolls marcou época com seu glam rock antes de se dissolver na própria década de 70 depois de dois excelentes álbuns, New York Dolls (1973) e Too Much Too Soon (1974), que espalharam sementes pelo terreno do pop rock. O retorno (com nova formação) se deu nos anos 2000. 'Cause I Sez So é o segundo álbum após a volta. Não é um álbum exatamente ruim, mas seu caráter é oscilante e o CD perde pontos se confrontado com o passado glorioso da banda. Entre reggae (Trash) e blues (Temptation to Exist), o álbum mostra que a pegada da banda soa mais forte e sedutora nos rocks como Exorcism of Despair, 'Cause I Sez So e Muddy Bones. É justo destacar também o envolvente arranjo de Making Rain, parceria do vocalista David Johansen com o guitarrista Sylvain Mizhari, os dois cérebros mais criativos do New York Dolls. Mas é fato também que baladas enjoadas como Lonely So Long jogam o álbum para baixo. Mesmo com repertório irregular, 'Cause I Sez So tem lá seus encantos. Falta é glamour.

Virtuoso violonista, Becker se revela compositor

Resenha de CD
Título: Pra Tudo Ficar
Bem
Artista: Zé Paulo Becker
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

Impossível não lembrar do violão de Baden Powell (1937 - 2000) ao ouvir Bem-Vindo, tema que abre o quarto CD solo de Zé Paulo Becker, Pra Tudo Ficar Bem. A faixa é, de fato, belo cartão de boas-vindas neste álbum em que o excelente violonista se revela bom compositor em músicas como Minas e Pé na África, cujos títulos já dão a pista de sua inspiração. Basta ouvir a deliciosa salsa Incinero - que tem os versos de Mauro Aguiar valorizados pela interpretação exata e exuberante de Ney Matogrosso - para comprovar o talento do músico como autor. E por falar em cantor de primeiro time, Zé Renato é o intérprete convidado de Homem ao Mar, outra bela parceria de Becker com Mauro Aguiar, discípula das canções praieiras de Dorival Caymmi (1914 - 2008). Aliás, a escolha de Zé Renato é ideal, pois - como já disse Hermínio Bello de Carvalho - a voz do cantor é pura como água. E o quarteto de cordas arranjado por Becker ajuda a formatar o tema com embalagem refinada. Das quatro músicas cantadas, Roda Baiana (Zé Paulo Becker e Tiago Torres da Silva), bem defendida por Moyseis Marques, é a menos inspirada. Em contrapartida, A Visita Oficial do Samba (parceria de Becker com Paulo César Pinheiro) saúda o samba e pede passagem entre metais e percussão na voz do próprio violonista que, mesmo sem brilhar como cantor, não compromete a beleza deste disco surpreendente em que tudo - ou quase tudo - fica bem.

31 de julho de 2009

Gadú afirma talento em show 'hype' na Varanda

Resenha de Show - Segunda Visão
Título: Maria Gadú
Artista: Maria Gadú (em foto de Rogério Rezende)
Local: Varanda do Vivo Rio (RJ)
Data: 30 de julho de 2009
Cotação: * * * 1/2

Maria Gadú é a bola da vez na cena musical brasileira. A edição do primeiro CD da artista - Maria Gadú, lançado pelo selo SLAP (da gravadora Som Livre) neste mês de julho de 2009 - cumpriu a expectativa criada em torno da cantora e compositora paulista. E o primeiro show de lançamento do disco, realizado na varanda da casa carioca Vivo Rio na noite de 30 de julho de 2009, confirmou o talento de Gadú, em especial como compositora. Se a intérprete nem sempre faz justiça ao oba-oba em torno de seu nome (como provou sua abordagem insossa de Lourinha Bombril, na versão popularizada pelo trio Paralamas do Sucesso), a compositora se revela geralmente original e inspirada. Músicas como Shimbalaiê e Altar Particular (um samba que parece ter sido composto em tempos idos) são sensíveis e resultam bem no palco. Outras, como Dona Cila, tocam mais no registro fonográfico. Mas o fato é que Maria Gadú se mostra sedutora em cena e deixa boa impressão ao fim do show - de roteiro similar ao apresentado pela cantora na casa Cinematheque em abril, só que com iluminação e produção mais caprichadas. É fato que Gadu precisa dosar a espontaneidade de suas falas (algumas dispensáveis) e que - vale repetir - suas abordagens de repertório alheio não são tão brilhantes como seu cancioneiro autoral. Casos do Trem das Onze - que trilha em ritmo mais arrastado do que o das habituais gravações do belo samba de Adoniran Barbosa (1910 - 1982) - e de Filosofia. O samba de Noel Rosa (1910 - 1937) ganha na leitura de Gadu levada pop que dilui sua cadência, beleza e poesia. Mas, no todo, o saldo é mais do que positivo. Se reeditar num segundo disco a inspiração exibida no primeiro, Maria Gadú vai brilhar muito na cena musical brasileira.

Milton grava CD feito em torno de Três Pontas

Milton Nascimento já começou - enfim - a gravação de seu próximo álbum. Embora parcialmente feito no Rio de Janeiro (RJ), o CD está centrado no universo musical de Três Pontas, a cidade mineira na qual Milton viveu sua infância e adolescência. Natural de Três Pontas, Wagner Tiso co-produz o disco com Milton e com Marco Elizeo, jovem músico da cidade. Jovens músicos locais gravam suas participações no CD no estúdio construído pelo artista no teatro do Centro Cultural Milton Nascimento, situado em Três Pontas. O repertório inclui músicas de Milton, de compositores da cidade e de autores admirados pelos ''sócios'' do Clube da Esquina.

Maria Rita ganha primeira coletânea em agosto

Sem álbum programado para o ano de 2009, Maria Rita ganha a primeira coletânea, editada dentro da série Perfil, da Som Livre. Com 16 faixas extraídas dos três álbuns gravados pela cantora entre 2003 e 2007, a compilação estará à venda por R$ 26,90 no início de agosto. Eis a seleção do CD dedicado a Maria Rita na boa série Perfil:
1. A Festa
2. Tá Perdoado
3. Cara Valente
4. Caminho das Águas
5. Encontros e Despedidas
6. Num Corpo Só
7. Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero)
8. Menina da Lua
9. Casa Pré-fabricada
10. Maltratar Não É Direito
11. Santa Chuva
12. Corpitcho
13. Feliz
14. O Homem Falou - com Velha Guarda da Mangueira
15. Recado
16. Samba Meu

'Arranjo' leva Zélia para quarto disco de Taviani

O quarto álbum de Isabella Taviani - Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar, nas lojas em setembro de 2009 pela Universal Music - tem a participação de Zélia Duncan, parceira e convidada de Taviani na música Arranjo. Já Jorge Vercillo é parceiro de Taviani em outra faixa, Argumentos de Vidro. O repertório autoral inclui músicas como Casa no Céu, Escorpião, O Tudo que É Nada, Falsidade Desmedida, Presente-Passado e Todos os Erros do Mundo (tema de bissexta ambiência roqueira). Produzido por Jr. Tostoi e Rodrigo Campello, o álbum conta com a voz de Toni Platão em Um Vendaval e vai trazer faixa interativa, Esquinas de Jacarepaguá, samba que poderá ser baixado por quem adquirir o CD - já em fase final de masterização. A conferir...

Roger canta o tema de abertura de 'Bela, a Feia'

Roger Rocha Moreira - incansável - ainda permanece firme e forte em seu grupo Ultraje a Rigor, mas se permitiu fazer gravação solo para a trilha sonora da nova novela da Rede Record, Bela, a Feia, que estreia na próxima terça-feira, 4 de agosto de 2009. Roger Moreira é o intérprete do tema de abertura da novela. Batizada com o nome da adaptação da história colombiana, a música foi composta pelos irmãos Mauro e Maurício Gasperini.

Irmã de Russo lança primeiro disco em agosto

Irmã de Renato Russo (1960 - 1996), Carmen Manfredini lança em agosto de 2009, via LGK Music, seu primeiro disco, O Fim da Infância, dividido pela cantora com o quarteto Tantra (com Carmen na foto de Patrícia Gouveia). O produtor do CD é Carlos Trilha, tecladista do Tantra que assina faixas como Mar nos Olhos e Novembro em parceria com o guitarrista Fred Nascimento e o baixista Gian Fabra. O primeiro single do álbum, Luz do Dia, também leva a assinatura do trio, assim como Out of Time. O repertório inclui regravação de Virgem, tema de Marina Lima e Antonio Cícero que deu título ao LP lançado por Marina em 1987.

30 de julho de 2009

Avril anuncia guinada acústica no quarto álbum

Avril Lavigne vai priorizar sons acústicos em seu quarto álbum, previsto para novembro de 2009. A artista canadense revelou esta semana que o disco a distancia do universo do pop rock. Marido de Avril e mentor da banda Sum 41, Deryck Whibley produziu oito das prováveis 12 faixas do CD. Evan Taubenfield e Butch Walker também estão envolvidos na produção. Uma das faixas candidatas a ser o primeiro single do álbum é Black Star, tema gravado pela cantora para comercial do homônimo perfume.

Backstreet Boys lançam 'This Is Us' em outubro

O grupo Backstreet Boys anunciou esta semana o lançamento de seu nono álbum. Com cinco de suas onze faixas produzidas por Jim Jonsin, This Is Us vai chegar às lojas em 6 de outubro de 2009, pela Jive Records. O primeiro single do álbum, Straight Through My Heart, já pode ser ouvido na página da boyband no portal MySpace. Bigger, Bye Bye Love e She's a Dream são algumas das 11 músicas do disco, que tem a missão de levantar a moral e as vendas do grupo nos Estados Unidos. O álbum anterior dos boys (em foto extraída do MySpace), Unbreakable, vendeu menos de 150 mil cópias nos Estados Unidos, embora, no total, tenha vendido cerca de 1,7 milhão de cópias (ao redor do mundo).

Panic at the Disco substitui os dois dissidentes

Enquanto prepara seu terceiro álbum, a banda Panic at the Disco encontrou substitutos para o baixista Jon Walker e o guitarrista Ryan Ross, que deixaram o grupo no início deste mês de julho. O lugar de Walker passa a ser ocupado por Dallon Weekes, da banda Brobecks. Já Ross vai ter sua função assumida por Ian Crawford, da banda The Cab. Walker e Ross saíram do Panic at the Disco para formar um outro grupo, The Young Veins, cuja primeira música, Change, foi lançada no MySpace na última terça-feira, 28 de julho.

'Best of' traz 34 hits e duas novas de Madonna

Formatada em edição simples e dupla, a coletânea que sai em 21 de setembro de 2009 para encerrar o vínculo de Madonna com a gravadora Warner Music, Celebration, vai agregar 34 hits da artista - englobando os 11 álbuns de estúdio lançados entre 1983 e 2008 - e duas inéditas, a faixa-título e Revolver. Eis as faixas do besf of, em cuja capa Madonna cita Marilyn Monroe (1926 - 1962):
Edição dupla
CD 1
Hung up
Music
Vogue
4 Minutes
Holiday
Everybody
Like a Virgin
Into the Groove
Like a Prayer
Ray of Light
Sorry
Express Yourself
Open your Heart
Boderline
Secret
Erotica
Justify my Love
Revolver

CD 2
Dress You up
Material Girl
La Isla Bonita
Papa Don't Preach
Lucky Star
Burning up
Crazy for You
Who's that Girl?
Frozen
Miles Away
Take a Bow
Live to Tell
Beautiful Stranger
Hollywood
Die Another Day
Don't Tell me
Cherish
Celebration

Edição simples
Hung up
Music
Vogue
4 Minutes
Holiday
Like a Virgin
Into the Groove
Like a Prayer
Ray of Light
La Isla Bonita
Frozen
Material Girl
Papa Don't Preach
Lucky Star
Express Yourself
Open your Heart
Dress You up
Celebration

Bibi (ainda) fascina ao cantar e (re)contar Piaf

Resenha de Show
Título: Bibi Canta e Conta Piaf 25 Anos
Artista: Bibi Ferreira (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Teatro Maison de France (RJ)
Data: 29 de julho de 2009
Cotação: * * * * *
Em cartaz no Teatro Bourbon do Country, em Porto
Alegre (RS), em 5 e 6 de agosto de 2009. R$ 60 a R$ 200

A rigor, já são 26 anos - e não 25, como diz o subtítulo do show que trouxe Bibi Ferreira de volta aos palcos cariocas em 2009 como parte da programação do Ano da França no Brasil. Afinal, a atriz encarna Edith Piaf (1915 - 1963) nos palcos desde 1983, ano em que estreou, com sucesso retumbante, a peça Piaf - A Vida de uma Estrela da Canção. O show que superlotou o teatro carioca Maison de France durante o mês de julho - e que parte para Porto Alegre (RS) no início de agosto - é um desdobramento do espetáculo original. Sem a ação dramática da peça, Bibi canta o repertório de Piaf. E o surpreendente é que, aos 87 anos de vida e 68 de teatro, a atriz ainda fascina ao voltar ao eterno repertório da grande dama da canção francesa. Com a voz lapidada ainda em surpreendente forma (por mais que nem sempre consiga reeditar a potência perpetuada no disco que registra os números musicais da peça Piaf, infelizmente fora de catálogo), Bibi se confirma em cena como senhora cantora. Assistir ao vivo o show Bibi Canta e Conta Piaf é experiência inesquecível, carregada de emoção que não está perpetuada em sua totalidade nos (excelentes) CD e DVD editados pela gravadora Biscoito Fino em 2004 com o registro ao vivo do show, feito em janeiro naquele ano com orquestra e coral adicionais no mesmo teatro Maison de France onde Bibi acaba de cumprir temporada de sucesso (na última apresentação carioca, na quarta-feira, 29 de julho, havia gente sentada nos corredores e muitos espectadores em pé - tamanha foi a procura por ingressos).

Em cartaz desde 1995, Bibi Canta e Conta Piaf salpica dados biográficos da artista francesa, ditos por Nilson Raman, com quem a intérprete faz dueto em A Quoi a Ça Sert L’Amour, um dos números finais. Enxuto, o show contabiliza 16 números - sem contar o bis, no qual Bibi repete La Vie en Rose com o coro do público - e cerca de uma hora de duração. Tempo suficiente para Bibi prender de forma absoluta a atenção do espectador. Seja nos números naturalmente mais teatrais (casos de Milord e Bravo pour le Clown), seja nos temas de maior intensidade emocional (caso de Mon Dieu). A história de Edith Piaf pode até ser contada superficialmente, mas a intérprete francesa baixa inteira no palco quando Bibi abre a boca para cantar músicas como Belle Histoire d'Amour (emendada com Hymne à L'Amour num mix arrepiante) e Padam, Padam. É justo registrar também o alto nível artístico do quarteto que divide o palco com Bibi, liderado pelo pianista e arranjador Nelson Melim, diretor musical do show. A excepcional acordeonista Irene Mutanen, em especial, contribui brilhante e decisivamente para evocar o universo de Edith Piaf, intérprete de L’Accordeoniste. Enfim, um senhor show de uma senhora atriz e cantora. Tudo já foi dito sobre Bibi Ferreira, mas nunca é demais repetir que vê-la em cena é testemunhar e saborear o talento raro de uma das maiores artistas do mundo. Bibi Ferreira é Edith Piaf!!!

29 de julho de 2009

Ana Carolina lança 'Nove' com dueto nas rádios

Em rotação nas rádios a partir desta quarta-feira, 29 de julho de 2009, Entreolhares (The Way You're Looking at me) é a música que puxa o sétimo álbum de Ana Carolina, Nove (veja a capa acima). A faixa foi gravada por Ana com o cantor norte-americano John Legend. Lançado esta semana para os críticos, o álbum vai chegar às lojas a partir de 7 de agosto. Eis as nove faixas de Nove:
1. 10 Minutos (Ana Carolina e Chiara Civello)
2. Dentro (Ana Carolina e Dudu Falcão)
3. Tá Rindo, É? (Ana Carolina, Mombaça e Antonio Villeroy)
4. Entreolhares (The Way You're Looking At me)
5. Era (Ana Carolina)
6. 8 Estórias (Ana Carolina e Chiara Civello)
7. Resta (Ana Carolina, Chiara Civello e Dulce Quental)
8. Torpedo (Ana Carolina, Mombaça e Gilberto Gil)
9. Traição - com Esperanza Spalding e Daniel Jobim

Beth e Caetano se destacam no clube do samba

Resenha de Show - Gravação de DVD
Título: Samba Social Clube
Artistas: Almir Guineto, Arlindo Cruz, Bebeto, Beth
Carvalho, Casuarina, Caetano Veloso, Claudya, Diogo
Nogueira, Dudu Nobre, Emilio Santiago, Jongo da
Serrinha, Jorge Vercillo, Luana Carvalho, Marcelo D2,
Mário Sérgio, Moinho, Monarco, Moraes Moreira,
Moyseis Marques e Velha Guarda da Mangueira
Local: Vivo Rio (RJ)
Data: 28 de julho de 2009
Cotação: * * * *
Fotos: Washington Possato
Com dose exata de melancolia, e à sós com o seu violão como já de praxe em gravações de discos coletivos, um já enrugado Caetano Veloso destilou com refinada introspecção toda a mágoa contida em Rugas, samba de Nelson Cavaquinho, Ari Monteiro e Augusto Garcez. O número foi um dos destaques da segunda noite da gravação do terceiro e quarto volumes do projeto Samba Social Clube, desenvolvido pela EMI Music em parceria com a rádio carioca MPB FM. A segunda noite superou a primeira, tanto pelo acerto na escolha dos sambas (adequados aos intérpretes) como pelo desempenho do elenco convidado. Muitos brilharam - casos de Arlindo Cruz, Beth Carvalho (a homenageada desta edição), Caetano Veloso, Claudya, Casuarina, Dudu Nobre, Emilio Santiago, Marcelo D2 e Moinho. Outros foram meramente eficientes - casos de Bebeto e Jorge Vercillo - sem comprometer o ótimo saldo final.
A gravação agregou vários sócios legítimos do Samba Social Clube. Escorados no entrosado time de músicos recrutados por Paulão Sete Cordas, diretor musical da gravação, Monarco e Moyseis Marques - para citar dois exemplos de nomes adequados ao projeto - defenderam com vitalidade O Quitandeiro, parceria de Monarco com Paulo da Portela (1901 - 1949). Na sequência, apesar da tensão que norteou seus dois números, Beth Carvalho fez aquele que pode ser considerado desde já o melhor registro de Cabô, meu Pai (Moacyr Luz, Luiz Carlos da Vila e Aldir Blanc) e reviveu um dos mais belos sambas de Luiz Carlos da Vila, Por um Dia de Graça, lançado por Simone em 1984. Já Dudu Nobre mostrou as habituais segurança e espontaneidade ao cantar Pagode da Saideira (tema de Gracia do Salgueiro popularizado por Martinho da Vila) e A Batucada dos Nossos Tantãs, este um fruto colhido no repertório do Fundo de Quintal. Sobrou em Dudu a segurança que ainda falta a Diogo Nogueira, que jogou charme para seu público feminino, mas não aproveitou todas as poucas possibilidades de Deixa Eu te Amar, sucesso de Agepê (1942 - 1995), ajustado à linha de malandragem sensual impressa em parte do repertório de Diogo. Que pareceu mais à vontade em seu segundo bom número, Todo Menino É um Rei, samba de cadência baiana revivido com reverência ao registro original de Roberto Ribeiro (1940 - 1996). Talvez por saber mais a letra desse samba...
Se Emilio Santiago reafirmou a afinação e emissão impecáveis ao cantar Alvorecer (pérola de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho), o Casuarina mostrou jovialidade em registros bem vivazes de Na Cadência do Samba (Que Bonito É) e Tempo de Don Don. A união das cinco vozes masculinas do grupo valorizou os dois sambas em contagiante apresentação, um dos pontos altos da noite. Outro grupo de pegada boa, Moinho deixou ótima impressão ao cantar Maior É Deus, erguendo até São Paulo a habitual ponte Rio-Bahia. Emanuelle Araújo deu tom caloroso ao samba feito pelo paulista Eduardo Gudin com Paulo César Pinheiro. E a guitarra de Toni Costa e a percussão de Lan Lan fizeram toda a diferença, dando molho todo especial à gravação do trio, outro ponto alto da noite.
Minas Gerais também se fez presente no clube do samba social. Em dueto com Arlindo Cruz, a carioca-mineira Aline Calixto reviveu Dor de Amor, partido alto de Arlindo, Acyr Marques e Zeca Pagodinho, lançado por Beth Carvalho em 1986. Aline evoluiu com graça pelo palco e mostrou leveza sem, de fato, impressionar pela voz (a rigor, comum). Já a apresentação de Jorge Vercillo se escorou na melodia irresistível do samba Mel na Boca, sucesso de Almir Guineto (que voltou à cena para refazer a gravação de No Mesmo Manto, que ficara insatisfatória na noite anterior). Vercillo é bom intérprete, mas pareceu até deslocado no clube do samba. É preciso dosar suas participações em projetos coletivos justamente no momento em que aprimora sua obra autoral. Por sua vez, Mário Sérgio - que engata carreira solo após anos como vocalista do Fundo de Quintal - também não brilhou de fato na regravação de Negra Ângela, samba do repertório de Neguinho da Beija-Flor. Faltou a personalidade que sobrou em Bebeto, que cantou Nega de Obaluaê (samba de Wando, dos anos 70) com seu suingue todo próprio. Bebeto foi correto em noite de mais altos do que baixos...

Tudo acaba em jongo no clube do samba social

Coube a Arlindo Cruz encerrar no ritmo do jongo a segunda noite de gravação do terceiro e do quarto volumes do projeto Samba Social Clube. Já era 1 hora e 13 minutos da madrugada desta quarta-feira, 29 de julho de 2009, quando Arlindo (em foto de Mauro Ferreira) deixou o palco da casa carioca Vivo Rio após cantar Candongueiro, parceria de Wilson Moreira e Nei Lopes, gravada por Clara Nunes (1942 - 1983) no álbum Guerreira em 1978. Quatro integrantes do grupo carioca Jongo da Serrinha dançaram no compasso do seminal ritmo que faz parte das raízes do samba. Foi fecho inusitado para noite que superou a primeira!!

Moraes divide torcida com Samba Rubro-Negro

Foi debaixo de fortes vaias que Moraes Moreira defendeu o Samba Rubro-Negro (Wilson Batista e Jorge de Castro) na segunda noite da gravação do projeto Samba Social Clube, na noite de terça-feira, 28 de julho de 2009, na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ). As vaias não foram pelo desempenho musical do novo baiano - a rigor, com a voz já opaca - mas pelo fato de o samba (já gravado por Gilberto Gil e João Nogueira, entre outros cantores) enaltecer o Flamengo, o que mexeu com o público carioca que torce por outros times de futebol. Mesmo com a torcida dividida, Moraes (em foto de Mauro Ferreira) não se intimidou, cantou o samba duas vezes (a repetição dos números foi regra na gravação) e saiu do palco ao coro de "Mengoooo! Mengooo!" feito ao fim do número pela galera rubro-negra. Paixões do samba futebol clube.

Claudya volta à cena em duo à altura de sua voz

Sim, a participação de Claudya na gravação do terceiro e quarto volumes do projeto Samba Social Clube fez jus à expectativa. Com suingue e em boa forma vocal, a cantora foi calorosamente aplaudida ao interpretar o samba Deixa Eu Dizer (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza), cujo refrão - repetido em coro pela platéia - foi sampleado pelo rapper Marcelo D2 para inserir a voz de Claudya (extraída da gravação original de 1973) na sua música Desabafo. Na gravação feita para o Samba Social Clube na casa Vivo Rio (RJ) na noite de terça-feira, 28 de julho de 2009, D2 inseriu um rap no meio do samba, revivido na íntegra por uma luminosa Claudya (vista com D2 na foto, de Washington Possato).

Luana Carvalho não é sócia do clube do samba

Nem a presença sempre majestosa da Velha Guarda da Mangueira disfarçou a sensação de que Luana Carvalho era estranha no ninho armado no palco da casa carioca Vivo Rio na noite de terça-feira, 28 de julho de 2009, para a segunda noite de gravação do projeto Samba Social Clube. Por ser filha de Beth Carvalho (esta, sim, sócia já vitalícia do clube), Luana abriu a noite com tributo à mãe. Reviveu 1.800 Colinas - samba de 1974 que foi o primeiro grande sucesso de Beth após Andança - sem mostrar habilidade para o canto, apesar de ter figura bela e graciosa. Vai ser difícil emplacar.

28 de julho de 2009

Aydar, Leci e Zélia brilham no clube do samba

Resenha de Show - Gravação de DVD
Título:
Samba Social Clube

Artistas: Alexandre Pires, Almir Guineto, Hamilton
de Holanda, Jorge Aragão, Leci Brandão, Leila Pinheiro,
Mariana Aydar, Mariene de Castro, Nei Lopes, Nilze
Carvalho, Péricles, Preta Gil, Serjão Loroza, Sururu na
Roda, Teresa Cristina, Wilson Simoninha, Zélia Duncan,

e Zeca Pagodinho
Local:
Vivo Rio (RJ)

Data: 27 de julho de 2009
Cotação: * * *
Fotos: Washington Possato

O saldo foi positivo. Nem todos os sambas escolhidos eram dignos de figurar numa antologia do gênero. E nem todos os intérpretes estiveram à altura dos sambas escolhidos. Entretanto, no todo, a primeira das duas noites de gravação do terceiro e do quarto volumes do CD e DVD Samba Social Clube - projeto fonográfico inspirado no homônimo programa de rádio da MPB FM - resultou num show até agradável, apesar das inevitáveis repetições e das pausas entre os números para os ajustes técnicos. Brilharam no clube do samba mais social cantoras como Mariana Aydar, Leci Brandão, Zélia Duncan e Mariene de Castro. Já Zeca Pagodinho, Nei Lopes e Jorge Aragão confirmaram a real intimidade com o universo do samba carioca, abordado no registro produzido pela gravadora EMI Music, com direção musical de Paulão Sete Cordas.

Com seu vozeirão e sua simpatia, Serjão Loroza abriu a noite em dose dupla. Pareceu fora do tom em Boto meu Povo na Rua (o samba de Arlindo Cruz, Acyr Marques e Ronaldinho que ganhou a cara e o suingue de Mart'nália no álbum Menino do Rio), mas driblou o início morno e marcou gol no medley que uniu O Mundo É uma Bola (samba-enredo da Beija-Flor sobre o futebol) e O Campeão (samba do repertório de Neguinho da Beija-flor, craque da agremiação de Nilópolis - RJ). Na sequência, veio o mais alto vôo artístico da noite: Naquela Mesa, obra-prima do compositor e jornalista Sérgio Bittencourt (1941 - 1979) que uniu Hamilton de Holanda, Nilze Carvalho e Zélia Duncan. Toda a melodia do samba foi solada por Hamilton ao seu bandolim excepcional. Somente então entrou a voz de Zélia, que vem se (rea)firmando como uma das intérpretes mais plurais de sua geração. O número do trio foi perfeito, apesar de a presença de Nilze ao cavaquinho (e nos vocais) ter sido discreta. Zélia e Hamilton fizeram o público se sentar na mesa com saudade de Jacob do Bandolim (1918 - 1969), pai de Sérgio Bittencourt, o muso inspirador do nostálgico samba.

Mestres do partido alto, Nei Lopes e Zeca Pagodinho se uniram em cena para defender Só Chora Quem Ama, parceria de Nei com Wilson Moreira, gravada por Roberto Ribeiro (1940 - 1996). Desenvolto nas rimas, Nei engoliu Zeca. Em seguida, o Sururu na Roda pôs Tô Voltando (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro) na roda de samba. Nem sempre deu para entender a letra de Pinheiro, mas o número empolgou. Na sequência, Leila Pinheiro - uma das surpresas do elenco, pois não anunciada previamente - apresentou com apuro técnico Minha Verdade, samba de Ivone Lara e Délcio Carvalho que, apesar de belo, resultou sem emoção. Faltou verdade também na inclusão de Alexandre Pires no elenco. No seu primeiro número, o mineirinho se safou pela grande força do samba Falsa Consideração, maior sucesso de Marquinhos Satã no auge do pagode, nos anos 80. Já sua apática leitura do samba Gostoso Veneno (Wilson Moreira e Nei Lopes) - feita no estilo um banquinho, um violão e uma guitarra - resultou no pior número da noite. Pires eliminou o suingue do samba, hit de Alcione em 1979.

Única cantora a fazer três números, Teresa Cristina mostrou que o sambão joia de Benito Di Paula - no caso, Tudo Está no seu Lugar - continua contagiante. Já Porta Aberta (Luiz Ayrão) pedia mais pressão no canto, soando meio inapropriado para a intérprete. Ainda assim, Porta Aberta soou mais cativante do que o dueto com Junior no inédito Samba Futebol Clube. Com voz e dignidade, Wilson Simoninha mostrou segurança em Malandro enquanto Jorge Aragão acentuou o tom romântico de Saigon com sua voz grave (ao fim do show, Aragão voltou à cena para espirituoso dueto com Preta Gil em Coisinha do Pai). Já Péricles, do grupo Exaltasamba, se escorou na batida irresistível de Firme e Forte, sucesso de Beth Carvalho em 1983 (boa surpresa de roteiro legal).

Leci Brandão - cada vez mais majestosa à medida que envelhece (com a voz em forma) - defendeu bem dois sambas. O primeiro, Nomes de Favela, apesar de estar em sintonia com a ideologia propagada por Leci, não chegou de fato a empolgar. Já Estrela de Madureira ganhou reverente registro melodioso que reafirmou a categoria vocal de Leci. Tão à vontade no clube do samba quanto a jovial Mariana Aydar, que interpretou A Deusa dos Orixás com graça (e um gestual que sublinhava algumas imagens da letra). O primeiro take foi excelente, mas, como parte do cenário caiu durante a apresentação de Aydar, o número teve que ser repetido. Aydar não bisou no segundo take todo o brilho do primeiro. E pareceu ter consciência disso, pois sugeriu (em vão) a gravação de um terceiro take. Ainda assim, A Deusa dos Orixás foi um dos destaques da noite. Inclusive pelo arranjo criativo que culminou num batuque afro. Na sequência, Almir Guineto - com sua emissão habitualmente deficiente - não realçou toda a beleza melódica e poética de No Mesmo Manto, samba gravado por Jovelina Pérola Negra (1944 - 1998). Faltou a Guineto a graça que sobrou em Mariene de Castro, que navegou com segurança nas águas de Das 200 para Lá. Com presença luminosa, Mariene valorizou o samba lançado por Eliana Pittman e se destacou em gravação em que cantar samba pareceu, enfim, mais importante do que fazer social.

'Tabelinhas' na gravação do Samba Social Clube

Jogadas armadas pelos produtores para driblar a burocracia que regem as gravações ao vivo de projetos coletivos, as tabelinhas entre artistas de universos distintos renderam lances inusitados na primeira das duas noites de gravação da nova edição do Samba Social Clube. Já era quase uma hora desta terça-feira, 28 de julho de 2009, quando Jorge Aragão e Preta Gil subiram ao palco da casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), para reviver em dueto Coisinha do Pai, o samba de Aragão lançado em 1979 por Beth Carvalho - homenageada desta edição, presente na platéia. Com caras e bocas, Preta fez pose e se entrosou com Aragão, garantindo a animação do número final. Antes, o jogador Junior entrou em campo para defender com Teresa Cristina o único samba inédito do repertório. Mas a bola bateu na trave. Ex-craque da Seleção Brasileira, mas perna-de-pau na área musical, Junior desvalorizou os versos de Samba Futebol Clube, bem escritos por Paulo César Pinheiro para a melodia de Moacyr Luz. Nem Teresa - que, antes, tinha marcado boa presença ao reviver sozinha Porta Aberta (Luiz Ayrão) e Tudo Está no seu Lugar (Benito Di Paula) - conseguiu salvar o lance. A artista foi a única a fazer três números.

Ney ganha Prêmio Shell pela obra camaleônica

Já com base nas alterações do regulamento do Prêmio Shell, que desde 2008 permite também homenagens a intérpretes (e não somente a compositores), Ney Matogrosso foi escolhido pelo júri como o vencedor da edição 2009 do prêmio. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira, 28 de julho. A cerimônia de entrega do prêmio vai ser no Rio de Janeiro, com um show do cantor, em data ainda não divulgada. O júri do Prêmio Shell de Música 2009 é formado por três críticos musicais (Antonio Carlos Miguel, Tárik de Souza e Marcus Preto), por dois produtores (Bruno Levinson e Liminha), a cantora Roberta Sá e pelo saxofonista Leo Gandelman.

'Segredo', da banda Hori, anuncia CD nas rádios

A Warner Music manda para rádios paulistas nesta terça-feira, 28 de julho de 2009, Segredo, a música que puxa o primeiro CD da banda Hori, nas lojas em agosto. A música é de autoria de Max e Renan, guitarristas que integram o grupo (formado em São Paulo em 2003) com o vocalista Fiuk, nome artístico de Filipe Lemos, que vem a ser filho de Fábio Jr.. O repertório do CD é todo inédito.

27 de julho de 2009

Cidadão Instigado lança 'Uhuuu!' em setembro

Uhuuu! é o curto título do terceiro álbum do Cidadão Instigado. Produzido pelo próprio grupo, cujo nome mais destacado na cena musical é o guitarrista Fernando Catatau, o CD tem lançamento programado para o início de setembro de 2009. Já disponível na página da banda no portal MySpace, Escolher pra Quê? é a música que puxa o disco. Entre as 11 faixas, há Ovelhinhas, O Nada e Deus É uma Viagem. O quinteto buscou um som mais orgânico e alegre.

Elza quer gravar 'Arrepios' com Aquino em CD

Embora ainda não tenha concluído a produção de seu primeiro CD de jazz, para o qual já gravou músicas como All the Way e Strange Fruit, Elza Soares (em foto de Geraldo Rocha) já planeja registrar em disco o show que vai fazer com o violonista João de Aquino. Arrepios tem estreia agendada para 12 de agosto de 2009, na casa Posto 8, no Rio de Janeiro (RJ). No roteiro, há músicas de compositores como Gilberto Gil (Drão), Lulu Santos (Como uma Onda, com Nelson Motta) e Luiz Melodia (Juventude Transviada).

O segundo álbum de Mart'nália ganha reedição

O segundo álbum de Mart'nália, lançado originalmente em 1997 pela ZFM Records (companhia fonográfica comandada por seu pai, Martinho da Vila), ganha reedição pela Biscoito Fino, a gravadora que atualmente tem Mart'nália em seu forte elenco. Produzido por Ivan Machado, o CD Minha Cara abrigou 12 músicas, entre temas autorais (Tentação, Contradição e Entretanto, parceria com Mombaça) e incursões pelos repertórios de Carlos Dafé (Pra que Vou Recordar o que Chorei?), Cassiano (Coleção) e Martinho da Vila (Grande Amor). A faixa-título, Minha Cara, é de autoria de Dudu Falcão. Com a reedição de Minha Cara, o único título raro da discografia de Mart'nália fica sendo seu primeiro álbum, Mart'nália, lançado em 1987 pelo extinto selo 3M (com distribuição da companhia na época denominada BMG Ariola) e ainda inédito no formato digital.

Disco solo de Callado evoca bons tempos idos

Resenha de CD
Título: João Callado
Artista: João Callado
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * *

É bem sintomático que o único tema não autoral do primeiro disco solo de João Callado - o ótimo cavaquinista do Grupo Semente - seja Flor Amorosa, choro de Joaquim Callado (1848 - 1880), um dos compositores que ajudaram a dar uma identidade nacional à música brasileira. João Callado - o álbum ora lançado pela Biscoito Fino - evoca tempos idos, a despeito de trazer um ou outro samba que poderia figurar em qualquer CD que for semeado atualmente na Lapa (RJ) e arredores. Mesmo assim, os versos de Callado e Ana Costa para a melodia de Enganado Coração têm uma poesia que remete ao passado seminal da música brasileira. Teresa Cristina é quem canta o samba. Outra cria da Lapa, Moyseis Marques é parceiro e convidado vocal de Ilusão, outro samba do CD. Contudo, o solo de Callado - fundador dos grupos Abraçando Jacaré e Cordão do Boitatá - é basicamente instrumental e não se limita ao samba e tampouco ao choro. Há samba e choro em farta quantidade, mas há também jongo (o tema homônimo) e até uma modinha, Risquei teu Nome na Areia, entoada por Soraya Ravenle e emoldurada pelo piano de Marcelo Caldi. Aliás, um dos acertos do CD é apresentar cada faixa com uma formação bem diferente. Cinelândia, por exemplo, é solada pelo piano erudito de Maria Teresa Madeira. E esse universo erudito é mixado com a pegada do choro no tema apropriadamente intitulado Choro Sonata, faixa que fecha este CD que deixa boa impressão sem, de fato, arrebatar.

26 de julho de 2009

Maria Rita regrava Ben Jor no Baile do Simonal

Maria Rita (à direita em foto de Trippoli) tem participação já confirmada no Baile do Simonal, o show em tributo ao cantor Wilson Simonal (1938 - 2000) que vai ser gravado ao vivo pela EMI Music para gerar CD e DVD. A cantora ficou com a função de reviver Que Maravilha, parceria bissexta de Toquinho com Jorge Ben Jor. O show está agendado para 11 de agosto de 2009, na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ). O CD e DVD vão sair em outubro.

Baker grava com Snoop e planeja CD para 2010

Anita Baker planeja voltar ao mercado fonográfico em 2010 com um trabalho que pode ser um álbum de estúdio ou um registro ao vivo de show. E não será surpresa se a cantora norte-americana de r & b vier a contar com a colaboração do rapper Snoop Dogg nesse trabalho ainda embrionário. Sem lançar disco desde 2004, Baker gostou do resultado da gravação que fez com Dogg - Give me your Love (Love Song), tema do repertório de Curtis Mayfield (1942 - 1999) - para a trilha sonora do filme Superfly. Bisará a parceria??

Coletânea relembra tempo e obra de Chiquinha

Para quem aprecia o tempo - e a música! - de Chiquinha Gonzaga (1847 - 1935), a gravadora Biscoito Fino está lançando a coletânea Chiquinha Gonzaga e seu Tempo, que reúne 12 raros fonogramas extraídos do projeto A Casa Edison e seu Tempo. São gravações de alto valor histórico, pois nelas a própria compositora - pioneira por ter sido a primeira mulher a escrever partitura para opereta popular e a compor marcha de Carnaval - grava seu cancioneiro (formado basicamente por polcas, valsas, choros e tangos) na companhia dos músicos Antônio Maria Passos (flauta), Arthur de Souza Nascimento (violão) e Nelson Alves (cavaquinho) - integrantes do Grupo Chiquinha Gonzaga. A seleção do CD inclui Sultana (polca de 1908), Atraente (polca de 1911), Corta-Jaca (tango de 1912), Falena (valsa de 1913) e, claro, a marcha Ô Abre-Alas, composta em 1899 e ainda hoje o maior sucesso da discografia de Chiquinha.

'Run This Town' puxa 11º disco do rapper Jay-Z

Já disponibilizada no MySpace, Run This Town é a faixa que puxa o 11º álbum de Jay-Z, The Blueprint 3, que fecha a trilogia iniciada em 2001 com The Blueprint e continuada em 2002 com The Blueprint²: The Gift & the Curse. Lançada na sequência de D.O.A. (faixa que já rendeu clipe), Run This Town tem a participação de Rihanna e de Kanye West, co-produtor do álbum, cuja chegada às lojas está agendada para 11 de setembro de 2009. O CD teria também intervenções do duo MGMT e da banda inglesa Mr. Hudson, além de rappers como Drake e Kid Cuti. É independente!!