Virtuoso violonista, Becker se revela compositor
Resenha de CD
Título: Pra Tudo Ficar
Bem
Artista: Zé Paulo Becker
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *
Impossível não lembrar do violão de Baden Powell (1937 - 2000) ao ouvir Bem-Vindo, tema que abre o quarto CD solo de Zé Paulo Becker, Pra Tudo Ficar Bem. A faixa é, de fato, belo cartão de boas-vindas neste álbum em que o excelente violonista se revela bom compositor em músicas como Minas e Pé na África, cujos títulos já dão a pista de sua inspiração. Basta ouvir a deliciosa salsa Incinero - que tem os versos de Mauro Aguiar valorizados pela interpretação exata e exuberante de Ney Matogrosso - para comprovar o talento do músico como autor. E por falar em cantor de primeiro time, Zé Renato é o intérprete convidado de Homem ao Mar, outra bela parceria de Becker com Mauro Aguiar, discípula das canções praieiras de Dorival Caymmi (1914 - 2008). Aliás, a escolha de Zé Renato é ideal, pois - como já disse Hermínio Bello de Carvalho - a voz do cantor é pura como água. E o quarteto de cordas arranjado por Becker ajuda a formatar o tema com embalagem refinada. Das quatro músicas cantadas, Roda Baiana (Zé Paulo Becker e Tiago Torres da Silva), bem defendida por Moyseis Marques, é a menos inspirada. Em contrapartida, A Visita Oficial do Samba (parceria de Becker com Paulo César Pinheiro) saúda o samba e pede passagem entre metais e percussão na voz do próprio violonista que, mesmo sem brilhar como cantor, não compromete a beleza deste disco surpreendente em que tudo - ou quase tudo - fica bem.
Título: Pra Tudo Ficar
Bem
Artista: Zé Paulo Becker
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *
Impossível não lembrar do violão de Baden Powell (1937 - 2000) ao ouvir Bem-Vindo, tema que abre o quarto CD solo de Zé Paulo Becker, Pra Tudo Ficar Bem. A faixa é, de fato, belo cartão de boas-vindas neste álbum em que o excelente violonista se revela bom compositor em músicas como Minas e Pé na África, cujos títulos já dão a pista de sua inspiração. Basta ouvir a deliciosa salsa Incinero - que tem os versos de Mauro Aguiar valorizados pela interpretação exata e exuberante de Ney Matogrosso - para comprovar o talento do músico como autor. E por falar em cantor de primeiro time, Zé Renato é o intérprete convidado de Homem ao Mar, outra bela parceria de Becker com Mauro Aguiar, discípula das canções praieiras de Dorival Caymmi (1914 - 2008). Aliás, a escolha de Zé Renato é ideal, pois - como já disse Hermínio Bello de Carvalho - a voz do cantor é pura como água. E o quarteto de cordas arranjado por Becker ajuda a formatar o tema com embalagem refinada. Das quatro músicas cantadas, Roda Baiana (Zé Paulo Becker e Tiago Torres da Silva), bem defendida por Moyseis Marques, é a menos inspirada. Em contrapartida, A Visita Oficial do Samba (parceria de Becker com Paulo César Pinheiro) saúda o samba e pede passagem entre metais e percussão na voz do próprio violonista que, mesmo sem brilhar como cantor, não compromete a beleza deste disco surpreendente em que tudo - ou quase tudo - fica bem.
2 Comments:
Impossível não lembrar do violão de Baden Powell (1936 - 2000) ao ouvir Bem-Vindo, tema que abre o quarto CD solo de Zé Paulo Becker, Pra Tudo Ficar Bem. A faixa é, de fato, belo cartão de boas-vindas neste álbum em que o excelente violonista se revela bom compositor em músicas como Minas e Pé na África, cujos títulos já dão a pista de sua inspiração. Basta ouvir a deliciosa salsa Incinero - que tem os versos de Mauro Aguiar valorizados pela interpretação exata e exuberante de Ney Matogrosso - para comprovar o talento do músico como autor. E por falar em cantor de primeiro time, Zé Renato é o intérprete convidado de Homem ao Mar, outra bela parceria de Becker com Mauro Aguiar, discípula das canções praieiras de Dorival Caymmi (1914 - 2008). Aliás, a escolha de Zé Renato é ideal, pois - como já disse Hermínio Bello de Carvalho - a voz do cantor é pura como água. E o quarteto de cordas arranjado por Becker ajuda a formatar o tema com embalagem refinada. Das quatro músicas cantadas, Roda Baiana (Zé Paulo Becker e Tiago Torres da Silva), bem defendida por Moyseis Marques, é a menos inspirada. Em contrapartida, A Visita Oficial do Samba (parceria de Becker com Paulo César Pinheiro) saúda o samba e pede passagem entre metais e percussão na voz do próprio violonista que, mesmo sem brilhar como cantor, não compromete a beleza deste disco surpreendente em que tudo - ou quase tudo - fica bem.
Dizem que o Brasil é a terra do Samba. Sei não, acho que é a terra do violão também: Baden; João Bosco; Yamandú; Raphael Rabello...
É muito virtuose.
TERRA ABENÇOADA.
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