3 de julho de 2010

Lobão faz show elétrico no Rio antes de bio e CD

Elétrico, Lobão voltou a se abrigar sob a lona pop do Circo Voador na madrugada desde sábado, 3 de julho de 2010. Radicado em São Paulo (SP), o artista voltou momentaneamente ao Rio de Janeiro (RJ) para apresentar no Circo Voador o show Lobão Elétrico, embrião de seu próximo disco de inéditas, programado para 2011. Músicas como Song for Sampa e Das Tripas, Coração já estão previstas no repertório do álbum - e também do vinil que vai acompanhar, em outubro, a edição da biografia oficial do cantor, Cinquenta Anos a Mil, escrita com o auxílio do jornalista e guitarrista Cláudio Júlio Tognolli. Em show de peso, sustentado por duas guitarras, o roqueiro - visto no post em fotos de Mauro Ferreira - ajustou músicas como Mal de Amor, Bambino e O Grito à sonoridade hard da turnê Lobão Elétrico. Prestes a completar 53 anos, em 11 de outubro, o Grande Lobo ainda uiva com força e espera-se que tenha ânimo para concretizar o projeto de editar, pela Sony Music, caixa com os oito álbuns que lançou pela antiga gravadora RCA/BMG-Ariola no (profícuo) período de 1982 a 1991.

Vergueiro de novo na área com 'Contra-Ataque'

Carlinhos Vergueiro entra - de novo - na área com a reedição de Contra-Ataque - Samba e Futebol, disco autoral e independente de 1999 em que o compositor põe em campo as duas paixões nacionais. A reedição - posta nas lojas pela gravadora Biscoito Fino ainda a tempo de aproveitar a inicial euforia do povo brasileiro com a campanha da seleção de Dunga na Copa do Mundo 2010 da África do Sul - adiciona três músicas inéditas ao repertório original que inclui temas como Voz Irmã, Raí e Zico, além de Torresmo à Milanesa, parceria de Vergueiro com Adoniran Barbosa (1910 - 1982), e de Camisa Molhada (primeira composição de Vergueiro sobre futebol, assinada com Toquinho). As três faixas novas são Irresistível (samba feito por Carlinhos com Afonso Machado e com sua filha, Dora Vergueiro), Romário (tributo ao craque da Copa de 1994) e Linhas de Prazer.

Bowie reedita Station to Station com CD ao vivo

Bom álbum lançado por David Bowie em 1976, Station to Station vai ganhar reedições neste ano de 2010 em duas versões, Special e Deluxe, ambas nas lojas a partir de 20 de setembro. A edição Special é tripla e inclui, além do álbum original remasterizado, dois CDs com o registro ao vivo de show feito pelo cantor inglês no Nassau Coliseum, em Nova York (EUA), em 23 de março de 1976. Já a edição Deluxe é embalada em caixa que contém, além dos três discos da Special, mais dois CDs. Um traz a versão de Station to Station com a remixagem feita em 1985. O outro reúne cinco singles originados do álbum (Golden Years, TVC15, Stay, Word on a Wing e Station to Station). Incrementada com libreto de 24 páginas, que expõem fotos inéditas e textos do cineasta Cameron Crowe, a caixa vai embalar também DVD com quatro mixagens do álbum e edição em vinil do disco ao vivo Live Nassau Coliseum '76. Eis o repertório da edição tripla Special:
CD 1 - Station to Station
1. Station to Station
2. Golden Years
3. Word on a Wing
4. TVC15
5. Stay
6. Wild is the Wind
CD 2 - Live Nassau Coliseum '76

1. Station to Station
2. Suffragette City
3. Fame
4. Word on a Wing
5. Stay
6. Waiting for the Man
7. Queen Bitch
CD 3 - Live Nassau Coliseum '76 (parte II)
1. Life on Mars?
2. Five years
3. Panic in Detroit
4. Changes
5. TVC15
6. Diamond Dogs
7. Rebel Rebel
8. The Jean Genie

Mu Chebabi registra produção autoral em disco

Parceiro de Lenine e de Caxa Aragão em Hoje Eu Quero Sair Só, música lançada por Daúde em 1995, Mu Chebabi registra sua recente produção autoral no disco Uma Coisa É Uma Coisa, Outra Coisa É Outra Coisa. Diretor musical do Casseta & Planeta, Mu Chebabi apresenta uma parceria com o humorista Hélio de La Peña, O Gringo, samba turbinado com grooves de funk e de rock. Com Mombaça, Chebabi assina a balada pop Sozinha. Já Borogodó é parceria de Mu com sua filha, Madê Chebabi. O disco está sendo editado de maneira independente e totaliza onze músicas autorais.

Roupa Nova grava ao vivo com Sandy e Milton

O grupo Roupa Nova conclui neste sábado, 3 de julho de 2010, a gravação do CD e DVD Roupa Nova - 30 Anos. Iniciado em 2 de julho em show do sexteto na casa Credicar Hall, em São Paulo (SP), o registro ao vivo contou com adesões de Milton Nascimento (em Nos Bailes da Vida), Sandy (em Chuva de Prata), padre Fábio de Melo (em A Paz, versão de Heal the World, tema do repertório de Michael Jackson) e do grupo Fresno - todos vistos no primeiro dia da gravação em fotos clicadas por Orlando Oliveira (da Ag. News).

2 de julho de 2010

Coletânea mostra abordagem do sexo na MPB

Livro lançado pelo jornalista Rodrigo Faour em 2006, História Sexual da MPB rendeu programas de rádio e de TV. Quatro anos depois, o livro origina CD duplo, Sexo MPB, compilação em que Faour expõe, através de 30 gravações (quase todas do acervo da gravadora EMI Music), a abordagem do sexo e do amor sensual na música popular brasileira. O disco 1, Canções Sensuais, enfileira músicas em que o sexo é mais insinuado do que explicitado - com direito a gravações inéditas em CD como o registro de Amendoim Torradinho por Sylvia Telles (1935 - 1966) e o dueto de Gal Costa com Marcelo em De Fogo, Luz e Paixão. Já o disco 2, Músicas Safadinhas, enfoca temas de duplo sentido, boa parte egressa da produção musical nordestina, trazendo para o formato digital fonogramas como Dança do Bole-Bole (com João Roberto Kelly), É Mais Embaixo (Maria Alcina, no LP Plenitude) e A Perereca da Vizinha (com Dercy Gonçalves). Eis as (34) faixas:
CD 1 - Canções Sensuais
1. Dois Pra Lá Dois Pra Cá - Elis Regina (1974)
2. Da Cor do Pecado - Angel Maria (1955)
3. Do, Ré, Mi / Graças a Deus - Doris Monteiro (1978)
4. Amendoim Torradinho - Sylvia Telles (1955)
5. Você - Dick Farney & Claudette Soares (1974)
6. Medo de Amar nº 2 - Simone (1978)
7. Tanto que Aprendi de Amor - Fátima Guedes (1980)
8. O Meu Amor - Maria Bethânia e Alcione (1978)
9. Emoções - Wando (1978)
10. De Fogo, Luz e Paixão - Marcelo e Gal Costa (1978)
11. Avassaladora - Gonzaguinha (1990)
12. Outono - Angela RoRo e Antonio Adolfo (1997)
13. Não Estou Bem Certa - Marina Lima (1991)
14. Porque a Gente É Assim? - Ney Matogrosso (2008)
CD 2 - Músicas Safadinhas
1. Dança do Bole-bole - João Roberto Kelly (1977)
2. Não Bota no Meu - Jair Rodrigues (1985)
3. Sanduíche de Artistas - Os Originais do Samba (1985)
4. Radinho de Pilha - Genivla Lacerda (1979)
5. Eu Sou Cômico - Zenilton (1986)
6. Só Gosto de Tudo Grande - Marinês (1980)
7. É Mais Embaixo - Maria Alcina (1979)
8. O Tico-tico - Sandro Becker (1988)
9. Fofinha e Charmosa - Marion (1988)
10. A Roda - Sarajane (1987)
11. Melô do Piripipi - Gretchen (1981)
12. O Modo de Usar (Só Capim Canela) - Manhoso (1983)
13. A Perereca da Vizinha - Dercy Gonçalves (1964)
14. Eu Também Quero Mocotó - Chacrinha (1970)
15. Locução de Faour no programa Sexo MPB
16. Rua Pau Ferro - Bahiano (1910)
17. Locução de Faour II
18. Boceta de Rapé - Mário Pinheiro (1906)
19. Encerramento

Gray roça êxito de sua estreia com 'The Sellout'

Resenha de CD
Título: The Sellout
Artista: Macy Gray
Gravadora: Concord
Music / Universal Music
Cotação: * * * 1/2

Desde seu segundo disco, The Id (2001), Macy Gray vem tentando - em vão - reeditar o êxito de sua majestosa estreia fonográfica em 1999, ano em que a cantora lançou o álbum On How Life Is, emplacando o hit I Try nas paradas mundiais. Onze anos depois, Gray roça o êxito daquele promissor início com seu quinto álbum. Já na abertura a faixa que dá nome ao disco, The Sellout, sinaliza a volta de um vigor que já andava rareando em sua discografia. E o fato é que há muito tempo Gray não contava com um single tão potencialmente poderoso quanto Beauty in the World, destaque de bom repertório que transita entre soul pop (Lately), balada (Still Hurts, gravada em dueto com Romika) e rock. Sim, a adesão do Velvet Revolver em Kissed It não é à toa. Contudo, a verdade é que a faceta roqueira de Gray não chega a empolgar. Faixas como Help me - outro tema embebido em soul retrô com vocais que traduzem o desespero da letra - e Let You Win se impõem com mais força no disco. A cantora tem revelado em entrevistas que se sentiu rejeitada por ter sido esnobada por produtores em evidência no atual mercado fonográfico dos EUA. Sorte de Gray. Sem ter como formatar o som da moda, a artista acabou fazendo um disco que passeia sem nostalgia por músicas que evocam a música negra norte-americana de tempos idos -caso de Real Love, tema dividido com Bobby Brown. Em Big (2007), seu álbum anterior, Gray contou com nomes como will.i.am e Justin Timberlake sem reeditar o ambicionado sucesso comercial de sua estreia. Em The Sellout, Gray acena para o mercado sem querer ser muderna. E acerta mais do que erra, por mais que as letras quase sempre rasas deponham contra o álbum. E por mais que já pareça bem difícil alterar o seu status na indústria do disco.

Trilha de Youssou para filme é editada no Brasil

Documentário que estreou em 2008, já lançado em DVD, I Bring What I Love é filme em que a diretora Elizabeth Chai Vasarhelyi foca o cantor e compositor Youssou N'Dour - do Senegal - entre África e a Europa durante a gestação do álbum Egypt (2004). Editada em CD neste ano de 2010 pela gravadora Nonesuch, a trilha sonora do filme - assinada e gravada pelo próprio Youssou - ganha edição no mercado brasileiro pela Warner Music. Combinando gravações ao vivo e de estúdio, a trilha apresenta duas músicas novas - I Bring What I Love (o tema que deu nome ao filme) e Yonnent (The Messenger), esta composta e gravada em dueto com Moustapha Mbaye, do Senegal - e expõe a expressiva contribuição de Youssou N'Dour para a música do mundo. Sua trilha é luxuosa!!

Caetano brilha na bela trilha de 'O Bem Amado'

Resenha de CD
Título: O Bem Amado
Artista: Vários
Gravadora: Natasha
/ Universal Music
Cotação: * * * *

Já com estreia nos cinemas brasileiros agendada para 23 de julho de 2010, o filme O Bem Amado tem sua trilha sonora editada em CD antes da entrada em circuito da adaptação cinematográfica do texto de 1962, escrito originalmente por Dias Gomes (1922 - 1999) para o teatro e transformado em 1973 numa novela de sucesso que, por sua vez, originou série exibida pela TV Globo na primeira metade dos anos 80. Composta pela dupla Toquinho & Vinicius, a trilha sonora da novela tem lugar de honra em qualquer antologia do gênero. Assinada por Caetano Veloso com Berna Ceppas e Mauro Lima, a do filme dirigido por Guel Arraes não chega a ter caráter antológico, mas também se situa acima da média do gênero, resistindo muito bem fora da tela. As duas inéditas fornecidas por Caetano figuram entre as melhores músicas feitas pelo compositor - baiano como a fictícia cidade de Sucupira em que se aloca a trama - nos últimos anos. Esta Terra é o grande destaque. Com inspiração, Caetano musicou versos do poeta pernambucano José Almino no compasso qause agalopado do martelo, ritmo nordestino a que recorrem os cantadores e repentistas do Nordeste. Time esperto de músicos jovens - Kassin, Berna, Moreno Veloso, Davi Moraes, Felipe Pinaud - embala o tema com modernidade, deixando Caetano valorizar os versos de Almino, hábil ao retratar terra brasilis em que "reinam as marcas estranhas do destino". Terra que se ajusta ao perfil farsesco da Sucupira de Dias Gomes. Já A Vida É Ruim - a outra inédita de Caetano, ouvida na voz de Zélia Duncan e na versão instrumental que fecha o disco - dialoga de forma inteligente com o universo kitsch da canção sentimental brasileira e do bolero, trilhas de um Brasil interiorano que ignora, feliz, as mudernidades musicais dos grandes centros urbanos. Nesse Brasil interiorano, Carcará (João do Valle e José Cândido) ainda voa firme pelos céus em rota nordestina valorizada na trilha pelo canto épico de Zé Ramalho e pelas programações e efeitos de Berna Ceppas. A faixa traz no coro as cantoras Thalma de Freitas, Nina Becker e Cecília Spyer, trio feminino que ascende ao posto de protagonista no lúdico Jingle do Odorico (Guel Arraes, Jorge Furtado, Kassin e Berna Ceppas). Em maior ou menor dose, esse tom lúdico transparece também no Boogie sem Nome (Mauro Lima) - que marca o reencontro de Leo Jaime com os Miquinhos Selvagem Big Abreu, Bob Gallo e Leandro Verdeal - e nos temas instrumentais Chachacha das Cajazeiras (Kassin) e Cajazeira Tentação (Berna Ceppas). O primeiro evoca com frescor a latinidade dos trópicos. O segundo combina sensualidade e clima de suspense à moda das trilhas de 007. Em tom mais político, Jorge Mautner defende as cores do socialismo nacional em A Bandeira do meu Partido, tema composto e gravado por Mautner. E, por fim, há o único ponto dissonante da seleção musical de O Bem Amado: a regravação de Nossa Canção - música de Luiz Ayrão propagada em 1966 na voz de Roberto Carlos, em pleno reinado da Jovem Guarda - por Mallu Magalhães. Em ascensão evidenciada em seu segundo CD (Mallu Magalhães, 2009), a jovem cantora chega a soar amadora ao interpretar o tema mais romântico da trilha, faixa que poderia até ter apelo popular se a mesma canção já não tivesse sido revivida na última década por Maria Bethânia (em 2001), Vanessa da Mata (em 2003) e Nana Caymmi (em 2009). Descontada a insossa faixa de Mallu, o som da Sucupira 2010 tem tudo para ser amado pelo público, dentro e fora dos cinemas, e pelos fãs antigos de Caetano.

1 de julho de 2010

Edição de 30 anos de 'London Calling' é a de 25

com seis meses de atraso, a Sony Music põe nas lojas do Brasil a edição comemorativa do 30º aniversário do álbum London Calling, obra-prima de 1979 que consagrou o grupo britânico The Clash. Um dos símbolos do punk inglês, o álbum retorna ao catálogo em reedição dupla cujo encarte embala - em réplicas das capas do vinil original - CD com o disco em si e um DVD que exibe, em versão reduzida, o documentário The Last Testament - The Making of London Calling, dirigido por Don Letts com base em imagens da gravação do álbum no Wessex Studios, em Londres, a capital da Inglaterra que fervilhava na era dura da primeira ministra Margaret Thatcher. Sem legendas em português, o DVD exibe também vídeos promocionais das faixas London Calling, Train in Vain e Clampdown. Contudo, a edição que festeja os 30 anos de London Calling é similar à edição que, em 2004, celebrou os 25º aniversário do álbum. Por isso, apesar da boa qualidade da embalagem, a atual edição é indicada somente para quem não adquiriu a anterior. Ou para os fãs extremados do Clash.

Bruce reedita álbum de 1978 com novos vocais

Bruce Springsteen vai reeditar Darkness on the Edge of Town, o álbum que lançou em 1978. Com chegada às lojas prevista para o fim de 2010, a reedição vai incluir músicas adicionais. Springsteen optou por refazer os vocais de várias faixas originais. Quarto álbum do Boss, Darkness on the Edge of Town apresentou músicas como Badlands, Factory, Adam Raised a Cain e Streets of Fire nas 10 faixas originais. A reedição terá, ao menos, outras dez.

Dead Weather lapida crueza em Sea of Cowards

Resenha de CD
Título: Sea of Cowards
Artista: The Dead
Weather
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * * 1/2

Quarteto criado em 2009 por Jack White, The Dead Weather passa com louvor na prova do segundo disco. O coeso Sea of Cowards aprimora a crueza e a sujeira de Horehound (2009). Transitando entre o rock e o blues, o grupo apresenta álbum cheio de energia. A vitalidade salta aos ouvidos logo na primeira faixa, Blue Blood Blues. Ao longo das onze músicas do álbum, a crueza - perceptível tanto nos riffs da guitarra de Dean Fertita quanto nos vocais alternados entre Jack White e Alison Mosshart (cujo canto visceral sustenta temas como The Difference Between us e I Can't Hear You) - vai se intensificando e revelando todo o brilho deste álbum de espírito garageiro e vigor juvenil. I'm Mad e Die by the Trop, por exemplo, são faixas matadoras que destilam acidez, agressividade e virulência quase punk. Com repertório autoral assinado pelo quarteto, geralmente em conjunto, este irado Sea of Cowards já se impõe como um dos melhores discos de 2010.

Brian Wilson finaliza e grava obra de Gershwin

Brian Wilson aborda a obra genial do compositor norte-americano George Gershwin (1898 - 1937) em álbum que vai ser lançado nos formatos de CD e vinil, a partir de 17 de agosto de 2010, pela Disney Records, a gravadora idealizadora do projeto. O maior atrativo do repertório de Brian Wilson Reimagines George Gershwin são Nothing But Love e The Like in I Love You, os dois temas que o Beach Boy finalizou a partir de duas partituras inacabadas de Gershwin. No site oficial de Wilson, já é possível ouvir The Like in I Love You mediante cadastro. O artista aborda Gershwin na companhia de sua banda, mas arriscou vocais a capella para Rhapsody in Blue, o tema que abre e fecha o disco. Eis as faixas de Brian Wilson Reimagines George Gershwin:
1. Rhapsody in Blue (Intro)
2. The Like in I Love You
3. Summertime
4. I Loves You, Porgy
5. I Got Plenty of Nothin'
6. It Ain't Necessarily so
7. 'S wonderful
8. They Can't Take That Away from me
9. Our Love Is Here to Stay
10. I've Got a Crush on You
11. I've Got Rhythm
12. Someone to Watch Over me
13. Nothing But Love
14. Rhapsody in Blue (Reprise)

30 de junho de 2010

Maranhão, Gil e Emílio se impõem no semestre

Marcado por alto volume de lançamentos no mercado fonográfico brasileiro (entre reedições, gravações ao vivo e CDs de inéditas), o primeiro semestre de 2010 chega ao fim com poucos álbuns realmente relevantes. Contudo, alguns discos já se impuseram na safra nacional do semestre com cacife para figurar na lista de melhores do ano. Rodrigo Maranhão confirmou a fértil inspiração como compositor na obra-prima Passageiro (MP,B / Universal Music), apresentando irretocável repertório inédito, embalado com elegância e minimalismo pelo produtor Zé Nogueira. Com igual maestria na arte da composição, Gilberto Gil retomou o fôlego autoral dos tempos áureos em na Festa (Geléia Geral / Universal Music), disco de inéditas em que reciclou o cancioneiro junino no confronto entre o passado e o presente dos arraiais armados Brasil afora. Sem saudosismo, Gil radiografou o São João do século 21 sem deixar de lembrar que aprendeu a fazer a festa com o rei Luiz Gonzaga (1912 - 1989). Já Emílio Santiago deu baile no óbvio ao evocar o som do organista Ed Lincoln em Só Danço Samba, disco que marcou a abertura do selo do cantor, Santiago Music. Merecem também menções honrosas os álbuns de Edu Lobo (Tantas Marés, Biscoito Fino) e Dori Caymmi (Mundo de Dentro, Music Taste), assim como as notáveis intervenções feitas por Ruy Castro e Henrique Cazes em 12 gravações de Carmen Miranda (1909 - 1955), remixadas para o CD Carmen Miranda Hoje (Biscoito Fino). Que venham os discos do segundo semestre!

Leila revive Renato com Herbert, Dado e dueto

Já à venda pela Biscoito Fino, o CD em que Leila Pinheiro canta 15 músicas compostas e/ou gravadas por Renato Russo (1960 - 1996), Meu Segredo Mais Sincero, conta com adesões de Herbert Vianna (guitarra na pouco ouvida Quando Você Voltar) e Dado Villa-Lobos, companheiro de Russo na jornada da banda Legião Urbana (1982 - 1996). Dado toca guitarra em Daniel na Cova dos Leões, de cuja letra foi extraído o sensível título Meu Segredo Mais Sincero. O álbum foi formatado por Cláudio Faria com intervenções de Alê Siqueira e Márcio Reis Werderits. Alê, a propósito, inseriu em Índios as vozes do Coro Infantil dos Índios Guarani. No disco, Leila se acompanha ao piano em Eu Sei e volta a abordar temas como Tempo Perdido (já gravado por ela em seu terceiro álbum, Alma, de 1988) e Hoje (sua parceria bissexta com Russo, lançada pela cantora em 2005 no álbum Nos Horizontes do Mundo). O disco - que fecha com a interpretação a capella de Perfeição, inserida como vinheta no repertório - inclui também dueto póstumo de Leila e Renato em La Solitudine, música italiana do repertório da cantora Laura Pausini gravada por Renato no seu segundo CD solo, Equilíbrio Distante (1995). Eis as 15 faixas de Meu Segredo Mais Sincero, que expõe na capa e encarte fotos de Leila com Renato (clicadas por Ana Regina Nogueira em 1988):
1. Ainda É Cedo
2. Índios
3. Quando Você Voltar
4. O Teatro dos Vampiros
5. Angra dos Reis
6. Daniel na Cova dos Leões
7. Hoje
8. Pais e Filhos
9. Tempo Perdido
10. Há Tempos
11. Metal contra as Nuvens
12. Eu Sei
13. Andrea Dória
14. La Solitudine - com Renato Russo (fonograma do CD Duetos)
15. Perfeição (vinheta)

Prince edita álbum '20ten' via jornais europeus

Três anos depois de ter encartado seu álbum Planet Earth (2007) no jornal inglês Daily Mail, Prince volta a recorrer à mídia impressa para distribuir seus discos. Sucessor do projeto triplo Lotusflow3r (2009), 20Ten vai ser distribuído no Reino Unido em 10 de julho de 2010 com as edições dos jornais Daily Mirror (Inglaterra), Daily Record (Escócia) e Het Nieuwsblad (Bélgica). Bem na sequência, em 22 de julho, 20Ten chega à Alemanha na edição local da revista Rolling Stone. Ainda não há informações sobre o lançamento nos Estados Unidos do disco, produzido pelo próprio Prince com som que, de acordo com o artista, mistura elementos de funk e New Wave. Eis as inéditas 10 faixas autorais de 20Ten:
1. Compassion
2. Endlessly Beginning
3. Future Soul Song
4. Sticky Like Glue
5. Lavaux
6. Act of God
7. Walk in Sand
8. Sea of Everything
9. Everybody Loves me
10. Untitled Bonus Track

Stone Temple Pilots retorna ao disco sem fôlego

Resenha de CD
Título: Stone Temple
Pilots
Artista: Stone Temple
Pilots
Gravadora: Warner Music
Cotação: * *

É decepcionante o retorno ao disco do Stone Temple Pilots após longo hiato de nove anos provocado pela dissolvição do grupo (que se reuniu em 2008 para turnê). Stone Temple Pilots, o primeiro álbum da banda norte-americana desde Shangri-la Dee Da (2001), patina morno entre clichês do rock pesado. Por mais que o sucesso do single Between the Lines tenha sinalizado um disco mais inspirado, o fôlego curto da banda se anuncia já na primeira metade de Stone Temple Pilots. Entre hard balada como Dare If You Dare, o álbum apresenta uma ou outra faixa de maior peso (com direito a trocadilho) - casos de Huckleberry Crumble e, sobretudo, Hazy Daze. Mas é pouco para um grupo que ficou muito tempo longe dos estúdios. A rigor, o disco - produzido pelos manos Robert DeLeo e Dean DeLeo, que são o baixista e o guitarrista da banda, respectivamente - não decola. Ainda que o reconciliado vocalista Scott Weiland procure pôr no canto a energia dos tempos áureos, paira a incômoda sensação de que era melhor o Stone Temple Pilots não ter articulado essa insossa volta ao disco. É lamentável!

DVD oficioso da turnê do Police chega ao Brasil

A rentável turnê que reuniu o trio inglês The Police - entre maio de 2007 e agosto de 2008 - teve seu registro oficial editado em azeitado kit de CD e DVD intitulado Certifiable e posto nas lojas pela Universal Music em escala mundial, em novembro de 2008. Certifiable perpetuou a gravação ao vivo feita em dezembro de 2007 durante a passagem da turnê por Buenos Aires, capital da Argentina. Por isso mesmo, o CD e o DVD The Police in Concert 2008 Live at Tokyo Dome - editados de forma avulsa no Brasil pela gravadora Coqueiro Verde neste mês de junho de 2010 - devem ser evitados pelos fãs do grupo. Trata-se de registro oficioso da mesma turnê, captada em show feito pelo trio em 13 de fevereiro de 2008 em Tokyo, a capital do Japão. O roteiro é quase o mesmo, mas o áudio do DVD é 2.0 - sinalizando que o registro ora editado provavelmente se origina de gravação feita por emissora de TV do Japão - e o tratamento das imagens é inferior ao de Certifiable. Nem para fã!

Diego Moraes canta seus ídolos em CD e DVD

Finalista da edição 2009 do programa de calouros Ídolos, uma espécie de American Idol brazuca exibido pela TV Record, Diego Moraes perdeu para Saulo Roston. Mas, como Saulo, cuja vitória lhe rendeu contrato com a Warner Music, Diego ganhou também a chance de debutar no mercado fonográfico nativo. Meus Ídolos - projeto editado em CD e DVD pela EMI Music - marca a estreia do cantor paulista, de 24 anos, no mundo do disco. Trata-se do registro de show intimista em que Diego aborda repertório heterogêneo recolhido entre os cancioneiros de Rita Lee (Ando Meio Desligado - música da fase com Os Mutantes - e Pagu), Paralamas do Sucesso (Lanterna dos Afogados e Meu Erro), Cartola (As Rosas Não Falam) e Gilberto Gil (Punk da Periferia), entre outros nomes. Jurada do programa que revelou Diego, a cantora Paula Lima participa de Partido Alto.

29 de junho de 2010

Interpol revela capa e músicas do quarto álbum

O grupo norte-americano Interpol divulgou nesta terça-feira, 29 de junho de 2010, a capa e os nomes das 10 músicas de seu quarto álbum de inéditas. Nas lojas a partir de 7 de setembro, Interpol já está em pré-venda (por 12 dólares) no site oficial da gravadora Matador Records. Eis as faixas do CD, badalado pelo single Lights:
1. Success
2. Memory Serves
3. Summer Well
4. Lights
5. Barricade
6. Always Malaise (The Man I Am)
7. Safe Without
8. Try It on
9. All of the Ways
10. The Undoing

Reedições festejam os 70 anos de John Lennon

Para festejar os 70 anos de vida que John Lennon (1940 - 1980) completaria em 9 de outubro de 2010, um projeto que engloba reedições, caixas e coletâneas - intitulado Gimme Some Truth e supervisionado por Yoko Ono, viúva do artista - vai ser lançado em 4 de outubro em escala mundial. Para viabilizar o pacote, oito álbuns da carreira solo de Lennon foram remasterizados a partir das fitas originais e vão estar disponíveis numa caixa - The John Lennon Signature Box - e em edições avulsas. O penúltimo título da coleção, Double Fantasy (1980), volta ao catálogo em edição dupla que agrega CD com mixagem alternativa intitulada Stripped Down. A campanha fonográfica inclui também a edição de coletânea inédita (Power to the People: The Hits, com 15 sucessos populares do cantor) e de box que embala quatro CDs temáticos (Roots, Working Class Hero, Woman e Borrowed Time) e libreto com fotos raras e texto do jornalista norte-americano Anthony DeCurtis. Já a caixa The John Lennon Signature Box embala 11 CDs. Além dos oito álbuns oficiais, há disco com gravações obscuras e EP com singles. Eis os oitos álbuns de John Lennon remasterizados para a campanha Gimme Some Truth:
* John Lennon/Plastic Ono Band (1970)
* Imagine (1971)
* Some Time in New York City (1972)
* Mind Games (1973)
* Walls and Bridges (1974)
* Rock'n'Roll (1975)
* Double Fantasy (1980) / Double Fantasy Stripped Down (2010)
* Milk and Honey (1984)

Célia celebra 40 com 'Lado Oculto das Canções'

Cantora revelada em 1970 no programa de TV Um Instante, Maestro!, comandado pelo apresentador Flávio Cavalcanti (1923 - 1986), Célia celebra seus 40 anos de carreira com o lançamento do CD O Lado Oculto das Canções. Nas lojas entre fim de julho e início de agosto de 2010, pela gravadora Som Livre, o disco teve seu título inspirado em um verso de Eternamente (Tunai e Sérgio Natureza, 1983), uma das 14 músicas do repertório. Célia - vista no post em foto de Tripoli, feita para o disco - canta com Ney Matogrosso Não se Vá, hit da dupla Jane & Herondy em 1976. O repertório mistura temas de cantoras e compositoras projetadas nos anos 90 - casos de Adriana Calcanhotto (Vidas Inteiras, em linda gravação já em rotação na trilha sonora nacional da novela Passione), Ana Carolina (Aqui, balada composta com Totonho Villeroy) e Zélia Duncan (Desejo de Mulher, segunda parceria com o bandolinista Hamilton de Holanda) - com sucessos de artistas populares como Biafra (Vinho Antigo, 1979), Peninha (Sonhos, 1977) e Benito Di Paula (Se Não For Amor, 1973). Célia também canta Tim Maia. Eis as 14 faixas de O Lado Oculto das Canções:
* Vidas Inteiras (Adriana Calcanhotto) - com citação de Dejame ir (Chico Novarro e Mike Ribas)
* Apelo (Baden Powell e Vinicius de Moraes)
* Aqui (Ana Carolina e Totonho Villeroy)
* Não Se Vá (Jane & Herondy) - com Ney Matogrosso
* Êxtase (Guilherme Arantes)
* Cantiga de Quem Está Só (Jair Amorim e Evaldo Gouveia)
* Cigarro (Zeca Baleiro)
* Desejo de Mulher (Hamilton de Hollanda e Zélia Duncan)
* Eternamente (Tunai e Sergio Natureza)
* Meu Benzinho (Ângela Ro Ro)
* Não Vou Ficar (Tim Maia)
* Se Não For Amor (Benito Di Paula)
* Sonhos (Peninha)
* Vinho Antigo (Biafra)

Ivete confirma Nelly e Diego no elenco de DVD

Nelly Furtado e Diego Torres são mais dois nomes confirmados na gravação do CD e DVD Ivete Sangalo no Madison Square Garden - Multishow ao Vivo, agendada para 4 de setembro de 2010, em Nova York (EUA). Na foto, a cantora canadense de ascendência lusa posa com Ivete em Toronto, Canadá, onde as artistas já se encontraram neste mês de junho para compor e gravar algumas músicas. Nelly Furtado e Diego Torres - cantor e compositor argentino que acaba de lançar o seu oitavo álbum, Distinto - se juntam a time de convidados que já inclui o inglês James Morrison, o colombiano Juanes, o brasileiro Seu Jorge e o duo porto-riquenho Wisin & Yandel. Os ingressos para a gravação do show já estão à venda através do site oficial de Ivete Sangalo.

Elisa grava com Moraes sob a batuta de Krieger

Cantora carioca que transita já há alguns anos pelo circuito das casas de shows da Lapa (RJ), na rota que revelou Teresa Cristina e Luiza Dionisio, Elisa Addor debuta em disco sob a produção de Edu Krieger. Já em fase de mixagem no estúdio Tenda da Raposa (RJ), o CD marca a estreia de Krieger - ao centro na foto feita por Antonio de Pádua no estúdio Arp. X - na produção musical e tem lançamento previsto para o segundo semestre de 2010. Moraes Moreira figura na ficha técnica como parceiro de Galvão em Sorrir e Cantar como Bahia (1973) - o tema da lavra lúdica do grupo Novos Baianos regravado por Addor - e como autor e convidado da inédita Tia Ciata. Inédito em sua maior parte, a propósito, o repertório apresenta músicas de Edu Krieger (duas, sendo uma em parceria com Marcelo Caldi), Rafael dos Santos ((jovem integrante da ala de compositores da Portela, um dos autores do samba-enredo cantado pela escola no Carnaval deste ano) e da própria Elisa Addor. Entre as releituras, a cantora faz emergir Mar de Copacabana - tema pouco ouvido de Gilberto Gil, lançado pelo compositor em 1983 no álbum Extra, de sua fase pop - e Roendo Unha (Luiz Gonzaga e Luiz Ramalho, numa rara parceria de 1976).

Viáfora põe 'Batuque de Tudo' em CD e em DVD

Em julho de 2009, Celso Viáfora reuniu músicos e parceiros no estúdio Sol Lua, em Alambari (SP). O resultado das gravações pode ser conferido no CD e no DVD Batuque de Tudo, ora editados pelo compositor no primeiro semestre de 2010. Se os tambores do Trio Manari ecoaram em temas como Daqui, Que Nem a Gente e A Pessoa, outras faixas ganharam reforço vocal. Viáfora recebeu seu fiel parceiro Vicente Barreto para a Conversa ao Pé da Porta e registrou dueto com o também parceiro Ivan Lins em Boa Nova. O leque de parceiros, aliás, se abriu para agregar também Caê Rolfsen (No Tambor de Crioula), o argentino Beto Caletti (Desesquecidos) e Pedro Viáfora, filho de Celso, co-autor e convidado de Tudo Santo. Nos extras do DVD, o Quinteto em Branco e Preto marca presença em Põe pra Viver e O Despejo de Brad Pitt, dois temas ausentes entre as 13 faixas do CD.

28 de junho de 2010

14 Bis planeja voo ao vivo com Flávio Venturini

Flávio Venturini vai mesmo se reintegrar temporariamente ao 14 Bis para a gravação de CD e DVD com músicas inéditas. Anunciado em julho de 2009, o projeto da reunião já está em fase de pré-produção, no embalo das 25 mil cópias vendidas do DVD anterior do grupo, 14 Bis ao Vivo, editado em 2007 pela gravadora Sony Music. Venturini participou deste último registro ao vivo, mas como convidado. Seu último trabalho como integrante do 14 Bis - visto no post numa foto de Sylvio Coutinho - foi gravado em 1987.

Com atraso, Skank celebra 15 anos de 'Calango'

Com (oito) meses de atraso, a Sony Music põe nas lojas a edição comemorativa dos 15 anos de Calango, o segundo álbum do Skank, lançado em outubro de 1994. A edição adiciona oito faixas-bônus às 11 faixas originais do CD que consolidou a (coesa) carreira fonográfica do grupo mineiro. O material adicional inclui demos de quatro músicas (Jackie Tequila, Te Ver, Estivador e O Beijo e a Reza) e as gravações em espanhol de Amolação (Desesperación) e É Proibido Fumar (És Prohibido Fumar) - além dos remixes de A Cerca (assinado por Paul Ralphes) e Te Ver (a cargo de Dudu Marote - produtor do CD).

Baleiro edita livros e CDs em pacote multimídia

Ironizando as comemorações de datas redondas, tão habituais no mercado fonográfico, Zeca Baleiro decidiu celebrar seus 13 anos de carreira fonográfica com pacote que embala dois discos e dois livros - a serem editados de forma avulsa entre julho e agosto de 2010. Os CDs - Trilhas e Concerto - saem pelo selo do artista, Saravá Discos. Gravado com participação da atriz Rosi Campos, Trilhas é coletânea de temas compostos por Baleiro para filmes e espetáculos de dança. Já Concerto é o registro ao vivo do show feito pelo cantor - visto no post em foto de Marcos Hermes - no Teatro Fecap (SP), em março de 2010, na companhia dos músicos Swami Jr. e Tuco Marcondes. O repertório inclui duas inéditas, A Depender de mim e Mais um Dia Cinza em São Paulo, esta gravada ao vivo em estúdio e alocada no CD como faixa-bônus. Já Canção para Ninar um Neguim - composta em 1993 em tributo a Michael Jackson (1958 - 2009) - é inédita na voz de Baleiro, mas já foi registrada por Renato Braz no álbum Quixote, editado em 2005.
Na sequência dos lançamentos dos discos, Baleiro edita os livros Bala na Agulha (Reflexões de Boteco, Pastéis de Memória e Outras Frituras) - com impressões sobre música, literatura, futebol e outros assuntos - e A Vida é um Souvenir Made in Hong Kong - Livro de Canções. Este songbook reúne letras do cantor, em edição de tiragem limitada a ser publicada pela Editora da Universidade Federal de Goiás. Fechando o pacote, intitulado marotamente Vocês Vão Ter que me Engolir, Baleiro estreia em agosto no Teatro do Sesi, em São Paulo (SP), Quem Tem Medo de Curupira? - um musical infanto-juvenil de sua autoria.

Pitty forma paralelo duo de folk com guitarrista

Pitty criou projeto paralelo com o guitarrista de sua banda, Martin Mendezz. Trata-se do duo Agridoce, cujo som é mais voltado para o folk. A primeira música do Agridoce - Dançando, bonita balada cuja gravação ultrapassa os seis minutos - já pode ser ouvida na página da dupla no portal MySpace, onde há vídeos e fotos do duo.

Barbra é 'funny lady' na intimidade de seu clube

Resenha de DVD
Título: One Night Only
at the Village Vanguard
Artista: Barbra
Streisand and Quartet
Gravadora: Sony
Music
Cotação: * * * *

"A vida é um círculo, né?", constata em cena Barbra Streisand, diante dos 123 privilegiados que assistem, na noite de 26 de setembro de 2009, ao íntimo show da cantora que, naquela única rara ocasião, estava sendo gravado ao vivo para originar o atual DVD da artista. Sim, como se sua vida e sua carreira girassem em órbita circular, Barbra voltava a pisar no palco do Village Vanguard, o pequeno clube de Nova York (EUA) que lhe abrigou antes da fama e no qual não cantava desde 1962. E tal volta lhe fez bem como prova o belo DVD - já à venda no Brasil - One Night Only at the Village Vanguard. Trata-se de classudo registro ao vivo que segue a linha cool e elegante do último álbum de inéditas da artista, Love Is the Answer (2009), disco ambientado no mesmo clima jazzy do show. Aos 68 anos, Barbra já não exibe em sua plenitude a voz de longo alcance que cativou multidões dos anos 60 aos 80. Só que continua sendo uma senhora cantora. Descontraída, como se já encarnasse uma funny lady naquele minúsculo palco que lhe traz tantas recordações, a artista reparte suas memórias afetivas com o público seletíssimo que incluía o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e as atrizes Nicole Kidman e Sarah Jessica Parker. E, justamente pelo fato de Barbra abrir a cortina do passado enquanto entoa standards como My Funny Valentine e Bewitched, Bothered and Bewildered, seu clássico The Way We Were adquire sentido e significado especiais em show movido a reminiscências e feito pela cantora somente na companhia de virtuoso quarteto de piano, baixo, guitarra e bateria. Tudo soa íntimo, sem a suntuosidade de outrora. E o ambiente acolhedor permite que o espectador capte em detalhes os olhos marejados da cantora ao longo de If You Go Away, a versão em inglês de Ne me Quitte Pas. Envolvida por essa atmosfera mais real, sem a maquiagem e sem a moldura cênica de espetáculos anteriores, Barbra desce do pedestal a ponto de esquecer uma música do roteiro, admitir isso para seu público e permitir que a omissão - observada por ela a tempo com auxílio de músico da banda - seja testemunhada pelos espectadores de seu DVD. Talvez fosse assim em 1962, na fase pré-People. Mas, como a vida às vezes dá voltas, Barbra Streisand retorna ao começo sem perder a pose. E a classe.

27 de junho de 2010

Cañas relança CD 'Hein?' com inédita de Nando

Lançado em julho de 2009 pela Sony Music, o segundo álbum de Ana Cañas - Hein? - ganha reedição, quase um ano depois, com uma faixa-bônus. A novidade é a inédita Luz Antiga, balada composta por Nando Reis para Cañas - de quem o ex-titã se aproximou ao gravar dueto com ela em Pra Você Guardei o Amor, canção do último álbum de Nando, Drês (2009). Disco de tom roqueiro pilotado por Liminha, Hein? destacou temas como o rock Na Multidão e a balada Esconderijo.

The Roots rebobina pérolas do soul com Legend

Dias depois de ter lançado seu nono álbum de estúdio (How I Got Over, nas lojas estrangeiras desde 21 de junho de 2010), a banda norte-americana The Roots - que cruza elementos de rap, rock, soul e jazz - já se prepara para editar outro disco. Desta vez, um CD com covers de clássicos do soul, rebobinados na companhia do cantor John Legend. Já programado para ser lançado em 21 de setembro, via Sony Music, o CD se chama Wake Up! e traz no repertório temas dos repertórios de Marvin Gaye (Wholy Holy), Donny Hathaway (Little Ghetto Boy), Harold Melvin & the Blue Notes (Wake Up Everybody - faixa eleita o primeiro single em que figura o rapper Common), Baby Huey and the Babysitters (Hard Times) e Mike James Kirkland (Hang on in There), entre outros nomes. Entre as 11 faixas, há tema original, Shine, composto por Legend para o (inédito) documentário Waiting for Superman.

Trilha do musical American Idiot ecoa no Brasil

Já está à venda no mercado brasileiro, via Warner Music, o CD duplo com a trilha sonora do musical American Idiot, que estreou em setembro de 2009 na Broadway com um enredo inspirado no álbum homônimo lançado pelo trio norte-americano Green Day em 2004. Aliás, American Idiot - o conceitual álbum original de 2004 - já foi idealizado para funcionar como ópera-rock. Na trilha do musical, que engloba temas do álbum seguinte da banda (21st Century Breakdown, de 2009), o Green Day interage bem com os 24 atores do elenco do premiado espetáculo.

Vânia Abreu lança 'Dó de mim' em single digital

Vânia Abreu lança bom single digital neste mês de junho de 2010 com regravação de Dó de mim, canção de Péri que a intérprete já havia registrado em seu segundo álbum, Pra mim (1997). O registro de 2010 foi gravado por Vânia apenas na companhia do piano de Marcelo Galter. Editado pelo selo BMGV Music, o single digital de Dó de mim se encontra disponível - por ora - apenas na loja virtual UOL Megastore. A partir de julho de 2010, o single vai estar à venda em outras lojas do mercado virtual nativo.

Álbum da Copa põe Sony e sons afros em campo

Enquanto a já controvertida jabulani rola nos campos da África do Sul, a Sony Music procura driblar a letargia do mercado fonográfico mundial com a distribuição de Listen Up! The Official Fifa 2010 World Cup Album. Pelo fato de Copa do Mundo de 2010 ser na África do Sul, a seleção musical da competição põe em campo artistas e sons afros - sem deixar de priorizar nomes do elenco da própria Sony Music e sem deixar de recorrer a nomes globalizados como Skakira (intérprete de Waka Waka, a música oficial da Copa, gravada com o coletivo Freshlyground em inglês e espanhol). Nas lojas desde 1º de junho de 2010, o CD destaca Sign of a Victory - composto por R. Kelly e gravado pelo cantor norte-americano de r & b com o coral Soweto Spiritual Singers - e Move on up (em dueto de Angelique Kidjo com John Legend). O time inclui a brasileira Claudia Leitte, escalada para rebobinar seu hit carnavalesco As Máscaras em dueto com a cantora africana Lira. A gravação é diferente do fonograma que abre o segundo CD solo de Leitte, As Máscaras. Antenado com os ventos da política, Listen Up! embute numa das 14 faixas, a operística Hope, fala do pacificador Nelson Mandela em favor da esperança. Grande lance!