Caçador, Fábio tenta seduzir caças em especial
Resenha de CD / DVDTítulo: Fábio Jr. & Elas
Artista: Fábio Jr.
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * * *
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Resenha de CD / DVD
Resenha de CD
Com quase 25 anos de estrada, se contabilizados os primeiros shows feitos em 1984, o grupo pernambucano Mundo Livre S/A - que ganhou projeção nacional na década de 90, na linha de frente do movimento Mangue Beat - edita criteriosa primeira coletânea. Com capa assinada por Jorge Du Peixe (integrante da banda-irmã, a Nação Zumbi) e Valentina Trajano, Combat Samba alude no título ao álbum mais miscigenado do grupo inglês The Clash, Combat Rock, editado em 1982. A seleção das faixas foi feita pelo produtor Carlos Eduardo Miranda, que pilotou a única gravação inédita da compilação, Estela (A Fumaça do Pajé Miti Subitxxi), registrada em março de 2008 no estúdio Muzak, no Recife (PE). A letra foi inspirada na notícia de que amostras de sangue de crianças de tribos indígenas de Rondônia estavam sendo comercializadas via internet. No encarte, Fred Zeroquatro comenta cada uma das 14 músicas. A (boa) edição faz jus à banda.
Nem a proeza de ter sido laureado em 2007 com um Grammy de Melhor Álbum de Reggae por Love Is my Religion tirou Ziggy Marley da sombra de seu pai, Bob. Neste DVD, captado em Los Angeles (EUA) em dezembro de 2007, já no fim da turnê promocional do segundo disco do artista sem a banda The Melody Makers, Ziggy mostra que (per)segue a religião de seu genitor ao inserir estrategicamente no roteiro clássicos de Bob como Rastaman Vibration, Concrete Jungle, Is This Love? e Jammin'. A turnê passou pelo Brasil em 2006. Lançado em fevereiro no exterior, o DVD Love Is my Religion Live chega neste mês de maio ao mercado brasileiro pela gravadora Deckdisc. Não por acaso, um adesivo posicionado na capa nas cores da bandeira jamaicana chama a atenção para o fato de o DVD de Ziggy incluir grandes sucessos de Marley, o Bob.
Marjorie Estiano - cujo segundo disco passou em brancas nuvens por conta da dedicação da artista à novela Duas Caras - retoma a carreira de cantora com participação na gravação da quarta edição do projeto Um Barzinho, um Violão. Na gravação, agendada para segunda e terça-feira, 12 e 13 de maio de 2008, no Morro da Urca (RJ), 24 estrelas do pop e da MPB vão reviver músicas lançadas em trilhas sonoras de novelas exibidas pela Rede Globo na década de 70. Marjorie, por exemplo, vai cantar Broto Legal, sucesso de Celly Campello na virada dos anos 50 para os 60 que voltou às paradas em 1976 por conta da novela Estúpido Cupido. O projeto Um Barzinho, um Violão - Novelas Anos 70 é produzido por Max Pierre e tem direção musical de Guto Graça Mello. O CD e o DVD captados ao vivo nos dois dias de gravação serão lançados no segundo semestre via Universal Music. Está sendo prevista também uma edição em Blu-Ray - o DVD de alta definição - até o fim do ano. Eis as músicas e os intérpretes agendados para os dois dias de gravação do CD e DVD:Gravação de 13 de maio:
Celso Fonseca – Enrosca (Guilherme Lamounier)
Diogo Nogueira – Você Abusou (Antonio Carlos e Jocafi)
Dudu Nobre – Malandragem Dela (Tom e Dito)
Fernanda Takai – Pavão Misterioso (Ednardo)
Isabella Taviani – Um Jeito Estúpido de te Amar (Isolda e Milton Carlos)
Lobão – Como Vovó já Dizia (Raul Seixas/Paulo Coelho)
Margareth Menezes – Filho da Bahia (Walter Queiroz)
Marina Elali – Eu Preciso te Esquecer (Mauro Motta e Robson Jorge)
Paula Toller – Sonhos (Peninha)
Pedro Mariano – Beijo Partido (Toninho Horta)
Tunai – Nuvem Passageira (Hermes Aquino)
Zélia Duncan – Paralelas (Belchior)
Versão estilosa de Nilo Sérgio para I'm Looking over a Four-Leaf Clover, tema de Mort Dixon e Harry Woods, Trevo de Quatro Folhas pode ser ouvida na trilha da nova novela das 18h da Rede Globo, Ciranda de Pedra, na regravação feita por Fernanda Takai (à direita em foto de Fabiana Figueiredo) para o álbum Onde Brilhem os Olhos Seus, em que aborda o repertório de Nara Leão (1942 - 1989). A curiosidade é que na primeira adaptação televisiva do livro de Lygia Fagundes Telles, exibida pela mesma Rede Globo em 1981, a mesma música constava da trilha sonora da adaptação do autor Teixeira Filho no registro original de Nara.
Já está saindo do forno para as lojas o CD duplo Zé Ramalho da Paraíba, que inaugura o selo Discobertas e apresenta ao público gravações inéditas extraídas de fitas cassetes em que Zé Ramalho registrou shows feitos nos anos 70. A capa do álbum (à direita) foi criada pela designer Romana Fabrício numa parceria com Daniel Araújo. Aberto pelo pesquisador musical Marcelo Fróes, o selo Discobertas é distribuído pela gravadora Coqueiro Verde. Ramalho licenciou as gravações de seu acervo pessoal para Fróes.
Cyndi Lauper - que nos anos 80 chegou a ser encarada como uma possível rival de Madonna - não teve a mesma sorte profissional da Material Girl, mas continua em regular atividade no meio fonográfico. Depois de classudo álbum de covers de standards (At Last, 2003) e de revisitar o seu próprio repertório ao lado de convidados (The Body Acoustic, 2005), a cantora se prepara para lançar, em 27 de maio, o seu primeiro disco de músicas inéditas desde Shine, trabalho obscuro de 2004. Bring Ya to the Brink é o 12º álbum da artista e reúne 12 músicas. Eis, na ordem, as faixas do disco que vai tentar recolocar Lauper na pista:
Resenha de show
De todos os artistas convidados por Zizi Possi para participar da série Cantos e Contos, apresentada pela artista às terças-feiras na casa Tom Jazz (SP), Edu Lobo é o que tem mais experiência em dividir o palco com a cantora, que batizou dois de seus mais festejados álbuns, Sobre Todas as Coisas (1992) e Valsa Brasileira (1994), com músicas compostas por Edu em parceria com Chico Buarque . Na noite de terça-feira, 6 de maio de 2008, Zizi e Edu (em foto de Ronaldo Aguiar) reviveram essa parceria harmoniosa no nono dos 12 shows previstos no projeto. "A obra de Edu é pedra fundamental na revelação de minha identidade. Melhor dizendo, na construção da minha ponte para falar com Deus", conceitua Zizi em seu blog. Eis o roteiro do (inédito) show:
Dom Quixote de la Mancha - o Cavaleiro da Triste Figura - anda cavalgando pelo sertão nordestino, montado na boa música do compositor baiano Gereba. Transpor a obra-prima do escritor espanhol Miguel de Cervantes (1547 - 1616) é a idéia desenvolvida por Gereba em seu primeiro álbum em seis anos. Dom Quixote Xote Xote (Pôr do Som / Brazilmúsica!) reconta a saga de Cervantes através de parcerias de Gereba com poetas como Abel Silva (Um Sonho Feliz) e José Carlos Capinan (No Segredo dos Azuis), entre outras músicas. Ritmos como coco, xote e galope pontuam a história. O álbum conta com intervenções do ator Paulo Betti (na faixa de abertura, Nos Campos de Montiel / Dom Quixote em Cordel) e das crianças do Projeto Guri (coro e palmas no galope No Trote do Rocinante). Coincidentemente, a idéia de recontar a saga de Cervantes em tom nordestino foi desenvolvida também na peça Dom Quixote de Lugar Nenhum, escrita por Ruy Guerra e estrelada pelo ator Edson Celulari, com a direção de Ernesto Piccolo. A estréia foi em 2007.
Resenha de CD
A grande repercussão do disco em que Fernanda Takai recria o repertório de Nara Leão (1942 - 1989) já motivou o lançamento de nova coletânea da emblemática cantora. O Melhor de Nara Leão (capa à esquerda) chega às lojas pela gravadora Som Livre com 14 sucessos da artista. A seleção combina standards da Bossa Nova (O Barquinho, Garota de Ipanema, Wave) com músicas da fase em Nara tomou posição mais engajada (Opinião, Carcará, Marcha da Quarta-Feira de Cinzas), gerando um racha entre os bossa-novistas. Da seleção, o samba Diz que Fui por Aí é uma das poucas músicas recorrentes no festejado disco de Fernanda Takai.
Cantor e compositor mineiro, em evidência na década de 70 com sucessos românticos como Impossível Acreditar que Perdi Você, Márcio Greyck tem seu cancioneiro popular compilado pela Som Livre em coletânea da série Sempre. O disco rebobina gravações originais de temas como Aparências, grande hit radiofônico de 1981. Mas, diferentemente de coletâneas anteriores editadas pela Sony Music (atual Sony BMG), nem todas os registros de Sempre são originais. Algumas músicas, como O Infinito, aparecem em regravações feitas por Greyck nos anos 90 via gravadora Albatroz. No auge, Greyck foi gravado por Roberto Carlos. O Rei pôs voz em músicas como Tentativa, incluída no CD.
Embora a novela Duas Caras já esteja na reta final, chega às lojas neste mês de maio um terceiro CD com músicas da trama exibida pela Rede Globo às 21h. O disco Duas Caras Instrumental reúne vários temas incidentais usados para pontuar as cenas do folhetim de Aguinaldo Silva. O álbum tem 16 faixas. Há versões instrumentais de músicas como E Vamos à Luta (o samba de Gonzaguinha propagado na abertura da novela 18 anos depois de seu lançamento), Coisas que Eu Sei (hit de Danni Carlos) e Folhetim (a composição de Chico Buarque regravada por Luiza Possi para a novela). Completam a seleção temas incidentais intitulados com os nomes das personagens a que se referem. Entre eles, Tema de Maria Paula - de fato, bonito - e Tema de Claudius.
Cabe ao grupo paulista Dance of Days (em foto de Tadeu Garbes) inaugurar o projeto Álbum Virtual, desenvolvido pela gravadora Trama numa parceria com a empresa Extreme Days. A idéia é oferecer na internet discos inéditos no formato físico. O primeiro Álbum Virtual é A Dança das Estações, CD da banda Dance of Days que estará disponível (por tempo limitado) a partir de 15 de maio no site da Extreme Days. O álbum em questão tem 10 faixas.
Entre a dissolução do lendário grupo Aborto Elétrico e a formação da banda Legião Urbana, Renato Russo (1960 - 1996) encarnou nos palcos de Brasília (DF) a personagem do Trovador Solitário. Foi sob essa alcunha que o cantor fez seus primeiros shows individuais. Gravações caseiras dessa fase do artista - feitas em 1982 com voz e violão - vão ser editadas em CD pelo selo Discobertas, do pesquisador musical Marcelo Fróes. O lançamento está previsto para julho. A família de Russo avaliza.
Resenha de livro
Três - até certo ponto injustas... - ausências despertam a atenção entre as fartas 104 indicações da sexta edição do Prêmio Tim de Música. O corpo de jurados - que inclui nomes como Ana Costa, Charles Gavin, Daúde, Davi Moraes, Dé Palmeira e Marcelo Camelo, entre outros artistas e jornalistas vinculados à música - ignorou por completo os nomes de Maria Rita, Paula Toller e Teresa Cristina. É fato que o terceiro CD de Maria Rita (em foto de Tripolli), Samba Meu, dividiu opiniões, embora tenha renovado e rejuvenescido o público da cantora e a tenha ajudado a cortar o cordão umbilical que a ligava à mãe, uma tal de Elis Regina (1945 - 1982). Já Delicada - o quarto álbum de Teresa Cristina com o Grupo Semente - ganhou elogios unânimes da crítica, mas foi esquecido, mesmo com o prêmio tendo categoria inteiramente dedicada ao samba. Será que é pelo fato de ter sido editado pela EMI Music, a gravadora que andou se estranhando com a direção do Prêmio Tim? E o que pensar da ausência do segundo álbum solo de Paula Toller? SóNós foi um dos lançamentos mais sofisticados de 2007 no segmento pop. Mas o júri parece não ter pensado assim. Qualquer júri deve ser soberano, mas as ausências de Paula Toller e Teresa Cristina - e, em menor grau, a de Maria Rita - desvalorizam o 6º Prêmio Tim de Música. Embora isso jamais vá abalar o prestígio das três artistas.
Com sete indicações ao todo, por conta de seu Acústico MTV, Paulinho da Viola saiu na frente na corrida pelos troféus do 6º Prêmio Tim de Música. Divulgada oficialmente nesta terça-feira, 6 de maio de 2008, a lista totaliza 104 indicados em 16 categorias. A seleção foi feita a partir da inscrição de 768 CDs e 114 DVDs. Deste total, o júri elegeu 394 CDs e 42 DVDs para avaliação. A cerimônia de entrega do Prêmio Tim - que em 2008 homenageia Dominguinhos - vai ser realizada em 28 de maio, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (RJ), com show em tributo ao artista.
O quarteto britânico The Cure agendou o lançamento de seu 13º álbum - ainda sem título - para 13 de setembro. A partir deste mês de maio, o grupo vai lançar quatro singles - um a cada mês, sempre no dia 13. Em 13 de maio, já vai sair o single com The Only One (a outra música é NY Trip). Em 13 de junho, é a vez de Freakshow, o single que vai incluir também All Kind of Stuff. Já os dois últimos singles ainda não foram revelados.
Resenha de CD e DVD
Em 2004, a diva Edith Piaf (1915 -1963) ganhou homenagem no Festival de Montreux, na Suíça, com show em que seis cantores reviveram músicas do repertório da intérprete francesa, acompanhados por quarteto de jazz liderado pelo pianista francês Baptiste Trotignon. O espetáculo foi perpetuado no DVD A Tribute to Piaf - Live at Montreux 2004 - ora editado no mercado brasileiro pela gravadora ST2. O time de intérpretes inclui a cantora africana Angelique Kidjo (em números como La Foule e Non, Je Ne Regrette Rien), a norte-americana Barbara Morrison (em Autumn Leaves), a alemã Ute Lemper (em músicas como Embrasse-Moi e L'Accordéoniste), o suíço Michael von der Heide (em temas como Mon Dieu) e as francesas Catherine Ringer (em C'est a Hambourg) e Regine (em números como Padan, Padan). No gran finale, todos cantam La Vie en Rose - o maior sucesso da grande dama da canção francesa.
O grupo norte-americano Nine Inch Nails liberou para download gratuito seu nono álbum, The Slip, que somente vai estar nas lojas - nos formatos de CD e vinil - a partir de julho. A partir desta segunda-feira, 5 de maio de 2008, é possível baixar gratuitamente as 10 faixas do álbum no site oficial da banda. Ao informar um endereço de e-mail, o ouvinte recebe na sua caixa postal o link para fazer o download e um arquivo em pdf com as letras, a capa e a arte gráfica do CD, que traz músicas como Discipline e Echoplex. Tal iniciativa já é recorrente na carreira do grupo de Trent Reznor.
Resenha de CD
Ainda em processo de recuperação da parada cardíaca sofrida em decorrência infeliz de operação de lipoaspiração realizada em 2004, o cantor Marcus Menna - projetado como vocalista do grupo LS Jack - retoma sua carreira fonográfica neste mês de maio com o lançamento do álbum É Preciso Saber Viver - Marcus Menna Acústico, editado pela gravadora LGK Music, dirigida por Líber Gadelha, o executivo que apostou no LS Jack. No disco, Menna (no estúdio na foto de Marcos Hermes) busca a superação de sua tragédia pessoal em repertório de regravações registrado com intervenções de Rogério Flausino, Toni Garrido e Wilson Sideral. Flausino participa de O Sol (hit do grupo Jota Quest) e da faixa-título, É Preciso Saber Viver, de autoria de Roberto e Erasmo Carlos, lançada pelo Rei em seu álbum de 1974 e rebobinada pelos Titãs em 1998 no CD acústico Volume Dois. Garrido revive A Estrada, tema de sua própria autoria, gravado pelo grupo Cidade Negra. Já Sideral pôs voz em O Poeta Está Vivo, parceria de Frejat e Dulce Quental gravada pelo grupo Barão Vermelho em seu álbum Na Calada da Noite (1990). O disco traz regravação de Tempos Modernos, hit de Lulu Santos em 1982.
No oitavo dos 12 shows programados na série Cantos e Contos, apresentada por Zizi Possi às terças-feiras na casa Tom Jazz (SP), a cantora recebeu como convidado o ótimo acordeonista Toninho Ferragutti (com Zizi na foto de Ronaldo Aguiar). Centrado no cancioneiro de Gonzaguinha (1945 - 1991), compositor recorrente na discografia da artista, o roteiro incluiu também músicas de Luiz Gonzaga (1913 - 1989) e de José Miguel Wisnik. "Cada vez que canto Gonzaguinha, a música se revela mais e mais profunda e envolvente. A poesia soma sentidos, cada vez mais abrangentes e pertinentes", relata Zizi em seu blog. Eis o roteiro do oitavo show:
Leandro Sapucahy está com seu segundo CD, +1 +Uma, pronto há meses. Mas o cantor exigiu da Warner Music que o disco fosse lançado juntamente com um DVD. Satisfeita a vontade do artista, a gravação do primeiro DVD de Sapucahy foi agendada para a próxima quinta-feira, 8 de maio de 2008, na Fundição Progresso (RJ). No roteiro, que mistura músicas dos dois CDs do cantor, haverá as intervenções de Arlindo Cruz, Leci Brandão, Marcelo D2, MC Marcinho e MC Marechal. A atriz Regina Casé faz parte da produção do DVD pelo qual Sapucahy bateu o pé.