10 de maio de 2008

Alexia estréia bem com toque elegante de Dadi

Resenha de CD
Título: Astrolábio
Artista: Alexia
Bomtempo
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * 1/2

A rigor, Alexia Bomtempo não é uma intérprete brasileira. Nasceu nos Estados Unidos, filha da cantora e compositora norte-americana Monica Nagle, e morou lá até a adolescência. Mas, a despeito de fechar com regravação de My Cherie Amour, hit de Stevie Wonder, Astrolábio - o primeiro CD de Alexia - gravita em torno de referências brasileiras. De Bossa Nova - evocada na releitura trivial de Roxanne, clássico do trio britânico The Police - e da Tropicália. Mas sobretudo de Dadi, o produtor do disco. Co-autor de oito das 13 faixas, algumas compostas em parceria com Pierre Aderne e a própria Alexia, Dadi imprimiu toque elegante na estréia fonográfica da cantora e, de certa forma, é seu universo particular que dá o tom do álbum. Seja por conta do delicioso registro de O Leãozinho - a canção que um embevecido Caetano Veloso fez inspirado na figura jovialde Dadi, nos anos 70 - ou por causa de Farol da Barra, parceria do mesmo Caetano com Galvão que deu título, também na década de 70, a um álbum dos Novos Baianos, o grupo pós-tropicalista que revelou Dadi. Ou ainda por conta da predominância do produtor na autoria do repertório. Seja como for, Alexia Bomtempo deixa boa impressão nesta estréia. Apesar de tantas referências musicais de outras eras, Astrolábio é disco pautado por suavidade contemporânea. A mesma leveza que dá o tom do canto afinado de Alexia. O timbre lembra ligeiramente o de Marisa Monte, mas isso não impede que Alexia Bomtempo crie um universo particular a partir do mundo musical de Dadi. 2 Perdidos, parceria do Leãozinho com Arnaldo Antunes, ganha seu registro mais sedutor. Das inéditas, as melodiosas Pra Dormir até Mais Tarde e Nuvem d'Água parecem até vocacionadas para as paradas. Se os astros que regem o arisco mercado fonográfico conspirarem a favor, Alexia Bomtempo poderá se tornar mais uma estrela na ilimitada constelação da música brasileira com o CD Astrolábio.

6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

porque marisa monte tem que ser referência de tudo? que coisa chata, ela é uma boa artista, mas não é o umbigo do mundo das cantoras

10 de maio de 2008 às 13:12  
Blogger Lusiane said...

A Alexia é uma grande estrela, como Mauro mesmo disse...

Acredito que as músicas Mais e Cromologia do Pierre tenham entrado.. realmente magníficas!!!

Ela manda muito bem!

Beijão!

10 de maio de 2008 às 15:48  
Anonymous Anônimo said...

A associação com Marisa Monte é extremamente forçada. O timbre lembra Paula Toller.

11 de maio de 2008 às 04:11  
Anonymous Anônimo said...

Já vi esse filme e se chamava Déborah Blando!

11 de maio de 2008 às 05:56  
Anonymous Anônimo said...

Mais uma cantora e nada mais...

12 de maio de 2008 às 18:02  
Anonymous Anônimo said...

O timbre lembra mais muito a Paula Toller do que a Marisa Monte, contudo isso não é demérito nem problema, talvez pelo contrário, já que o cd deixa a Alexia bem distinta das outras duas.

Anderson

21 de agosto de 2008 às 16:22  

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