14 de julho de 2007

Hamilton celebra amizade com Mehmari em CD

Mal lançou o CD Íntimo, Hamilton de Holanda (em foto de Gal Oppido) já tem um outro álbum no forno da gravadora Deckdisc. Agendado para chegar às lojas já em agosto, Contínua Amizade foi gravado pelo bandolinista em duo com o pianista André Mehmari. No repertório, músicas de Pixinguinha (Rosa) e Guinga (Di Menor), além de Love Theme, música do filme Cinema Paradiso, criada pelo maestro Ennio Morricone. Já no terreno autoral, Hamilton assina O Sonho e Mehmari, Vivo Entre Valsas.

Ivete integra seleção de Miguel Bosé em 'Papito'

O rosto de Ivete Sangalo pode ser achado no braço direito de Miguel Bosé entre as tatuagens que tomam conta do corpo do cantor na imagem da capa do CD Papito, recém-lançado no Brasil via Warner Music. É que a cantora baiana faz parte da seleção de 15 nomes reunidos pelo astro nascido no Panamá (e naturalizado espanhol) no disco em que festeja 30 anos de carreira fonográfica (seu primeiro LP foi editado em 1977). Olvídame Tú, parceria de David Ascanio e Nacho Palau, é a música gravada por Ivete em dueto com Bosé - numa prova da crescente popularidade da brasileira no mercado externo de música latina (especialmente em Portugal e Espanha). Eis a lista das 15 faixas de Papito e seus respectivos convidados:
1. Morena Mía - com Julieta Venegas
2. Si Tú no Vuelves - com Shakira
3. Bambú - com Ricky Martin
4. Nada Particular - com Juanes
5. Amante Bandido - com Alaska
6. Sevilla - com Amaia Montero
7. Nena - com Paulina Rubio
8. Te Amaré - com Laura Pausini
9. Los Chicos no Lloram - com David Summers
10. Como un Lobo - com Bimba Bosé
11. Olvídame Tu - com Ivete Sangalo
12. Este Mundo Va - com Leonor Watling
13. No Encuentro un Momento pa Olvidar - com Sasha Sokol
14. Hay Días - com Alejandro Sanz
15. Lo que Hay Es lo que Ves - com Michael Stipe

Trilha da novela das 19h traz 'pecados originais'

Nas lojas ainda em julho, via Som Livre, o disco com a trilha sonora da atual novela das 19h da Rede Globo - Sete Pecados - apresenta músicas compostas e gravadas especialmente para a história de Walcyr Carrasco por nomes como Lenine (Não Faz Mal a Ninguém), Eduardo Dussek (Gula), Luciana Mello (Vaidade), Cláudio Zoli (Ira - A Lira da Ira), Fábio Jr. (Anjo, sucesso do Roupa Nova em 1983), Isabella Taviani (Luxúria) e Rodrigo Santos (Pão-Duro). São temas que, em sua maioria, abordam os sete pecados capitais - motes da história - e valorizam a trilha. Eis as 18 músicas do disco:
1. Tema de Não Quero Ver Você Triste - Erasmo Carlos e Marisa Monte
2. Deixo - Ivete Sangalo
3. Eu Vou Seguir (Reach) - Marina Elali
4. Anjo - Fábio Jr.
5. Um Anjo Muito Especial (My Special Angel) - Roupa Nova
6. Teletema - Ivo Pessoa
7. Preciso Ser Amado - Tim Maia
8. Nossa História de Amor - Maurício Mattar
9. Luxúria - Isabella Taviani
10. Deixa Isso pra Lá - Lulu Santos
11. Não Faz Mal a Ninguém - Lenine
12. Carne e Osso - Zélia Duncan
13. Exaustino - Zeca Pagodinho
14. Gula - Eduardo Dussek
15. Pão-Duro - Rodrigo Santos
16. Ira (A Lira da Ira) - Cláudio Zoli
17. Contrato Assinado - Deborah Blando
18. Vaidade - Luciana Mello

Orishas apresenta duas inéditas em Antidiotico

Após três ótimos álbuns (A Lo Cubano, Emigrante e El Kilo - editados em 2000, 2003 e 2005, respectivamente), o trio Orishas lança sua primeira coletânea, Antidiotico (capa acima), que foi turbinada com duas razoáveis músicas inéditas, Hay un Son e Una Pagina Doblada. A compilação vale pelos hits, que dão boa idéia da habilidade do grupo em misturar o rap com os ritmos de Cuba. Eis a seleção da coletânea, editada no Brasil pela Universal Music:
1. Hay un Son
2. A Lo Cubano
3. Elegante
4. Emigrantes
5. 5.3.7. Cuba
6. Represent, Cuba
7. Naci Orishas
8. Que Pasa?
9. Silencio
10. Connexion
11. Habana
12. El Kilo
13. Que Bola?
14. Quien te Dijo
15. Una Pagina Doblada

13 de julho de 2007

Velha Guarda da Mangueira no samba de Rita

A Velha Guarda da Mangueira participa do álbum de sambas que Maria Rita vai lançar em setembro - com a produção de Leandro Sapucahy. Nascida em São Paulo (SP), a cantora logo se afeiçoou à escola verde-e-rosa desde que passou a circular mais pelo Rio de Janeiro. O terceiro disco de Rita já está sendo finalizado, em sigilo.

Documentário fabrica a imagem real de Tom Zé

Resenha de filme
Título: Fabricando Tom Zé
Direção: Decio Matos Jr.
Estréia: 13 de julho de 2007
Cotação: * * * *

Raro é o documentário sobre um astro que resiste à tentação fácil de glorificar o nome enfocado na tela. Em cartaz nos cinemas nacionais a partir desta sexta-feira, 13 de julho, Fabricando Tom Zé reitera a todo momento a criatividade do compositor nascido em Irará (BA) e radicado em São Paulo (SP) sem, no entanto, cair na babação. A partir de turnê feita por Zé na Europa em 2005, o diretor Decio Matos Jr. molda o retrato sem retoques do artista - ajudado pela deliciosa incontinência verbal do compositor frente às câmeras. As declarações inusitadas de Tom Zé sustentam e até costuram a narrativa, embora o olhar do diretor também revele o personagem através do não-dito e deixe claro, por exemplo, como Neusa Martins, a mulher e empresária de Tom Zé, é a criatura que alimenta o criador. Aliás, os depoimentos bem certeiros de Neusa ajudam o espectador a compreender a figura já lendária do artista.

Tom Zé habita um mundo musical particular. Mas sua língua tem sido entendida por estrangeiros desde que uma cópia de seu LP Estudando o Samba (1976), obra-prima de sua discografia, foi parar casualmente nas mãos e ouvidos do americano David Byrne, que, ao decidir lançar discos de Tom Zé por seu selo, nos Estados Unidos, acabou gerando o renascimento artístico do compositor no Brasil. As imagens de shows captados na França, Itália e Suíça explicitam o fascínio exercido pelo artista sobre platéias que se permitem seduzir pela linguagem experimental da música de Tom.

Ovelha desgarrada do rebanho tropicalista, Tom Zé expõe a dor de ter amargado exílio de duas décadas em pleno Brasil. E sua relação mal-resolvida com Caetano Veloso e Gilberto Gil - os mentores da Tropicália - transparece sobretudo no depoimento em que Tom Zé estranha, sem citar nomes, a retirada de suas fotos na decoração de determinado Carnaval baiano que exaltava o som tropicalista. Se Caetano ainda faz uma mea-culpa, Gil se mostra bem mais seco (embora polido) em suas intervenções. Fica o dito pelo não-dito...

Fabricando Tom Zé descontrói Tom Zé para reerguer o Homem e o artista que, em determinados momentos, beirou a genialidade. E o barraco armado por ele na Suíça na passagem de som de show no Festival de Montreux, por conta do descaso de técnico que não se esforçou para entender as necessidades do compositor e de sua banda, ilustra a insubmissão de Zé aos colonialismos estrangeiros. Atitude até corajosa para quem somente conseguiu reapareceu na sua pátria por conta do aval externo, como lembra o crítico Tárik de Souza. Enfim, um grande filme que elucida um pouco a mente inquieta de um (grande) artista que extrapola rótulos e fronteiras.

Bill, Forfun e Gordo no ritmo de Charlie Brown

Em seu nono CD, Ritmo, Ritual e Responsa, o grupo Charlie Brown Jr. (em foto do site oficial da banda) recebe convidados como o rapper MV Bill (na faixa Sem Medo da Escuridão), João Gordo (em Vida de Magnata) e o grupo Forfun (em O Universo a Nosso Favor). Já no forno da EMI Music, o álbum foi concebido como a trilha sonora do inédito filme O Magnata, cujo roteiro é assinado por Chorão, líder e vocalista do quarteto de Santos (SP).

Arnaldo, Céu e Cordel na trilha oficial do PAN

O disco com a trilha oficial dos XV jogos Pan-Americanos vai ser lançado nesta sexta-feira, 13 de julho. Editado pela Som Livre, em parceria com o selo Caco Discos, o CD conta com a produção de Alê Siqueira e reúne gravações de Arnaldo Antunes, Céu e o grupo Cordel do Fogo Encantado - entre outros nomes. Arnaldo é autor (em parceria com Liminha) e intérprete de Viva Essa Energia, o hino oficial dos jogos, gravado pelo tribalista em dueto com Ana Costa, cantora ligada ao samba. Céu entoa Wave, de Tom Jobim, e o Cordel defende Foguete de Reis. Já a faixa Tempos é parceria de Ramiro Musotto e Alê Siqueira. Há também o choro Brasileirinho.

12 de julho de 2007

Marina planeja CD com show íntimo do Baretto

Marina Lima já prepara um mimo para fãs e para colecionadores de sua obra: um CD com o registro do show íntimo que estreou em 2004 no bar Baretto - do Hotel Fasano - em São Paulo (SP). Naquele show, embrião que gerou o disco Lá nos Primórdios (de 2006), a cantora rebobinou sucessos antigos como Grávida e Não Sei Dançar, além de ter revivido sua releitura de Beija-Flor (um hit da Timbalada) e de ter arriscado versão para Hollywood, de Madonna. A música virou Salvador na versão de Marina. Ainda não há previsão para o lançamento do disco, que deverá sair com tiragem limitada. O que já está no forno e sai este ano é o DVD que perpetua o show Primórdios, dirigido por Monique Gardenberg.

Clarkson parece Alanis em seu CD mais autoral

Resenha de CD
Título: My December
Artista: Kelly Clarkson
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * *

Kelly Clarkson tinha tudo para ser uma marionete nas mãos dos executivos da Sony BMG. Mas a vencedora da primeira edição do American Idol parece ter tomado as rédeas de sua carreira neste terceiro CD, de repertório autoral. Vai ser muito difícil tirar do disco um hit como Because of You - a música estrangeira mais tocada nas rádios do Brasil em 2006. Clarkson deu guinada em direção ao rock - como já fica perceptível pela audição de faixas como Never Again, One Minute e Don't Waste your Time. É um rock que destila uma raiva que lembra as músicas iniciais de Alanis Morissette. Contudo, há algo também de Evanescence no repertório. E o fato, triste, é que My December é um álbum chato, linear. Clarkson soa ora como Alanis, ora como Amy Lee, e termina sem assinalar a sua própria identidade. Em boas baladas como Sober e Chivas (a faixa acústica escondida depois de Irvine, a última música oficial do disco), salta aos ouvidos o poderio vocal da cantora. Mas, voz por voz, Mariah Carey sempre teve muita bala na agulha e, nem por isso, fez bons discos. Merece aplausos a coragem de Clarkson de se desvencilhar das fórmulas fáceis em que foi enquadrada pela gravadora em seus dois álbuns anteriores, mas seus esforços não são suficientes para tornar My December recomendável. Faltou aquele algo mais...

Menescal traz Stevie Wonder para a bossa nova

Incansável, Roberto Menescal vai trazer o cancioneiro black de Stevie Wonder para o universo da bossa nova. O CD Stevie in Bossa vai ser lançado primeiro no Japão em outubro e - mais tarde - ganha edição nacional. Entre as músicas, I Just Called to Say I Love You, hit de Stevie em 1984.

Bob Dylan entra na era dos remixes em agosto

Pela primeira vez, uma música de Bob Dylan vai ganhar um remix oficial. A escolhida foi Most Likely You Go your Way (And I'll Go Mine), lançada pelo compositor em 1966, no álbum Blonde on Blonde. Assinado pelo DJ Mark Ronson, o histórico remix deverá ser lançado nas pistas em agosto e, a partir de outubro, poderá ser ouvido na compilação Dylan, que vai abranger todas as fases da obra do artista - com repertório inteiramente selecionado por fãs.

11 de julho de 2007

Manilow investe no repertório adocicado dos 70

Após rebobinar sucessos (óbvios) das décadas de 50 e 60, Barry Manilow investe no repertório adocicado dos anos 70 no terceiro volume de sua série de discos de covers. The Greatest Songs of the Seventies tem lançamento agendado para 18 de setembro. Na seleção, hits de Barbra Streisand (The Way We Were), Beatles (The Long and Winding Road), Bee Gees (How Could You Mend a Broken Heart), Carole King (You've Got a Friend), The Carpenters (They Long to Be - Close to You), Elton John (Don't Go Breaking my Heart) e Rod Stewart (Sailing). A edição dupla do álbum vai agregar ao repertório do disco simples oito versões acústicas de sucessos de Manilow na década. Entre eles, Mandy e I Write the Songs. Foi - afinal - nos anos 70 que o cantor conquistou a fama...

Printes peca pelo excesso de repertório autoral

Resenha de CD
Título: Mais Perto de mim
Artista: Eliana Printes
Gravadora: Indie Records
Cotação: * *

Eliana Printes já costumava incluir uma ou duas músicas de lavra própria - geralmente, em colaboração com Adonay Pereira - em seus bons discos anteriores. No seu sexto CD, Mais Perto de mim, a cantora erra na dose, assinando seis (!) das 11 músicas. O excesso de repertório autoral prejudica o álbum, que nunca soa tão sedutor quanto seus antecessores. Há, sim, duas músicas até bacanas da compositora. Venha Ser meu Sol brilha no disco. Se Chovesse Você, gravada em dueto com Chico César, não é tão boa, mas também se destaca. O problema é que o álbum vai perdendo o encanto à medida em que vai avançando. E nem a presença de Pedro Luís salva uma música menor como Quando Você Passa por mim. Da também fraca seara alheia, a melhor faixa é a canção Por Onde? - a parceria de Kléber Albuquerque (compositor recorrente na discografia da cantora) com Tata Fernandes. Entre um tema de Totonho Villeroy (Santa Padroeira) e um quase samba muderninho de Arícia Mess (Força e Elegância), Printes decepciona ao regravar Velho Realejo - valsa de Custódio Mesquita (1910 - 1945) com Sadi Cabral (1906 - 1986) que fez parte do repertório de Silvio Caldas (1908 - 1998) - sem o sentimento, por exemplo, posto por Jair Rodrigues no registro da mesma bela música incluído por coincidência na trilha sonora da novela Eterna Magia. Enfim, Eliana Printes é boa cantora, tem timbre agradável, mas precisa focar no que sabe fazer de melhor: interpretar - sobretudo - músicas alheias, peneirando as próprias.

Ira! revisa 25 anos em DVD filmado em estúdio

Resenha de DVD
Título: Invisível DJ
Artista: Ira!
Gravadora: Arsenal
/ Universal Music
Cotação: * * *

Depois de dois bem-sucedidos projetos ao vivo, gravados via MTV, o Ira! foge do mero registro de um show ao vivo neste seu terceiro DVD. Invisível DJ rebobina as músicas do CD homônimo em sessão de estúdio. Não deixa de ser um show, mas sem platéia. E com a energia que o Ira! habitualmente exibe no palco. Às doze músicas do disco, o grupo adicionou o cover de Foxey Lady, de Jimi Hendrix. Os alentados extras acabam encorpando o (bom) DVD e extrapolando a função de meros apêndices. Não tanto o clipe de Eu Vou Tentar (dirigido por Selton Mello e estrelado pelos atores Léo Rosa e Nathalia Lima Verde) e o convencional making of da gravação, mas, sobretudo, o breve documentário 25 Anos, costurado com depoimentos dos músicos da banda e de nomes como Kid Vinil e Roger Moreira. A melhor entrevista é a feita com Junior, empresário do grupo. Sem entrar em intimidades, Junior expõe as eventuais dificuldades de convivência entre os músicos ("São quatro personalidades fortes") e, em especial, os problemas que teve com Nasi na época em que o vocalista do Ira! vivia sob domínio das drogas. Após um ano sem falar com Nasi, Junior foi quem levou o cantor à clínica em que ele se internou para vencer o vício. E o que fica do terno depoimento de Junior é a certeza de que um laço familiar une os integrantes do grupo. Pena que o documentário tenha sido urdido somente com depoimentos, sem fotos e imagens antigas que mostrassem a real evolução dessa duradoura (e irada) família do pop rock brasileiro.

The Cure programa álbum duplo para outubro

O 13º álbum de estúdio do grupo The Cure vai ser duplo. Previsto para outubro, o disco vai incluir inéditas como Christmas Without You, The Perfect Boy, Please Come Home, Lusting Here in your Mind e The Hungry Ghost. Ao vasculhar demos antigas, o líder do grupo, Robert Smith, encontrou três temas dos anos 80 que foram reciclados. O disco também deverá ser lançado em edição simples.

10 de julho de 2007

Alicia agenda o álbum 'As I Am' para novembro

Uma das melhores cantoras reveladas nos Estados Unidos na área do soul, Alicia Keys agendou para 12 de novembro o lançamento de seu terceiro álbum de estúdio. As I Am será o sucessor de um dos melhores títulos da série Unplugged MTV. A compositora Linda Perry assina três músicas do repertório e uma - The Thing about Love - já foi apresentada por Alicia (em primeira mão) no show do Live Earth. John Mayer é um dos convidados do álbum.

'Ecos e silêncios' do Foo Fighters em setembro

Sexto álbum do grupo Foo Fighters, Echoes, Silence, Patience and Grace já tem lançamento programado para 25 de setembro. Uma das 12 músicas inéditas do CD, The Ballad of the Beaconsfield Miners, foi inspirada na história real de dois mineiros da Tasmânia que foram soterrados e, enquanto aguardavam o resgate, pediram um iPod com músicas do grupo para amenizar a (longa) espera por socorro. Eis as músicas do disco, que será lançado pela Sony BMG:
1. The Pretender
2. Let It Die
3. Erase / Replace
4. Long Road to Ruin
5. Come Alive
6. Stranger Things Have Happened
7. Cheer up Boys (Your Make-up Is Running)
8. Summer's End
9. The Ballad of the Beaconsfield Miners
10. Statues
11. But Honestly
12. Home

Poema de Adélia Prado no planeta de Maurício

Projetado na lendária dupla Os Mulheres Negras, que formava com André Abujamra nos anos 80, Maurício Pereira vai lançar seu quarto disco solo, Pra Marte, no fim de julho. Um poema da mineira Adélia Prado, Pranto para Comover Jonathan, foi musicado pelo artista para o CD, que conta com intervenções de Skowa, Alice Ruiz e do citado André Abujamra. O pianista Daniel Szafran é parceiro de Pereira na faixa-título. Quieto um Pouco, Um Tango e Um Teco-Teco Amarelo em Chamas são outras músicas do autoral e inédito repertório. A gravadora Lua Music vai distribuir o disco.

'Planet Earth', de Prince, gira com 10 músicas

Planet Earth (capa acima) - o novo álbum de Prince - tem o seu lançamento, nos Estados Unidos, agendado para 24 de julho. Mas, como já foi noticiado em âmbito mundial, o CD será distribuído de graça na Inglaterra, encartado num tablóide britânico. O sucessor de 3121 (2006) reúne 10 músicas. Eis a relação de faixas do disco:
1. Planet Earth
2. Guitar
3. Somewhere Here on Earth
4. The One U Wanna C
5. Future Baby Mama
6. Mr. Goodnight
7. All the Midnights in the World
8. Chelsea Rodgers
9. Lion of Judah
10. Resolution

9 de julho de 2007

Primeiro álbum de Amy sai em série econômica

Uma boa notícia para os fãs da cantora Amy Winehouse, que lançou um dos melhores CDs de 2007, Back to Black: até então indisponível no apático mercado nacional, o primeiro álbum da artista, Frank (capa à esquerda), de 2003, já está sendo editado no Brasil entre os 13 títulos internacionais da série Universal MusicPac, que tem preço sugerido de R$ 14,90. Trata-se de disco mais jazzístico.

Ensaio de 1992 põe Silvio Caldas na era do DVD

Um dos cantores da era do rádio, Silvio Caldas (1908 - 1998) chega à era do DVD postumamente com vídeo que registra a entrevista que concedeu ao programa Ensaio, da TV Cultura, em 1992. Entre as histórias contadas a Fernando Faro, diretor da longeva série, há 15 números musicais. O Caboclinho Querido canta músicas como Faceira, O Pião, Na Baixa do Sapateiro, Chão de Estrelas, Mulher e No Rancho Fundo, entre outros hits de sua época. Na mesma coleção do Ensaio, há um DVD de Jamelão.

Grupo Mombojó perde o flautista Rafael Torres

O ótimo grupo pernambucano Mombojó entra esta semana de luto pela morte precoce de Rafael Torres (foto), flautista da banda, das mais incensadas da atual cena pop. Integrante do Mombojó desde a fundação do conjunto, em 2001, Rafa - como ele era conhecido - tinha 24 anos e morreu na noite de quinta-feira, 5 de julho, vítima de ataque cardíaco. Ele sofria de doença congênita, trombocitose.

Dorina ressalta a relação do violão com o samba

Resenha de CD
Título: O Violão
e o Samba
Artista: Dorina, Carlinhos
7 Cordas e Cláudio Jorge
Gravadora: Zambo Discos
Cotação: * * *

Boa cantora, fiel militante do mundo do samba, Dorina volta à cena com um CD focado nas cordas de aço - presentes nas letras dos 12 sambas e na concepção do disco, que associa a voz de Dorina aos violões de Carlinhos 7 Cordas e Cláudio Jorge. O Violão e o Samba é daqueles álbuns envolventes por sua economia e simplicidade. Não há firulas. Não há excessos. E, no caso, bastam a voz da cantora e os dois violões para realçar o sentimento abordado nos versos de músicas como Tudo se Transformou (Paulinho da Viola), De Qualquer Maneira (Candeia), Cordas de Aço (Cartola) e Violão Amigo (da dupla Bide e Marçal). O repertório, a propósito, é irretocável. E o CD cresce sobretudo nos sambas bem menos conhecidos - casos de Notável Amiga (Luiz Carlos da Vila), Meu Violão (Sidney Miller) e Zuela de Oxum (Moacyr Luz e Martinho da Vila). Tem até um obscuro Chico Buarque (Amanhã Ninguém Sabe). Há interpretações de Dorina - como as de Violão Vadio (Baden Powell e Paulo César Pinheiro) e Samba do Irajá (Nei Lopes) - que são especialmente felizes, belas. Outras, como a de Cordas de Aço, por exemplo, já se ressentem da comparação com registros anteriores. Mas nada tira o brilho deste disco que (re)afirma o talento de Dorina e sua fidelidade ao samba.

8 de julho de 2007

Transexual apresenta seu 'FunkyDiscoFashion'

Performer transexual em evidência na cena gay paulista, Claudia Wonder lança seu primeiro CD, FunkyDiscoFashion, em que investe num som eletrônico urdido com funk, disco music, synth-pop e rap. O duo The Laptop Boys, formado por Godoy Jr. e Panais Bouki, assina o CD com Wonder. Com exceção de Besame Mucho, emblemático bolero de Consuelo Velásquez, todas as músicas são inéditas. Pelos títulos de algumas faixas (Atendimento, Funk da Frígida, Mulher do Balcão, Ursinho Misterioso e Travesti, entre outras), dá para ter uma idéia da vibe do electrofunk da artista. O álbum está sendo editado pela gravadora Lua Music, de São Paulo.

Com Arismar, Jane exibe CD à altura de sua voz

Resenha de CD
Título: Uma Porção de Marias
Artista: Jane Duboc e
Arismar do Espírito Santo
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

Jane Duboc é grande cantora que poucas vezes gravou discos à altura de sua voz. Uma Porção de Marias é um deles. A idéia - de reunir músicas que falam de mulheres nas letras - nem é tão original... A diferença vem do toque (levemente) jazzístico que a entrosada dupla dá a sambas e sambas-canções lançados, em sua maioria, nos anos 30 e 40. Em sintonia com o violão de Arismar, estupendo neste disco, a cantora embala temas como Emília (de Wilson Batista e Haroldo Lobo) e Maracangalha (Dorival Caymmi) com scats singings. Só que, como ressalta Sérgio Cabral no texto escrito para apresentar o álbum, as leituras de Jane e Arismar são respeitosas. A ligeira abordagem jazzística do belo repertório não altera o sabor de músicas e letras. E o que sobressai é a ginga com que a dupla encara sambas como Rosa Morena, de Caymmi. Até a Maria Moita, criada por Carlos Lyra e Vinicius de Moraes na fase mais engajada da Bossa Nova, entra no tom suingante do álbum. Enfim, uma grande cantora, um grande instrumentista e, sim, um grande repertório (Último Desejo, Pra Machucar meu Coração, Ai que Saudade da Amélia! e Marina) somente poderiam resultar em grande CD. Uma Porção de Marias honra a voz de Jane Duboc.

A volta de Dom Salvador ao mercado brasileiro

Radicado em Nova York (EUA) desde 1973, o pianista paulista Dom Salvador voltou, enfim, ao mercado fonográfico brasileiro. Editado pela Biscoito Fino, Dom Salvador Trio (capa à direita) é seu primeiro disco no Brasil em 36 anos (o último - Som, Sangue e Raça - foi gravado com o grupo Abolição em 1971). Para fazer o CD, gravado em dois dias, 8 e 9 de janeiro de 2007, no Rio de Janeiro, Salvador remontou o trio que agitava o Beco das Garrafas e outros templos do samba-jazz na década de 60. O posto de baixista continua com Sérgio Barrozo. Já a bateria - originalmente, a cargo do virtuoso Édison Machado, morto em 1990 - ficou com Duduka da Fonseca, também radicado nos EUA como Salvador. No repertório, há 12 temas inéditos do pianista tocados num estilo que o próprio Dom Salvador define como 'afro-jazz brasileiro'. Entre as músicas, Elis, Pro Maurício, East River Blues, Antes da Chuva, High Energy, Um Passeio no Horto Florestal, Maninha Rosa e Last Day of Forever.

'Discoteca MTV' fecha com o tempo pop de Lulu

Resenha de programa de TV
Título: Discoteca MTV - Tempos Modernos
(Lulu Santos, 1982)
Exibição: MTV
Data: 6 de julho de 2007
Cotação: * * *
"Foi uma tábua de salvação". Assim, sincero e lúcido, Lulu Santos definiu Tempos Modernos, álbum enfocado no último episódio da série Discoteca MTV. Nos anos 70, o cantor já tentara lugar ao sol no mundo pop nativo como integrante do grupo Vímana e, em 1980, estreara na carreira solo com compacto que nunca saiu da obscuridade. Gravado por conta do sucesso de música de Lulu (De Repente Califórnia) na trilha sonora do filme Menino do Rio, Tempos Modernos deu a Lulu, enfim, o passaporte para a fama. "Já era um pouco tardinho. Eu já tinha 28 anos... Do Vímana até o disco, eu não sabia se a idéia de ser músico e artista iria resistir às pressões da vida", lembrou o compositor, ressaltando que ia ser dispensado da major Warner Music antes de fazer o LP. "Tempos Modernos existe porque Heleno de Oliveira resgatou o contrato e me deu o direito de fazer um disco", revelou Lulu, com gratidão dirigida também ao produtor Liminha, que pilotaria tal gravação.

A rara imagem do Vímana em cena - no festival Hollywood Rock, em 1975 - foi a surpresa do material de arquivo entre fotos e takes dos primeiros tempos de Lulu. Tempos em que Lulu sedimentava sua parceria com Nelson Motta. "Ele não sabia fazer letras e eu fiz as primeiras letras para ele", lembrou Motta. Tempos também em que o rock brasileiro começava a dar as caras a partir do estouro da Blitz no verão de 1982. "Lulu é a cereja do bolo", disse Junior. "É uma entidade", completou a mana Sandy, entre depoimentos de nomes como Herbert Vianna e Tico Santa Cruz. Enfim, Lulu Santos faria álbuns ainda melhores, mas Tempos Modernos significou a abertura de portas para um compositor pop e talentoso que, como simplificou o detonauta Tico Santa Cruz, é o hitmaker brasileiro.