26 de junho de 2010

Carolina sai solo, em julho, com 'Panamericana'

Oito anos depois de ter debutado no mercado fonográfico no disco da banda mineira Squadra, da qual era vocalista e compositora, Carolina Lima apresenta seu primeiro álbum solo. Produzido pela própria artista, o CD Panamericana enfileira dez músicas de autoria de Carolina (vista no post em foto de Weber Pádua). Uma das faixas é Sua Canção, segunda parceria dela com Nando Reis (a primeira, A Jóia Rara, foi lançada no CD editado pela Squadra em 2002). Mas o primeiro single de Panamericana é Te Desfaço, cujo clipe, dirigido por Conrado Almada com a participação de Miéle, já está em rotação no YouTube. Miéle canta com Carolina.

Alcione revive ofício de crooner na Biscoito Fino

Com direito a um provável dueto com artista estrangeiro, Alcione vai estrear na gravadora Biscoito Fino em 2011 com disco em que revive os tempos em que cantava na noite carioca como crooner de bares e boates. O repertório vai misturar músicas brasileiras com standards internacionais. Antes de gravar este CD que tem tudo para dar um upgrade em sua discografia, a Marrom - vista no post em foto de Marcos Hermes - vai lançar pela Sony Music, em agosto de 2010, seu DVD Acesa (gravado em abril no Maranhão).

McKay revive com verve repertório de Doris Day

Resenha de CD
Título: Normal as
Blueberry Pie -
A Tribute to Doris Day
Artista: Nellie McKay
Gravadora: Verve
Records / Universal Music
Cotação: * * * *

Ao lançar seu primeiro álbum em 2004, o duplo Get Away from me, Nellie McKay - inglesa radicada nos Estados Unidos - já mostrou certa verve no título que brincava com o nome do disco que, dois anos antes, alçara Norah Jones ao topo das paradas (Come Away with me, 2002). Seguiram-se, então, dois CDs de visibilidade restrita ao mundo do pop jazz, Pretty Little Head (2006) e Obligatory Villages (2007), até que Normal as Blueberry Pie deu visibilidade mundial a essa (ótima) cantora, compositora e atriz que transita pela música, pelo cinema e pelo teatro, já tendo debutado na Broadway. Como informa o subtítulo de seu quarto álbum, trata-se de tributo ao cancioneiro de Doris Day, atriz e cantora norte-americana celebrizada em Hollywood após ter iniciado sua carreira musical na era das big-bands de jazz. Não por acaso, a arte gráfica do álbum evoca os LPs lançados nas décadas de 50 e 60 - os anos áureos de Doris - numa fina sintonia com o som ouvido em suas 13 faixas. Com doses combinadas de frescor e nostalgia, McKay incursiona com graça e sofisticação pelo repertório mais chique de sua antecessora - hoje longe dos holofotes, aos 88 anos - em disco que, de certa forma, reverencia também a velha escola do jazz em faixas como Do Do Do (George & Ira Gershwin) e The Very Thought of You (Ray Noble). Alguns temas - em especial, Wonderful Guy (Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II) e Crazy Rhythm (Joseph Meyer, Roger Wolfe Kahn e Irving Caesar) - foram ambientados em clima de cabaré retrô. Já Meditation - que vem a ser a versão em inglês escrita por Norman Gimbel para Meditação, o belo clássico internacional de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) e Newton Mendonça (1927 - 1960) - ressurge em sedutor tom etéreo. A faixa prova que Nellie McKay acertou ao celebrar a música de Doris Day sem recorrer a obviedades com Que Será Será (Whatever Will Be, Will Be), tema de 1956 ainda associado à artista no imaginário mundial - assim como os filmes que, entre a sensualidade e inocência, fizeram de Miss Day uma das mais perfeitas traduções da ideologia dos EUA.

'Amor de Mulher' foca a vida de Luhli & Lucina

Driblando a escassez de imagens de Luhli & Lucina, o cineasta Rafael Saar já inicia a pesquisa e a filmagem de bem-vindo documentário sobre a dupla, que esteve em atividade no meio musical brasileiro entre 1971 e 1997. Intitulado Luhli & Lucina - Amor de Mulher, o longa está sendo produzido em parceria com o Canal Brasil. Projetada já em 1972 ao classificar a música Flor Lilás entre as finalistas do sétimo e derradeiro Festival Internacional da Canção (FIC), exibido pela TV Globo, a dupla Luli (então sem o h no nome) & Lucina foi pioneira ao desbravar terreno para a gravação e a edição de discos independentes e ao experimentar modos alternativos de amor. E de vida comunitária.

CD 'Passione Italiano' traz Ana, João e Simonal

Na sequência da edição do CD com a trilha sonora nacional da novela Passione, a Som Livre põe nas lojas o disco com as músicas italianas da trama ambientada entre o Brasil e a Itália. Três artistas brasileiros - Ana Carolina, João Gilberto e Wilson Simonal (1938 - 2000) - figuram na seleção. Ana canta Resta, balada do álbum N9ve (2009), composta e gravada com sua parceira italiana Chiara Civello. João depura Estate (Bruno Martino e Bruno Brighetti), o bolero que canta desde a década de 60 e que gravou no álbum Amoroso (1977). Já Simonal é ouvido na trilha como Ecco Il Tipo (Che Io Cercavo), tema de Nino Tristano, Simoni e Pontiack que o cantor gravou em março de 1970 - com arranjo de César Camargo Mariano - para compacto editado na Itália. Eis as faixas do CD Passione Italiano, nas lojas neste mês de junho de 2010:
1. Questa Vita Loca - Mina
2. Malafemmena - Paolo
3. Il Mondo - Jimmy Fontana
4. Ecco Il Tipo (Che Io Cercavo) - Wilson Simonal
5. Notizia di te - Bungaro
6. Resta - Chiara Civello (com Ana Carolina)
7. Quando - Neri Per Caso
8. Estate - João Gilberto
9. That's Amore - Dean Martin
10. Via con me - Paolo Conte
11. Che Cosse L'amor - Vinicio Capossela
12. La Vita Mia - Amedeo Minghi
13. Io Che no Vivo Senza te - Pino Donaggio

25 de junho de 2010

Cyndi grava faixa para Memphis Blues nacional

Editado esta semana nos EUA, o álbum em que Cyndi Lauper incursiona pelo universo do blues, Memphis Blues, já ganha edição brasileira em julho de 2010 pelo selo Lab 344. A novidade é que Lauper gravou música-bônus, I Don't Want to Cry, para a edição nacional. A faixa conta com o sax do brasileiro Leo Gandelman. Mas o músico não se encontrou com a cantora. Cyndi pôs voz nos Estados Unidos. Já o saxofone de Gandelman foi captado no Brasil.

Inspirado, Aguiar solta sua voz em 'Transeunte'

Resenha de CD
Título: Transeunte
Artista: Mauro Aguiar
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * 1/2

Letrista de temas de Guinga e de José Miguel Wisnik, entre outros compositores, Mauro Aguiar sai da sombra de seus parceiros e se posiciona sob os holofotes em Transeunte. Aguiar debuta como intérprete em bom disco que evoca sem saudosismo tradições da melhor música produzida no Brasil, mesmo quando incursiona por ritmos estrangeiros como fox (Dreams e Mentiras, em duo com Marianna Leporace) e salsa (Incinero, pérola lustrada com Zé Paulo Becker recém-pescada por Ney Matogrosso para o repertório de seu show Beijo Bandido). Dentro da rota nacional, a produção de Mário Sève formata com elegância repertório que transita por samba (Sambaqui, feito com Kalu Coelho), canção (Os Olhos da Cara, parceria com Guinga entoada com rigor estilístico por Paula Santoro), frevo (Calunga) e baião ( o saliente Baião da Guanabara). Única composição em que o letrista se aventura como melodista (em parceria com Kalu Coelho), Canária na Área - tributo às cantoras que povoam o território musical do Brasil - mostra que Aguiar bebe na fonte de mestres como Chico Buarque. O saxofone do produtor Mário Sève envolve a valsa Onírica com o mesmo virtuosismo com que o trompete de Jessé Sadoc pontua o Pagode Jazz Sardinha's Club, sinalizando a presença marcante dos sopros dos arranjos. Pela natural intimidade com o repertório, a voz sempre bem colocada de Aguiar valoriza sua obra autoral sem que o cantor debutante se imponha com real brilho no time dos que vivem do ofício. Ainda assim, a impressão é sempre positiva. Entre a inspirada música que abre o disco - O Salto, parceria com Edu Kneip que retrata o malabarista Xangô, personagem lendário do Largo da Carioca (RJ) - e o não menos inspirado acalanto que o fecha (Nana, Nina, Não - com a harpa celestial de Cristina Braga e a voz do parceiro Edu Krieger), Transeunte joga luz sobre obra que situa Mauro Aguiar em lugar de honra na dinastia da tal MPB.

'Raw Power' volta com bônus e mixagem de 73

Terceiro (emblemático) álbum de Iggy Pop com o grupo The Stooges, gravado nos EUA em 1972 e lançado em 1973, Raw Power é o mais influente da banda, tendo contribuído para espalhar a semente punk que brotou nos Estados Unidos em 1974 e, logo na sequência, se disseminou em terra inglesa. Produzido por Iggy com Bruce Dickinson e Robert Matheu, este clássico volta ao catálogo em escala mundial - 37 anos depois de seu lançamento original - com fidelidade ao som original mixado por David Bowie em 1973 (uma reedição anterior, de 1997, mexeu na mixagem de Bowie). Mas as oito faixas originais de Raw Power passaram por moderno processo de remasterização (a cargo do engenheiro de som Mark Wilder) em sua Legacy Edition, lançada pela Sony Music no Brasil neste mês de junho de 2010. Além de recuperar a mixagem de Bowie, a reedição traz como bônus um segundo CD, intitulado Georgia Peaches. Este disco adicional rebobina de forma oficial gravação ao vivo (há muito pirateada) de show feito por Iggy e Stooges em outubro de 1973 no Clube Richards, em Atlanta (EUA). Há ainda no CD-bônus um par de fonogramas até então inéditos: Doojiman (extraído da sessões de gravação de Raw Power) e Head on (em take colhido em ensaio no CBS Studio, em 1973). Para quem é fã e quiser importar, está também disponível no mercado estrangeiro a Deluxe Edition de Raw Power, que inclui, além dos dois CDs da Legacy Edition, um DVD que documenta a já lendária gravação deste clássico do rock.

DVD Terra em Concerto de Mariza gira redondo

Em 2008, ao gravar o belo álbum Terra, Mariza pôs sua voz lusitana a serviço da globalização do fado e flertou com o flamenco, o jazz e a música cubana. Terra em Concerto - o DVD de 2009 lançado no Brasil pela gravadora EMI Music neste ano de 2010 - é o registro ao vivo da turnê do disco de estúdio, captado em um show feito pela cantora em julho de 2008 na Praça Celestino Graça, em Santarém, em Portugal. Em torno de 15 números valorizados pela voz de Mariza, o DVD gira redondo, passando por temas como Barco Negro (David Mourão Ferreira, Caco Velho e Piratini), Morada Aberta (Carlos Tê e Rui Veloso), Alfama (Ary dos Santos e Alain Oulman) - extraído do repertório de Amália Rodrigues (1920 - 1999) - e Vozes do Mar (poema de Florbela Espanca musicado por Diogo Clemente). O DVD Terra em Concerto é valorizado pelo documentário Mariza and the Story of Fado, exibido nos extras. O filme, no qual Mariza discorre sobre a evolução do fado, é co-produção da BBC com a RTP (Rádio e Televisão Portuguesa). O legado de Amália é enfatizado no filme.

Titãs gravam a música 'Go Back' pela quarta vez

Parceria póstuma de Sérgio Britto com o poeta Torquato Neto (1944 - 1972), Go Back foi gravada mais uma vez - a quarta - pelos Titãs. No caso, para a trilha sonora da novela Ti-Ti-Ti, que vai estrear em julho de 2010 na TV Globo. A gravação foi produzida por Rick Bonadio no estúdio Midas, em São Paulo (SP). A música ganhou versos em espanhol em parte da letra. Lançada pelo grupo em seu primeiro álbum, Titãs (1984), Go Back foi regravada no disco ao vivo de 1988 - aliás, batizado com o nome da música - e no bem-sucedido Acústico MTV feito pela banda em 1997. Com a saída do baterista Charles Gavin em 2009, o grupo - visto acima em foto recente de Silmara Ciuffa - já está reduzido a um quarteto.

24 de junho de 2010

Balangandã de hoje reaviva a Carmen de ontem

Resenha de CD
Título: Carmen Miranda Hoje
Artista: Carmen Miranda
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * * *
Com o aval e a assinatura de Ruy Castro, biógrafo de Carmen Miranda (1909 - 1955), o violonista e cavaquinista Henrique Cazes dá fino trato em 12 gravações da cantora para fazer o som pioneiro da Brazilian Bombshell bombar nos dias de hoje. Em notável intervenção que resultou no CD Carmen Miranda Hoje, editado pela gravadora Biscoito Fino neste mês de junho de 2010, Cazes acrescentou cordas, percussão e sopros para que se possa, enfim, ouvir tudo o que baiana tinha, mas não podia mostrar porque nos anos 30 não havia canais suficientes para equalizar e realçar tantos balangandãs. Sem recorrer a DJs e aos recursos modernosos da era eletrônica, o produtor põe pressão e instrumentos nas 12 gravações como se tivesse encarnado na segunda metade dos anos 30, época em que a primeira pospstar do Brasil ainda não tinha trocado o ensopadinho com chuchu pelo hambúrger. Ou seja, a obra de Carmen não foi transfigurada em nome da modernidade. Sambas como No Tabuleiro da Baiana (1936) e Adeus Batucada (1935) ganham graves, agudos e uma mixagem mais equilibrada. É o som de ontem aprimorado e reavivado pela técnica de hoje. A intervenção é notável porque, no período seminal da indústria fonográfica, a equalização das gravações era tão precária que todos os instrumentos soavam embolados. Carmen Miranda Hoje corrige o problema com absoluta fidelidade ao acompanhamento e ao espírito dos 12 registros selecionados entre os 129 fonogramas gravados pela intérprete na extinta companhia Odeon entre 1935 e 1940. É a modernidade posta respeitosamente a serviço de obra que, 80 anos depois, ainda continua moderna. Com sua voz vivaz, Carmen propagou sambas e marchas de compositores como Ary Barroso (1903 - 1964), Assis Valente (1911 - 1958) e Dorival Caymmi (1914 - 2008), entre outros. Por mais que a voz da cantora soe eventual e inevitavelmente abafada no confronto com essa atual base instrumental, há maior equilíbrio entre o canto da Pequena e as bases das faixas - equilíbrio inexistente na mixagem original das gravações de temas como Uva de Caminhão (1939). Com encarte que traz texto inédito de Ruy Castro e as letras das músicas (mas que omite os anos dos 12 registros), Carmen Miranda Hoje embala ainda faixa virtual com vídeo de Querido Adão. É luxo só!!

Lulu grava 'Acústico MTV 2' dez anos após o '1'

Para festejar os 20 anos de sua entrada no ar no Brasil, a MTV decidiu retomar a gravação dos acústicos - projeto fonográfico que reanimou carreiras ao longo da década de 90, mas deu sinais de desgaste nos anos 2000. Lulu Santos, que já havia gravado um Acústico MTV em 2000, sentou novamente no banquinho da emissora após dez anos. O registro ao vivo do Acústico MTV 2 de Lulu foi feito em 23 de junho de 2010, no estúdio Oscarito, no Polo Cine Video, no Rio de Janeiro (RJ). A gravação dará origem a CD, DVD e blu-ray - a serem editados no segundo semestre de 2010. Marina de la Riva participou de Adivinha o que (1983), entoando versos em espanhol no tema de Lulu (visto em fotos de Vera Donato). O roteiro incluiu uma inédita entre sucessos como Tempos Modernos (1982) e incursões do artista pelas searas de Jorge Ben Jor (Tuareg), Caetano Veloso (Odara) e Gilberto Gil (Ele Falava Nisso Todo Dia). Descontadas as coletâneas, é o 23º título da discografia do cantor, que lançou o álbum Singular em 2009.

Em cena, Tiê voa linear no tempo da delicadeza

Resenha de Show
Título: Sweet Jardim
Artista: Tiê (em fotos de Mauro Ferreira)
Local: Teatro de Arena - Caixa Cultural RJ
Data: 23 de junho de 2010
Cotação: * * *
Em cartaz (no RJ) até quinta-feira - 24 de junho de 2010
No show que a trouxe de volta aos palcos cariocas, Tiê interpretou canção de Thiago Pethit, Mapa-Múndi, que reitera a irmandade musical que os aproxima. Inclusive em cena. Como Pethit, Tiê alça voo linear no palco. Seu folk confessional e sensível soa uniforme no show - em cartaz até esta quinta-feira, 24 de junho de 2010, no Teatro de Arena da Caixa Cultural RJ. Linearidade natural que já se anuncia nos dois primeiros números, Passarinho e Dois, e que se confirma ao fim da apresentação. Tiê tem humor, canta bem e exibe em cena a personalidade que inexiste na maioria das jovens cantoras que tentam lugar ao sol no mundo da música. Contudo, seu delicado cancioneiro nem sempre cativa em cena como no disco. O show, a propósito, expande a atmosfera minimalista do primeiro álbum de Tiê, Sweet Jardim (2009). Alternando-se no violão e no piano, a cantora se apresenta somente na companhia do guitarrista Plínio Profeta. Por ter produzido o bom CD, Profeta traduz bem no palco o minimalismo do som de Tiê. Sua guitarra econômica realça a ternura de Te Valorizo. Profeta também brilha ao simular os sons de uma caixinha de música em A Bailarina e o Astronauta. Ainda assim, nem sempre as músicas são mostradas no show com o fino acabamento do disco. Sem a guitarra de Jr. Tostoi em Assinado Eu, o órgão pilotado por Humberto Barros na espirituosa Aula de Francês e o coral de amigos que tempera Chá Verde, para citar somente três bossas do disco, os temas tendem a se igualar no show. O que não tira o mérito da produção autoral da compositora. Stranger But Mine é pop redondo cantado por Tiê em inglês desenvolto. Tão redondo quanto Se Enamora, o sucesso da infantil Turma do Balão Mágico que a cantora insere no bis, a pedido do público (a música, de 1984, entrou como faixa-bônus na reedição do disco distribuída pela Warner Music). No fim, Tiê voa sobre melodia espacial do grupo Os Mutantes, Ando Meio Desligado, sem mudar de tom, com a mesma delicadeza linear do início do show. Descontada tal linearidade, o voo de Tiê é seguro...

Trio Dexterz leva Junior para música eletrônica

Após integrar a banda de rock Nove Mil Anjos, formada em 2008 e dissolvida no ano seguinte, Junior Lima entra no mundo da música eletrônica. O irmão de Sandy se juntou ao DJ Julio Torres e ao concunhado Amon Lima para formar o Dexterz. O trio - visto no post numa foto de Gabriel Wickbold - é a versão ampliada do Crossover, o anterior projeto eletrônico de Torres e Amon. Aliás, a semente do Dexterz começou a germinar a partir de participação de Junior em show do Crossover, em 2008. Mas a criação do trio, que transita basicamente pela house, está sendo oficializada neste mês de junho de 2010. Sem alarde, o trio já fez shows pelo Brasil.

RedOne põe Enrique na pista no CD 'Euphoria'

Responsável por gravações de Lady Gaga, RedOne é um dos produtores do nono álbum de Enrique Iglesias, Euphoria, nas lojas a partir de 6 de julho de 2010. Três anos após o sonolento álbum Insomniac (2007), o filho guapo de Julio Iglesias tenta pisar em pistas mais antenadas a reboque de repertório dançante pilotado por RedOne, Mark Taylor e Carlos Paucar. Com músicas cantadas em inglês e em espanhol, Euphoria é o primeiro álbum bilíngue de Enrique. O time de colaboradores inclui Akon (One Day at a Time), Juan Luis Guerra (Cuando me Enamoro), a dupla porto-riquenha de reggaeton Wisin and Yandel (No me Digas que No), Usher (Dirty Dancer) e Pitbull (em I Like It, o single cujo clipe já está em rotação no YouTube). Euphoria sai via Universal Music.

23 de junho de 2010

Björk lança EP com Dirty Projectors em junho

Mount Wittenberg Orca é o título do EP que Björk vai lançar no fim do mês. À venda por sete dólares somente no site oficial do disco, a partir de 30 de junho de 2010, o CD une a artista islandesa ao grupo indie norte-americano Dirty Projectors. Aliás, todas as sete músicas foram compostas por Dave Longstreth, o mentor do grupo. O CD foi gravado em estúdio em abril. Eis as faixas do disco:
1. Ocean
2. On and Ever Onward
3. When the World Comes to an End
4. Beautiful Mother
5. Sharing Orb
6. No Embrace
7. All We Are

Jack emerge sem fôlego ao fim de 'To the Sea'

Resenha de CD
Título: To the Sea
Artista: Jack Johnson
Gravadora: Brusfire
Records / Universal Music
Cotação: * * *

O beach boy Jack Johnson não tira onda em seu quinto álbum de estúdio, To the Sea, ora lançado neste mês de junho de 2010. A safra de 13 inéditas surfa no mesmo clima do repertório dos álbuns anteriores do cantor. Para quem é fã de seu pop-luau, To the Sea oferece mais do mesmo com elegância e inspiração irregular. You and your Heart, At or with me (com ecos de Beach Boys e sutis toques de blues no arranjo em sua parte final) e a faixa-título (com guitarra esperta) são alguns destaques. Já a balada When I Look up funciona quase como vinheta por não chegar a completar um minuto. O problema de To the Sea - gravado entre Hawaí e Los Angeles (EUA), com produção dividida entre Johnson, Robert Carranza e integrantes da banda do artista - é o mesmo dos quatro álbuns anteriores do cantor: a linearidade. Por ser praticamente uniforme, o disco vai ficando menos sedutor à medida em que avança para sua segunda metade. Turn your Love e The Upsetter, por exemplo, são temas menores que logo denunciam o curto fôlego do compositor para preencher um CD com sua obra inteiramente autoral. To the Sea traz algumas boas canções, como My Little Girl, só que, ao fim do álbum, Jack Johnson emerge sem fôlego autoral. Ainda que acerte ao ficar na sua praia, sem tirar onda. Mergulhe somente se for fã!!!

Trilha de 'Passione' tem Adriana em dose tripla

Já nas lojas, distribuído pela gravadora Som Livre, o CD com a boa trilha sonora nacional da novela Passione oferece Adriana Calcanhotto em dose tripla. Além de figurar no disco com a inédita Canção de Novela, composta e gravada pela artista para a trilha, Calcanhotto - vista à esquerda em foto de Gilda Midani - é a compositora de Vidas Inteiras, tema ouvido em Passione na voz de Célia. Desconhecida até por fãs de Calcanhotto, a (linda) música foi cedida pela compositora para a trilha sonora do filme Polaróides Urbanas (2007). Fechando a trinca da trilha, Calcanhotto entoa - sob seu heterônimo infantil Adriana Partimpim - Gatinha Manhosa (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o hit do Tremendão na Jovem Guarda. Vidas Inteiras já vale o CD.

'Curriculum' de Érika em disco está incompleto

Em 1995, em pleno domínio da axé music, Érika Martins desafiou o regime vigente em Salvador (BA) e formou na capital baiana a banda de pop rock Penélope Charmosa. De duração efêmera, a banda - que logo limou o Charmosa do nome para evitar um embate judicial com a empresa dona dos direitos do homônimo desenho animado - gravou três álbuns e saiu de cena em 2004, detonando a carreira solo de Érika na cena indie. Curriculum - coletânea editada pelo selo Discobertas neste mês de junho de 2010 - resume em 18 faixas a trajetória da vocalista. Com direito a uma gravação inédita, Waiting for my Song, jingle cantado pela argentina Micaela Vita. Entre fonogramas da Penélope (Holiday, Namorinho de Portão, Caixa de Bombom, Não Vou Ser Má) e de Lafayette & Os Tremendões (Pare o Casamento), grupo carioca do qual a artista faz parte, Curriculum lista encontros de Érika com nomes como Herbert Vianna (Inbetween Days), Arnaldo Antunes (o sucesso infantil Superfantástico), Biquini Cavadão (Educação Sentimental II), Os Raimundos (A Mais Pedida) e Avellar Love (A Fórmula do Amor, em registro ao vivo captado em show no Circo Voador, no Rio de Janeiro - RJ), entre outros artistas da cena pop. Mas a coletânea peca por omitir fonogramas do primeiro CD solo de Érika Martins, editado em 2009 pelo selo Toca Discos. Ou seja, apesar da ótima seleção, o Curriculum de Érika está incompleto.

Rogê ainda busca língua própria em 'Fala Geral'

Resenha de CD
Título: Fala Geral
Artista: Rogê
Gravadora: Bolacha
Cotação: * * 1/2

Agitador cultural conhecido na prolífica cena indie do Rio de Janeiro (RJ), Rogê já chega ao terceiro disco solo, Fala Geral, sem ter efetivamente chamado a atenção como cantor e compositor. Escorado no suingue carioca, Fala Geral mostra que Rogê ainda não encontrou um idioma próprio e, nessa busca, atira para todos os lados sem acertar um ponto que lhe dê uma identidade mais bem definida. Jeito de Gueixa (Rogê e Gabriel Moura) o situa como mais um diluidor de Jorge Ben Jor. Aliás, sambalanços como A Nega e o Malandro (Rogê e Arlindo Cruz) e Minha Princesa (Rogê, Marlon Sette e Gabriel Moura) parecem direcionados para os bailes da pesada em que já imperaram nomes como Bebeto, outro diluidor de São Jorge. De cara, Fala Geral aclimata a faixa-título na suave temperatura bossa-novista. E o disco não se afasta da praia carioca, mesmo quando transita pelo reggae (O Guerreiro Segue e Mãe Natureza, ambos da lavra solitária do próprio Rogê). Parceria com Arlindo Cruz que logo se destaca no repertório, Amor à Favela é samba cool que radiografa com poesia o cotidiano tenso das comunidades e presta tributo a Cartola (1908 - 1980), de quem cita Ensaboa (omitindo na ficha técnica o nome de Monsueto, parceiro de Cartola no tema). Mais alegre, o samba Mapa da Lapa (Rogê) traça em triviais caminhos melódicos a rota da boemia do bairro carioca que se revitalizou nos últimos 15 anos. Na ânsia de falar geral, Rogê pisa até nos terreiros ancestrais em Tempo Virou, outra parceria com Arlindo Cruz. O que somente reforça a sensação de que Rogê ainda precisa achar seu próprio terreiro para começar a esboçar sua identidade.

'As Máscaras' já deixa entrever o rosto de Leitte

Resenha de CD
Título: As Máscaras
Artista: Claudia Leitte
Gravadora: Sony Music
Cotação: * *

Mesmo ralo, o álbum As Máscaras tem o mérito de começar a delinear uma assinatura musical para a carreira solo de Claudia Leitte. Produzido por Robson Nonato, sob a direção musical do DJ Deeplick e Mikael Mutti, o segundo álbum assinado pela estrela da axé music busca sonoridade própria para a artista, cumprindo a função relegada a segundo plano pelo primeiro real título solo da cantora, Ao Vivo em Copacabana (2008), registro de show que mais parecia coletânea do Babado Novo, o grupo baiano que projetou a artista ao longo dos anos 2000. Nas lojas nesta segunda quinzena de junho de 2010, As Máscaras evita por vezes os clichês do axé com repertório que, se não desvia do caminho das micaretas, flerta com o pop e extrapola eventualmente o circuito afro-baiano. O rap, por exemplo, se faz presente em passagens de Negou o Nagô (Chiclete e Mikael Mutti) e de Famo$.a. - o single que vem a ser a versão light de Billionaire, hit do rapper norte-americano Travie McCoy, convidado da faixa bilíngue. Leitte também derrama seu apreço pelo reggae em temas como Trilhos Fortes (da melodiosa seara pop de Bruno Masi), Flores da Favela (sem a pegada sedutora da gravação do autor Jauperi), Dum Dum (Adelmo Casé, pouco inspirado) e Paixão (a canção sensual de Kledir Ramil, revirada no ritmo jamaicano com alguns toques eletrônicos). Entre o pop, o rap e o reggae, a cantora apela para o cancioneiro rasteiro de Latino - em Sincera, um dos pontos mais baixos do repertório - e para o romantismo trivial (em Don Juan, faixa gravada em dueto com o pagodeiro Belo). Dentro da corda dos trios elétricos, Água (Sérgio Rocha, Zeca Brasileiro e Adson Rocha) parece ser o hit em potencial pela pulsação quente e pelo flerte ligeiro com o kuduro, ritmo africano. Já Xô Pirua (Roger Tom) arrebenta a corda para seguir os blocos mais populistas enquanto Ruas Encantadas (Chiclete e Paulo Bass) reproduz na guitarra as levadas que prometem arrastar multidões habituadas a seguir Leitte pelos Carnavais fora de época. Por sua vez, de olho no lance da Copa, Faz Um (Carlinhos Brown e Alain Tavares) põe em campo a animação ruidosa da torcida brasileira pela Seleção. Fechando a tampa, a chata balada Crime reitera os ralos caminhos percorridos por este disco em que a voz de Claudia Leitte está bem colocada. Entre altos e baixos, o saldo é mediano. As Máscaras deixa entrever possível rosto para Claudia Leitte em sua carreira solo. É upgrade para quem era vista como xerox de Ivete Sangalo!

22 de junho de 2010

Rita canta Fred e Queiroga em show transitório

Nem bem encerrou a turnê do show Samba Meu, Maria Rita já voltou à cena com show mais íntimo que estreou na noite de 21 de junho de 2010, na casa paulista Tom Jazz, onde vai continuar em cartaz somente às segundas-feiras, até dia 12 de julho. Enquanto começa reunir ideias e repertório para seu quarto álbum, previsto somente para 2011, a cantora faz show de transição em que canta músicas que nunca gravou, como Conceição dos Coqueiros (Lula Queiroga), Perfeitamente (a parceria de Fred Martins e Francisco Bosco que não entrou no álbum Segundo em 2005) e Só de Você (Rita Lee). Eis o roteiro seguido por Maria Rita - vista no post em foto de Marcos Hermes - no Tom Jazz (SP) no show de 21 de junho:
1. Conceição dos Coqueiros (Lula Queiroga)
2. Santana (Junio Barreto)
3. Cupido (Claudio Lins)
4. Caminho das Águas (Rodrigo Maranhão)
5. Perfeitamente (Fred Martins e Francisco Bosco)
6. Soledad (Jorge Drexler)
7. Casa Pré-Fabricada (Marcelo Camelo)
8. Trajetória (Arlindo Cruz, Franco e Serginho Meriti)
9. O que É o Amor ((Arlindo Cruz, Maurição e Fred Camacho)
10. Cria (Serginho Meriti e César Belieny)
11. Num Corpo Só (Arlindo Cruz e Picolé)
12. Conta Outra (Edu Tedeschi)
13. Cara Valente (Marcelo Camelo)
14. Muito Pouco (Moska)
15. Pagu (Rita Lee e Zélia Duncan)
16. Só de Você (Rita Lee e Roberto de Carvalho)
17. A Historia de Lily Braun (Edu Lobo e Chico Buarque)
18. Não Vale a Pena (Jean Garfunkel e Paulo Garfunkel)
19. Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero) (Marcelo Yuka, Falcão, Xandão, Marcelo Lobato e Lauro Farias)
Bis
20. Encontros e Despedidas (Milton
Nascimento e Fernando Brant)

Gaga conclui álbum 'raivoso' que sairá em 2011

Lady Gaga já finalizou o seu terceiro álbum - ou quarto, se a conta incluir o recém-lançado projeto The Remix (2010). Em entrevista à atual revista Rolling Stone, a artista adiantou que o repertório tem tom mais politizado, raivoso e amargo do que as músicas de seus discos anteriores. De acordo com Gaga, embora já tenham sido concluídas as gravações realizadas ao longo dos últimos meses, o disco vai ser lançado somente em 2011. Gaga não revelou o título do álbum.

Remix de Rated R põe apenas Chew Fu na pista

Lançado em 25 de maio de 2010 nos Estados Unidos, pela gravadora Def Jam, o CD com remixes de Rated R - o álbum editado por Rihanna em 2009 - já ganhou edição brasileira com distribuição da Universal Music. Rated R /// Remixed põe na pista somente o DJ e produtor Chew Fu, autor dos 10 remixes reunidos no CD - assim como a versão remixada do álbum Good Girl Gone Bad (2007) foi assinada apenas pelo duo The Wideboys, formado pelos DJs e produtores ingleses Jim Sullivan & Eddie Craig. No caso de Rated R, o CD de remixes chega às lojas no embalo do sucesso do single Rude Boy, que apagou a má impressão comercial deixada por Russian Roulette, a primeira faixa eleita para badalar o álbum.

'Maga' canta com Mendes e Brown em acústico

Música de Jorge Portugal e Roberto Mendes que deu título ao álbum lançado por Maria Bethânia em 1984, A Beira e o Mar ganha regravação de Margareth Menezes, feita com a participação do próprio Mendes ao violão. O dueto figura em Naturalmente Acústico, projeto que vai chegar às lojas em setembro de 2010, pela gravadora MZA Music, nos formatos de CD, DVD e blu-ray. No especial já exibido pelo Canal Brasil, a cantora baiana também recebe o conterrâneo Carlinhos Brown - com quem faz dueto em Amor Ainda, parceria inédita dos dois - e o cantor português Luís Represas (com quem divide Um Caso a Mais). Entre inéditas como Quem te Abraça, da lavra da própria Margareth, a intérprete saboreia o Coco do M (Zé do Brejo e Jacinto Silva) - na companhia de Marivaldo, ritmista do grupo Stomp - e põe molho de salsa em Gracias a la Vida (Violeta Parra), um clássico do repertório de Mercedes Sosa (1935 - 2009). O repertório inclui ainda Lado Lunar (Rui Veloso) e o explosivo medley que junta FM Rebeldia (Alceu Valença) e Qual É? (hit de Marcelo D2). Naturalmente Acústico é projeto derivado do álbum Naturalmente (2008), que marcou a estreia de Maga na MZA Music. O especial - de onde foram reproduzidas as fotos da cantora com Roberto Mendes e Carlinhos Brown - entrelaça takes de estúdio com clipes filmados em locações externas, rebobinando várias músicas desse CD pop.

21 de junho de 2010

Machete vai de Itamar a 007 em 'Extravaganza'

Em seu terceiro disco, Extravaganza, nas lojas no início de agosto de 2010 pela gravadora Coqueiro Verde Records, a carioca Silvia Machete vai de tema antigo da trilha sonora de filme da série 007 (Underneath the Mango Tree, revivido também por Cibelle no seu extravagante terceiro álbum) a uma parceria de Jorge Mautner com Nelson Jacobina (Manjar de Reis). Noite Torta é da lavra de Itamar Assumpção (1949 - 2003). Entre temas autorais, como O Baixo e Meu Carnaval (parceria de Machete com Márcio Pombo), a cantora gravou Sábado e Domingo (inédita de Alberto Continentino e Domenico Lancellotti) e a latina Tropical Extravaganza (Fabiano Krieger), tema que inspirou o título do CD. Machete abre parceria com Erasmo Carlos em Feminino Frágil.

Gulin canta Calcanhotto e Ivan no segundo CD

Cantora curitibana que debutou no mercado fonográfico com ótimo disco lançado pela gravadora Rob Digital em dezembro de 2006, Thaís Gulin se prepara para lançar seu segundo álbum no segundo semestre de 2010. Adriana Calcanhotto contribuiu com inédita para o repertório, que vai incluir, claro, a música de Ivan Lins (Paixão Passione) - também inédita - gravada por Gulin para a trilha sonora nacional da novela Passione, no ar pela TV Globo.

Bebeto grava inéditas sob a batuta de Clemente

Um dos mais populares diluidores do suingue de Jorge Ben Jor na década de 70, Bebeto arquiteta volta ao mercado fonográfico ao completar 35 anos de carreira. O cantor conclui disco de inéditas no estúdio Corredor 5, no Rio de Janeiro (RJ), sob a batuta do produtor Clemente Magalhães (à direita na foto). Previsto para ser lançado ainda neste ano de 2010, o CD terá 15 músicas, quase todas inéditas. Três - um samba-rock sobre futebol (Bagunçando na Área), o tema romântico Valorizando a Vida e um samba-reggae ainda sem título - contam com a guitarra de Davi Moraes. De Bem com a Vida e o samba-rock Charme são faixas do disco. E, mesmo sem ainda ter negociado a edição deste álbum, Bebeto já planeja gravar outro CD de inéditas até o fim de 2010, também sob a produção de Clemente. Este segundo projeto vai ter convidados.

'Iron Man 2' sai no Brasil com 15 hits do AC/DC

Já lançado em 19 de abril de 2010 nos Estados Unidos, o CD Iron Man 2 ganha edição brasileira - dois meses depois - pela Sony Music. Esta trilha sonora do filme Homem de Ferro 2 é, a rigor, coletânea de sucessos do AC/DC que rebobina 15 gravações feitas pelo grupo australiano entre 1976 e 2008 - período que se inicia com o álbum High Voltage e culmina com Black Ice, o primeiro disco de inéditas da banda em oito anos. A seleção é boa.

Duo Girls tem seu cult 'Album' editado no Brasil

Cultuado (em excesso) na cena indie dos Estados Unidos, onde foi lançado em 22 de setembro de 2009, o primeiro (bom) álbum do duo Girls - intitulado... Album - ganhou edição brasileira no primeiro semestre deste ano de 2010, pelo selo Lab 344, com quatro faixas-bônus. Duas, Solitude e Life in San Francisco, já figuram na edição no formato de CD. As outras duas, Oh Boy e End of the World, são bônus exclusivos da edição digital. Ao contrário do que sugere o nome Girls, a dupla é formada por dois homens. O cantor e compositor Christopher Owens se uniu ao produtor Chet JR White, autor dos arranjos de músicas como Lust for Life, Laura, God Damned e Darling. Girls faz um som melodioso que tritura influências da surf music dos anos 50, da psicodelia dos 60, do hardcore dos 80 e do indie rock dos 90. Album tem aura gay!!

20 de junho de 2010

Skank joga para a torcida em belo lance ao vivo

Resenha de Show - Gravação de CD, DVD e blu-ray
Título: Skank no Mineirão - Multishow a Vivo
Artista: Skank (em fotos de Washington Possato)
Local: Estádio Mineirão (MG)
Data: 19 de junho de 2010
Cotação: * * * *


O lance era certeiro: pôr o Skank em campo no Mineirão - o mais tradicional estádio de Belo Horizonte (MG), terra natal do grupo - para gravar ao vivo um show que enfileira hits de carreira que já caminha para os 20 anos (a serem festejados em 2011). De cara pro gol, jogando em casa, Samuel Rosa (voz e guitarra), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria) ganharam já no primeiro lance -a roqueira Mil Acasos - a atenção do público estimado em 50 mil pessoas que compareceu à gravação realizada na noite de 19 de junho de 2010. Foram 21 músicas no roteiro oficial e um farto bis com baladas (Resposta e Dois Rios, ambas pontuadas pelo violão tocado por Samuel), lados B pedidos pelos fãs em votação realizada no site oficial da banda (Ali e O Beijo e a Reza), sucessos do início de carreira (Te Ver e a seminal Tanto) e repetições de números do roteiro oficial (como o inédito reggae De Repente, parceria de Samuel com Nando Reis que cresceu muito no show em relação ao registro embrionário disponibilizado pela banda no seu site oficial no início da semana).

O Skank jogou o tempo todo para a torcida. Samuel até exagerou nos afagos ao ego do público mineiro. Mas pôs a bola na rede já no início do primeiro tempo. Após rebobinar Um Mais Um com pressão roqueira, o grupo eletrizou a torcida com É uma Partida de Futebol, apresentado com introdução dub que preparou a entrada em campo do riff incendiário que introduz este hit de significado ainda mais especial em época de Copa do Mundo. Na sequência, Esmola e Pacato Cidadão fizeram sobressair o trio de metais em brasa que evocou a sonoridade inicial do Skank. Em roteiro sedutor que se deslocou com desenvoltura e coesão entre o passado e o presente do quarteto, Uma Canção É pra Isso foi turbinada com sons eletrônicos que não empanaram o brilho ensolarado do tema, É Proibido Fumar devolveu ao show o peso roqueiro do início e a inédita Presença - outra parceria de Samuel com Nando Reis - manteve a pressão roqueira, embora pareça ser em essência uma power balada. Em seguida, Amores Imperfeitos - número dedicado para BH - foi novo pretexto para incensar os fãs mineiros, "cúmplices" nas palavras de Samuel. Já Ainda Gosto Dela repôs em campo Negra Li, convidada do registro de estúdio da sensível canção pop que promoveu o último álbum do Skank, Estandarte (2008). Li não se intimidou com as dimensões do evento e marcou boa presença vocal, com direito a alguns floreios quando o número foi repetido. Se Noites de um Verão Qualquer esfriou a temperatura do show por alguns minutos, Jackie Tequila - reggae embebido em dubs e grooves antenados - manteve a torcida e os músicos aquecidos no mágico segundo tempo. Foi quando, ainda no tempo regulamentar, o Skank mandou para a rede registros redondos da Balada do Amor Inabalável (com a bossa dos teclados de Henrique Portugal), da quente Acima do Sol - pretexto para Samuel lembrar em cena o primeiro espontâneo e explosivo registro ao vivo de caráter retrospectivo realizado pelo Skank na cidade de Ouro Preto (MG) em 2001 - e do inédito reggae De Repente, tocado com os metais e o baixo sempre bem marcado de Lelo Zaneti. Na sequência, Três Lados (número em que Samuel direcionou sua guitarra-câmera para a vasta torcida para captar o movimento circular das bandanas), Vou Deixar e Garota Nacional ratificaram a vitória de um jogo que, a bem da verdade, já estava ganho desde o início. E que terminou no tempo regulamentar com Sutilmente (balada acompanhada em coro pelos fãs-cúmplices), Vamos Fugir (na releitura que une reggae e rock) e Saideira. Em goleada do Mineirão, o Skank se saiu vitorioso por não inventar moda num jogo que tinha mesmo que ser feito para a torcida. Gol!


Notas Musicais viajou a Belo Horizonte (MG) a convite do canal de TV Multishow e da gravadora Sony Music, parceiros no projeto Skank no Mineirão - Multishow ao Vivo

Cenário de Sachs evoca arquitetura do Mineirão

A bela foto de Washington Possato oferece visão panorâmica do cenário criado por Marcos Sachs para o show gravado ao vivo pelo Skank no estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG), na noite de 19 de junho de 2010. A boa ideia foi que o cenário do projeto Skank no Mineirão - Multishow ao Vivo evocasse no palco a arquitetura externa do mais tradicional estádio da capital mineira. Como o estádio está fechando para reformas por conta da Copa do Mundo de 2014, que vai ser sediada no Brasil, o registro ao vivo do show do quarteto no Mineirão alcançou dimensão ainda maior. Aliás, o CD, DVD e blu-ray Skank no Mineirão - Multishow ao Vivo deverão estampar na capa uma foto muito antiga do estádio.

Li volta a campo para (re)gravar hit com Skank

Convidada do Skank na gravação de estúdio de Ainda Gosto Dela, canção eleita para promover o álbum Estandarte (2008), Negra Li reeditou o dueto com Samuel Rosa no registro ao vivo do tema para o CD, DVD e blu-ray Skank no Mineirão - Multishow ao Vivo. A gravação aconteceu na noite de sábado, 19 de junho de 2010, em show no estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG), terra natal do grupo. Li - vista no post com Samuel na foto de Washington Possato - marcou bela presença no número. Seus vocais no refrão soaram mais fortes do que no registro de estúdio.

Show no Mineirão é auge do Skank para Samuel

"Nada que aconteceu na nossa carreira pode ser comparado ao que está acontecendo aqui hoje", exultou Samuel Rosa, vocalista e guitarrista do Skank, em meio ao show feito pelo grupo no estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG), na noite de 19 de junho de 2010. O que aconteceu foi o terceiro registro ao vivo do quarteto para gerar CD, DVD e blu-ray a serem editados pela gravadora Sony Music dentro da série Multishow ao Vivo. Samuel - visto em foto de Washington Possato - não escondeu a emoção de estar tocando para o público que viu, no início dos anos 90, o Skank dar os seus primeiros passos na capital (e no interior) de Minas Gerais.

Inéditas marcam presença no roteiro do Skank

Além do reggae De Repente, já anunciado pelo Skank dias antes da gravação, o grupo apresentou outra música inédita, Presença, no roteiro de hits montado para o show captado ao vivo no estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG), na noite de 19 de junho de 2010. Tanto De Repente como Presença - uma balada roqueira - são parcerias do vocalista e guitarrista do grupo, Samuel Rosa, com Nando Reis. De tom retrospectivo, o repertório transitou entre reggae, rock e balada. De Repente é a música que, a partir de setembro, vai puxar nas rádios o projeto Skank no Mineirão - Multishow ao Vivo, parceria da gravadora Sony Music com o canal de TV Multishow. Eis o roteiro seguido pelo Skank - visto no post em foto de Mauro Ferreira - em seu terceiro registro ao vivo:
1. Mil Acasos (Samuel Rosa e Chico Amaral)
2. Um Mais Um (Samuel Rosa e Rodrigo Leão)
3. É uma Partida de Futebol (Samuel Rosa e Nando Reis)
4. Esmola (Samuel Rosa e Chico Amaral)
5. Pacato Cidadão (Samuel Rosa e Chico Amaral)
6. Uma Canção É para Isso (Samuel Rosa e Chico Amaral)
7. É Proibido Fumar (Roberto Carlos e Erasmo Carlos)
8. Presença (Samuel Rosa e Nando Reis)
9. Amores Imperfeitos (Samuel Rosa e Chico Amaral)
10. Ainda Gosto Dela (Samuel Rosa e Nando Reis)
11. Noites de um Verão Qualquer (Samuel Rosa e César Maurício)
12. Jackie Tequila (Samuel Rosa e Chico Amaral)
13. Balada do Amor Inabalável (Samuel Rosa e Fausto Fawcett)
14. Acima do Sol (Samuel Rosa e Chico Amaral)
15. De Repente (Samuel Rosa e Nando Reis)
16. Três Lados (Samuel Rosa e Chico Amaral)
17. Vou Deixar (Samuel Rosa e Chico Amaral)
18. Garota Nacional (Samuel Rosa e Chico Amaral)
19. Sutilmente (Samuel Rosa e Nando Reis)
20. Vamos Fugir (Gilberto Gil e Liminha)
21. Saideira (Samuel Rosa e Rodrigo Leão)
Bis
* Resposta (Samuel Rosa e Nando Reis)
* Dois Rios (Samuel Rosa, Lô Borges e Nando Reis)
* Te Ver (Samuel Rosa, Lelo Zaneti e Chico Amaral)
* Tanto (I Want You) (Bob Dylan em versão de Chico Amaral)
* A Cerca (Samuel Rosa, Fernando Amaral e Chico Amaral)
* Canção Noturna (Lelo Zaneti e Chico Amaral)
* O Beijo e a Reza (Samuel Rosa e Chico Amaral)
* Ali (Samuel Rosa e Nando Reis)
* Tão Seu (Samuel Rosa e Chico Amaral)