10 de julho de 2010

Velha Guarda e Leci exaltam raiz da Mangueira

Resenha de Show
Título: Velha Guarda da Mangueira e Leci Brandão
Artista: Velha Guarda da Mangueira e Leci Brandão
Local: Comitê (SP)
Data: 10 de julho de 2010
Cotação: * * * 1/2
Além de ser pioneira integrante feminina da Ala de Compositores da Mangueira, na qual ingressou em 1972, Leci Brandão fez boas conexões nos anos 70 com bambas da escola verde-e-rosa, uma das mais tradicionais do Carnaval do Rio de Janeiro (RJ). Quatro décadas depois dessas associações, a trajetória da cantora voltou a se cruzar com a da Mangueira em São Paulo (SP), no pequeno palco da casa Comitê, o novo espaço de shows da movimentada Rua Augusta. Atração da casa neste fim de semana de feriadão paulista, Leci e a Velha Guarda da Mangueira se reencontraram em show que começou já na madrugada deste sábado, 10 de julho de 2010. Leci entrou em cena já no meio da apresentação dos veteranos bambas da escola, cantando Exaltação à Mangueira (Enéas Brites da Silva e Aloísio Augusto da Costa, 1956), um dos hinos que celebram a agremiação de forma idealizada. O show em si já foi uma exaltação à Mangueira. Com Leci, o vocalista do grupo - Rody da Mangueira - e as pastoras Sapoty, Soninha da Pedra e Zenith fizeram no Comitê um desfile com os melhores sambas-enredos da escola nos anos 80 e 90, incluindo Atrás da Verde e Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu (1994), Caymmi Mostra ao Mundo o que a Mangueira e a Bahia Tem (1986) e 100 Anos de Liberdade - Realidade ou Ilusão (1988). O público, majoritariamente jovem, se esbaldou na pista, parecendo íntimo do repertório essencialmente carioca. Pouco importou naquele momento que o canto intuitivo dos bambas não exibisse apuro técnico. Era a hora de desencavar, em clima de celebração, as raízes da Mangueira. E não foi à toa que, logo na abertura do show, a Velha Guarda sacou dois sambas antigos que exaltam a verde-e-rosa, Jequitibá e Quando Ouvi Essa Batida, ambos da lavra de José Ramos. Entre temas da obra refinada de Cartola (1908 - 1980), Corra e Olha o Céu e Alvorada, até o Piano na Mangueira (Tom Jobim e Chico Buarque) subiu o morro. E, como a Mangueira continua a dar frutos, a Velha Guarda apresentou ao público paulista a vocalista Lu Fogaça, convidada vivaz de dois números, Folhas Secas (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito) e Ai, que Saudades da Amélia (Ataulfo Alves e Mário Lago), samba destoante no roteiro que recorreu diversas vezes aos repertórios de Cartola e Nelson Cavaquinho (1911 - 1986), este lembrado também com Juízo Final. Já na parte final, após os solos desinibidos das pastoras, a presença ilustre de Leci Brandão deu ligeiro caráter histórico à celebração verde-e-rosa. Que atingiu seu pico de animação com a marcha Tem Capoeira (Batista da Mangueira, 1973), gravada por João Roberto Kelly. Enfim, o público jovem que foi ao Comitê abriu alas e corações para que a Mangueira passasse e lembrasse de tempos (bem) mais frondosos.

Leci celebra Candeia no 'Comitê' da Mangueira

São Paulo (SP) - Casa recém-aberta na Rua Augusta, frenético point noturno da cidade de São Paulo (SP), Comitê - vizinha da roqueira Studio SP - tem abrigado em seu pequeno palco artistas identificados com a música brasileira mais tradicionalista. Na madrugada deste sábado, 10 de julho de 2010, a Velha Guarda da Mangueira se apresentou no Comitê em show que contou com a participação de Leci Brandão (vista no post em foto de Mauro Ferreira). Além de fazer sete números com o grupo de veteranos da agremiação verde-e-rosa do Rio de Janeiro (RJ), Leci exaltou em seu farto set individual bambas ligados à outras escolas de samba cariocas. Casos do portelense Candeia (1935 - 1978) e de Ivone Lara, dama do Império Serrano. De Candeia, Leci fez valer o Testamento de Partideiro. De Ivone, reabriu Sorriso Negro. Mas não esqueceu de saudar os mangueirenses Jamelão (1913 - 2008) - de cujo repertório reviveu o partido alto O Samba É Bom Assim, da lavra de Norival Reis e Hélio Nascimento - e Cartola (1908 - 1980), lembrado com O Sol Nascerá. Outro ilustre mangueirense, Nelson Cavaquinho (1911 - 1986) foi celebrado através de A Flor e o Espinho, clássico da parceria com Guilherme de Brito (1922 - 2006). Em ótima forma vocal, Leci também passeou por joia do repertório de Jovelina Pérola Negra, Sorriso Aberto, e por dois sucessos próprios (Zé do Caroço e Isso É Fundo de Quintal). Luxo!

Moreno vai produzir disco de Gal com Caetano

Sem lançar disco desde 2007, ano em que saiu no Brasil o CD Live at the Blue Note, gravado ao vivo em show na casa Blue Note de Nova York (EUA), Gal Costa vai voltar aos estúdios ainda neste segundo semestre de 2010. O projeto do disco produzido por Caetano Veloso - sugerido pelo próprio compositor - vai ser concretizado. Filho de Caetano, Moreno Veloso vai participar da produção. A ideia é que a cantora - vista no post em foto de Daniel Klajmic - grave repertório (majoritariamente) inédito. Assim seja!

Ney grava 'Beijo Bandido' no Municipal do Rio

Show moldado para teatro, Beijo Bandido vai ganhar registro ao vivo em palco à altura do refinado recital de Ney Matogrosso. O cantor - visto no post em foto de Mauro Ferreira - escolheu o recém-reformado Theatro Municipal do Rio de Janeiro (RJ) para fazer, em agosto de 2010, a gravação do DVD que vai ser editado pela gravadora EMI Music. O show estreou em dezembro de 2008.

9 de julho de 2010

Faour compila samba raro e inédito de Alcione

Resenha de CD
Título: Sabiá Marrom - O Samba Raro de Alcione
Artista: Alcione
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * * *

Em 1977, encantado pela voz de Alcione, o maestro francês Paul Mauriat compôs com Pierre Delanoe um belo tema em tributo à cantora, inicialmente sem letra. Quando os versos em português foram feitos por Totonho e Paulinho Rezende, a música recebeu o título de Sabiá Marrom e foi gravada por Alcione para o álbum Gostoso Veneno (1979). Inexplicavelmente, pois o samba é lindo, Sabiá Marrom acabou sobrando na seleção final do disco e permaneceu inédito por longos 31 anos. Até ser desencavado pelo jornalista Rodrigo Faour para dar título a uma coletânea essencial para todos os admiradores da cantora. Além de trazer três (boas) sobras inéditas de discos gravados pela cantora na antiga Philips, Sabiá Marrom - O Samba Raro de Alcione reconstitui em 20 faixas os primeiros passos de Alcione no mercado fonográfico, nos anos 70, trazendo para o formato digital gravações feitas para compactos já raríssimos e para coletâneas nunca lançadas em CD.

Sabiá Marrom, o samba de Mauriat, já justificaria o lançamento da coletânea por si só. Contudo, os fãs de Alcione vão se encantar também com Não Suje o meu Caixão (Panela e Garrafão), samba arranjado em clima de gafieira e gravado (mas não lançado) no primeiro álbum da artista, A Voz do Samba (1975). A terceira inédita é Pôr do Sol (André Mingas e Manuel Rui), samba dolente que destila melancolia em versos poéticos. É sobra do álbum E Vamos à Luta (1980). Tão desconhecida quanto os quatro fonogramas do compacto duplo Os Melhores Sambas Enredo de 75 (1975). Ano fértil para os compositores do gênero, 1975 rendeu sambas-enredos como Festa do Círio Nazaré (Unidos de São Carlos), Imagens Poéticas de Jorge Lima (Mangueira), O Mundo Fantástico do Uirapuru (Mocidade Independente de Padre Miguel) e O Segredo das Minas do Rei do Salomão (Salgueiro), gravados por Alcione logo após o Carnaval daquele ano. Três anos antes, em 1972, a Marrom debutava no mercado fonográfico com um compacto simples que trazia Figa de Guiné (Reginaldo Bessa e Nei Lopes) e O Sonho Acabou (tema em que o compositor Gilberto Gil inventariava a ressaca dos anos 60 com abordagem pop e pós-tropicalista inusitada na trajetória de Alcione). A esse compacto que não obteve repercussão, seguiu-se um outro, em 1973, com Tem Dendê (outra parceria de Reginaldo Bessa e Nei Lopes - também ouvida na coletânea em registro ao vivo lançado ainda em 1973 no LP Catedral do Samba). Ainda em 1973, Alcione regravaria Desafio (Luiz Américo, Bráulio de Castro e Clóvis de Lima) - samba que fazia sucesso na voz do cantor Luiz Américo - para a coletânea Máximo de Sucessos Nº 9. No volume 11 desta série, lançado em 1974, Alcione marcaria nova presença com regravação de samba-canção de cepa mais nobre, Linda Flor (Henrique Vogeler, Marques Porto, Luiz Peixoto e Cândido Costa). Tais gravações eram tentativas de Roberto Menescal - então no posto de diretor artístico da gravadora Philips - de emplacar Alcione. Mas o sucesso veio somente com o álbum gravado em 1975, no qual despontou O Surdo, ouvido na coletânea em curiosa versão espanhol intitulada El Bombo e editada em compacto de 1980 em alguns países de língua hispânica do mercado latino. Deste mesmo compacto, a compilação recupera Que Dilema, a versão em espanhol de Sufoco (1978). Por fim, Sabiá Marrom rebobina participações de Alcione em discos de colegas. Se os arretados duetos com Chico Buarque (O Casamento dos Pequenos Burgueses, 1979) e João Nogueira (De Babado, 1981) não fazem jus ao status de raridades, o mesmo não pode ser dito de Fim de Festa, gravação feita pela Marrom com Leci Brandão para um álbum de Leci, Essa Tal Criatura (1980), ainda inédito em CD. O belo samba é parceria bissexta de Leci com a violonista Rosinha de Valença (1941 - 2004). Enfim, a coletânea reúne relíquias da pré-história fonográfica de Alcione - com direito a encarte com texto assinado por Faour e à reprodução de capas dos compactos, coletâneas e álbuns que forneceram os fonogramas que moldaram o samba raro de Sabiá Marrom. É um lançamento indispensável!!!

Orlando planeja edição de disco com africanos

Sem lançar disco desde 2005, ano em que gravou Tempo Bom, Orlando Morais articula o seu retorno ao mercado fonográfico. O cantor pretende negociar logo o lançamento no Brasil de um projeto inédito gravado com a participação de artistas africanos. Mas, antes, Orlando - que ainda guarda inédito um álbum duplo gravado com músicos da banda de Sting - lança pela MZA Music (em parceria com o Canal Brasil) o registro ao vivo do show Sete Vidas, inspirado no CD homônimo de 1999.

Senise e Peranzzetta alinham Edu, Ary e Bosco

Seis meses depois de editar via Biscoito Fino o disco Melodia Sentimental, o duo Gilson Peranzzetta & Mauro Senise lança outro CD inédito pela gravadora, Linha de Passe, no ano em que celebra os 20 anos da dupla (o primeiro CD, Uma Parte de Nós, saiu em 1990). No novo disco, o duo alinha temas de Ary Barroso (No Tabuleiro da Baiana), Dorival Caymmi (Marina), Edu Lobo (Casa Forte) e de Waldir Azevedo (Brasileirinho), entre outros compositores. A faixa-título, Linha de Passe, é o samba de João Bosco e Aldir Blanc com Paulo Emílio.

Show Passageiro engrandece Rodrigo Maranhão

Resenha de Show
Título: Passageiro
Artista: Rodrigo Maranhão (em fotos de Mauro Ferreira)
Local: Teatro Rival (RJ)
Data: 8 de julho de 2010
Cotação: * * * * 1/2
Além de roçar a perfeição do disco que o inspirou, o sedutor show Passageiro atesta e expõe toda a grandeza da obra de Rodrigo Maranhão como compositor. Grandeza que pode ser medida tanto pela qualidade já evidenciada no CD lançado em maio como pela quantidade, já que todos os 23 números do roteiro são autorais (com o detalhe de que Todo Dia é entrelaçada com Alegre Menina, a parceria bissexta de Dori Caymmi com o escritor Jorge Amado). Não por acaso requisitado por cantoras antenadas como Maria Rita e Roberta Sá, Maranhão se garante como compositor em show que revela seu humor espirituoso. Na estreia realizada na noite de 8 de julho de 2010, no Teatro Rival (RJ), Maranhão divertiu a plateia com histórias sobre sua vida e obra. Seu bom papo contribui para o brilho do show Passageiro, mas a música nunca sai do primeiro plano no roteiro que costura músicas do primeiro CD solo do artista, Bordado (2007), com os temas do novo primoroso álbum. E que peca somente por omitir a toada Três Marias - uma das obras-primas inseridas no CD Passageiro.
"Tem um cantor bom no disco", alertou Maranhão, maroto, para a plateia ao se referir à participação do cantor português António Zambujo na canção Quase um Fado, tema de alma lusitana solado pelo compositor no show. Maranhão sabe que não é exatamente o que se pode chamar de um bom cantor no sentido técnico do termo. Contudo, ele vem se tornando um intérprete cada vez mais hábil no trato de seu cancioneiro autoral. E, sim, se porta em cena como um ótimo cantor de suas próprias criações. A ponto de improvisar a capella o aboio Olho de Boi. De alcance limitado, mas sempre bem colocada, a voz de Maranhão se ajusta cada vez mais às necessidades de obra que transita entre o samba e os ritmos nordestinos. E o resultado é um show sedutor do início ao fim. Já no número de abertura, quando a atmosfera esfumaçada não revela de todo o rosto de Maranhão enquanto ele entoa de pé seu Samba Quadrado, fica claro que o show Passageiro persegue o apuro do CD homônimo. É fato que, no show, não há a cortante rabeca de Siba na canção-embolada que lhe dá título. E tampouco a percussão de Marcos Suzano no xote Maria Sem Vergonha. Em contrapartida, há a percussão majestosa de Pretinho da Serrinha, que evoca em segundos o clima praieiro do Samba pra Vadiar. E há o acordeom de Marcelo Caldi, lírico ao citar O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc) na introdução da Valsa Lisérgica, parceria de Maranhão com Pedro Luís, linda de doer. É também o acordeom de Caldi que põe o toque de tango que logo aclimata Milonga em apropriada ambiência argentina. É luxo só!!!
Sob a batuta de Zé Nogueira, produtor do álbum Passageiro, Maranhão aprendeu que menos pode ser mais. Talvez por isso o show se beneficie da atmosfera minimalista que pontua o disco. Na canção De Mares e Marias, outra pérola do repertório, Maranhão canta somente na companhia do sax de Nogueira e de seu próprio violão. Entre sambas como Recado e xotes como O Osso, o compositor se permite até apresentar música inédita, Itinerário, cuja letra segue, no compasso de um samba tenso, o roteiro da van carioca que liga a favela da Rocinha a Rio das Pedras, evocando o funk e o rap ouvidos nessas localidades e inseridos desde o começo por Maranhão em sua obra (não é à toa que Fernanda Abreu foi uma das primeiras a apostar nas músicas do compositor). Ao fim do bis, quando revive Noites do Irã sem o sotaque oriental da gravação do disco Bordado e quando assume o cavaquinho para aquecer o samba Fogo no Paiol e dar o recado buarquiano de Um Samba pra Ela (ela é Maria Rita - como ele conta no show), Rodrigo Maranhão sai de cena, deixando a certeza de que está no ponto para conquistar público e sucesso nacionais.

8 de julho de 2010

Rodrigo põe 'Itinerário' no roteiro de Passageiro

Bom samba inédito que transita por vias ligadas ao funk e ao rap ouvidos nos morros cariocas, Itinerário foi a surpresa do roteiro de Passageiro, show de Rodrigo Maranhão, ao lado de Alegre Menina, a parceria de Dori Caymmi com o escritor Jorge Amado (1912 - 2001), entrelaçada com a autoral Todo Dia. Inspirado no repertório e na sonoridade minimalista do disco Passageiro, destaque deste ano fonográfico de 2010, o show estreou no Teatro Rival, no Rio de Janeiro (RJ), na noite desta quinta-feira, 8 de julho. Eis o itinerário seguido por Maranhão - visto no post em fotos de Mauro Ferreira - no roteiro quase inteiramente autoral que costura músicas do belo primeiro álbum solo do compositor, Bordado (2007), com os temas de seu (irretocável) segundo CD:
1. Samba Quadrado
2. Sonho
3. Valsa Lisérgica
4. Camaleão
5. Milonga
6. Alegre Menina / Todo Dia / Alegre Menina
7. Quase um Fado
8. De Mares e Marias
9. Maria Sem-Vergonha
10. Passageiro
11. Pra Tocar no Rádio
12. Um Samba pra Vadiar
13. Recado
14. Samba de um Minuto
15. Itinerário (inédita)
16. O Osso
17. Bordado
18. Olho de Boi
19. Caminho das Águas
Bis:
20. Interior
21. Noites do Irã
22. Fogo no Paiol
23. Um Samba pra Ela

Biscoito Fino paralisa venda de 'Ensaio' de Nana

A gravadora Biscoito Fino até chegou a pôr nas lojas (e em seus próprios pontos de venda) o DVD que perpetua a entrevista concedida por Nana Caymmi, no ano de 1992, ao programa Ensaio, exibido pela TV Cultura sob a direção de Fernando Faro. Contudo, o DVD teve suas vendas paralisadas - por ora - pela gravadora por questões relativas à própria edição. Ainda não anunciado no site oficial da Biscoito Fino, Programa Ensaio 1993 Nana Caymmi é o primeiro DVD solo da cantora.

Preta edita 'Noite' em DVD e vai de Xuxa a Lulu

Preta Gil vai enfim editar em agosto de 2010 o seu primeiro DVD, que traz o registro ao vivo do show Noite Preta, sucesso no circuito gay. O show foi captado ao vivo em 20 de outubro de 2009 na boate carioca The Week (clique aqui para ler a resenha da gravação). Em Noite Preta ao Vivo, Preta apresenta  três músicas inéditas - Stereo (já fornecida por Ana Carolina ao longo da temporada), Meu Valor (tema composto pela própria Preta em parceria como Fábio Lessa e Ricardo Marins, dois músicos de sua banda) e A Coisa Tá Preta (parceria de Preta com Carlinhos Brown feita para o homônimo bloco da artista) - e incursiona pelos repertórios populistas de nomes como Aviões do Forró (Chupa que É de Uva), Psirico (Toda Boa), Perlla (Tremendo Vacilão) e Kelly Key (Baba). Preta também aborda sucessos de Lulu Santos (Tempos Modernos), Paralamas do Sucesso (Lourinha Bombril), Seu Jorge (São Gonça) e Xuxa (Doce Mel  - hit de Noite Preta desde a temporada inicial).

Usher lança Versus em agosto com oito inéditas

Mal lançou o seu sétimo (fraco) álbum, Raymond V Raymond (2010), nas lojas dos Estados Unidos desde março, o cantor norte-americano de r & b Usher já programa a edição de novo disco. Versus vai chegar às lojas a partir de 24 de agosto com oito músicas inéditas, incluindo os dois primeiros singles, DJ Got Us Fallin' In Love (produzido por Max Martin com participação de Pitbull) e Hot Tottie. Versus vai ser comercializado de maneira avulsa, mas vai ser agregado também à Deluxe Edition de Raymond V Raymond.

Pires grava seu show 'Mais Além' ao vivo no Rio

Já em rotação pelo Brasil, a atual turnê de Alexandre Pires, Mais Além, ganha registro ao vivo, agendado para 30 e 31 de julho nas apresentações do show no Citibank Hall, no Rio de Janeiro (RJ). No roteiro, o cantor entrelaça músicas do álbum homônimo do show - lançado em abril pela EMI Music - com sucessos colecionados como vocalista do grupo Só pra Contrariar (Mineirinho, Sai da Minha Aba e Depois do Prazer, entre outros) e em carreira solo. No set de canções sentimentais, Usted se me Llevo la Vida - tema gravado em espanhol e veiculado na trilha sonora da novela Porto dos Milagres (TV Globo, 2000) - tem presença garantida no show ao lado de canções como É por Amor.

7 de julho de 2010

Ezequiel sai de cena exatos 20 anos após Cazuza

Há 20 anos, em 7 de julho de 1990, Cazuza (1958 - 1990) saiu de cena e entrou para a História da música brasileira pela poesia crua que radiografou com precisão sua geração sem ideologia. Exatos 20 anos depois, Ezequiel Neves - descobridor do Barão Vermelho, o grupo que projetou Cazuza na cena pop dos anos 80 - é quem sai de cena, aos 74 anos, vítima de complicações decorrentes de tumor no cérebro, enfisema e cirrose. A coincidência de datas é um dado curioso que fecha a trajetória de um produtor e agitador cultural tão Exagerado quanto seu pupilo. Mas a vida e a obra de Ezequiel Neves - ou Zeca Jagger, como ele era conhecido no meio musical - não se limitam à relação profissional e pessoal travada com Cazuza com a intensidade que caracterizava a vida de ambos. Dez anos antes de revelar Cazuza, de quem foi parceiro (com Leoni) no hit Exagerado, Zeca já militava na imprensa musical alternativa - mantida com heroísmo na década de 70, tempos ditatoriais que não contavam com as facilidades tecnológicas da era virtual - com artigos espirituosos que fugiam dos padrões formais do jornalismo pop nacional. Mordaz, Ezequiel não fazia média - nem mesmo com a mídia. Não tinha papas na língua. Mas tinha faro. E foi esse faro que o levou a jogar todas suas fichas no som cru e stoneano do Barão Vermelho tão logo ouviu o grupo fundado por Frejat e Guto Goffi. Há quem pense injustamente que o Barão Vermelho estreou em disco, em 1982, porque Cazuza era o filhinho do papai João Araújo, diretor da gravadora Som Livre. Mas não foi bem assim. Foi Ezequiel quem - com o auxílio do produtor Guto Graça Melo - convenceu Araújo de que o Barão merecia um contrato com a Som Livre. Vencida a resistência inicial do executivo, o grupo deslanchou - não de imediato, mas a partir de 1983, com os avais imediatos de Caetano Veloso e Ney Matogrosso - e Ezequiel passou a ser uma espécie de sexto Barão, zelando pela alma da banda ao produzir os discos da turma. Como produtor, Zeca também entrelaçou nos anos 90 sua trajetória fonográfica com as de Ângela RoRo - ao pilotar o primeiro disco ao vivo da artista, gravado em 1993 - e de Cássia Eller (1962 - 2001), que abordou a obra de Cazuza em disco de peso, Veneno Antimonotonia (1997), que desafiou o padrão pop imposto à Cássia pela gravadora PolyGram (atual Universal Music). Enfim, Zeca Jagger - assim chamado por cultuar o rock básico dos Rolling Stones - tinha personalidade. Era expansivo - e sua sonora gargalhada era a perfeita tradução de seu jeito exagerado de viver - e ferino. Às vezes, até cruel. Mas fiel aos seu ideais e ao seu rock.

'Pulse' mostra que som de Braxton ainda pulsa

Resenha de CD
Título: Pulse
Artista: Toni Braxton
Gravadora: Atlantic
/ Warner Music
Cotação: * * *

Sexto álbum de Toni Braxton, recém-lançado no Brasil pela Warner Music, Pulse significa um renascimento em todos os sentidos para a cantora de r & b que driblou problemas de saúde e crises pessoais para retornar ao mercado fonográfico cinco anos após o lançamento do fracassado Libra (2005). Ainda lembrada no Brasil por conta de Un-Break my Heart, balada blockbuster que impulsionou as vendas de seu segundo álbum (Secrets, 1996) e deu fama mundial à sua intérprete, Braxton andou flertando sem inspiração com o rap, mas, em Pulse, ela volta às origens que, no seu caso, são o r & b. Embora remeta de início a Halo, hit de Beyoncé, Yesterday - faixa lançada em novembro de 2009 como primeiro single, seis meses antes da chegada do álbum às lojas dos Estados Unidos, em maio de 2010 - abre Pulse, sinalizando leve upgrade no repertório de Braxton em comparação com seus dois últimos CDs. O vozeirão ainda está inteiro, como provam baladas levemente embebidas em r & b industrial como If I Have to Wait. É fato que Braxton desperdiça essa munição vocal ao mirar as pistas com temas de dance pop - Make my Heart (o segundo single) e Lookin' at me - que pouco acrescentam ao repertório. Lookin' at me reitera a incômoda sensação de que a Atlantic Records pode ter orientado Braxton a seguir a receita de Beyoncé. Se a intenção foi essa, Pulse significou perda de tempo. Mas o fato é que, mesmo soando quase trivial dentro do mercado norte-americano, o álbum deixa boa impressão. E traz balada - Woman, bom cover do repertório da cantora e compositora australiana Delta Goodrem - que teria até cacife para galgar alguns postos nas paradas do gênero (não por acaso, Woman já foi eleita o quarto single de Pulse, sucedendo Hands Tied). Seja como for, o som de Toni Braxton ainda pulsa - embora sem a intensidade dos anos 90.

Flaming Lips distorce obra-prima do Pink Floyd

Resenha de CD
Título: The Dark Side
of the Moon
Artista: The Flaming Lips
& Stardeath and White
Dwarfs (with Henry
Rollins and Peaches)
Gravadora: Warner Music
Cotação: * 1/2

Como já explicitou em seu álbum anterior, Embryonic (2009), o grupo The Flaming Lips gosta de experimentar e de correr riscos. E o risco é inevitável e alto quando a intenção é regravar o álbum The Dark Side of the Moon (1973), a obra-prima conceitual do Pink Floyd. E, como se desafiasse os puristas, The Flaming Lips distorce o disco em todos os sentidos. Já na primeira das nove faixas, Speak to me / Breathe, as distorções mostram que o grupo buscou subverter o sentido e a dinâmica original do álbum, aniquilando boa parte de seu lirismo. Curiosamente, os melhores momentos de The Flaming Lips and Stardeath and White Dwarfs with Henry Rollins and Peaches Doing Dark Side of the Moon são as músicas - Us and Them e Brain Damage - que guardam alguma semelhança (ainda que meramente climática) com os registros do álbum de 1973. Só que a proposta era mesmo se distanciar do original. A psicodelia até é recorrente, mas em outra ambiência - no caso, marcada por distorções e efeitos eletrônicos. A questão é que, ao abordar temas como Money e The Great Gig in the Sky, o Flaming Lips transfigura a arquitetura original das músicas sem lhes dar um outro acabamento minimamente coeso. Sem um significado ou conceito que a legitime, a aventura de regravar The Dark Side of the Moon acaba soando meramente exótica. A viagem é nova.

Ozzy recupera o peso de outrora com 'Scream'

Resenha de CD
Título: Scream
Artista: Ozzy Osbourne
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * *

Com seu décimo disco solo, Scream, Ozzy Osbourne volta a recuperar o peso de outrora. Após dois álbuns medianos, Down to Earth (2001) e Black Rain (2007), o ex-vocalista do grupo Black Sabbath volta a apresentar um repertório coeso, formatado pelo próprio Ozzy com o produtor Kevin Churko. Talvez a entrada na banda do (excelente) guitarrista Gus G - egresso do grupo Firewind - tenha injetado ânimo juvenil em Ozzy. O fato salutar é que o dinossauro metaleiro reverencia com vigor em Scream a velha escola do rock pesado em temas como Soul Sucker (de início eleito para dar título ao CD), Diggin' me Down e I Want It More. Até as músicas mais lentas, casos de Life Won't Wait e Time, caem bem em um disco de som orgânico e potente. Ozzy grita em Scream que está vivo e que ainda não se tornou um clone de si mesmo. E o mundo musical está ouvindo o berro (revigorante) do lendário metaleiro.

6 de julho de 2010

Alcione e Mart'nália na 'Festa' de Ivone e Délcio

Nem bem lançou o CD Nas Escritas da Vida, em que registrou o repertório composto com Bruno Castro a partir de 2001, Ivone Lara se prepara para lançar disco que celebra sua parceria com Délcio Carvalho. A Festa conta com as adesões de Alcione e Mart'nália - vistas com Délcio nas fotos de João Lopes - na faixa-título, uma das quatro inéditas do projeto idealizado por Mário Lago Filho e produzido por Paulão Sete Cordas. As inéditas A Festa e Ainda Baila no Ar - cantada por Dudu Nobre e Wilson das Neves - foram gravadas em estúdio, assim como o medley que junta Acreditar e Sonho Meu com a participação da Velha Guarda do Império Serrano. Mas a base do CD é a gravação ao vivo feita em 21 e 22 de março de 2008 no Theatro Municipal de Niterói (RJ) em dois shows de Ivone e Délcio. Em seu set individual, o compositor canta as outras duas inéditas do disco, Sol de Verão e O Tempo Passou. Já Ivone entoa pérolas menos conhecidas da parceria iniciada em 1972. Entre elas, há Amor sem Esperança (música lançada por Beth Carvalho em 1975 no LP Pandeiro e Viola) e Sonho e Saudade (samba gravado em 1996 por Jair Rodrigues). Com lançamento previsto para este segundo semestre de 2010, em distribuição dirigida a bibliotecas e formadores de opinião, A Festa deverá ganhar edição comercial em 2011. O disco foi feito com o patrocínio obtido no projeto Natura Musical.

DVD da '360º Tour' repõe U2 na linha de frente

Resenha de DVD
Título: U2 360º at
the Rose Bowl
Artista: U2
Gravadora: Universal
Music
Cotação: * * * *


Recém-lançado em DVD no Brasil, o registro ao vivo da The U2 360° Tour repõe o grupo de Bono Vox na linha de frente do rock mundial - da qual a banda andava afastada por conta de um álbum que não atingiu o alto padrão do U2, No Line on the Horizon (2009). Mas foi este álbum até certo ponto decepcionante que gerou uma das turnês mais grandiosas e inovadoras do quarteto, captada em toda sua plenitude na apresentação feita pelo U2 em 29 de outubro de 2009 no estádio de Rose Bown, em Pasadena (Califórnia, EUA). Lançada nos formatos de DVD e blu-ray, a bela gravação ao vivo exibida em U2 360º at the Rose Bowl é digna da videografia de um grupo que sempre fez turnês monumentais e as registrou com primor. Tratadas com contrates de cores, as imagens filmadas sob a direção de Tom Krueger transportam para o vídeo a sensação de grandiosidade da turnê hi-tech, que vai ser retomada em agosto de 2010 após interrupção para Bono Vox resolver problemas de saúde. O maior atrativo The U2 360° Tour é seu palco circular construído em forma de aranha que envolve com suas pernas a banda e a situa ao redor do público. Toda a estrutura inovadora é posta a serviço da música tocada/pregada pelo U2 sob a liderança messiânica de Bono. O roteiro de 23 números alterna climas com a maestria com que entrelaça clássicos (Where the Streets Have no Name, Sunday Bloody Sunday, With or Without You) com singles do último mediano álbum (Get on your Boots, I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight e Magnificent) e um ou outro lado B de sua discografia que completa 30 anos em 2010 - caso da balada In a Little While, do revigorante álbum All That You Can't Leave Behind (2001), do qual o U2 revive também o hit Beautiful Day. Merece menção especial o coro que engrandece I Still Haven't Found What I'm Looking for, tema que culmina no cover de Stand by me (música não creditada no roteiro exposto na contracapa do DVD). O registro ao vivo da The U2 360° Tour atesta o poder doutrinador do U2 perante as massas. Magia não desfeita nem mesmo pelo documentário Squaring the Circle: Creating U2 360°, exibido na edição dupla do DVD e no blu-ray com detalhes sobre a criação e a arquitetura da turnê que repôs o U2 na linha de frente.

Grupo Fresno lança 'Revanche' com 13 inéditas

Com seu lançamento agendado para a próxima terça-feira, 13 de julho de 2010, o quinto álbum solo do grupo Fresno, Revanche, apresenta treze músicas inéditas. O disco vai chegar às lojas (quase) dois meses depois do lançamento nas rádios do primeiro single, Deixa o Tempo, em rotação desde 21 de maio. Sucessor de Redenção (2008), Revanche sai pela gravadora Arsenal Music, com distribuição da Universal Music. Eis as 13 músicas do álbum:
1. Revanche
2. Deixa o Tempo
3. Esteja Aqui
4. Die Lüge
5. Nesse Lugar
6. Eu Sei
7. Relato de um Homem de Bom Coração
8. Quando Crescer
9. Se Você Voltar
10. A Minha História Não Acaba Aqui
11. Não Leve a Mal
12. Porto Alegre
13. Canção da Noite (Todo Mundo Precisa de Alguém)

Rita regrava 'Ti Ti Ti' para o 'remake' da novela

Rita Lee regravou sua deliciosa música Ti Ti Ti - composta com Roberto de Carvalho e lançada pela dupla no álbum Saúde (Som Livre, 1981) - para a trilha sonora nacional do remake da novela homônima de Cassiano Gabus Mendes (1927 - 1993), no ar a partir de 19 de julho de 2010. Ti Ti Ti já era o tema de abertura da trama em sua versão original, exibida em 1985 pela TV Globo, mas na regravação do extinto grupo Metrô. Já a versão 2010 de Ti Ti Ti foi gravada por Rita Lee sob produção de Roberto.

5 de julho de 2010

Bethânia lidera 21º Prêmio da música brasileira

Com sete nomeações por conta dos álbuns Encanteria e Tua, de 2009, Maria Bethânia - em foto de Murilo Meirelles - é a líder de indicações à 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira. Anunciada nesta segunda-feira, 5 de julho de 2010, a lista de indicados totaliza 105 nomes, selecionados a partir dos 695 CDs e 103 DVDs inscritos e distribuídos em 16 categorias. Atrás somente de Maria Bethânia, Ney Matogrosso é o segundo nome com mais indicações, concorrendo quatro vezes pelo CD Beijo Bandido. Eis os indicados ao prêmio, cujos vencedores serão conhecidos em 11 de agosto, em cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (RJ) que vai prestar uma homenagem a Dona Ivone Lara:

CATEGORIA ARRANJADOR
Arranjador
Mario Adnet por Afro Samba Jazz- A Música de Baden Powell - Mario Adnet e Philippe Baden Powell
Maurício Carrilho por Brasileiro Saxofone - Nailor Proveta
Philippe Baden Powell por Afro Samba Jazz - A Música de Baden Powell - Mario Adnet e Philippe Baden Powell

CATEGORIA CANÇÃO
Melhor Canção
Encanteria (Paulo César Pinheiro) - CD Encanteria, de Maria Bethânia
Feita na Bahia (Roque Ferreira) - CD Encanteria, de Maria Bethânia
Saudade (Chico César e Paulinho Moska) - CD Tua, de Maria Bethânia

CATEGORIA PROJETO VISUAL
Manacá, disco Manacá - Retina 78
Maria Bethânia, disco Encanteria - Gringo Cardia
Ney Matogrosso, disco Beijo Bandido - Ocimar Versolato

CATEGORIA REVELAÇÃO
Alexandre Gismonti Trio
Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz
Maria Gadú

CATEGORIA CANÇÃO POPULAR
Melhor Disco
Autorretrato, de Kleiton e Kledir
Tecnomacumba a Tempo e ao Vivo, de Rita Ribeiro
O Coração do Homem-Bomba ao Vivo Mesmo, de Zeca Baleiro

Melhor Dupla
Edson e Hudson (Despedida)
Victor & Leo (Ao Vivo e em Cores em São Paulo)
Zezé Di Camargo & Luciano (Duas Horas de Sucesso ao Vivo)

Melhor Grupo
DNA (Pode Acreditar)

San Marino (Simples, mas Autêntico)
Trilogia (Jogatina)

Melhor Cantor
Cauby Peixoto (Cauby Interpreta Roberto)
Fagner (Uma Canção no Rádio)
Zeca Baleiro (O Coração do Homem-Bomba ao Vivo Mesmo)

Melhor Cantora
Patricia Mellodi (Pacote Mais que Completo)
Paula Fernandes (Pássaro de Fogo)
Rita Ribeiro (Tecnomacumba a Tempo e ao Vivo)

CATEGORIA INSTRUMENTAL
Melhor Disco
Saudade do Cordão, de Guinga e Paulo Sérgio Santos
Afro Samba Jazz - A Música de Baden Powell, de Mario Adnet e Philippe Baden Powell
Luz da Aurora, de Yamandú Costa e Hamilton de Holanda

Melhor Solista
Altamiro Carrilho (Primeira Noite em Niterói/Segunda Noite em Niterói)
Hamilton de Holanda (Luz da Aurora)
Yamandú Costa (Luz da Aurora)

Melhor Grupo
João Donato Trio (Sambolero)
Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz (LetieresLeite e OrkestraRumpilezz)
Rabo De Lagartixa (O Papagaio do Moleque)

CATEGORIA MPB
Melhor Disco
Não Vou Pro Céu mas Já Não Vivo no Chão, de João Bosco
Encanteria, de Maria Bethânia
Beijo Bandido, de Ney Matogrosso

Melhor Grupo
4 Cabeça (4 Cabeça)
Escambo (Flúor)
Fausto Prado e Caetano Silveira (Cidade Baixa)

Melhor Cantor
João Bosco (Não Vou Pro Céu mas Já Não Vivo no Chão)
Ney Matogrosso (Beijo Bandido)
Zé Renato (Zé Renato ao Vivo)

Melhor Cantora
Maria Bethânia (Encanteria)
Nana Caymmi (Sem Poupar Coração)
Roberta Sá (Pra se Ter Alegria)

CATEGORIA POP/ROCK/REGGAE/ HIPHOP/FUNK
Melhor Disco
Zii e Zie, de Caetano Veloso
Rock'n'Roll, de Erasmo Carlos
Pelo Sabor do Gesto, de Zélia Duncan

Melhor Grupo
Móveis Coloniais de Acaju (C_Mpl_Te)
Mundo Livre S/A (Combat Samba)
Paralamas do Sucesso (Brasil Afora)

Melhor Cantor
Caetano Veloso (Zii e Zie)
Ed Motta (Piquenique)
Lulu Santos (Singular)

Melhor Cantora
Céu (Vagarosa)
Daniela Mercury (Canibália)
Zélia Duncan (Pelo Sabor do Gesto)

CATEGORIA REGIONAL
Melhor Disco
Alma Cabocla, de Ana Salvagni
Viva Elpídio, de Oswaldinho e Marisa Viana
Violas de Bronze, de Siba e Roberto Corrêa

Melhor Dupla
Chitãozinho e Xororó (Se For pra Ser Feliz)
Gino e Geno (Pode Chamar Nóis)
Rodrigo Sater e Yassír Chediak (Tiago e Juvenal - Os Violeiros da novela Paraíso)

Melhor Grupo
Frevo Diabo (Frevo Diabo)
Luciano Maia e Quarteto Riograndense (Encomenda)
Trio Virgulino (Isso Aqui Tá Bom Demais)

Melhor Cantor
Gaúcho da Fronteira (Gaúcho Doble Chapa)
Juraildes da Cruz (Roda Gigante)
Targino Gondim (Canções de Luiz)

Melhor Cantora
Claudia Cunha (Responde à Roda)

Elba Ramalho (Balaio de Amor)
Patrícia Bastos (Eu Sou Caboca)

CATEGORIA SAMBA
Melhor Disco
Chutando o Balde, de Nei Lopes
Tantinho Canta Padeirinho da Mangueira, de Tantinho
Preceito, de Toninho Geraes

Melhor Grupo
Casuarina (MTV Apresenta Casuarina)
Galocantô (Lirismo do Rio)
Sandália de Prata (Samba Pesado)

Melhor Cantor
Moyseis Marques (Fases do Coração)
Tantinho (Tantinho Canta Padeirinho da Mangueira)
Zeca Pagodinho (Uma Prova de Amor ao Vivo - Especial MTV)

Melhor Cantora
Alcione (Acesa)
Aline Calixto (Aline Calixto)
Luiza Dionizio (Devoção)

FINALISTAS - ESPECIAIS
DVD
Luz Negra - Fernanda Takai
BandaDois - Gilberto Gil
Multishow ao Vivo - Vanessa da Mata

Disco Língua Estrangeira
Beatles 69 Vol. 01, 02 e 03 - Vários artistas
Songs 4 U - Daniel Boaventura
Tributo a Ella Fitzgerald - Jane Duboc e Vitor Biglione

Disco Erudito
Debussy - Nelson Freire
Shumann Sinfonia nº 2 Sinfonia nº 4 - Osesp
Villa-Lobos - Um Clássico Popular - Quinteto Villa-Lobos

Disco Infantil
Partimpim Dois - Adriana Partimpim
Pequeno Cidadão - Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Antonio Pinto e Taciana Barros
Projeto Guri Convida - Projeto Guri – Vários artistas

Disco Projeto Especial
Entre Amigos - Dolores Duran
O Baile do Simonal - Vários artistas
Ataulfo Alves - 100 Anos - Vários artistas

Disco Eletrônico
Essa Moça Tá Diferente - DJ Zé Pedro
Organismo Eletrônico - Pedra Branca
Ultrasom - Siri

VOTO POPULAR
Cantor
Caetano Veloso
Cauby Peixoto
Ed Motta
Fagner
Gaúcho da Fronteira
João Bosco
Juraildes da Cruz
Lulu Santos
Moyseis Marques
Ney Matogrosso
Tantinho
Targino Gondim
Zé Renato
Zeca Baleiro
Zeca Pagodinho

Cantora
Alcione
Aline Calixto
Céu
Claudia Cunha
Daniela Mercury
Elba Ramalho
Luiza Dionizio
Maria Bethânia
Nana Caymmi
Patricia Bastos
Patricia Mellodi
Paula Fernandes
Rita Ribeiro
Roberta Sá
Zélia Duncan

Paula desmente 'notícia' de Twitter sobre Kid

Em recado postado no blog de seu site oficial, Paula Toller alertou ser falsa a mensagem de Twitter atribuída a ela e veiculada nesta segunda-feira, 5 de julho de 2010. Tal mensagem não é originária de seu Twitter oficial. De acordo com a mensagem falsa, o retorno do Kid Abelha aos palcos e ao disco aconteceria somente em 2011. Como já noticiado em maio de forma extra-oficial, o Kid Abelha se prepara para estrear show em 2010. Clique aqui para ler o post de Notas Musicais sobre o esperado retorno do grupo carioca à cena.

Leoni programa 'Noite Perfeita' para setembro

Leoni programa para setembro de 2010 a edição do CD e DVD que gravou ao vivo em apresentação do show A Noite Perfeita no Circo Voador, no Rio de Janeiro (RJ), na noite de 18 de junho. O repertório enfileira dez inéditas da lavra autoral do compositor. Eis o roteiro seguido por Leoni na gravação ao vivo realizada em parceria com o Canal Brasil (que intensifica a produção de DVDs):
1. Os Amadores (inédita)
2. É Proibido Sofrer (inédita)
3. As Cartas que Eu Não Mando

4. Dá pra Rir e Dá pra Chorar (inédita)
5. Dublê de Corpo
6. Se Não Agora, Quando? (inédita)
7. Temporada das Flores
8. Fotografia
9. Os Outros
10. Lado Z
11. Do teu Lado (inédita)
12. 50 Receitas
13. Quem, Além de Você?
14. Melhor pra mim
15. Igual a Qualquer Um - Eduardo T (inédita)
16. Garotos II
17. Um Herói que Mata
18. A Canção da Despedida
19. Hora de Pular do Trem (inédita)
20. A Fórmula do Amor / Educação Sentimental / Exagerado
21. A Noite Perfeita (inédita)
Bis:
22. O Amor me Espera lá Dentro (inédita)
23. Por que Não Eu?
24. Alucinadas (inédita)

Mart'nália canta semba em DVD feito na África

No final de 2006, Mart'nália lançou kit de DVD e CD, Mart'nália em Berlim ao Vivo, com o registro da passagem pela Alemanha do show inspirado no álbum Menino do Rio (2005). Quatro anos depois, a cantora recorre novamente ao formato e lança, neste mês de julho de 2010, o kit de DVD e CD Mart'nália em África ao Vivo, que perpetua o show baseado no álbum Madrugada (2008). Com direção de João Vainer, o show foi captado na Ilha de Luanda, em Angola. No roteiro assinado por Márcia Alvarez, diretora do show, Mart'nália inseriu dois temas africanos, Muxima e Muadiakime, agregados em pot-pourri interpretado pela artista em dueto com o cantor angolano Yuri da Cunha (o CD apresenta 16 dos 19 números do roteiro). Nos extras, o DVD exibe um documentário - no qual Mart'nália discorre sobre sua relação com a África - e uma roda de semba armada na sua casa, no Rio de Janeiro (RJ), com as adesões de Carlinhos Brown, Gilberto Gil, Mayra Andrade (a cantora cubana que se criou em Cabo Verde e se radicou em Paris), o pai Martinho da Vila e as irmãs Analimar e Maíra Freitas. Na roda de semba, a turma canta temas como Palco (Gilberto Gil), Tchápu na Bandera (Djoy Amado), Na Forma da Lua (Carlinhos Brown, Mart’nália e Marcelinho Moreira), Festa de Umbanda (Martinho da Vila), Semba dos Ancestrais (Martinho da Vila e Rosinha de Valença), A Volta da Fogueira (Manoel Rui e Martinho da Vila) e Odilê, Odilá (Martinho da Vila e João Bosco). Sai via Biscoito Fino.

4 de julho de 2010

Azeitado, 'barato' de Otto em cena é inebriante

Resenha de Show
Título: Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos
Artista: Otto (em fotos de Mauro Ferreira)
Data: 4 de julho de 2010
Local: Circo Voador (RJ)
Cotação: * * * * 1/2
"Na vida, ou você se quebra ou você não se quebra. Eu sou um homem que não vou quebrar", filosofou e afiançou Otto diante do público que encheu a pista e as arquibacandas do Circo Voador (RJ), já na madrugada deste domingo, 4 de julho de 2010, para ver o cantor, em turnê com o show de lançamento de seu quinto bom álbum, Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos (2009), destaque da safra fonográfica do ano passado. Gerado em momento de crise pessoal, o disco originou show nervoso, cuja eletricidade atenua a carga melancólica de letras como a de Filha, música que abriu o roteiro e teve seu refrão ("Aqui é festa, amor / E há tristeza em minha vida") cantado em coro pelo público carioca. Sim, era festa no Circo e, se havia tristeza, ela se dissipou e subiu no toque afro dos tambores dos percussionistas André Malê e Marcos Axé, quando Otto cantou músicas como O Celular de Naná, Janaína e Condom Black (Stop Play), esta emendada com Emoriô (Gilberto Gil e João Donato), pretexto para Otto saudar Donato, um cariocacreano na sua definição, dita em alusão ao fato de o compositor, radicado no Rio de Janeiro (RJ), ter nascido no Acre. Com atuações luminosas no show, Malê e Axé estiveram sempre no mesmo primeiro plano do genial guitarrista Fernando Catatau, convidado especial cuja presença fez toda a diferença na elaboração do suingue de repertório recolhido com equilíbrio entre os quatro CDs de estúdio do astro pernambucano.
"Essa porra de palco é a droga mais pesada que Deus me deu. E olha que Ele vem em ofertando coisa boa...", disparou Otto em cena, em fala marota que antecedeu a Ciranda de Maluco, tema de seu primeiro cultuado álbum solo, Samba pra Burro (1998). Nesse momento, o ex-percussionista do grupo Mundo Livre S/A - um dos pilares do movimento Mangue Beat - assumiu um atabaque. Como se estivesse doido, curtindo o barato do palco, o cantor pulou pelo picadeiro e chegou a se misturar entre o público enquanto entoava Lavanda, música de seu disco mais fraco, Sem Gravidade (2003). Os grooves contemporâneos de números como Naquela Mesa (Sergio Bittencourt) e Saudade acenturam o brilho de um show azeitado que reverenciou Chico Science (1966 - 1997) quando Otto reviveu Da Lama ao Caos, faixa-título do primeiro álbum da Nação Zumbi. Alocados antes e depois deste clássico do Mangue Beat, Cuba e O Celular de Naná mantiveram o show na pressão. Que continuou alta em Meu Mundo Dança, TV a Cabo e Pra Ser Só Minha Mulher. Nesta canção de Ronnie Von e Tony Osanah, lançada por Roberto Carlos em 1976 e regravada por Otto no álbum Sem Gravidade, o popular e o muderno se fundiram em número que realçou a maestria da guitarra de Catatau. No fim, Low preparou o clima para o bis, no qual Otto improvisou ao pandeiro samba de Cartola (1908 - 1980), Tive Sim, e recorreu novamente ao cancioneiro de Roberto Carlos ao citar o rock Quando (1967) antes de cantar Seis Minutos, música de seu atual disco. Em cena, o som de Otto é um barato inebriante. Ele não se afundou na lama de caos existencial.