7 de julho de 2010

Flaming Lips distorce obra-prima do Pink Floyd

Resenha de CD
Título: The Dark Side
of the Moon
Artista: The Flaming Lips
& Stardeath and White
Dwarfs (with Henry
Rollins and Peaches)
Gravadora: Warner Music
Cotação: * 1/2

Como já explicitou em seu álbum anterior, Embryonic (2009), o grupo The Flaming Lips gosta de experimentar e de correr riscos. E o risco é inevitável e alto quando a intenção é regravar o álbum The Dark Side of the Moon (1973), a obra-prima conceitual do Pink Floyd. E, como se desafiasse os puristas, The Flaming Lips distorce o disco em todos os sentidos. Já na primeira das nove faixas, Speak to me / Breathe, as distorções mostram que o grupo buscou subverter o sentido e a dinâmica original do álbum, aniquilando boa parte de seu lirismo. Curiosamente, os melhores momentos de The Flaming Lips and Stardeath and White Dwarfs with Henry Rollins and Peaches Doing Dark Side of the Moon são as músicas - Us and Them e Brain Damage - que guardam alguma semelhança (ainda que meramente climática) com os registros do álbum de 1973. Só que a proposta era mesmo se distanciar do original. A psicodelia até é recorrente, mas em outra ambiência - no caso, marcada por distorções e efeitos eletrônicos. A questão é que, ao abordar temas como Money e The Great Gig in the Sky, o Flaming Lips transfigura a arquitetura original das músicas sem lhes dar um outro acabamento minimamente coeso. Sem um significado ou conceito que a legitime, a aventura de regravar The Dark Side of the Moon acaba soando meramente exótica. A viagem é nova.

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Como já explicitou em seu álbum anterior, Embryonic (2009), o grupo The Flaming Lips gosta de experimentar e de correr riscos. E o risco é inevitável e alto quando a intenção é regravar o álbum The Dark Side of the Moon (1973), a obra-prima conceitual do Pink Floyd. E, como se desafiasse os puristas, The Flaming Lips distorce o disco em todos os sentidos. Já na primeira das nove faixas, Speak to me / Breathe, as distorções mostram que o grupo buscou subverter o sentido e a dinâmica original do álbum, aniquilando boa parte de seu lirismo. Curiosamente, os melhores momentos de The Flaming Lips and Stardeath and White Dwarfs with Henry Rollins and Peaches Doing Dark Side of the Moon são as músicas - Us and Them e Brain Damage - que guardam alguma semelhança (ainda que meramente climática) com os registros do álbum de 1973. Só que a proposta era mesmo se distanciar do original. A psicodelia até é recorrente, mas em outra ambiência - no caso, marcada por distorções e efeitos eletrônicos. A questão é que, ao abordar temas como Money e The Great Gig in the Sky, o Flaming Lips transfigura a arquitetura original das músicas sem lhes dar um outro acabamento minimamente coeso. Sem um significado ou conceito que a legitime, a aventura de regravar The Dark Side of the Moon acaba soando meramente exótica. A viagem é nova.

7 de julho de 2010 às 19:24  
Anonymous Anônimo said...

Capa PAVOROSA!!!

8 de julho de 2010 às 10:08  

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