Velha Guarda e Leci exaltam raiz da Mangueira
Resenha de Show
Título: Velha Guarda da Mangueira e Leci Brandão
Artista: Velha Guarda da Mangueira e Leci Brandão
Local: Comitê (SP)
Data: 10 de julho de 2010
Cotação: * * * 1/2
Título: Velha Guarda da Mangueira e Leci Brandão
Artista: Velha Guarda da Mangueira e Leci Brandão
Local: Comitê (SP)
Data: 10 de julho de 2010
Cotação: * * * 1/2
Além de ser pioneira integrante feminina da Ala de Compositores da Mangueira, na qual ingressou em 1972, Leci Brandão fez boas conexões nos anos 70 com bambas da escola verde-e-rosa, uma das mais tradicionais do Carnaval do Rio de Janeiro (RJ). Quatro décadas depois dessas associações, a trajetória da cantora voltou a se cruzar com a da Mangueira em São Paulo (SP), no pequeno palco da casa Comitê, o novo espaço de shows da movimentada Rua Augusta. Atração da casa neste fim de semana de feriadão paulista, Leci e a Velha Guarda da Mangueira se reencontraram em show que começou já na madrugada deste sábado, 10 de julho de 2010. Leci entrou em cena já no meio da apresentação dos veteranos bambas da escola, cantando Exaltação à Mangueira (Enéas Brites da Silva e Aloísio Augusto da Costa, 1956), um dos hinos que celebram a agremiação de forma idealizada. O show em si já foi uma exaltação à Mangueira. Com Leci, o vocalista do grupo - Rody da Mangueira - e as pastoras Sapoty, Soninha da Pedra e Zenith fizeram no Comitê um desfile com os melhores sambas-enredos da escola nos anos 80 e 90, incluindo Atrás da Verde e Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu (1994), Caymmi Mostra ao Mundo o que a Mangueira e a Bahia Tem (1986) e 100 Anos de Liberdade - Realidade ou Ilusão (1988). O público, majoritariamente jovem, se esbaldou na pista, parecendo íntimo do repertório essencialmente carioca. Pouco importou naquele momento que o canto intuitivo dos bambas não exibisse apuro técnico. Era a hora de desencavar, em clima de celebração, as raízes da Mangueira. E não foi à toa que, logo na abertura do show, a Velha Guarda sacou dois sambas antigos que exaltam a verde-e-rosa, Jequitibá e Quando Ouvi Essa Batida, ambos da lavra de José Ramos. Entre temas da obra refinada de Cartola (1908 - 1980), Corra e Olha o Céu e Alvorada, até o Piano na Mangueira (Tom Jobim e Chico Buarque) subiu o morro. E, como a Mangueira continua a dar frutos, a Velha Guarda apresentou ao público paulista a vocalista Lu Fogaça, convidada vivaz de dois números, Folhas Secas (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito) e Ai, que Saudades da Amélia (Ataulfo Alves e Mário Lago), samba destoante no roteiro que recorreu diversas vezes aos repertórios de Cartola e Nelson Cavaquinho (1911 - 1986), este lembrado também com Juízo Final. Já na parte final, após os solos desinibidos das pastoras, a presença ilustre de Leci Brandão deu ligeiro caráter histórico à celebração verde-e-rosa. Que atingiu seu pico de animação com a marcha Tem Capoeira (Batista da Mangueira, 1973), gravada por João Roberto Kelly. Enfim, o público jovem que foi ao Comitê abriu alas e corações para que a Mangueira passasse e lembrasse de tempos (bem) mais frondosos.
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Além de ser pioneira integrante feminina da Ala de Compositores da Mangueira, na qual ingressou em 1972, Leci Brandão fez boas conexões nos anos 70 com bambas da escola verde-e-rosa, uma das mais tradicionais do Carnaval do Rio de Janeiro (RJ). Quatro décadas depois dessas associações, a trajetória da cantora voltou a se cruzar com a da Mangueira em São Paulo (SP), no pequeno palco da casa Comitê, o novo espaço de shows da movimentada Rua Augusta. Atração da casa neste fim de semana de feriadão paulista, Leci e a Velha Guarda da Mangueira se reencontraram em show que começou já na madrugada deste sábado, 10 de julho de 2010. Leci entrou em cena já no meio da apresentação dos veteranos bambas da escola, cantando Exaltação à Mangueira (Enéas Brites da Silva e Aloísio Augusto da Costa, 1956), um dos hinos que celebram a agremiação de forma idealizada. O show em si já foi uma exaltação à Mangueira. Com Leci, o vocalista do grupo - Rody da Mangueira - e as pastoras Sapoty, Soninha da Pedra e Zenith fizeram no Comitê um desfile com os melhores sambas-enredos da escola nos anos 80 e 90, incluindo Atrás da Verde e Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu (1994), Caymmi Mostra ao Mundo o que a Mangueira e a Bahia Tem (1986) e 100 Anos de Liberdade - Realidade ou Ilusão (1988). O público, majoritariamente jovem, se esbaldou na pista, parecendo íntimo do repertório essencialmente carioca. Pouco importou naquele momento que o canto intuitivo dos bambas não exibisse apuro técnico. Era a hora de desencavar, em clima de celebração, as raízes da Mangueira. E não foi à toa que, logo na abertura do show, a Velha Guarda sacou dois sambas antigos que exaltam a verde-e-rosa, Jequitibá e Quando Ouvi Essa Batida, ambos da lavra de José Ramos. Entre temas da obra refinada de Cartola (1908 - 1980), Corra e Olha o Céu e Alvorada, até o Piano na Mangueira (Tom Jobim e Chico Buarque) subiu o morro. E, como a Mangueira continua a dar frutos, a Velha Guarda apresentou ao público paulista a vocalista Lu Fogaça, convidada vivaz de dois números, Folhas Secas (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito) e Ai, que Saudades da Amélia (Ataulfo Alves e Mário Lago), samba destoante no roteiro que recorreu diversas vezes aos repertórios de Cartola e Nelson Cavaquinho (1911 - 1986), este lembrado também com Juízo Final. Já na parte final, após os solos desinibidos das pastoras, a presença ilustre de Leci Brandão deu ligeiro caráter histórico à celebração verde-e-rosa. Que atingiu seu pico de animação com a marcha Tem Capoeira (Batista da Mangueira, 1973), gravada por João Roberto Kelly. Enfim, o público jovem que foi ao Comitê abriu alas e corações para que a Mangueira passasse e lembrasse de tempos (bem) mais frondosos.
incrível um show desse acontecer em sp, não no Rio, onde Leci quase não canta
A Equipe do Brasil Cultural - Ana Carla Nunes* e Beatriz Campos**, com assessoria textual de Bárbara Ferreira - vem convidar você a conhecer os dois novos espaços virtuais de divulgação da cultura brasileira: o Blog do Quarteto em Cy - http://quartetoemcyeafins.blogspot.com e o Blog Brasil Diversificado - http://brasildiversificado.blogspot.com .
O primeiro espaço é dedicado à divulgação do grupo vocal Quarteto em Cy e suas mais de quatro décadas de constante contribuição à música brasileira. Lá você encontrará material raro sobre o grupo – matérias, gravações, entrevistas, fotos, - e também poderá participar de enquetes, chats e entrar em contato com o Quarteto e com admiradores do grupo e amantes da nossa boa música.
O segundo espaço tem o compromisso com todo tipo de manifestação da cultura popular de nosso país. Por meio de postagens de textos, fotos, vídeos, o visitante poderá compartilhar conhecimentos e discutir ideias sobre a diversidade cultural brasileira com outros visitantes e com a equipe do Brasil Cultural, em uma troca de experiências bastante proveitosa.
Esperamos, então, sua visita e contribuições culturais.
Grande abraço,
Equipe do Brasil Cultural
*responsável também pelo site http://www.festasdabahia.com/
**responsável também pelo blog http://biacamposcy.multiply.com
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