Daniela celebra mistura brasileira em Canibália
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Em sintonia com a miscigenação antropofágica já sugerida pelo título do show, o roteiro de Canibália - o espetáculo vibrante que Daniela Mercury está apresentando no Rio de Janeiro (RJ) neste fim de semana de agosto de 2009 - deglute referências a novos e velhos baianos, misturados no repertório com músicas ausentes do universo afro-pop-brasileiro, casos de O Que Será (Chico Buarque), Como Nossos Pais (Belchior), Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás (Raul Seixas e Paulo Coelho) e Tempo Perdido (Renato Russo). Eis o roteiro apresentado por Daniela Mercury (em fotos de Mauro Ferreira) na ótima estreia carioca de seu novo show Canibália - no Canecão - na noite de 21 de agosto de 2009:
Rapper e produtor atuante no universo norte-americano do hip hop, Wyclef Jean - projetado nos anos 90 como integrante do trio The Fugees - se tornou parceiro de Daniela Mercury. A primeira música da artista baiana com Wyclef - Life Is Beautiful, um r & b turbinado com a batida do samba-reggae - integra o repertório de Canibália, o álbum que a cantora vai lançar em setembro de 2009, com cinco opções de capas (duas podem ser vistas acima).
Já está chegando às lojas, com distribuição da Warner Music, o CD que reúne as músicas da trilha sonora da novela Poder Paralelo, exibida pela Rede Record. Toni Garrido (visto à esquerda numa foto de Bob Wolfenson) é o convidado da regravação de Firmamento - música do repertório do grupo Cidade Negra - feita pela banda Opinião Pública. A seleção inclui fonogramas de Mariana Belém (Ronda), Fernanda Takai (Insensatez) e KLB (Estou Morrendo aos Poucos), entre outros nomes bem menos conhecidos do público. O tema de abertura da trama da Rede Record, Belíssimo Cosi, é entoado pela artista italiana Laura Pausini. É a faixa que abre o CD.
Norah Jones decidiu testar sonoridades e mudar o estilo de sua música no quarto álbum de estúdio, já programado para novembro de 2009 pela EMI Music. Uma das novidades é o fato de a estrela do pop jazz - habituada a tocar piano em discos e em shows - tocar violão na maioria das faixas. Ainda sem título, o CD está sendo pilotado por Jacquire King, produtor e engenheiro de som de nomes como Tom Waits e Kings of Leon. Todo o repertório foi composto por Norah ao longo dos últimos dos dois anos. Sem deixar seu parceiro Jesse Harris, a artista quis trabalhar também com Ryan Adams e Will Sheff. A banda formada para o disco inclui o tecladista James Poyser, dois bateristas (Joey Waronker e James Gadson) e os guitarristas Marc Ribot e Smokey Hormel. A conferir.
A gravadora Universal Music adquiriu os direitos para relançar todo o catálogo do selo Reprise, criado em 1961 por Frank Sinatra (1915 -1998). A compra prevê um extenso cronograma de reedições da obra do cantor. O pontapé inicial vai ser dado em outubro de 2009 com a edição comemorativa dos 40 anos do álbum My Way, lançado em 1969 com sucesso por conta da faixa-título. A reedição vai incluir gravações inéditas feitas na época do lançamento do disco. O acordo selado entre a Universal Music e a Frank Sinatra Enterprises engloba todos os 38 álbuns feitos por Sinatra para o selo. Além dos CDs, a Universal adquiriu os direitos para relançar em DVD 14 registros audiovisuais da Voz. Detalhe: tanto CDs como DVDs poderão ser relançados pela Universal em qualquer parte do mundo, exceto nos Estados Unidos, país onde o catálogo de Sinatra na Reprise é editado pelo selo Concord Music.
A aura mitológica que cerca a vida e a obra de Raul Seixas (1945 - 1989) tem impedido uma revisão mais justa e imparcial de sua discografia - a rigor, irregular. É certo que o Maluco Beleza já tem lugar vitalício e merecido na galeria dos artistas mais originais, criativos e pioneiros do Brasil. E o fato de estar se falando de Raul e cantando Raul tanto tempo após sua morte - que completa 20 anos nesta sexta-feira, 21 de agosto de 2009 - apenas reforça o talento do artista. Contudo, é fato também que quase ninguém escuta e analisa a discografia de Raulzito com o devido senso crítico. A rigor, todo o mito alimentado em torno de Raul se origina da força de seus cinco primeiros discos individuais. Krig-Ha-Bandolo! (1973) e Novo Aeon (1975) são obras-primas. Gita (1974) roça a genialidade deles. Já Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás (1976) e O Dia em que a Terra Parou (1977), embora sejam bons discos, já começam a sinalizar a crise de criatividade que diluiria a força da obra de Raul a partir do álbum Mata Virgem (1978). A devoção do artista às drogas e ao álcool fez com que o roqueiro virasse um clone de si mesmo ao longo dos anos 80. Houve um ou outro lampejo de criatividade, perceptível em especial no álbum Metrô Linha 743 (1984), mas já era difícil identificar no Raul dos anos 80 aquele roqueiro antenado dos 70, mestre em alinhar afinidades entre Luiz Gonzaga (1912 - 1989) e Elvis Presley (1935 - 1977). Raul fazia rock com identidade brasileira e tinha a capacidade de se fazer entender pelo chamado grande público - qualidade que faltou à obra também pioneira do grupo Os Mutantes, o primeiro a fazer rock no Brasil sem copiar o modelo estrangeiro. O autor de Ouro de Tolo se fez notar também pelo tom corrosivo e debochado que conseguiu imprimir em sua música em plena era da censura ditatorial. Na citada Ouro de Tolo, destaque de seu primeiro álbum solo, o artista mostrou logo de cara o quão falso podia ser o milagre brasileiro. Raul Seixas foi a mosca que pousou na sopa da classe média conformista. Pena que, com o tempo, sua obra foi ficando quase tão rala como essa sopa. Ainda assim, Raul Seixas merece todos os aplausos possíveis, vinte anos depois de sua saída de cena, pelo vigor dessa obra inicial e imortal que vem sustentando o mito ao longo desses anos.
Resenha de CD
Já mais voltada para o licenciamento de DVDs estrangeiros, a gravadora carioca Coqueiro Verde põe outro título inédito no mercado brasileiro: Drop It Like It's Hot, de Snoop Dogg, rapper norte-americano da dura linha gangsta que despontou com força no mundo do hip hop em 1993 com o lançamento de seu primeiro álbum, Doggystyle, de cujo repertório Snoop revive hits como Gin & Juice neste DVD captado em 2005 em show no Forest International, em Bruxelas, capital da Bélgica. No roteiro, o rapper - atualmente com cotação bem mais baixa no mercado do hip hop - rebobina sucessos como P.I.M.P e Beautiful. Nos extras, o DVD exibe dois números, Wrong Idea e Deep Cover, filmados no Sumfest, na Jamaica, em 2001. A Coqueiro Verde teve o cuidado de pôr legendas em português nas falas de Snoop Dogg.
Resenha de CD
Nas lojas até o fim de 2009, numa distribuição planetária, a edição comemorativa dos 25 anos de Unforgettable Fire - o álbum lançado pelo U2 em 1984 - vai apresentar músicas inéditas do grupo irlandês, gravadas durante as sessões de estúdio do disco. O material inédito foi encontrado pelo quarteto após vasculhar seu baú para incrementar a reedição especial do álbum. Uma das músicas é Disappearing Act, tema inicialmente intitulado White City e burilado pelo grupo este ano, na França. Bono Vox pôs nova voz, mas o instrumental é o mesmo registrado há 25 anos. Essas inéditas foram achadas há seis meses.
Bela música lançada por Chico Buarque em 1975, na trilha sonora da peça Gota d'Água, Flor da Idade foi incorporada ao longo de 2008 ao roteiro da turnê do show Noites de Gala, Samba na Rua - em que Mônica Salmaso aborda o repertório de Chico Buarque na companhia do grupo Pau Brasil. Flor da Idade não aparece no show registrado em março de 2008 e editado em DVD, mas está no CD Noites de Gala ao Vivo. É que o ótimo CD ora lançado pela gravadora Biscoito Fino apresenta áudio inédito, diferente da gravação lançada em vídeo. O segundo registro ao vivo foi feito em 3 de outubro de 2008 em apresentação do show no Teatro FECAP, em São Paulo (SP). A intenção da Biscoito Fino era aproveitar o áudio do DVD para editar um CD, mas Mônica Salmaso se opôs à ideia por considerar que, na ocasião, o CD soaria extremamente parecido com o álbum de estúdio de 2007. "Quando voltamos a São Paulo, o show que fazíamos tinha ganhado mudanças musicais consideráveis. Como nós já tínhamos feito mais de 80 shows em teatros diversos, os arranjos foram incorporando outras nuances, novidades e mais propriedade musical", argumenta Salmaso, com a autoridade de ser uma cantora criteriosa que se porta em cena como um músico.
Resenha de CD
Não foi exatamente uma refestança, apesar da presença simbólica de Gilberto Gil nos vocais e na guitarra. Mas, além de merecida, a bela homenagem prestada a Rita Lee na 16ª edição do Prêmio Multishow - realizada na noite de terça-feira, 16 de agosto de 2009, no Citibank Hall do Rio de Janeiro (RJ) - reforçou o tom jovial e pop da premiação, que mudou de casa por conta das obras no já centenário Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com a habitual presença de espírito, Rita Lee - vista acima em foto de Marcelo Bruno, da Agência MT - recebeu o prêmio da neta, Isabella, e brincou ao fazer o discurso de agradecimento: "Cá entre nós, Isa, vovó preferia receber o prêmio em dinheiro. Que é para inteirar as despesas da cirurgia que vai consertar minha asinha quebrada. Mas minha conta nas Ilhas Cayman é a mesma da Igreja Universal. Aleluia!!! Joguemos os dízimos!!!", ironizou a eterna Ovelha Negra. Antes, um vídeo narrado pelo filho de Rita, Beto Lee, traçou de forma esperta um perfil da roqueira. Pena que o número musical - feito por supergrupo que tinha à frente Pitty e Gilberto Gil (em foto de Murillo Tinoco, da Agência MT) - não esteve à altura da obra pioneira de Rita. Apesar de seis ótimos músicos (Gilberto Gil, Dadi, Donatinho, João Barone, Bem Gil, Beto Lee e Liminha) terem sido arregimentados para formar essa tal superbanda, Pitty não segurou a peteca ao cantar Ovelha Negra, Mania de Você e Lança Perfume. Sucessos de uma artista que é referência para todas as mulheres que fazem música pop no Brasil, como, aliás, enfatizou Marisa Monte ao apresentar o justo tributo.
Com apurado senso de oportunidade, Ivete Sangalo conseguiu ser notícia no Prêmio Multishow 2009. Mesmo sem ser premiada (embora um fã seu, Kadu Gauer, tenha faturado o troféu de Melhor TVZé por conta do clipe amador do último hit da cantora, Dalila), a artista baiana chamou a atenção ao exibir a barriga nua - grávida de sete meses - no número feito em dueto com Zeca Pagodinho. A estrela da axé music e o sambista interpretaram Falsa Baiana e Deixa a Vida me Levar. Ivete - com Pagodinho na foto de Marcelo Bruno, da Agência MTV - cantou e sambou no palco, mas, embora simpático, o número em si não empolgou. Faltou entrosamento entre os dois artistas (Ivete parecia muito mais preocupada em se exibir do que em interagir com Zeca). Aliás, dos seis números musicais dirigidos por Liminha, nenhum empolgou de fato. Seu Jorge, Roberta Sá, Maria Gadú e Nina Becker soaram como meros coadjuvantes do rapper Marcelo D2 em Pode Acreditar. A reunião de três grupos queridinhos das adolescentes - NX Zero, Fresno e Strike - pareceu meramente burocrática e nada fez por Inútil, sucesso da banda Ultraje a Rigor. Mais pegada tiveram o Little Joy (que tocou Keep me in Mind) e o trio formado por Ana Cañas com Arnaldo Antunes e o baixista do Jota Quest, PJ, para celebrar Raul Seixas (1945 - 1989) - com enérgico cover de Como Vovó Já Dizia.
Marisa Monte e Seu Jorge - vistos em fotos de Marcelo Bruno, da Agência MT - foram os vencedores do Prêmio Multishow 2009 nas categorias de Melhor Cantora e Melhor Cantor na eleição decidida pelos fãs. A 16ª edição do prêmio aconteceu na noite de terça-feira, 18 de agosto de 2009, no Citibank Hall do Rio de Janeiro (RJ), em festa-show dirigida por Joana Mazzucchelli. Marisa derrotou a favorita Ivete Sangalo - cujo nome foi gritado pelos fãs desde a leitura das indicadas - e Jorge confirmou o pico de popularidade obtido com o disco América Brasil, que lhe deu dois hits radiofônicos, Burguesinha e Mina do Condomínio. Além de ser eleita a Melhor Cantora, Marisa Monte levou o troféu de Melhor DVD, já por conta de Infinito ao meu Redor (2008).
Raditude é o título do sétimo álbum de estúdio do grupo Weezer. Produzido por Butch Walker e Jacknife Lee, o CD tem lançamento agendado para 27 de outubro de 2009. Seu primeiro single, (If You're Wondering If I Want You to) I Want You To, já vazou na internet, mas será lançado oficialmente somente em 25 de agosto.
Paralelamente à promoção do CD / DVD Pode Entrar (que ganha esta semana nova música de trabalho, Quanto ao Tempo), Ivete Sangalo produz longa-metragem de animação, Ivete Stellar e a Pedra da Luz, através da Cacomotion, o braço cinematográfico da empresa da artista, Caco de Telha. Criado e dirigido por Renato Barreto, com o uso de técnicas de animação em 3D, o filme traz a própria Ivete como personagem central da aventura. A foto acima é a primeira imagem animada (e divulgada) da musa da axé music.
Resenha de CD
Filho de Baden Powell (1937 - 2000), Marcel Powell segue de longe as pegadas do pai em seu segundo disco, Corda com Bala, produzido por Victor Biglione e recém-editado neste mês de agosto de 2009 pela gravadora Rob Digital. No comando de trio formado por ele, o baixista André Neiva e o baterista Sandro Araújo, Marcel apresenta tema autoral (Lamento Fluminense) entre standards de Tom Jobim (O Morro Não Tem Vez), Arthur Hamilton (Cry me a River) e João Bosco (Bala com Bala, unido a Incompatibilidade de Gênios). Na seleção, há dois temas pouco conhecidos de Baden, Um Abraço no Trio Elétrico e Chora Violão. Marcel Powell é o autor dos arranjos das dez faixas.
Resenha de CD
Resenha de CD
Na imediata sequência da edição do CD N9ve, Ana Carolina (em foto de André Schiliró) já prepara DVD inspirado no repertório de seu sétimo álbum. Letrista do samba Torpedo, Gilberto Gil grava sua participação em 26 de agosto. Maria Gadú é outra presença confirmada. A cantora fará dueto com Ana em inédito blues que chegou a ser gravado para o disco, mas foi excluído na mixagem...
Cantora gaúcha já conhecida no circuito de bares de Porto Alegre (RS), Renata Adegas tenta projeção nacional com o lançamento de seu primeiro independente CD, Sambô, produzido por Geraldo Flach. Com suingue e fraseado seguro, Adegas - vista acima em foto de Maria Elisa Olsen - canta músicas de Claudio Lins (Nem Depois e Louca), revive um tema menos badalado de Gonzaguinha (Recado, faixa-título do álbum lançado pelo compositor em 1978) e apresenta parcerias com Michael Dorfman que transitam entre o samba (Cara de Pau) e a canção (Simples). Sambô tem 10 faixas.
Primeiro álbum do Nirvana, lançado originalmente em junho de 1989, Bleach vai ganhar em 3 de novembro de 2009 luxuosa reedição em comemoração aos seus 20 anos de vida. Produzida pelo selo Sub Pop, nos formatos de CD e de vinil duplo branco, a reedição remasterizada vai apresentar, como bônus, 11 músicas captadas ao vivo em show feito pela banda em 9 de fevereiro de 1990 no Pine Street Theatre, em Portland (Oregon, EUA). Aliás, a gravação ao vivo foi remixada por Jack Endino, o produtor de Bleach. Entre os números do show, há Molly's Lips, tema do repertório do grupo escocês The Vaselines. O CD virá com libreto com 48 páginas, recheadas de fotos inéditas do Nirvana. É para fã!!
Pra se Ter Alegria - Ao Vivo é o título do DVD e do CD que Roberta Sá lança neste mês de agosto de 2009 com o registro ao vivo do show Que Belo Estranho Dia pra se Ter Alegria. Além de trazer nos extras as participações de Chico Buarque (com Roberta na foto durante a gravação de Mambembe) e Ney Matogrosso (com quem a cantora entoa Peito Vazio, de Cartola e Elton Medeiros, na companhia luxuosa das cordas do Trio Madeira Brasil), o DVD inclui mais dois números captados em estúdio. Um deles é Modinha, em gravação feita por Roberta Sá com Yamandú Costa, violonista que participa do outro número extra: um encontro de Roberta com o cantor português António Zambujo em Eu Já Não Sei, fado de de Domingos Gonçalves Costa e Carlos Gonçalves. O fado integra o repertório do terceiro álbum de Zambujo, Outro Sentido, recém-lançado no Brasil pelo selo MP,B Discos - de cujo elenco a cantora faz parte. Aliás, no lindo CD de Zambujo, Roberta canta o Fado Partido, composto por Pedro Luís com Ricardo Cruz.
Produtores e DJs estão (re)mixando as gravações mais bem-sucedidas da fase juvenil da carreira de Michael Jackson (1958 - 2009) - inclusive as feitas com o grupo Jackson 5 - para um disco cujo lançamento está programado para 29 de outubro de 2009 pela gravadora Universal Music. Intitulado Michael Jackson - The Remix Suite, o tal projeto vai agregar nomes como The Neptunes, Dallas Austin, Q-Tip, Ryan Leslie, Polow Da Don, Tricky Stewart, Salaam Remi e Stargate. The Neptunes, por exemplo, vai assinar o remix de Never Can Say Goodbye. Um remix de ABC - por Salaam Remi - vazou na internet.
Resenha de CD
Com lançamento agendado para 21 de setembro de 2009, puxado pela faixa The Fixer, o nono álbum de estúdio do grupo Pearl Jam - Backspacer - expõe na capa nove ilustrações idealizadas pelo cartunista Tom Tomorrow e espalhadas pela internet. Para quem encontrar as nove imagens na web e montar o quebra-cabeça no site oficial do grupo (ao encontrar a imagem, o fã deve clicar sobre a mesma para ser redirecionado à página na qual as nove peças serão agrupadas), a recompensa é o download gratuito da música Speed of Sound. Backspacer vai ser editado via Universal Music.
Dando sequência ao relançamento de 14 álbuns de estúdio dos Rolling Stones, todos nas lojas até o fim de 2009 em reedições remasterizadas, a Universal Music põe no mercado o segundo lote, formado por Some Girls (1978), Emotional Rescue (1980), Tattoo You (1981) e Undercover (1983). Embora ligeiramente mais oscilante do que o primeiro, o segundo pacote ainda é bom. Sobretudo por conta de Some Girls e de Tatto You. Na segunda metade dos anos 70, poucos artistas ficaram imunes aos embalos de sábado à noite. E os Stones não foram exceção. Some Girls é pontuado pelo som das discotecas, sobretudo em seu maior hit, Miss You. Entre cover do grupo The Temptations (Just my Imagination) e singles como Respectable, o álbum mostrou que os Stones ainda davam as cartas mesmo com a explosão punk. Na sequência, Emotional Rescue não bisou todo o brilho de Some Girls, apesar de perseguir o som das discotecas em faixa apropriadamente intitulada Dance e de trazer rocks típicos do quarteto como She's so Cold. Caberia a Tattoo You recolocar os Stones nos eixos iniciais. Sua faixa de abertura, Star me up, é clássico obrigatório ainda hoje nos shows da banda. Entre rock (Hang Fire), blues (Black Limousine) e soul (Worried about You), o álbum se mostrou coeso, garantindo lugar de honra na discografia do grupo. Já Undercover, que flertou com o reggae e o emergente rap, sinalizou um início de crise criativa que, em maior ou menor grau, diluiu dali em diante o vigor da obra fonográfica dos Stones. Que passariam a dividir a coroa com o U2.