18 de agosto de 2009

Jaime vai além de Bethânia com CD solo caipira

Resenha de CD
Título: Dez Cordas
do Brasil
Artista: Jaime Alem
Gravadora: Repique
Brasil
Cotação: * * *

Difícil dissociar o violonista Jaime Alem da cantora Maria Bethânia, da qual ele é maestro há 25 anos. Mas, embora o músico somente agora apresente seu primeiro disco solo, Dez Cordas do Brasil, sua carreira não começa com Bethânia. Após dois álbuns divididos com a sua mulher, Nair de Cândia, ambos editados na década de 70, o artista se embrenha nos sertões brasileiros neste primeiro trabalho individual. O título se refere às dez cordas da viola caipira de Alem. É em torno da viola - e dos ritmos rurais cultivados nos interiores do Brasil - que gira o CD. O músico brilha mais do que o compositor, autor solitário dos 13 temas. Basta ouvir a frenética Moda de uma Corda Só para atestar a habilidade de Alem no toque da viola (no caso, feito somente com uma corda, à moda dos violeiros que tocam nas ruas de São Paulo). Já o compositor se mostra mais inspirado ao criar sambas rurais como Na Moda do Maxixe e, sobretudo, o suingado Pracatugudum. O fato de todas as músicas terem sido compostas no estúdio talvez explique o caráter nem sempre coeso do repertório, mas, justiça seja feita, há unidade neste disco que evoca sons das Geraes em Sonata Alegre e a intensa influência árabe na música nordestina em Romance da Moura. Com Dez Cordas do Brasil, Jaime sai da sombra de Bethânia e vai além do universo musical da cantora.

P.S.: Admiradora da viola e dos sons sertanejos, Maria Bethânia vai participar do show de lançamento do CD solo de Jaime Alem, agendado para as 21h desta terça-feira, 18 de agosto de 2009, no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro (RJ). Além de cantar quatro músicas, a intérprete recitará um texto no show de Alem.

8 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Difícil dissociar o violonista Jaime Alem da cantora Maria Bethânia, da qual ele é maestro há 25 anos. Mas, embora o músico somente agora apresente seu primeiro disco solo, Dez Cordas do Brasil, sua carreira não começa com Bethânia. Após dois álbuns divididos com a sua mulher, Nair de Cândia, ambos editados na década de 70, o artista se embrenha nos sertões brasileiros neste primeiro trabalho individual. O título se refere às dez cordas da viola caipira de Alem. É em torno da viola - e dos ritmos rurais cultivados nos interiores do Brasil - que gira o CD. O músico brilha mais do que o compositor, autor solitário dos 13 temas. Basta ouvir a frenética Moda de uma Corda Só para atestar a habilidade de Alem no toque da viola (no caso, feito somente com uma corda, à moda dos violeiros que tocam nas ruas de São Paulo). Já o compositor se mostra mais inspirado ao criar sambas rurais como Na Moda do Maxixe e, sobretudo, o suingado Pracatugudum. O fato de todas as músicas terem sido compostas no estúdio talvez explique o caráter nem sempre coeso do repertório, mas, justiça seja feita, há unidade neste disco que evoca sons das Geraes em Sonata Alegre e a intensa influência árabe na música nordestina em Romance da Moura. Com Dez Cordas do Brasil, Jaime sai da sombra de Bethânia e vai além do universo musical da cantora.

P.S.: Admiradora da viola e dos sons sertanejos, Maria Bethânia participa do show de lançamento do disco solo de Jaime Alem - agendado para esta terça-feira, 18 de agosto de 2009, no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro (RJ). Vai cantar duas músicas.

18 de agosto de 2009 às 11:53  
Anonymous Anônimo said...

Adoro o maestro Jaime Alem, ele é talentosissimo! A Bethânia só sabe cantar se for com ele!

18 de agosto de 2009 às 13:09  
Anonymous Anônimo said...

E ficam todas meio "mal acostumadas",Bethânia,Nana Caymmi,etc.Nana ainda tem mais sorte de ter um Cristovão Bastos que é mais bem mais versátil que esse Jaime Alem.Em compensação tem andado a pé com o irmão Dori.Mas todos são muito talentosos.

18 de agosto de 2009 às 14:31  
Anonymous Plava Laguna said...

Está explicado o carro de Bethania atolado na roça.

18 de agosto de 2009 às 18:13  
Anonymous Anônimo said...

Há muito que precisa dar um tempo da "abelha" mesmo e fazer o SEU trabalho, pois como ele mesmo já disse em entrevistas quando está trabalhando com Bethânia É ELA QUEM MANDA. Ele pouco opina. Vai mostrando e ela reprovando ou aprovando. É sempre "SIM, SENHORA".

18 de agosto de 2009 às 21:14  
Anonymous Anônimo said...

Acho muito estranha essa posição um tanto "submissa" que os arranjadores se retratam.O Dori já disse que se a Nana não aprova diz:"então não cant"!O fato é que no frigir dos ovos o resultado sonoro do trabalho de ambas fica mesmo comprometido.No último de Nana os arranjos dele são esmaecidos,previsíveis e inçossos Só se salvam do pior porque os músicos tocam muito bem.Aí a Bethânia pode vir com enes Cds que nada soa surpreedente em sonoridade.Cada macaco no seu galho e liberdade e confiança são básicas para o supremo ea criatividade.As duas divas andam equivocadas nesse ponto.

19 de agosto de 2009 às 11:12  
Anonymous afnso rangel said...

Conheço o Jaime Alem faz tempo, pelo menos uns trinta anos. Sei do se talento como músico e compositor.Legal o trabalho que ele faz com a Bethânia, mas é bom mostrar o seu talent individualmente, principalmente com esse instrumento maravilhoso e pouco conhecido pela maioria urbana.
Jaime torço pelo seu sucesso, você sabe disso.
Afonso Rangel

20 de agosto de 2009 às 07:28  
Anonymous Andre said...

Acho importante músicos como o Jaime lançarem seus trabalhos, com todo seu requinte, sobre a música instrumental tão esquecida e que tem em talentos como o do também maestro Eduardo Lages, um ressurgimento!

Viva a música instrumental!

20 de agosto de 2009 às 12:10  

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