Jane e Biglione dão bonito olhar nacional a Ella
Resenha de CD
Título: Tributo a
Ella Fitzgerald
Artista: Jane Duboc
e Victor Biglione
Gravadora: Rob Digital
Cotação: * * * *
Cantora brasileira de técnica irretocável, Jane Duboc se une ao mais brasileiro dos guitarristas argentinos, Victor Biglione, para abordar o repertório de Ella Fitzgerald (1917 - 1996), uma das divas imortais do jazz. Jane e Biglione dão "um olhar brasileiro sobre canções que marcaram época", como ambos anunciam já na contracapa do bom álbum produzido pela dupla, arranjado pelo guitarrista e editado pela gravadora Rob Digital. Quando é dado na medida, o olhar resulta bonito. A exemplo de Here Is That Rainy Day (1953), adornada na introdução e no fim com sons que evocam a obra soberana de Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959). A afinidade entre o jazz e a Bossa Nova é ressaltada em Night and Day (1932) e em Come Rain or Come Shine (1946). Já os toques de baião e marcha-rancho inseridos em Satin Doll (1953) não chegam a fazer diferença na faixa (na qual Jane se revela hábil nos scats, área onde Ella sempre foi mestra). Da mesma forma que a pegada nordestina que a dupla tenta imprimir em Ain't Got Nothing But the Blues (1937). Por sua vez, Stormy Weather (1933) ganha algumas células rítmicas de samba. Já Bonita (Tom Jobim, 1964, na versão em inglês de Ray Gilbert) soa reverente ao refinado universo musical da grande dama norte-americana do jazz. Enfim, originado de show (Dear Ella) apresentado pela dupla em 1996, Tributo a Ella Fitzgerald é disco classudo, valorizado tanto pelo canto límpido de Jane Duboc - ora encarando repertório à altura de sua voz - quanto pela guitarra precisa de Victor Biglione.
Título: Tributo a
Ella Fitzgerald
Artista: Jane Duboc
e Victor Biglione
Gravadora: Rob Digital
Cotação: * * * *
Cantora brasileira de técnica irretocável, Jane Duboc se une ao mais brasileiro dos guitarristas argentinos, Victor Biglione, para abordar o repertório de Ella Fitzgerald (1917 - 1996), uma das divas imortais do jazz. Jane e Biglione dão "um olhar brasileiro sobre canções que marcaram época", como ambos anunciam já na contracapa do bom álbum produzido pela dupla, arranjado pelo guitarrista e editado pela gravadora Rob Digital. Quando é dado na medida, o olhar resulta bonito. A exemplo de Here Is That Rainy Day (1953), adornada na introdução e no fim com sons que evocam a obra soberana de Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959). A afinidade entre o jazz e a Bossa Nova é ressaltada em Night and Day (1932) e em Come Rain or Come Shine (1946). Já os toques de baião e marcha-rancho inseridos em Satin Doll (1953) não chegam a fazer diferença na faixa (na qual Jane se revela hábil nos scats, área onde Ella sempre foi mestra). Da mesma forma que a pegada nordestina que a dupla tenta imprimir em Ain't Got Nothing But the Blues (1937). Por sua vez, Stormy Weather (1933) ganha algumas células rítmicas de samba. Já Bonita (Tom Jobim, 1964, na versão em inglês de Ray Gilbert) soa reverente ao refinado universo musical da grande dama norte-americana do jazz. Enfim, originado de show (Dear Ella) apresentado pela dupla em 1996, Tributo a Ella Fitzgerald é disco classudo, valorizado tanto pelo canto límpido de Jane Duboc - ora encarando repertório à altura de sua voz - quanto pela guitarra precisa de Victor Biglione.
11 Comments:
Cantora brasileira de técnica irretocável, Jane Duboc se une ao mais brasileiro dos guitarristas argentinos, Victor Biglione, para abordar o repertório de Ella Fitzgerald (1917 - 1996), uma das divas imortais do jazz. Jane e Biglione dão "um olhar brasileiro sobre canções que marcaram época", como ambos anunciam já na contracapa do bom álbum produzido pela dupla, arranjado pelo guitarrista e editado pela gravadora Rob Digital. Quando é dado na medida, o olhar resulta bonito. A exemplo de Here Is That Rainy Day (1953), adornada na introdução e no fim com sons que evocam a obra soberana de Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959). A afinidade entre o jazz e a Bossa Nova é ressaltada em Night and Day (1932) e em Come Rain or Come Shine (1946). Já os toques de baião e marcha-rancho inseridos em Satin Doll (1953) não chegam a fazer diferença na faixa (na qual Jane se revela hábil nos scats, área onde Ella sempre foi mestra). Da mesma forma que a pegada nordestina que a dupla tenta imprimir em Ain't Got Nothing But the Blues (1937). Por sua vez, Stormy Weather (1933) ganha algumas células rítmicas de samba. Já Bonita (Tom Jobim, 1964, na versão em inglês de Ray Gilbert) soa reverente ao refinado universo musical da dama norte-americana do jazz. Enfim, Tributo a Ella Fitzgerald é disco classudo, valorizado tanto pelo canto límpido de Jane Duboc - ora encarando repertório à altura de sua voz - quanto pela guitarra precisa de Victor Biglione.
Esse cd é ótimo, mas sinto falta de Jane cantando em português os nossos grandes compositores. Um Jane canta Djavan seria perfeito!!!
Acho a voz de Jane lindíssima e de fato ela é uma das cantoras de técniva e afinação mais precisas da MPB. Mas ela tem um espremidinho na dicção dos Us e Is que deixa tudo que ela canta exageradamente adocicado. Incomoda.
JANE PODE TUDO! Victor Biglione é um craque e Ella Fitzgerald sem comentários.
Já comprei, já ouvi e é o que tinha de ser mesmo: SENSACIONAL!
Esse disco deve ser muito bom. Assim como o 11:28, tenho curiosidade de ouvir JD cantando mais Djavan. Sua versão para 'Asa' (com aquele espantoso arranjo de sopros) é coisa fina.
O anônimo das 11.32 falou tudo o q eu penso também. Aqueles espremidos no final de cada frase enjoa. Jane tinha cantar como no começo de carreira, PRA FORA... ela tem voz pra isso. Sua versão AO VIVO com Tunai para DOCE MISTÉRIO é arrebatadora. E ela bem que podia mandar um Djavan sim, suingue ela também tem pra isso...
Maravilhosa cantora brasileira !!!
Bela novidade !!!
Sucesso Jane !!!]
Pedro
QUE TRIO!
Grandes artistas. Jane Duboc é de fato refinadíssima e sua técnica é admirável. Biglione é também sensacional. Pescaram bem o repertório de Ella Fitzgerald. Sucesso para a dupla.
Maravilha!Duboc merece.Repetório equivalente ao seu talento e competência.
Engraçado a galera aqui incomodada com espremidos,vogais, ús, és, ás de Jane Duboc.
Deveriam assinar cantoras anônimas..?? sei lá..
Isso náo é coisa de fã náo.. (risos)
Olha o som da Jane aos 58 anos!!
Alguém fazendo coisa perto dessa emissáo, afinação, repertório?
Como disse Sérgio Cabral no segundo disco dela "Com Jane Duboc a beleza está de volta".
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