22 de março de 2008

Missão de Diogo Nogueira é se dissociar do pai

Resenha de show
Título: Diogo Nogueira ao Vivo
Artista: Diogo Nogueira
Local: Teatro Rival (RJ)
Data: 18 de março de 2008
Em cartaz: 22 de março (Estrela da Lapa) e 25 de março (Teatro Rival)
Cotação: * * 1/2

Com a máquina da EMI Music a seu favor, Diogo Nogueira está se firmando como sócio do clube do samba. Se se sua permanência no clube vai ser duradoura, somente o tempo vai dizer. Mas, por ora, é inegável que o filho de João Nogueira (1941 - 2000) está conquistando seu público - como atestou a animada platéia que lotou o Teatro Rival, na terça-feira, 18 de março, para ver o rapaz apresentar o repertório do DVD e CD ao vivo que lançou pela EMI em outubro de 2007 com inéditas e (grandes) sucessos de seu pai.
Em cena, Diogo mostra desenvoltura e já pouco lembra o menino tímido que começou a subir no palco de forma mais constante a partir da morte do pai - com as bençãos da madrinha Beth Carvalho. Seu timbre lembra o de João Nogueira, mas nem mesmo Diogo consegue reeditar aquelas divisões personalíssimas do compositor de Corrente de Aço, uma das primeiras músicas de João, revivida por Diogo no show. É um dos poucos números do show que não estão no precoce DVD gravado ao vivo pelo cantor em julho de 2007 - em (dois) shows no Teatro João Caetano (RJ).
Justiça seja feita: Diogo se garante bem em cena sem a presença dos convidados da gravação -como Xande de Pilares e Marcelo D2. O que não é garantida é a afinação do cantor no registro a capella de Minha Missão que abre o show. Soltar a voz sem acompanhamento é tarefa para cantores com mais tarimba. A missão de Diogo, aliás, é se dissociar do repertório do pai em futuros trabalhos para poder trilhar caminho mais próprio. É sintomático que o roteiro esteja salpicado de sucessos de João (O Poder da Criação, Súplica, Nó na Madeira, Mineira, Espelho) e que estes números sejam os pontos altos do show por conta da maestria das composições. E, se é para ficar na cola do repertório do pai, que seja com músicas menos conhecidas - caso do ijexá De Amor É Bom, parceria de João com o baiano Edil Pacheco. E que seja com a personalidade esboçada em Batendo a Porta, samba cujos versos têm sua graça realçada por Diogo com espirituosas expressões faciais e um jogo de corpo todo especial. Surtiu efeito.
Dentre as inéditas, de caráter irregular, o calangueado Samba pros Poetas mostra que Diogo precisa aprimorar sua dicção. Por mais que ele já sabia interagir com a platéia para ganhar sua atenção, como mostra em Fé em Deus, o cantor ainda tem longo caminho pela frente. Seu show, contudo, já tem pique e um roteiro bem estruturado que concilia sucessos de Beth Carvalho (Água de Chuva no Mar, Samba de Arerê, Vou Festejar), Roberto Ribeiro (Vazio - Está Faltando uma Coisa em mim) e os dois últimos sambas-enredos da escola de samba carioca Portela, dos quais Diogo é co-autor (o de 2007 é claramente superior ao de 2008). Enfim, o jovem artista está em ascensão. Ciente disso, a EMI Music já vai começar a trabalhar uma segunda música do disco ao vivo do cantor, Sem Você Não Dá, mas ainda é cedo, vale repetir, para assegurar a longevidade de Diogo Nogueira no tal clube do samba.

Camelo lança outra música inédita no MySpace

Enquanto retoca o seu primeiro disco solo, preparado em clima sigiloso desde o fim de 2007, Marcelo Camelo lança esta semana uma segunda música inédita em sua página no MySpace. Doce Solidão exibe o mesmo clima zen de Téo e a Gaivota, o tema instrumental que inaugurou o espaço virtual do hermano. Mas a música tem letra e é cantada. O CD de Camelo tem edição prevista para 2008.

Biscoito edita no Brasil disco americano do BR6

Lançado em julho de 2007 nos Estados Unidos e no Canadá pela gravadora norte-americana NuVision, o disco Here to Stay - Gershwin & Jobim a Cappella, do grupo vocal BR6, foi licenciado para a gravadora Biscoito Fino. A edição nacional do álbum - em cujo repertório o sexteto entrelaça músicas de George Gershwin (1898 - 1937) & Ira Gershwin (1896 - 1983) com versões em inglês de temas de Tom Jobim (1927 - 1994) - chega às lojas em abril e traz, como faixa-bônus, gravação em português de Chovendo na Roseira. Eis a irretocável seleção de Here to Stay:

1. Waters of March / Rhapsody in Blue
2. Jazz'n'Samba
3. Someone to Watch over me
4. Water to Drink
5. They Can't Take that Away from me
6. The Girl from Ipanema
7. Fascinating Rhythm
8. Forever Green
9. They All Laughed
10. Song of the Jet
11. Love Is Here to Stay
12. Pato Preto
13. Chovendo na Roseira (faixa-bônus da edição nacional)

Trilha internacional de 'Duas Caras' inclui Elali

Presença freqüente em trilhas sonoras de novelas da Rede Globo, Marina Elali também foi incluída na (fraca) seleção internacional de Duas Caras, editada em CD esta semana pela gravadora Som Livre. Elali figura na trilha com All She Wants, uma inacreditável versão em inglês de O Xote das Meninas, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, avô da cantora (a gravação entrou no segundo disco da intérprete, De Corpo e Alma Outra Vez). Também assíduo nas trilhas globais, o cantor Ivo Pessoa entoa cover de You Are so Beautiful, hit de Joe Cocker. Eis a (irregular) seleção internacional da novela Duas Caras, que traz Alicia Keys e Madeleine Peyroux:
1. No One - Alicia Keys
2. Let me out - Ben's Brother
3. Same Mistake - James Blunt
4. Scared - Tiago Lorc
5. Lost without U - Robin Thicke
6. Kiss Kiss - Chris Brown
7. So Much for You - Ashley Tisdale
8. Gimme More - Britney Spears
9. 2 Hearts - Kylie Minogue
10. How Deep Is your Love - The Bird and Bee
11. You Are so Beautiful - Ivo Pessoa
12. I'm All Right - Madeleine Peyroux
13. The Look of Love - Diana Krall
14. Yesterday - Liverpool Kids
15. All She Wants (O Xote das Meninas) - Marina Elali
16. You my Love - Double You

21 de março de 2008

Com Miele, Leny honra legado imortal de Jobim

Resenha de show
Título: Um Brasileiro Chamado Jobim
Artista: Leny Andrade & Miele
Local: Teatro Rival (RJ)
Data: 20 de março de 2008
Em cartaz: De quinta-feira à sábado. Até 29 de março.
Cotação: * * * *

No embalo das celebrações dos 50 anos da Bossa Nova, Leny Andrade e Miele reestrearam no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, o show que montaram em homenagem a Tom Jobim (1927 - 1994). Um Brasileiro Chamado Jobim reafirma a exuberância do canto de Leny. A cantora é habitualmente festejada pelo seu senso rítmico apurado, pela afinação impécável e pelo tom jazzístico que dá às suas interpretações. Leny tem mesmo todas essas raras qualidades - demonstradas mais uma vez no palco do Rival - mas o que nem sempre se fala a respeito da cantora é que ela também é uma intérprete emocional, capaz de arrebatar uma platéia com um registro intenso de uma música como Por Causa de Você. Foi o que aconteceu na estréia do show no Rival. Quando entoou essa parceria de Tom Jobim com Dolores Duran (1930 - 1959), a sós com o piano de Fernando Merlino, revivendo o número que fez numa igreja de Nova York (EUA) na missa de sétimo dia de Jobim, Leny se mostrou mais uma vez como a intérprete grandiosa que, se quisesse, poderia abrir mão de seus scats e de seu estilo jazzístico e - ainda assim - continuaria grande. Como sempre foi...
Um Brasileiro Chamado Jobim entremeia no roteiro músicas de Tom - algumas pouco conhecidas, como Olha pro Céu, apresentada por Leny logo depois da abertura feita com Se Todos Fossem Iguais a Você - com causos contados por Miele com sua costumeira verve de entertainer. A propósito, a parte da histórias funciona mais quando Miele esquece o texto decorado e adota tom mais natural. Mas o show é mesmo de Leny. É quando ela fica sozinha em cena que aparecem os grandes momentos. Triste, Só Danço Samba, Outra Vez, Samba do Avião, Wave (número em que o público não se contém e faz coro com a cantora desde os primeiros versos)... Os incontáveis clássicos do Maestro Soberano vão sendo apresentados por Leny num invejável pique e com rigor estilístico. Mas é justo reconhecer que, mesmo sem ser cantor, Miele faz com Leny duetos harmoniosos no Samba de uma Nota Só e em Águas de Março. Mas, na sua parte solo, por mais simpático que seja, ele deixa a desejar ao cantar Lígia e Chansong.
Na volta ao palco, Leny retoma o pique do show e apresenta uma classuda Dindi de arrepiar, escorada no instrumental econômico do entrosado trio que divide a cena com ela e Miele. Na seqüência, mais números arrasadores de tom intenso: Estrada Branca, Sem Você e Eu te Amo. O set romântico prepara o dueto com Miele em Eu Sei que Vou te Amar. Quem canta a música é Leny, mas, no meio, Miele recita o Soneto da Infidelidade (de Vinicius de Moraes, o mais célebre parceiro de Jobim) num efeito que resulta sedutor. No bis, adornados com chapéus que lembram o adereço usado pelo homenageado, Leny e Miele apresentam, em clima mais informal, o samba Piano na Mangueira e Chega de Saudade, deixando na platéia a certeza óbvia de que o legado do brasileiro Jobim é universal e imortal. E de que Leny sabe honrar tal legado.

Bethânia e Baden raro no 'feijão' do Tira Poeira

Com um (inédito) tema de Baden Powell, Introdução ao Canto de Iansã, e a voz de Maria Bethânia em regravação de Gente Humilde, o grupo de choro Tira Poeira lança pela Biscoito Fino seu segundo disco, Feijoada Completa. O time de convidados agrega também Lenine (em Atrás da Porta, a parceria de Chico Buarque com Francis Hime lançada por Elis Regina em 1972) e Olivia Hime (na Valsa de Eurídice, de Vinicius de Moraes). A seleção inclui até um clássico dos Beatles. Eis o repertório do CD Feijoada Completa:
1. Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes) / Senhorinha 1 (Guinga e Paulo César Pinheiro)
2. O Trenzinho do Caipira (Heitor Villa-Lobos)
3. Gente Humilde (Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque) - com Maria Bethânia
4. Eleanor Rigby (John Lennon e Paul McCartney)
5. Lamento Sertanejo (Dominguinhos e Gilberto Gil)
6. Feijoada Completa (Chico Buarque) / Senhorinha 2 (Guinga e Paulo César Pinheiro)
7. Valsa de Eurídice (Vinicius de Moraes) - com Olivia Hime
8. Introdução ao Canto de Iansã (Baden Powell)
9. My Favourite Things (Richard Rodgers e Oscar Hammerstein)
10. Vera Cruz (Milton Nascimento e Márcio Borges)
11. Atrás da Porta (Francis Hime e Chico Buarque) - com Lenine
12. Consolação (Baden Powell e Vinicius de Moraes)
13. O Morro Não Tem Vez (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) / Senhorinha 3 (Guinga e Paulo César Pinheiro)

Represas grava no Rio produzido por Martinho

Mal acabou de lançar em seu país o CD Olhos nos Olhos, o cantor e compositor português Luís Represas já prepara outro disco. O fundador do grupo Trovante veio ao Rio para gravar um álbum brasileiro que tem produção dividida entre Martinho da Vila e Marco Mazzola, diretor da MZA Music. Na foto divulgada pela MZA, o trio recebe a visita de João Bosco no estúdio da gravadora carioca. Bosco e Martinho - vale lembrar - têm planos de fazer um disco juntos - já intitulado João e José. Que o façam!

MTV 'apresenta' Matanza em DVD e CD ao vivo

Embora tenha começado a gravar (demos) em 2001 e já contabilize quatro álbuns de estúdio e dez anos de estrada, a banda carioca Matanza - que mescla rock pesado com ritmos como country e bluegrass - vai lançar em abril via Deckdisc CD e DVD gravados ao vivo na série MTV Apresenta. O registro foi feito em 15 de dezembro de 2007 no Hangar 110, em São Paulo (SP), e traz músicas como Clube dos Canalhas, Bom É Quando Faz Mal e Pé na Porta, Soco na Cara - já aprovadas pelos fãs do grupo.

20 de março de 2008

Costello edita Momofuku em vinil e descarta CD

Momofuku é o (estranho) título do próximo disco solo do camaleônico Elvis Costello. Gravado em estúdio, o álbum vai chegar às lojas em 22 de abril, mas no formato de vinil. Os compradores do vinil terão acesso a código que possibilitará o download das músicas do trabalho. A maior novidade é que, ao menos por ora, Momofuku não será vendido no formato de CD. É (mais) um sinal da decadência do CD como a principal mídia do comércio de músicas.

Warner lança com atraso trilha sonora de 'Juno'

Bem atrasada, a Warner Music começa a promover a edição nacional do CD com a trilha sonora do filme Juno. A seleção musical é fofa como a ácida comédia que deu um Oscar à roteirista Diablo Cody e projetou a atriz Ellen Page, a protagonista da trama de tom juvenil. Aliás, Ellen encerra o disco fazendo um dueto com Michael Cera em Anyone Else But You - música também ouvida no álbum na gravação do grupo The Moldy Peaches, do qual faz parte a cantora Kimya Dawson, responsável pelo registro de alguns temas (My Rollercoaster, Loose Lips e So Nice So Smart) originais da trilha. Completam a seleção fonogramas dos grupos The Kinks, Sonic Youth e Belle & Sebastian. O álbum já está à venda no Brasil.

Conspiração dos Cavaleras é furiosa e agressiva

Resenha de CD
Título: Inflikted
Artista: Cavalera
Conspiracy
Gravadora: Roadrunner
/ Warner Music
Cotação: * * * 1/2

Sem a aura inovadora que caracterizou os discos mais experimentais da boa banda Sepultura, como Roots (1996), os irmãos Iggor e Max Cavalera seguem sem riscos as fórmulas do metal neste primeiro CD do grupo que formaram após 11 anos de brigas. Nas lojas a partir da próxima segunda-feira, 24 de março de 2008, Inflikted é um disco raivoso que destila fúria e agressividade em faixas como Terrorize e Sanctuary. Os vocais cavernosos de Max e a bateria selvagem de Iggor saltam aos ouvidos logo na música que dá título ao disco e abre este trabalho de peso - com trocadilho. Vale destacar a bela presença do guitarrista Marc Rizzo, egresso do Soulfly, o grupo anterior de Max. Há ecos de trash metal em faixas como Hex, mas é justo reconhecer que, na maior parte do coeso álbum, sobretudo em temas como Ultra-Violent e Must Kill, os manos Cavaleras apenas reiteram cânones metaleiros. E a opção pelas tradições certamente vai soar bem para ouvidos puristas ao mesmo tempo em que descontentará quem ansiava por novidades da parte da conspiração Cavalera. Os irmãos seguiram seus rituais.

Zizi veleja na música bem-humorada de Dussek

Cantando a capella uma música de Jorge Mautner que gravou em 1979, Chuva Princesa, Zizi Possi abriu na noite de 18 de março de 2008, o segundo dos 12 shows que vem fazendo às terças-feiras, na casa paulista Tom Jazz, para festejar seus 30 anos de carreira. O convidado deste show foi Eduardo Dussek (com Zizi na foto de Ronaldo Aguiar). Antes de receber o cantor, Zizi enfileirou alguns sucessos radiofônicos de sua trajetória (Asa Morena, Caminhos de Sol, Meu Erro e Nunca) e reviveu alguns lados B de sua discografia - casos de Nem Quero Saber (Vitor Ramil) e Gato Gaiato (Jean e Paulo Garfunkel). A entrada de Dussek em cena foi anunciada quando Zizi cantava Eu Velejava em Você, música de Dussek que a artista gravou em 1981 em seu álbum Um Minuto Além. Já com o cantor em cena, Zizi fez backing-vocal em alguns hits de Dussek nos anos 80. Entre eles, Barrados no Baile, Cantando no Banheiro, Rock da Cachorra (em clima de bossa nova - com direito a refrão em inglês: "Change your Dog"). A surpresa foi o dueto dos cantores em Desafinado, o clássico de Tom Jobim e Newton Mendonça. Eis o roteiro do show que reuniu Zizi e Dussek:

1. Chuva Princesa - Zizi Possi
2. Nem Quero Saber - Zizi Possi
3. Gato Gaiato - Zizi Possi
4. Barato Total - Zizi Possi
5. Caminhos de Sol - Zizi Possi
6. Asa Morena - Zizi Possi
7. Nunca - Zizi Possi
8. Meu Erro - Zizi Possi
9. Eu Preciso Aprender a Só Ser - Zizi Possi
10. Eu Velejava em Você - Zizi Possi
11. Aventura - Eduardo Dussek e Zizi Possi
12. Nostradamus - Eduardo Dussek
13. Barrados no Baile - Eduardo Dussek e Zizi Possi
14. Cantando no Banheiro - Eduardo Dussek e Zizi Possi
15. Rock da Cachorra - Eduardo Dussek e Zizi Possi
16. Chocante - Eduardo Dussek
17. Singapura - Eduardo Dussek e Zizi Possi
18. Desafinado - Eduardo Dussek e Zizi Possi
19. Cabelos Negros - Eduardo Dussek e Zizi Possi
20. O Pão - Zizi Possi
21. Meu Pobre Blues - Zizi Possi
22. A Lua e o Sol - Eduardo Dussek e Zizi Possi

Bis:
23. Folia no Matagal - Eduardo Dussek e Zizi Possi

19 de março de 2008

Universal divulga capa do 11º álbum de Mariah

A gravadora Universal Music divulgou nesta quarta-feira, 19 de março, a capa do álbum que Mariah Carey vai lançar em 15 de abril. Intitulado E=MC2 (símbolo da teoria da relatividade de Einstein), o décimo-primeiro trabalho de estúdio da cantora chegará às lojas precedido pelo êxito de seu primeiro single, Touch my Body, que ganhou clipe filmado pelo videomaker Brett Ratner. O vídeo estreou nos Estados Unidos no começo de março.

DVD de Marisa está em fase final de produção

O sexto DVD de Marisa Monte já entrou em fase final de produção. De caráter documental, o vídeo não vai se limitar ao registro do show Universo Particular - cuja turnê internacional começou em abril de 2006 e terminou em dezembro de 2007. A idéia é mostrar o processo que envolve a criação e promoção de um disco. No caso, dos dois belos álbuns (Infinito Particular e Universo ao meu Redor) que geraram o refinado espetáculo que serve de base para o tal DVD - em breve nas lojas.

'Laranja Mecânica' inspira álbum do Sepultura

No momento em que os reconciliados irmãos Iggor e Max Cavalera lançam o primeiro CD do grupo que formaram, Cavalera Conspiracy, o Sepultura começa a compor para um álbum que será inspirado em Laranja Mecânica, o livro de Anthony Burgess editado em 1962 que serviu de base para o homônimo e celebrado filme que Stanley Kubrick lançou em 1971. O disco marca a estréia do baterista Jean Dolabella no Sepultura. Na foto extraída do site oficial da banda mineira, o Sepultura aparece no estúdio durante as sessões de composição do repertório do CD. Vale lembra que o trabalho anterior do grupo, Dante XXI (2006), foi inspirado em outro livro, A Divina Comédia, de Dante Alighieri. O novo CD ainda não tem previsão de lançamento.

Baleiro joga luz sobre a obra intuitiva de Bogéa

Resenha de CD
Título: Balançou no Congá
Artista: Lopes Bogéa e convidados
Gravadora: Saravá Discos
Cotação: * * * 1/2

Ao mesmo tempo em que relança por seu selo o CD O Samba É Bom (2000), de Antonio Vieira, Zeca Baleiro apresenta álbum que joga luz sobre a obra de outro compositor da velha guarda do Maranhão. Trata-se de João Batista Lopes Bogéa (1926 - 2004). Em 78 anos de vida dividida entre a música e ofício de radialista, Lopes Bogéa deixou cerca de 300 composições. Em 2002, a pedido dos amigos conterrâneos Chico Saldanha e Zeca Baleiro, registrou algumas delas para o CD que morreu sem ver editado. Balançou no Congá traz a voz de Bogéa em vinhetas e em músicas como Sapoti, Siricora, a ótima faixa-título e Balaiei, Sim.

O time de convidados inclui Alcione, Beth Carvalho, Rita Ribeiro e Zeca Baleiro, intérprete da canção Minha Companheira. Destaque do arranjo do violonista Swami Jr., o bandolim de Milton Mori dá o tom seresteiro da faixa. Alcione - cujo pai, o maestro João Carlos, foi amigo de Bogéa - comparece na forrozeira 350 Anos de São Luís, parceria do compositor com João do Valle, composta em tributo à capital do Maranhão e propagada na voz de Ari Lobo. Igualmente em casa, Beth Carvalho defende Sambista de Fato - exemplo das boas incursões de Bogéa pelo samba. "Sambar todo mundo samba / Mas fazer samba / Não é pra toda gente", avisa o autor em versos simples e eficientes. Já Rita Ribeiro canta A Gente e o Mar, outra composição que se destaca no cancioneiro reunido por Zeca Baleiro na produção deste bem-vindo disco que perpetua a música intuitiva de Lopes Bogéa além da fronteira maranhense.

18 de março de 2008

Já na rede, o terceiro do Portishead sai em abril

Terceiro trabalho (de estúdio) do Portishead, o trio inglês de trip hop que projetou a voz da cantora Beth Gibbons, Third chega às lojas no fim de abril, mas - como já virou hábito na indústria fonográfica - o disco vazou inteiro na internet antes de seu lançamento oficial. O primeiro CD do Portishead em dez anos (o CD ao vivo PNYC Live saiu em 1998) reúne 11 músicas que oscilam entre climas melancólicos e tribais. Eis, na ordem, as 11 faixas do álbum Third:

1. Silence
2. Hunter
3. Nylon Smile
4. The Rip
5. Plastic
6. We Carry on
7. Deep Water
8. Machine Gun
9. Small
10. Magic Doors
11. Threads

Pirão eletrônico de Loop B e Osmar é para pista

Resenha de CD
Título: Farinha Digital
Artista: Pedro Osmar
e Loop B
Gravadora: Tratore
Cotação: * * 1/2

O pirão eletrônico deste disco que junta a viola caipira do paraibano Pedro Osmar aos beats do paulistano Loop B (hábil na confecção de sons industriais) é saboroso. Mas deve ser degustado preferencialmente numa pista menos frenética ou em ambiente mais propício aos climas, efeitos e sons tirados pela dupla. No CD, a mistura não chega a soar indigesta, mas desce pesada. O arsenal manuseado por Loop B inclui geladeira e um tanque de chevette. Mas, justiça seja feita, Farinha Digital passa longe do exotismo puro e simples. Nordeste Indiano é um dos destaques do repertório. Como o título já denuncia, o tema procura linkar a Ìndia (bem representada pelo som das tablas orquestradas por Loop B) ao Nordeste (representado pela viola de dez cordas tocada por Osmar). Já Suíte Negona incorpora o groove do baiano berimbau. Tantos ingredientes dão sustança ao pirão digital desta dupla inusitada. Por isso, a digestão não é fácil.

Coração brasileiro de Clara Bellar bate elegante

Resenha de CD
Título: Meu Coração
Brasileiro
Artista: Clara Bellar
Gravadora: Atração
Fonográfica
Cotação: * * *

Atriz francesa radicada em Los Angeles (EUA), integrante do elenco de blockbusters como Inteligência Artificial, Clara Bellar se aventura na música com Meu Coração Brasileiro, primeiro CD de trilogia que será completada pelos álbuns Mon Coeur Français e My English Heart. Já lançado na Europa e no Japão, o disco inaugural da série chega ao Brasil valorizado pela direção musical de Dori Caymmi, cujo violão dá o tom leve e acústico dos arranjos. Dori foi escolha acertada para pilotar o disco ao lado do guitarrista Cláudio Guimarães e da própria Bellar, pois soube criar atmosfera suave que combina com a voz de pouco alcance da artista. E ainda pôs sua voz grave em Acontece que Eu Sou Baiano (1944), um daqueles sambas buliçosos que apenas Dorival Caymmi sabe fazer.

A primeira impressão é de que o coração brasileiro de Clara Bellar bate descompassado porque o CD abre com Canto das Três Raças (1976), samba que pede a amplitude vocal exibida por Clara Nunes (1942 - 1983), intérprete imbatível da obra-prima de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro. Mas a impressão é falsa. Na maioria das demais faixas, com destaque para o samba Bahia com H (Denis Brean, 1948), Bellar segue bem a receita de João Gilberto e mostra que menos pode ser mais. A segunda faixa é um achado: Joana Francesa (1973) é tema apropriado para o leve sotaque da artista, que convocou Milton Nascimento para plácido dueto, feito sem a intensidade (geralmente) associada ao hit de Chico Buarque.

Além de Milton, o coração brasileiro de Bellar abriga João Bosco, convidado da simpática versão de Aquarela do Brasil (Ary Barroso, 1939) e compositor recorrente na ficha técnica em Nação (1982), outro samba difícil de dissociar da voz de Clara, a Nunes. Com repertório impecável, que inclui Sampa (Caetano Veloso, 1978) e Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico, 1935), o disco expõe a visão da música brasileira pela ótica de uma estrangeira, mas sem recorrer ao exotismo e aos clichês tropicais.

Luiza Possi exibe no palco a evolução do disco

Resenha de show
Título: A Vida É Mesmo Agora
Artista: Luiza Possi (convidada especial: Zélia Duncan)
Local: Estrela da Lapa (RJ)
Data: 11 de março de 2008
Em cartaz: às terças-feiras de março de 2008
Cotação: * * *

Luiza Possi vem progredindo a cada disco, buscando a MPB e um pop mais adulto que passa longe do idiotizante repertório juvenil de seu início de carreira. A evolução aparece nítida no palco da casa carioca Estrela da Lapa, onde Luiza cumpre temporada às terças-feiras de março, sempre com um convidado especial (o show desta terça-feira, 18 de março, contará com intervenção de Isabella Taviani). A boa presença cênica da artista fica evidente já no primeiro número - o medley que reúne Gandaia das Ondas, Pedra e Areia e Iemanjá. Além de já exibir segurança vocal incomum para sua idade, Luiza é do tipo de intérprete que canta também com o corpo. Seu gestual faz parte de seu show. Por conta da genética, um ou outro trejeito eventualmente lembra a expressão cênica de sua mãe, Zizi Possi, mas, no caso de Luiza, é justo reconhecer que ela já estreou no mercado com o cordão umbilical cortado - algo que não aconteceu de imediato com Maria Rita, para citar o exemplo de outra boa cantora filha de outra grande cantora. Luiza até evoca Zizi, mas tem jeito próprio.
Como já mostrara no DVD e CD ao vivo A Vida É Mesmo Agora, cujo repertório é a base do show, Luiza Possi ainda não tem vivência suficiente para encarar uma música como Tango de Nancy. Mas também faz progressos neste sentido. Chico Buarque por Chico Buarque, sua graciosa leitura de Folhetim, em tons suaves, soa melhor no palco do que no registro feito para a trilha sonora nacional da novela Duas Caras (a gravação vai entrar como faixa-bônus na próxima tiragem do disco de Luiza). Tomara, aliás, que a cantora continue priorizando grandes compositores nos próximos álbuns sem cair na tentação de se impor como compositora além da conta. Até porque a parceria que fez com Dudu Falcão e que Luiza mostra no show, Eu Espero, de acento bluesy, patina na trivialidade. Seria prudente se dedicar ao canto.
No show de 11 de março, a convidada foi Zélia Duncan, que, cheia de charme e cumplicidade com a jovem colega, fez harmoniosos duetos com Luiza em músicas como Um Jeito Assim (com um clima meio de cabaré), Benditas, Mulher Segundo meu Pai e Último Adeus. Zélia deixou a certeza de estar participando do show por prazer - não somente por generosidade. No bis, depois de Luiza entoar Over the Rainbow e Sina, Zélia ainda voltou e reviveu O Meu Lugar em dueto com a cantora que viu crescer, fechando bem um show enxuto, simpático e competente (a banda é afiada) que sinaliza que Luiza Possi tem tudo para crescer e aparecer ainda mais. Basta ter rigor ao selecionar seu repertório...

17 de março de 2008

Quarto CD de Johansen sai no Brasil pela Sony

Quarto álbum de Kevin Johansen (inspirado cantor e compositor norte-americano radicado na Argentina e projetado no Brasil em 2007 ao ter duas músicas gravadas por Paula Toller), Logo ganha edição nacional pela Sony BMG. Como de hábito, Johansen assina o disco com sua banda, The Nada, e apresenta músicas cantadas em inglês e em espanhol. Eis, na ordem, as 17 faixas do CD Logo:

1. Logo
2. Anoche Soñé Contigo
3. Susan Surrender
4. Ese Lunar
5. Fantasmas de Carnaval
6. Funny Face
7. Road Movie
8. Son del MP3
9. La Hamaca
10. Por las Ruas de las Calles
11. Chica Rolinga
12. S.O.S. Tan Fashion (Emergency!)
13. Oh my Love, my Love
14. Everybody Says
15. Luna sobre Porto Alegre
16. Amistad de Borrachera
17. Cliche Latino Cliche Gringo

Gravação ao vivo conecta Valle à nova geração

Marcos Valle planeja lançar este ano CD e DVD gravados ao vivo na (boa) série de shows Marcos Valle Conecta, realizada pelo autor de Samba de Verão entre agosto e setembro de 2007 na casa carioca Cinemathèque Jam Club. Os shows linkaram Valle a nomes como Marcelo Camelo, DJ Nado Leal, Moreno Veloso, Kassin, Domenico Lancellotti, Plínio Profeta e (o grupo) Fino Coletivo.

DVD celebra apoteose do canto da (eletri)cidade

Resenha de CD + DVD
Título: O Canto da
Cidade 15 Anos
Artista: Daniela
Mercury
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * * * *

No fim de 1992, o eletrizante show O Canto da Cidade sedimentou a bela carreira de Daniela Mercury e elevou as vendas do homônimo CD - o segundo da cantora - ao patamar do milhão. Então com 27 anos, Daniela era, em essência, uma menina baiana - como ela mesma avalia na entrevista que é exibida nos extras deste DVD que perpetua o especial exibido pela Rede Globo em dezembro de 1992 com direção de Roberto Talma. A base do programa foi calorosa apresentação do show O Canto da Cidade realizada na Praça da Apoteose (RJ), gravada pela emissora. Sua edição em DVD inclui reedição remasterizada do correto álbum produzido por Liminha.
Embora as câmeras não captem a atmosfera eletrizante do show, o especial resiste bem ao tempo e mostra Daniela tímida e embevecida diante da grandeza de Tom Jobim - com quem cantou Águas de Março na casa do maestro. Com Gerônimo, o compositor que a tirou do circuito de bares de Salvador (BA), o dueto em É d'Oxum tem caráter mais afetivo. Já o clipe de Você Não Entende Nada - filmado com Caetano Veloso, no papel do marido da dona-de-casa encarnada por Daniela - exibe beleza plástica que continua sedutora por fugir dos padrões da televisão.
A edição do show em DVD registra para a posteridade, na voz da cantora, músicas como Crença e Fé - tema da Banda Mel que era um dos grandes sucessos do show, mas que somente em 2000 seria gravado por Daniela no disco Sol da Liberdade - e Há Tempos, melancólico hit da Legião Urbana que soava (e ainda soa) deslocada no elétrico roteiro. Quanto ao CD, o ganho com a boa remasterização é pouco significativo, pois o som original do álbum O Canto da Cidade já era forte. Mas o DVD é bem-vindo por celebrar a apoteose do canto da (eletri)cidade baiana. Ao longo destes 15 anos, Daniela gravaria discos melhores do que o Canto da Cidade e faria shows tão bons quanto aquele caloroso espetáculo de 1992, mas, na memória popular, seu momento apoteótico é o que está registrado neste festivo DVD. Vale (re)ver.

Madonna lança primeiro single de 'Hard Candy'

Embora já circulasse pela internet há duas semanas, o primeiro single do álbum que Madonna lança em 28 de abril, 4 Minutes, está sendo lançado oficialmente pela Warner Music nesta segunda-feira, 17 de março. O álbum Hard Candy (capa acima) reúne 12 músicas produzidas por The Neptunes e Timbaland - sendo que duas de Timbaland tiveram a colaboração de Nata Danja Hills - e conta com a participação de Justin Timberlake na autoria e nos vocais de quatro faixas. Eis, na ordem do álbum, as 12 músicas de Hard Candy - com seus respectivos compositores e produtores:

1. Candy Shop (Madonna e Pharrell Williams)
Produção: The Neptunes

2. 4 Minutes (Madonna e Justin Timberlake)
Produção: Timbaland
Participação de Justin Timberlake nos vocais

3. Give It 2 me (Madonna e Pharrell Williams)
Produção: The Neptunes

4. Heartbeat (Madonna e Pharrell Williams)
Produção: The Neptunes

5. Miles Away (Madonna e Justin Timberlake)
Produção: Timbaland

6. She's Not me (Madonna e Pharrell Williams)
Produção: The Neptunes

7. Incredible (Madonna e Pharrell Williams)
Produção: The Neptunes

8. Beat Goes on (Madonna e Pharrell Williams)
Produção: The Neptunes

9. Dance Tonight (Madonna e Justin Timberlake)
Produção: Timbaland
Participação de Justin Timberlake nos vocais

10. Spanish Lessons (Madonna e Pharrell Williams)
Produção: The Neptunes

11. Devil Wouldn't Recognize You (Madonna e Justin Timberlake)
Produção: Timbaland
Co-produção: Nate Danja Hills
Participação de Justin Timberlake nos vocais

12. Voices (Madonna e Justin Timberlake)
Produção: Timbaland
Co-produção: Nate Danja Hills
Participação de Justin Timberlake nos vocais

16 de março de 2008

'Camaleão' inclui o compacto de Ney e Fagner

A caixa Camaleão - que vai reeditar 16 discos da carreira fonográfica do mutante Ney Matogrosso - incluirá as duas faixas de disco desconhecido até por fãs do cantor. Trata-se de um compacto simples, Ney Matogrosso e Fagner (capa ao lado à direita), lançado em novembro de 1975 durante a (breve) passagem de Fagner pela gravadora Continental, na qual Ney permaneceu de 1973 a 1977. O compacto trouxe, no lado A, Postal do Amor, parceria de Fagner com Fausto Nilo e Ricardo Bezerra. No lado B, a música era Ponta do Lápis, de Clodô e Rodger Rogério. Não fizeram sucesso...
Produzida pelo jornalista Rodrigo Faour para a gravadora Universal Music, a caixa Camaleão enfoca os primeiros 18 anos da trajetória individual de Ney Matogrosso e inclui os seis álbuns hoje pertencentes ao acervo da Warner Music, que os licenciou para a caixa. A saber: Água do Céu-Pássaro (Continental, 1975, inédito em CD), Bandido (Continental, 1976, inédito em CD), Pecado (Continental, 1977, inédito em CD), Feitiço (Warner Music, 1978, já editado em CD em 1996 na série 2 É Demais!), Seu Tipo (Warner Music, 1979, já editado em CD nas séries 2 É Demais! e Arquivos Warner) e Sujeito Estranho (Warner Music, 1981, inédito em CD). A caixa engloba também títulos do acervo da gravadora Sony BMG - casos de Pescador de Pérolas (Sony Music, 1987) e Quem Não Vive Tem Medo da Morte (Sony Music, 1988). Ney completa 35 anos de carreira em 2008.

Sem gravadora, Pensador conclui disco no Rio

Embora ainda esteja sem gravadora, já que seu contrato com a Sony BMG expirou e não foi renovado, Gabriel O Pensador entrou em estúdio por conta própria. O rapper carioca conclui, no Rio de Janeiro (RJ), disco produzido pelo baixista André Gomes. Quando o CD estiver pronto, o Pensador irá negociar sua distribuição com algum selo ou gravadora. Paralelamente, o artista já pôs no forno seu projeto infantil, o primeiro disco de rap voltado para crianças.

Gonzaga, Jackson e Tom na mistura de Turibio

Em seu 65º disco, Mistura Brasileira, editado pelo selo Delira Música, o violonista Turibio Santos extrapola seu habitual universo erudito e pisa no território da música popular. A Suíte Nordestina, que abre o álbum, agrega três temas de Luiz Gonzaga (1913 - 1989): Asa Branca, Juazeiro e Baião. Na seqüência, o Tributo a Jackson do Pandeiro agrupa O Canto da Ema, Forró em Limoeiro e Sebastiana, três músicas popularizadas na voz de Jackson (1919 - 1982). Entre choro (Engenhoso) e prelúdio (Prelúdio da Rosa, composto por Turibio para a saudosa violonista Rosinha de Valença), o músico entrelaça as obras de Tom Jobim (1927 - 1994) e Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959) numa série de quatro gravações intituladas Tom Jobim Visita Villa-Lobos. O álbum também inclui Luíza e Suíte Senhores.

Revelação regrava sucesso de Benito Di Paula

Grupo que vem tentando se dissociar do pagode populista que tomou conta das paradas a partir da década de 90, o carioca Revelação (em foto de Marcelo Faustini) já começa a preparar seu terceiro álbum de estúdio pela Deckdisc. O sucessor de Novos Tempos (2003) e Velocidade da Luz (2006) vai ser um CD de inéditas, mas incluirá a regravação de um sucesso de Benito Di Paula, Beleza que É Você Mulher, samba lançado por Benito em 1974 no LP Gravado ao Vivo. O CD terá produção de Bira Havaí e faixa exclusiva para a internet. Lançamento previsto para julho.