21 de abril de 2007

Superficialidade mina filme oficial sobre White

Resenha de DVD
Título: Let the Music Play
- The Barry White Story
Artista: Barry White
Gravadora: ST2
Cotação: * *

Com soul sensual, que flertava com a disco music, Barry White (1944 - 2003) fez fama e fortuna nos anos 70. A voz aveludada chegava quente aos ouvidos femininos e emplacava hits como Can't Get Enough of your Love, Babe e You're the First, the Last, my Everything. Foi o ápice de trajetória folhetinesca que renderia ótimo filme. Infelizmente, o documentário Let the Music Play - The Barry White Story patina na superficialidade com narrativa linear e chapa branca.

O filme até começa bem, narrado na voz do próprio White. Mostra como o garoto pobre do Sul de Los Angeles - que integrou gangue e chegou a ser preso por roubo na adolescência - encontrou enfim a salvação na música. Primeiro, como produtor. Depois, como o cantor de suas músicas sensuais que chegaram a aumentar a taxa de natalidade dos EUA em 5% de acordo com pesquisa da época. Há um bom número de entrevistados (a mulher, os filhos, artistas como Smokey Robinson e o executivo da indústria do disco Russ Regan), só que estes raramente escapam de frases feitas como "Ele tinha paixão no que fazia" ou "É música que vai ficar para sempre".

A superficialidade é ainda maior na abordagem da vasta trajetória fonográfica do astro. Sua ótima estréia em disco, de 1973, é bem enfocada. Mas o filme passa batido pelos álbuns seguintes, pouco se detém no período de baixa vivido por White na gravadora CBS ("Eles não promoviam meus discos", queixou-se em entrevista da época) e tampouco detalha sua volta por cima no selo A & M, por onde editou álbuns aclamados como The Icon Is Love (1994).

A última parte é dedicada à lavagem de roupa suja pelos filhos do cantor, impedidos de ver o pai no hospital pela empresária e pela namorada do cantor em sua fase final. Há verdadeira emoção nos depoimentos, sobretudo no da filha, mas paira a sensação de que a música ficou em segundo plano na história. A vida e - sobretudo - a obra de Barry White não se esgotam neste documentário oficial.

Dylan fala em DVD que expõe tensão de coletiva

Resenha de DVD
Título: Dylan Speaks - The
Legendary 1965 Press
Conference in San Francisco
Artista: Bob Dylan
Gravadora: ST2
Cotação: * * *

Em 1965, Bob Dylan já tinha o status de pensador da canção americana. Like a Rolling Stone bombava nas paradas e coroava a decisão do compositor de eletrificar sua música. Dylan passava a adotar a linguagem do rock, em atitude que provocava vaias dos seguidores do folk mais tradicional. Foi neste contexto efervescente que o artista concedeu entrevista coletiva em 3 de dezembro daquele ano, em San Francisco (EUA), aproveitando a passagem de turnê pela cidade. Dylan já era o pensador, o poeta. Tanto que a entrevista de 50 minutos foi televisionada. Em 2006, a gravação saiu em DVD, editado no Brasil nesta semana pela ST2.

Ora irônico, ora monossilábico, Dylan não responde às perguntas com respostas articuladas como se poderia esperar de compositor celebrado por suas idéias. A importância do DVD está bem mais na exposição dos jogos de tensões que opõe artistas e jornalistas em um evento do gênero. Para quem não é do meio, Dylan Speaks pode soar revelador, não pelo que Dylan efetivamente fala - e ele fala algumas frases calculadas como "Só importa quando estou no palco", "Penso em mim mais como um cara que canta e dança" etc. - mas por flagrar o embate implícito entre mídia e celebridade. E Bob Dylan, aos 24 anos, já era - definitivamente - uma celebridade.

Em entrevistas, artistas habitualmente pegam atalhos para fugir de perguntas mais contundentes enquanto jornalistas perdem às vezes a oportunidade de ficar calados. Como o repórter que pediu a Dylan uma rima para a palavra 'orange' (laranja, em inglês)!!! O momento de tensão mais explícita é quando um jornalista enfático confronta o compositor com a tese de que os mal-entendidos que envolviam Dylan e a imprensa seriam efeitos do caráter arredio do artista (o autor de Blowin’ in the Wind era personalidade reclusa). Enfim, um DVD de valor apenas documental para fãs do pensador e para os que se interessam pelos bastidores da imprensa musical.

Mika faz festa gay sem medo de ser pop e feliz

Resenha de CD
Título: Life in

Cartoon Motion
Artista: Mika
Gravadora: Universal

Music
Cotação: * * * * *

Nos dois segundos iniciais de Grace Kelly, faixa que abre o irresistível álbum de estréia de Mika, a impressão é a de que se vai ouvir a batida (e o discurso) do rap. Pista falsa. O imigrante libanês fez um dos melhores primeiros discos de todos os tempos em outra vibe. Com ecos de disco music na maioria das 11 faixas (a última está escondida e parece cântico religioso), inclusive na linda balada Any Other World, o jovem faz jus, sim, à alcunha de "sensação pop de 2007", como a extremista imprensa musical do Reino Unido já o saudou. Com razão. O cara é um melodista de primeira. Os refrões são grudentos e fortes. Pop! Pop dançante e bem urdido como se fazia nas décadas de 70 e 80.

Life in Cartoon Motion é vibrante. Evoca os momentos áureos de George Michael - especialmente na faixa My Interpretation - e Freddie Mercury. Mas nenhum dos dois apresentou um disco tão delicioso da primeira à última música. "Eu tentei ser como Grace Kelly / Mas ela sempre me pareceu muito triste / Então eu tentei um pouco de Freddie / E eu fiquei com múltiplas personalidades", admite Mika no refrão contagiante de Grace Kelly, single que vem animando pistas do mundo inteiro. Sim, a tal vibe é gay. Com seus falsetes, o artista faz sua festa com gemas pop como Lollipop, Love Today, Relax (Take It Easy), Billy Brown (sobre um cara que larga a mulher por ter se apaixonado por um homem, mas é condenado por sua religião) e Big Girl (You Are Beautiful). O álbum não perde o pique. As onze músicas (todas autorais) se sucedem uma tão boa quanto a outra até chegar ao final (feliz) de Happy Ending - última jóia oficial. Imagine Beck imerso no universo da disco music - com contínua inspiração melódica e sem medo de soar deliciosamente pop. Seria mais ou menos como Mika. Compre ou baixe, mas ouça!

DVD com ode beneficente a Wilson sai no Brasil

Em 11 de fevereiro de 2005, foi a vez de Brian Wilson ser homenageado como a personalidade MusiCares daquele ano, em show beneficente que contou com a presença de convidados como Red Hot Chili Peppers (em I Get Around), Earth Wind & Fire (Don't Talk - Put your Head on my Shoulder), John Legend (I Just Wasn't Made for These Times), Jamie Cullum (Sail on Sailor), Backstreet Boys (When I Grow Up to Be a Man) e Jeff Beck (Surf's Up e Surfin' USA). O evento foi gravado e já editado no DVD MusiCares Presents a Tribute to Brian Wilson, que via ST2 está sendo lançado no mercado brasileiro neste mês de abril. O próprio homenageado encerrou o show, revivendo Heroes and Villains, Good Vibrations e - ao lados dos convidados - Fun, Fun, Fun e Love and Mercy. A instituição MusiCares ajudará músicos necessitados com a renda obtida com a venda do (simpático) DVD.

20 de abril de 2007

Arctic Monkeys só pensam em sexo e rock'n'roll

Resenha de CD
Título: Favourite Worst
Nightmare
Artista: Arctic Monkeys
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * *

Como quaisquer moleques saídos da adolescência, os jovens músicos do quarteto Arctic Monkeys pensam em rock e sexo a toda hora. E retratam essa urgência juvenil no som e nas letras das músicas de seu segundo álbum, Favourite Worst Nightmare - cujo lançamento (mundial) está programado para segunda-feira, 23 de abril, pela EMI Music (com o Brasil incluído).

Se existe mudanças em relação ao som ágil do recordista primeiro álbum da banda britânica, Whatever People Say I Am, That's What I'm Not - editado em janeiro de 2006 na Inglaterra - são sutis diferenças. Mais perceptíveis na densa atmosfera emocional de 505 - a linda faixa que encerra este disco magnético como seu antecessor - e da baladona Only One Who Knows. Na arrasadora seqüência inicial (Brianstorm, Teddy Picker, D Is for Dangerous, Balaclava e Fluorescent Adolescent), o grupo continua fiel aos cânones do rock básico. Ligeiramente menos cru do que o som ouvido no disco anterior, mas igualmente ágil e furioso. E urgente!

Em que pese o toque ligeiramente progressivo de uma faixa (If You Were There, Beware), a pegada dance de outra (Old Yellow Bricks) ou o tom mais pop de uma terceira (a citada Fluorescent Adolescent), nada mudou (substancialmente) na sonoridade do Arctic Monkeys. E isso, no caso, é até ótimo. É somente rock'n'roll.

Zeca Baleiro apresenta seu 'Lado Z' em junho

Zeca Baleiro vai mostrar o seu Lado Z em junho. Trata-se de compilação preparada pela gravadora MZA Music com a reunião de fonogramas gravados pelo artista para discos de colegas como Fagner, Martinho da Vila, Jards Macalé, Rolando Boldrin, Forróçacana e Lobão. O disco vai incluir também registros feitos por Baleiro para CDs em tributos a Clara Nunes e a Odair José. O produtor da coletânea é Marco Mazzola, o diretor da MZA.

Bebel batalha por edição nacional de 'Momento'

Como a major Universal Music abriu mão de lançar no Brasil o terceiro CD internacional de Bebel Gilberto (Momento, já editado no exterior), a cantora procura gravadora ou selo que se interesse pela edição do CD no mercado nacional. Os dois primeiros discos estrangeiros da artista, Tanto Tempo (de 2000) e Bebel Gilberto (de 2004), foram editados no Brasil pela Universal. Certamente, Bebel vai encontrar logo selo interessado.

Reaparece no palco a grande artesã Leila Maria

Resenha de show
Título: Canções do Amor de Iguais
Artista: Leila Maria
Local: Teatro Rival (RJ)
Data: 19 de abril de 2007
Cotação: * * * *

Leila Maria é cantora tão boa e segura que consegue sobreviver às amarras da produção de seu recém-lançado terceiro CD, Canções do Amor de Iguais. Presa no disco, ela está se soltando em cena no show de lançamento de seu cancioneiro gay. Todas as sutilezas que deveriam ter estado nos registros de estúdio são ouvidas com clareza nas luminosas interpretações ao vivo. Enfim, reaparece no palco a grande cantora de sotaque jazzístico que nada fica a dever à estrelas do pop jazz como Diana Krall. Como prova a sofisticada releitura de Dindi que Leila apresenta no bloco de voz-e-piano, em que canta músicas de seu CD anterior, Off key, gravado em inglês.

O repertório GLS do disco Canções do Amor de Iguais é o eixo do roteiro, aberto e fechado com All of You, música de Cole Porter em que a intérprete exibe toda a extensão e o suingue de sua voz. Aliás, tudo o que está contido no disco se expande no palco. Leila oferece recorte jazzístico de Nature Boy, exibe o dengo pedido na letra de Seu Tipo e - como fina artesã - lapida jóias do alto quilate de Sexuality (k.d. Lang) e Kissing a Fool (George Michael). Como projeta a voz para fora no palco, como deveria ter feito no estúdio se a tivessem deixado solta, Leila consegue oferecer mais nuances ao apresentar Você Vai Ser o meu Escândalo e Mar e Lua, a única música explicitamente homossexual do roteiro, composta por um "heterossexual convicto e notório", como a intérprete se referiu a Chico Buarque - autor deste tema de 1980 - sem citar o nome dele.

"Curtam o show e não entrem nas polêmicas", aconselhou Leila ao início do espetáculo. A rigor, inexistem polêmicas. Com músicas feitas dentro do armário, o álbum Canções do Amor de Iguais esbarrou no tom implícito do (ótimo) repertório e, sobretudo, na inadequada padronização dos arranjos. Ainda que estes sirvam de guia para os arranjos apresentados no palco, a liberdade plena da cantora em cena garante um resultado bem superior ao ouvido no disco. Se essa liberdade for preservada na gravação do DVD que a Deckdisc planeja filmar com a artista, é certo que virá um produto à altura do rigor estilístico do canto (livre e solto) de Leila Maria.

19 de abril de 2007

Leela finaliza disco gravado em SP com Bonadio

A banda carioca Leela finaliza seu segundo álbum, produzido por Rick Bonadio e Rodrigo Castanho. A gravação do disco teve início em fevereiro, em São Paulo (SP). Cortina e Sem Final estão entre as músicas que integram o inédito repertório do CD - no mercado ainda neste semestre. Na foto, um flagrante do grupo em estúdio.

Teresa estreita fronteira entre Brasil e Portugal

Resenha de CD
Título: Você e Eu
Artista: Teresa Salgueiro
& Septeto de João Cristal
Gravadora: EMI
Cotação: * * * 1/2

Grande canção de Carlos Lyra, letrada pelo poetinha Vinicius de Moraes, Você e Eu reside na memória afetiva (e musical) de Teresa Salgueiro por ter sido o primeiro hit brasileiro cantado em show pela cantora, projetada como vocalista do grupo português Madredeus. Por isso, a canção dá nome ao primeiro CD da artista sem o Madredeus. Gravado em São Paulo (SP) ao longo de 2006, o repertório reúne 22 clássicos da Bossa Nova e da MPB. Entre eles, Valsa de uma Cidade, Triste, Modinha, Meditação e A Felicidade. A única música pouco conhecida é o Samba do Orfeu, de Antônio Maria e Luís Bonfá (o tema foi criado para o filme Orfeu Negro).

Não se ouve no álbum a cantora de timbre original que valorizava os discos do Madredeus. Teresa parece ter amenizado seu sotaque em registros de tom suave que são urdidos pelos exímios músicos do septeto formado pelo pianista João Cristal. Claro que, para os ouvidos brasileiros, nenhuma música ganha leitura especialmente inventiva que rivalize com gravações já conhecidas. Para ouvidos estrangeiros, Você e Eu pode soar como sofisticado songbook de compositores (Ary Barroso, Tom Jobim, Dorival Caymmi, Chico Buarque) que representam o melhor da (antiga) música brasileira.

Há alguma diversidade nos arranjos. Se Maracangalha é pontuada pelo clarinete de Nailor Proveta, Estrada do Sol ganha contornos jazzísticos. Já o coro que aparece ao final de Só Tinha de Ser com Você é dispensável. Entre gravações de denso cunho sentimental (Modinha, Risque e Valsinha - em especial - com destaque para a última), Teresa Salgueiro exibe desenvoltura na acelerada divisão rítmica de Marambaia. Enfim, um disco simpático que estreita a tênue fronteira entre Brasil e Portugal com refinada musicalidade.

Assuntos quentes na faixa-título do CD de Elba

Aborto, suicídio, terrorismo e violência são temas relacionados na letra de Qual o Assunto que Mais lhe Interessa? - inédita parceria de Roberto Mendes e Capinam que dá título ao CD já gravado por Elba Ramalho dentro de seu projeto Raízes e Antenas, que prevê também a gravação de um DVD. Gabriel o Pensador insere rap nos versos - contundentes - de José Carlos Capinam. Elba (em foto de Rogério Resende, no estúdio) já aprontou o disco.

Eis a letra da música, gravada com Frejat e Gabriel O Pensador:

Qual o Assunto que Mais lhe Interessa?
(Roberto Mendes e Capinam)


Qual o assunto que mais lhe interessa?
Qual o assunto que mais lhe interessa?
Além da vida in vitro feita nas coxas
E vivida às pressas
Qual o assunto que mais lhe interessa?
Qual o assunto que mais lhe interessa?
A mais-valia da morte
A última sentença
A violência nas ruas
O bioterrorismo
A soja transgênica
Clonagem da mente
Dos órgãos vitais
A nova ciência
Moral decadente
Tradição milenar
Outra tendência
Qual o assunto que mais lhe interessa?
Qual o assunto que mais lhe interessa?
Suicídio, livre arbítrio
Amor consentido, eutanásia
A divida congênita
O quinto partido, o tempo das máquinas
Monarquia playback, a república inventa
O eclipse lunar, a decadência moral
A calota polar, o império dos egos
O vidente cego, o cachimbo de Édipo
A paixão de Romeu, colapso dos mares
Crianças sem lares, a ausência de Deus...

Qual o assunto que mais lhe interessa?
Qual o assunto que mais lhe interessa?

A assembléia dos loucos, o juízo dos lobos
A vontade dos céus
A escala econômica em que o crime compensa
Qual o assunto em que mais você pensa?
Sexo, amor, culpa ou inocência
A dieta do Papa, o segredo de Fátima
A última penitência
Qual o assunto em que você mais pensa?
Qual o assunto que mais lhe interessa?
Qual o assunto que mais lhe interessa?

Qual o assunto em que mais você pensa?
Bom dia, Vietnã
Boa noite, Badgá
Adeus, Sherazade
Qual o assunto que mais lhe interessa?
Qual a verdade em que mais você pensa?

O fim da natureza
E o final da História
Glória, glória, glória,
Apenas uma canção invento agora, um poema
A madrugada é silêncio, a dor acalenta
Esquece o início de tudo e o fim dos tempos
Deita no colo de tua amada
Onde da misteriosa expansão do nada
O universo se alimenta

(entra rap de Gabriel o Pensador)

Apesar da voz frágil, Lobão lança acústico forte

Resenha de CD / DVD
Título: Acústico MTV
Artista: Lobão
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * * *

Para começo de conversa, o Acústico MTV de Lobão é bom, sim. Por mais que (em tese) represente contradição ideológica na carreira de um artista que lutou para numerar CDs, se posicionou corajosamente contra a prática do jabá, criticou os projetos revisionistas da MTV e se impôs na cena indie, o acústico de Lobão é bom - sim. E seria ótimo se sua voz não soasse tão frágil, sem o vigor de antes. Efeito provável dos anos de excessos. Mas a gravação que se ouve no CD (já nas lojas) e se verá no DVD (disponível já no fim de abril) é das melhores exibidas na batida série da MTV. Tem a pegada do Lobo.

Muito do acerto reside na produção de Carlos Eduardo Miranda. O quinteto de cordas recrutado em seis faixas garante a pulsação de músicas como A Queda, Quente e A Vida É Doce. Violões e cordas sinfônicas são elementos muito recorrentes em acústicos, só que Miranda driblou o que já é óbvio com produção de peso. E houve acerto na combinação do repertório. Os hits, claro, estão todos lá (Décadence avec Élégance, Corações Psicodélicos, Rádio Blá, Por Tudo que For, Me Chama, Essa Noite, Não etc.). Mas a fase indie está bem representada (sobretudo pela desbocada El Desdichado II, cujo verso "eu sou a contramão da contradição" tem sido usado para justificar a feitura do acústico, e pela sombria Você e a Noite Escura). O acerto se estende à economia de convidados. Apenas o grupo gaúcho Cachorro Grande dá o ar da graça na balada A Gente Vai se Amar, trunfo de um repertório até baladeiro. Soou natural.

Do baú, o destaque é Bambina, extraída do álbum Ronaldo Foi pra Guerra, gravado em 1984 por Lobão com o efêmero grupo Os Ronaldos. Já O Mistério - música dos tempos do Vímana, trio integrado por ele com Ritchie e Lulu Santos - tem valor somente documental. No geral, o acústico de Lobão desce - muito - bem. Contradições à parte, o Lobo não deixou de mostrar as garras ao transitar pela contramão da independência que ele tanto buscou.

18 de abril de 2007

Rita revê vida e obra nos DVDs de 'Biograffiti'

Biograffiti é o - espirituoso - título da caixa que traz três DVDs sobre a vida e obra de Rita Lee. Nas lojas no início de maio, pela Biscoito Fino, o box exibe três documentários sobre a cantora. No primeiro, Ovelha Negra, o foco está no início da carreira e na passagem pelos Mutantes. O segundo, Baila Comigo, revive a fase de grande sucesso comercial da artista, na virada da década de 70 para a de 80. O terceiro, Cor-de-Rosa Choque, está centrado na forte visão feminina da música de Rita Lee. Biograffiti dá início às comemorações pelos 60 anos que a roqueira vai completar em 31 de dezembro. Os três DVDs - que também vão ser vendidos de forma avulsa - rebobinam encontros de Rita com colegas como João Gilberto, Elis Regina e Cássia Eller.

'Ensaio' do Fundo de Quintal é editado em DVD

Mais uma gravadora firma parceria com a TV Cultura para poder fabricar DVDs com entrevistas do programa Ensaio. A Performance Music lança este mês os DVDs que perpetuam os programas de Fundo de Quintal (de 1991) e de Nelson Gonçalves (de 1993). Na época, o grupo - já a referência em samba carioca - era formado por Arlindo Cruz, Bira, Cleber Augusto, Sereno, Sombrinha e Ubirany.

Monheit reforça laços com Brasil em 'Surrender'

Cantora norte-americana, em ascensão no mercado de jazz, Jane Monheit reforça seus laços com a música brasileira em seu álbum Surrender, nas lojas nacionais já em maio, pela Universal Music. Além de fazer duo com Ivan Lins em Rio de Maio, tema do próprio Ivan, Monheit canta célebre versão em inglês de O Cantador (Dori Caymmi e Nelson Motta) - intitulada Like a Lover - e ainda regrava duas pérolas de Tom Jobim (Caminhos Cruzados e Só Tinha de Ser com Você, parcerias do maestro com Newton Mendonça e Aloysio de Oliveira, respectivamente) com intervenções da gaita de Toots Thielemans. Sérgio Mendes assina o piano e o arranjo de So Many Stars, tema criado originalmente em inglês pelo próprio Mendes.

'Sim' de Vanessa da Mata será ouvido em maio

Sim é o título do terceiro CD de Vanessa da Mata - uma das maiores cartadas da Sony BMG para conservar a liderança do mercado fonográfico brasileiro em 2007. O sucessor do disco Essa Boneca Tem Manual (2004) foi produzido por Kassin e Mario Caldato com a própria artista. A foto à direita é de Jacques Dekequer e faz parte do material gráfico produzido para o encarte do álbum, que chegará às lojas na primeira quinzena de maio - cercado de expectativa por ser o primeiro disco após o estouro da cantora.

17 de abril de 2007

Bethânia é líder do 5º Tim com sete indicações

Grande destaque do profícuo ano fonográfico de 2006, ao lado de Marisa Monte, por conta dos CDs Mar de Sophia e Pirata, Maria Bethânia (em foto de Leonardo Aversa) é a campeã de indicações da 5º edição do Prêmio Tim de Música e disputa sete troféus em cinco das 16 categorias. Nas duas edições anteriores do prêmio, em 2005 e 2006, a cantora faturou os troféus de Melhor Cantora de MPB e de Melhor Disco de MPB.

Anunciadas nesta terça-feira, 17 de abril, as 102 indicações das 16 categorias do 5º Prêmio Tim de Música são produto da votação de 23 jurados, que receberam 668 CDs e 119 DVDs. Deste total, foram pré-selecionados 322 CDs e 51 DVDs. Desta vez, até que não houve absurdos - comuns no prêmio... - mas cabe ressaltar a ausência de Mariana Aydar (boa revelação de 2006 com seu disco Kavita 1) e a inclusão do CD de DJ Mau Mau - Art, Plugs and Soul, de 2007 - numa relação referente à produção fonográfica do ano passado. Sem falar na estranheza da inclusão de Timeless na disputa pelo troféu de Disco de Língua Estrangeira na Categoria Especial, uma vez que o CD de Sérgio Mendes não foi produzido no Brasil. Vale??

Depois de Maria Bethânia, quatro artistas (Alceu Valença, Cauby Peixoto, Dea Trancoso e Marisa Monte) se impõem na longa lista, disputando quatro indicações - cada um. A surpresa é a cantora mineira Dea Trancoso, que concorre por conta de seu CD Tum Tum Tum. Dea aparece (bem) na controversa categoria regional.

Eis a relação completa de indicados ao 5º Prêmio Tim de Música:

CATEGORIA ARRANJADOR

Dori Caymmi por Rio-Bahia - Joyce & Dori Caymmi
Henrique Cazes por Radamés e o Sax - Leo Gandelman
Mário Adnet por Jobim Jazz - Mário Adnet

CATEGORIA CANÇÃO

Beira-Mar, de Roberto Mendes e Capinan - Intérprete: Maria Bethânia
Ela Faz Cinema, de Chico Buarque - Intérprete: Chico Buarque
Kirimurê, de Jota Velloso - Intérprete: Maria Bethânia

CATEGORIA PROJETO VISUAL

CD Carioca, de Chico Buarque - Claudia Warrak e Raul Loureiro
CD Tum Tum Tum, de Dea Trancoso - Viviane Gandra
CD Pirata, de Maria Bethânia - Gringo Cardia

CATEGORIA REVELAÇÃO

Mariana Baltar
Marcos Tardelli
Rogério Caetano

CATEGORIA CANÇÃO POPULAR

MELHOR DISCO
Eternamente Cauby Peixoto - Cauby Peixoto
Reserva de Alegria- Edvaldo Santana
Pensei que Fosse o Céu - Vander Lee

MELHOR DUPLA
Zezé Di Camargo & Luciano (Diferente)

MELHOR GRUPO
Roupa Nova (RoupAcústico 2)
The Originals (The Originals Vol. 2)

MELHOR CANTOR
Cauby Peixoto (Eternamente Cauby Peixoto)
Jorge Vercilo (Jorge Vercilo Ao Vivo)
Roberto Carlos (Duetos)

MELHOR CANTORA
Joanna (Ao Vivo em Portugal)
Patrícia Mellodi (Pacote Completo)
Tânia Mara (Tânia Mara)

CATEGORIA INSTRUMENTAL

MELHOR DISCO
Radamés e o Sax (Leo Gandelman)
Jobim Jazz (Mário Adnet)
Nem Sol nem Lua (Toninho Ferragutti)

MELHOR SOLISTA
Hamilton de Holanda (Brasilianos)
Sérgio Assad (Lo que Vendrá)
Odair Assad (Lo que Vendrá)

MELHOR GRUPO
Hamilton de Holanda Quinteto (Brasilianos)
Hamleto Stamato Trio (Speed Samba Jazz 3)
UFRJAZZ Ensemble (Paisagens do Rio)

CATEGORIA MPB

MELHOR DISCO
Obrigado, Gente! João Bosco ao Vivo - João Bosco
Mar de Sophia - Maria Bethânia
Pirata - Maria Bethânia

MELHOR GRUPO
Las Chicas (Quem Vai Comprar Nosso Barulho)
Os Cariocas (Os Cariocas ao Vivo)
Perseptom Banda Vocal (Brasil a Capella)

MELHOR CANTOR
Cauby Peixoto (Cauby Canta Baden)
João Bosco (Obrigado, Gente! João Bosco ao Vivo)
Renato Braz (Por Toda a Vida)

MELHOR CANTORA
Leny Andrade (Leny ao Vivo)
Maria Bethânia (Mar de Sophia e Pirata)
Rosa Passos (Rosa)

CATEGORIA POP/ROCK

MELHOR DISCO
- Caetano Veloso
Infinito Particular - Marisa Monte
Mutantes ao Vivo Barbican Theatre, Londres, 2006 - Mutantes

MELHOR GRUPO
Cordel do Fogo Encantado (Transfiguração)
Mutantes (Mutantes ao vivo – Barbican Theatre, Londres, 2006)
Skank (Carrossel)

MELHOR CANTOR
Caetano Veloso ()
Lenine (Acústico MTV Lenine)
Zeca Baleiro (Baladas do Asfalto e Outros Blues ao Vivo)

MELHOR CANTORA
Angela RoRo (Compasso)
Marisa Monte (Infinito Particular)
Paula Lima (Sinceramente)

CATEGORIA REGIONAL

MELHOR DISCO
Marco Zero ao Vivo - Alceu Valença
Nove de Frevereiro Vol. 2 - Antonio Nóbrega
Tum Tum Tum - Dea Trancoso

MELHOR DUPLA
César Oliveira e Rogério Melo (Pátria Pampa ao Vivo)
João Mulato e Douradinho (Clássicos da Moda de Viola)
Mayck e Lyan (Defendendo a Tradição)

MELHOR GRUPO
Rio Maracatu (Lapada)
Timbalada (Alegria Original)
Trio Forrozão (Na Puxada de Rede)

MELHOR CANTOR
Alceu Valença (Marco Zero ao Vivo)
Dominguinhos (Conterrâneos)
Sérgio Reis (Tributo a Goiás)

MELHOR CANTORA
Daniela Mercury (Balé Mulato ao Vivo)
Dea Trancoso (Tum Tum Tum)
Margareth Menezes (Brasileira ao Vivo)

CATEGORIA SAMBA

MELHOR DISCO
Amendoeira - Bebeto Castilho
Memória em Verde e Rosa - Tantinho da Mangueira
Acústico MTV Zeca Pagodinho 2 - Gafieira - Zeca Pagodinho

MELHOR GRUPO
Fundo de Quintal (Pela Hora)
Galocantô (Fina Batucada)
Quarteto em Cy (Samba em Cy)

MELHOR CANTOR
Marcos Sacramento (Sacramentos)
Tantinho da Mangueira (Memória em Verde e Rosa)
Zeca Pagodinho (Acústico MTV Zeca Pagodinho 2 - Gafieira)

MELHOR CANTORA
Alcione (Uma Nova Paixão ao Vivo)
Ana Costa (Meu Carnaval)
Marisa Monte (Universo ao meu Redor)

CATEGORIA ESPECIAL

DVD
Marco Zero ao Vivo
- Alceu Valença
Desconstrução - Chico Buarque
Pietá - Milton Nascimento

DISCO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Jazz + Bossa - Delicatessen
Dante XXI - Sepultura
Timeless - Sergio Mendes

DISCO ERUDITO
Brahms the Piano Concertos Nelson Freire - Nelson Freire
Sinfonias 4 & 9 Ponteio Frevo - Claudio Santoro, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo & coro e John Naschling
Two Concerts for Two Guitar - Sérgio e Odair Assad

DISCO INFANTIL
Contos, Cantos e Acalantos - José Mauro Brant
Forró pr'as Crianças - Vários artistas
Lenga la Lenga - Viviane Beineke e Sérgio Paulo Ribeiro de Freitas

DISCO PROJETO ESPECIAL
Aquarela do Samba - Vários artistas
Cruel - Sérgio Sampaio
Wagner Tiso 60 anos - Um Som Imaginário - Wagner Tiso

DISCO ELETRÔNICO
Automan
- Manoel Vanni
Art, Plays and Soul - DJ Mau Mau
Na Estrada - DJ Patife

CATEGORIA TRUETONES
Vanessa da Mata - com Ai Ai Ai..., Não me Deixe Só e
Ainda bem
Bruno e Marrone - com Choram as Rosas, Vai Dar Namoro e Te Amar Foi Ilusão
Jota Quest - com Além do horizonte, Amor Maior e Do seu lado


CATEGORIA VOTO POPULAR

CANTOR
Alceu Valença, Caetano Veloso, Cauby Peixoto, Dominguinhos, João Bosco, Jorge Vercilo, Lenine, Marcos Sacramento, Renato Braz, Roberto Carlos, Sérgio Reis, Tantinho da Mangueira, Zeca Baleiro e Zeca Pagodinho.

CANTORA
Alcione, Ana Costa, Ângela RoRo, Daniela Mercury, Dea Trancoso, Joanna, Leny Andrade, Margareth Menezes, Maria Bethânia, Marisa Monte, Patrícia Mellodi, Paula Lima, Rosa Passos e Tânia Mara.

Sandy & Junior anunciam (acertada) separação

"Foi decisão que nós tomamos juntos, de comum acordo". A frase - clichê - foi utilizada pela dupla Sandy & Junior ao fazer o anúncio de sua separação na manhã desta terça-feira, 17 de abril, em São Paulo (SP), em entrevista coletiva marcada para que os irmãos em tese falassem sobre o Acústico MTV que vão gravar em maio. A gravação - o último trabalho fonográfico dos irmãos como dupla - está de pé, aliás. A intenção é gravar o acústico - que deverá ter convidados como Ivete Sangalo e Milton Nascimento - e sair em turnê nacional até o final de 2007 para, então, desfazer a dupla...

A (acertada) decisão da dupla não chega a surpreender de fato o meio fonográfico. Sandy & Junior conseguiram fazer a transição do universo infantil para o juvenil. Só que não tiveram o mesmo êxito ao tentar inserção no mundo adulto do pop rock. O fracasso de seu último fraco álbum - Sandy & Junior, lançado em maio de 2006 - sinalizou o fim iminente. Sandy já vem se apresentando em recital em que canta MPB e até jazz. Junior tem banda de rock e vem se aprimorando como instrumentista. Não será surpresa se vier a atuar como produtor. Talvez até do disco solo de sua irmã...

Sandy & Junior dão entrevista sobre acústico

Na contramão das estratégias de marketing da MTV, que procura manter em sigilo as informações sobre discos feitos com o selo da emissora, a dupla Sandy & Junior vai dar entrevista coletiva nesta terça-feira, 17 de abril, em São Paulo, para falar sobre o acústico que irá gravar em maio. É a primeira vez que um artista convoca a imprensa antes da gravação de projeto do gênero, o que somente reforça a impressão de a tal coletiva ser pura e simples estratégia de marketing - na contramão da habitualmente adotada pela MTV.

Trama encaixota CD 'Elis' com mimos para fãs

Com a ajuda da ABEM (Associação Brasileira Elis em Movimento), a gravadora Trama está lançando caixa com souvenirs para fãs da cantora. À edição especial do álbum Elis e ao DVD que recupera a entrevista dada pela Pimentinha ao programa Jogo da Verdade em janeiro de 1982, dias antes de morrer, a caixa adiciona mimos como as reproduções de ingressos, fotos, cartaz e o programa do show Trem Azul - o último de Elis, apresentado em 1981 - além de bottons, adesivos e booklet. Há ainda reproduções de críticas e reportagens publicadas em jornais e revistas na época da estréia do espetáculo e do lançamento do LP Elis, o derradeiro da artista.

16 de abril de 2007

'The Boy with no Name', do Travis, sai em maio

Novo álbum do grupo britânico Travis, The Boy with No Name (capa acima) tem lançamento nos Estados Unidos agendado para 8 de maio. Entre as 12 músicas, Selfish Jean, Closer, Big Chair, One Night, Eyes Wide Open, Out in Space, Colder e New Amsterdam.

Paula Toller dueta com 'argentino' em disco solo

Além dos norte-americanos Jesse Harris e Donavon Frankenreiter, o segundo CD solo de Paula Toller - nas lojas em maio, pela Warner Music -agrega um terceiro nome estrangeiro. A cantora registrou dois temas de Kevin Johansen. Anoche Soñe Contigo e Glass são os nomes das canções. A primeira ganhou versão em português, À Noite Sonhei Contigo, feita pela própria Paula. Já Glass foi gravada com a letra original, em inglês, em dueto com Kevin Johansen. O autor veio ao Rio para participar do disco. Descoberto por Paula em compilação na qual fazia duo com Jorge Drexler, Johansen é cantor e compositor nascido no Alaska, mas criado na Argentina. Tem prestígio, mas é desconhecido no Brasil.

Teixeira lança DVD com Joanna e Pena Branca

Chega às lojas este mês, pela Som Livre, o primeiro DVD com registro de show de Renato Teixeira. Editada também em CD ao vivo simples, a gravação de Renato Teixeira no Auditório Ibirapuera foi feita em 27 de agosto, em São Paulo (SP) - com intervenções de Joanna (em Recado, música de Teixeira lançada pela cantora em disco de 1984), Pena Branca e da dupla Chitãozinho & Xororó (no hit Frete, tema da série Carga Pesada). O repertório inclui músicas como Eta Mundo Bão, Amizade Sincera, Amora, A Primeira Vez que Eu Fui ao Rio, Quando o Amor se Vai e Curvelo. Em La Cigarra, o dueto é com o argentino Leon Gieco. Obra-prima do autor, Romaria fecha o show em número coletivo.

Ecos de Lacan no segundo CD de Dôdo Ferreira

Composição feita com base na escola psicanalítica de Lacan, José no Tempo Lógico é uma das faixas do segundo disco de Dôdo Ferreira, baixista que já tocou com nomes como Paulo Moura e Adriana Calcanhotto. Intitulado Dum Dum, o CD é editado pela gravadora Delira Música. Na faixa Cradle Song, o músico homenageia o pai. Já O Incrível Hulk é tema composto por Dôdo em tributo ao falecido colega baixista Maurício Hulk de Almeida. O primeiro CD autoral do músico, Farofablues, ganhou edição independente, em 1993.

15 de abril de 2007

Kidjo agrega Joss, Alicia e Ziggy em 'Djin Djin'

Em seu álbum Djin Djin, que tem lançamento programado pela Sony para início de junho, Angelique Kidjo agrega nomes como Alicia Keys (convidada da faixa-título), Joss Stone (no cover de Gimme Shelter, rock dos Stones), Peter Gabriel (em Salala), Ziggy Marley (na faixa Sedjedo) e Santana (em Pearls, música que traz também Josh Groban). Branford Marsalis toca na música que intitula Djin Djin.

Novas de Geraldo em CD que traz Elba e Alceu

Gravado de forma independente, pelo selo Geração, o novo álbum de inéditas de Geraldo Azevedo, O Brasil Existe em Mim (capa acima), chegará às lojas ainda em abril, com distribuição da Sony BMG. O compositor pernambucano agrega no disco colegas como Elba Ramalho (na faixa São João Barroco) e o conterrâneo Alceu Valença (em Já que o Som Não Acabou) - com quem estreou no mercado fonográfico, dividindo LP editado em 1972. Entre novas músicas (O que me Faz Cantar, Chorinho de Criança, Farol Lunar, O Paraíso Agora, Tudo É Deus e Serena Cor), o artista apresenta a voz de sua filha - Clarice Azevedo - na inédita canção Ver de Novo.

Chorão retorna com 'Ritmo, Ritual e Responsa'

Grupo liderado por Chorão (foto), Charlie Brown Jr. volta à cena com o CD Ritmo, Ritual e Responsa - nas lojas em breve pela EMI Music. O primeiro single é Não Viva em Vão, parceria de Chorão e Thiago Castanho, que também assinam a produção do disco. Muitas das 19 inéditas fazem parte da trilha do filme O Magnata, idealizado por Chorão e estrelado pelo ator Paulo Vilhena. Aliás, Chorão participa da história no papel dele mesmo.

Tributo a Morricone vai de Daniela a Metallica

Com a participação de Daniela Mercury na música Conmigo, faixa dividida com o pianista e maestro Eumir Deodato, o CD inédito We All Love Ennio Morricone - homenagem ao compositor italiano - chega às lojas do Brasil ainda em abril. A artista baiana integra elenco intercontinental que também inclui o grupo Metallica (The Ecstasy of Gold), a boa cantora portuguesa Dulce Pontes (La Luz Prodigiosa), Roger Waters (Lost Boys Calling) e o violonista Yo-Yo Ma (Malena), entre outros nomes. O álbum sai pela Sony BMG.