Superficialidade mina filme oficial sobre White
Resenha de DVD
Título: Let the Music Play
- The Barry White Story
Artista: Barry White
Gravadora: ST2
Cotação: * *
Com soul sensual, que flertava com a disco music, Barry White (1944 - 2003) fez fama e fortuna nos anos 70. A voz aveludada chegava quente aos ouvidos femininos e emplacava hits como Can't Get Enough of your Love, Babe e You're the First, the Last, my Everything. Foi o ápice de trajetória folhetinesca que renderia ótimo filme. Infelizmente, o documentário Let the Music Play - The Barry White Story patina na superficialidade com narrativa linear e chapa branca.
O filme até começa bem, narrado na voz do próprio White. Mostra como o garoto pobre do Sul de Los Angeles - que integrou gangue e chegou a ser preso por roubo na adolescência - encontrou enfim a salvação na música. Primeiro, como produtor. Depois, como o cantor de suas músicas sensuais que chegaram a aumentar a taxa de natalidade dos EUA em 5% de acordo com pesquisa da época. Há um bom número de entrevistados (a mulher, os filhos, artistas como Smokey Robinson e o executivo da indústria do disco Russ Regan), só que estes raramente escapam de frases feitas como "Ele tinha paixão no que fazia" ou "É música que vai ficar para sempre".
A superficialidade é ainda maior na abordagem da vasta trajetória fonográfica do astro. Sua ótima estréia em disco, de 1973, é bem enfocada. Mas o filme passa batido pelos álbuns seguintes, pouco se detém no período de baixa vivido por White na gravadora CBS ("Eles não promoviam meus discos", queixou-se em entrevista da época) e tampouco detalha sua volta por cima no selo A & M, por onde editou álbuns aclamados como The Icon Is Love (1994).
A última parte é dedicada à lavagem de roupa suja pelos filhos do cantor, impedidos de ver o pai no hospital pela empresária e pela namorada do cantor em sua fase final. Há verdadeira emoção nos depoimentos, sobretudo no da filha, mas paira a sensação de que a música ficou em segundo plano na história. A vida e - sobretudo - a obra de Barry White não se esgotam neste documentário oficial.
Título: Let the Music Play
- The Barry White Story
Artista: Barry White
Gravadora: ST2
Cotação: * *
Com soul sensual, que flertava com a disco music, Barry White (1944 - 2003) fez fama e fortuna nos anos 70. A voz aveludada chegava quente aos ouvidos femininos e emplacava hits como Can't Get Enough of your Love, Babe e You're the First, the Last, my Everything. Foi o ápice de trajetória folhetinesca que renderia ótimo filme. Infelizmente, o documentário Let the Music Play - The Barry White Story patina na superficialidade com narrativa linear e chapa branca.
O filme até começa bem, narrado na voz do próprio White. Mostra como o garoto pobre do Sul de Los Angeles - que integrou gangue e chegou a ser preso por roubo na adolescência - encontrou enfim a salvação na música. Primeiro, como produtor. Depois, como o cantor de suas músicas sensuais que chegaram a aumentar a taxa de natalidade dos EUA em 5% de acordo com pesquisa da época. Há um bom número de entrevistados (a mulher, os filhos, artistas como Smokey Robinson e o executivo da indústria do disco Russ Regan), só que estes raramente escapam de frases feitas como "Ele tinha paixão no que fazia" ou "É música que vai ficar para sempre".
A superficialidade é ainda maior na abordagem da vasta trajetória fonográfica do astro. Sua ótima estréia em disco, de 1973, é bem enfocada. Mas o filme passa batido pelos álbuns seguintes, pouco se detém no período de baixa vivido por White na gravadora CBS ("Eles não promoviam meus discos", queixou-se em entrevista da época) e tampouco detalha sua volta por cima no selo A & M, por onde editou álbuns aclamados como The Icon Is Love (1994).
A última parte é dedicada à lavagem de roupa suja pelos filhos do cantor, impedidos de ver o pai no hospital pela empresária e pela namorada do cantor em sua fase final. Há verdadeira emoção nos depoimentos, sobretudo no da filha, mas paira a sensação de que a música ficou em segundo plano na história. A vida e - sobretudo - a obra de Barry White não se esgotam neste documentário oficial.
2 Comments:
alguém pode me dizer se tem uma boa coletânea dele no mercado. no Brasil quero dizer?
Qual será o(a) cantor(a) capaz de aumentar a taxa de mortalidade?
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