Tons sutis de 'Chiaroscuro' não renovam Pitty
Resenha de CD
Título: Chiaroscuro
Artista: Pitty
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * 1/2
Sim, há alguns tons sutis que diferenciam o terceiro álbum de estúdio da roqueira Pitty, Chiaroscuro, dos anteriores Admirável Chip Novo (de 2003) e Anacrônico (2005) - como vem alardeando a equipe de marketing da gravadora Deckdisc e a própria Pitty desde que o disco começou a ser feito. Exemplo é a atmosfera de tango que envolve algumas passagens de Água Contida. A leveza pop de Me Adora, faixa (estrategicamente) escolhida para puxar o álbum, é outra sutileza do CD. Contudo, tais tons sutis não bastam para configurar real mudança de rota. Músicas como Medo e Trapézio reeditam o peso habitual do som da roqueira baiana. E, embora destaque temas como 8 ou 80 e a citada Medo, a safra de inéditas autorais resulta irregular. Entre baladas (Só Agora, com efeitos de chuva) e rocks (Fracasso), Pitty apresenta álbum que prometia mais do que efetivamente cumpre. Louve-se, no entanto, o fato de Chiaroscuro ser disco de banda. Tanto que Duda (bateria), Joe (baixo) e Martin (guitarra) aparecem ao lado de Pitty na foto da contracapa. Já a produção de Rafael Ramos parece querer não enfatizar a mudança ensaiada pela artista. Cujas letras - justiça seja feita - pairam acima da média do pop rock idiotizante dos anos 2000, ainda que sofram de certa pretensão e até eventualmente recorram a clichês. No resumo da ópera, nada mudou tanto assim, mas é saudável que Pitty busque outros elementos e sonoridades para seus discos. Talvez fosse o caso de tentar um outro produtor.
Título: Chiaroscuro
Artista: Pitty
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * 1/2
Sim, há alguns tons sutis que diferenciam o terceiro álbum de estúdio da roqueira Pitty, Chiaroscuro, dos anteriores Admirável Chip Novo (de 2003) e Anacrônico (2005) - como vem alardeando a equipe de marketing da gravadora Deckdisc e a própria Pitty desde que o disco começou a ser feito. Exemplo é a atmosfera de tango que envolve algumas passagens de Água Contida. A leveza pop de Me Adora, faixa (estrategicamente) escolhida para puxar o álbum, é outra sutileza do CD. Contudo, tais tons sutis não bastam para configurar real mudança de rota. Músicas como Medo e Trapézio reeditam o peso habitual do som da roqueira baiana. E, embora destaque temas como 8 ou 80 e a citada Medo, a safra de inéditas autorais resulta irregular. Entre baladas (Só Agora, com efeitos de chuva) e rocks (Fracasso), Pitty apresenta álbum que prometia mais do que efetivamente cumpre. Louve-se, no entanto, o fato de Chiaroscuro ser disco de banda. Tanto que Duda (bateria), Joe (baixo) e Martin (guitarra) aparecem ao lado de Pitty na foto da contracapa. Já a produção de Rafael Ramos parece querer não enfatizar a mudança ensaiada pela artista. Cujas letras - justiça seja feita - pairam acima da média do pop rock idiotizante dos anos 2000, ainda que sofram de certa pretensão e até eventualmente recorram a clichês. No resumo da ópera, nada mudou tanto assim, mas é saudável que Pitty busque outros elementos e sonoridades para seus discos. Talvez fosse o caso de tentar um outro produtor.
8 Comments:
Sim, há alguns tons sutis que diferenciam o terceiro álbum de estúdio da roqueira Pitty, Chiaroscuro, dos anteriores Admirável Chip Novo (de 2003) e Anacrônico (2005) - como vem alardeando a equipe de marketing da gravadora Deckdisc e a própria Pitty desde que o disco começou a ser feito. Exemplo é a atmosfera de tango que envolve algumas passagens de Água Contida. A leveza pop de Me Adora, faixa (estrategicamente) escolhida para puxar o álbum, é outra sutileza do CD. Contudo, tais tons sutis não bastam para configurar real mudança de rota. Músicas como Medo e Trapézio reeditam o peso habitual do som da roqueira baiana. E, embora destaque temas como 8 ou 80 e a citada Medo, a safra de inéditas autorais resulta irregular. Entre baladas (Só Agora, com efeitos de chuva) e rocks (Fracasso), Pitty apresenta álbum que prometia mais do que efetivamente cumpre. Louve-se, no entanto, o fato de Chiaroscuro ser disco de banda. Tanto que Duda (bateria), Joe (baixo) e Martin (guitarra) aparecem ao lado de Pitty na foto da contracapa. Já a produção de Rafael Ramos parece querer não enfatizar a mudança ensaiada pela artista. Cujas letras - justiça seja feita - pairam acima da média do pop rock idiotizante dos anos 2000, ainda que sofram de certa pretensão e até eventualmente recorram a clichês. No resumo da ópera, nada mudou tanto assim, mas é saudável que Pitty busque outros elementos e sonoridades para seus discos. Talvez fosse o caso de tentar um outro produtor.
O disco deve ser bom.
O disco é bom sim! Achei que você se equivocou. A impressão que fica da sua crítica é que você não se comprometeu com o albúm, ouviu as pressas e fez uma resenha ainda mais apressada. Não citou "A Sombra", "Desconstruindo Amélia" ou "Todos Estão Mudos". Três faixas que estão beeem diferentes do estilo habitual da cantora. Quanto a "Trapézio", de onde saiu a ideia de que ela é pesada? Só se você se confundiu de nome e estava se referindo a "Rato Na Roda". O albúm está muito adulto e mais maduro que os anteriores, menos comercial também.
Ela não alardeou nada, as pessoas que começaram a formar suposições depois do lançamento de "Me Adora", em julho. Não estou dizendo que o albúm é perfeito, claro que não. Merecia 3 ou 3,5... Mas a nota que deu foi meio preconceituosa - como você sempre pareceu ser ao se referir à banda e ao seu sucesso. O fato de você não citar 3 músicas que se aplicam aos tais "tons sutis".
E Pitty desde que surgiu é uma banda, coisa que a própria enfatiza sempre, mas que a mídia reformula. Existem outras coisas que também mereciam ser citadas, mas como o senhor está no papel de crítico - não de fã -, compreendo que elas foram ignoradas.
De resto, o blog está ótimo. ^^ Desculpe se fui prolixo.
Ela foi muito criticada no premio multishow...mas uma coisa que o Mauro disse e concordo profundamente:"Cujas letras - justiça seja feita - pairam acima da média do pop rock idiotizante dos anos 2000".Pitty está acima da média de quase todas as bandas de por rock nacional.
Leandro - Brasília/DF
Letras POP/ROCK nunca - em geração alguma - foram lá grandes coisas. Portanto...
PS: como toda regra tem sua exceção, só dou um desconto para a poética de Arnaldo Antunes e Titãs por tabela e a irreverência com inteligência do Ultraje a Rigor.
Muito Bom o disco.. Entre no meu blog também.
www.musicrockworld.blogspot.com
O site deverá mudar dependendo o resultando da enquete.
Mauro, sinto que vc curte o trabalho dela. Queria saber o que vc vê nele, pois não consigo tirar nada de bom do seu som. Atormentada e esquisita.
Acho Pitty uó.
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