20 de junho de 2010

Skank joga para a torcida em belo lance ao vivo

Resenha de Show - Gravação de CD, DVD e blu-ray
Título: Skank no Mineirão - Multishow a Vivo
Artista: Skank (em fotos de Washington Possato)
Local: Estádio Mineirão (MG)
Data: 19 de junho de 2010
Cotação: * * * *


O lance era certeiro: pôr o Skank em campo no Mineirão - o mais tradicional estádio de Belo Horizonte (MG), terra natal do grupo - para gravar ao vivo um show que enfileira hits de carreira que já caminha para os 20 anos (a serem festejados em 2011). De cara pro gol, jogando em casa, Samuel Rosa (voz e guitarra), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria) ganharam já no primeiro lance -a roqueira Mil Acasos - a atenção do público estimado em 50 mil pessoas que compareceu à gravação realizada na noite de 19 de junho de 2010. Foram 21 músicas no roteiro oficial e um farto bis com baladas (Resposta e Dois Rios, ambas pontuadas pelo violão tocado por Samuel), lados B pedidos pelos fãs em votação realizada no site oficial da banda (Ali e O Beijo e a Reza), sucessos do início de carreira (Te Ver e a seminal Tanto) e repetições de números do roteiro oficial (como o inédito reggae De Repente, parceria de Samuel com Nando Reis que cresceu muito no show em relação ao registro embrionário disponibilizado pela banda no seu site oficial no início da semana).

O Skank jogou o tempo todo para a torcida. Samuel até exagerou nos afagos ao ego do público mineiro. Mas pôs a bola na rede já no início do primeiro tempo. Após rebobinar Um Mais Um com pressão roqueira, o grupo eletrizou a torcida com É uma Partida de Futebol, apresentado com introdução dub que preparou a entrada em campo do riff incendiário que introduz este hit de significado ainda mais especial em época de Copa do Mundo. Na sequência, Esmola e Pacato Cidadão fizeram sobressair o trio de metais em brasa que evocou a sonoridade inicial do Skank. Em roteiro sedutor que se deslocou com desenvoltura e coesão entre o passado e o presente do quarteto, Uma Canção É pra Isso foi turbinada com sons eletrônicos que não empanaram o brilho ensolarado do tema, É Proibido Fumar devolveu ao show o peso roqueiro do início e a inédita Presença - outra parceria de Samuel com Nando Reis - manteve a pressão roqueira, embora pareça ser em essência uma power balada. Em seguida, Amores Imperfeitos - número dedicado para BH - foi novo pretexto para incensar os fãs mineiros, "cúmplices" nas palavras de Samuel. Já Ainda Gosto Dela repôs em campo Negra Li, convidada do registro de estúdio da sensível canção pop que promoveu o último álbum do Skank, Estandarte (2008). Li não se intimidou com as dimensões do evento e marcou boa presença vocal, com direito a alguns floreios quando o número foi repetido. Se Noites de um Verão Qualquer esfriou a temperatura do show por alguns minutos, Jackie Tequila - reggae embebido em dubs e grooves antenados - manteve a torcida e os músicos aquecidos no mágico segundo tempo. Foi quando, ainda no tempo regulamentar, o Skank mandou para a rede registros redondos da Balada do Amor Inabalável (com a bossa dos teclados de Henrique Portugal), da quente Acima do Sol - pretexto para Samuel lembrar em cena o primeiro espontâneo e explosivo registro ao vivo de caráter retrospectivo realizado pelo Skank na cidade de Ouro Preto (MG) em 2001 - e do inédito reggae De Repente, tocado com os metais e o baixo sempre bem marcado de Lelo Zaneti. Na sequência, Três Lados (número em que Samuel direcionou sua guitarra-câmera para a vasta torcida para captar o movimento circular das bandanas), Vou Deixar e Garota Nacional ratificaram a vitória de um jogo que, a bem da verdade, já estava ganho desde o início. E que terminou no tempo regulamentar com Sutilmente (balada acompanhada em coro pelos fãs-cúmplices), Vamos Fugir (na releitura que une reggae e rock) e Saideira. Em goleada do Mineirão, o Skank se saiu vitorioso por não inventar moda num jogo que tinha mesmo que ser feito para a torcida. Gol!


Notas Musicais viajou a Belo Horizonte (MG) a convite do canal de TV Multishow e da gravadora Sony Music, parceiros no projeto Skank no Mineirão - Multishow ao Vivo

17 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Resenha de Show - Gravação de DVD
Título: Skank no Mineirão - Multishow a Vivo
Artista: Skank (em fotos de Washington Possato)
Local: Estádio Mineirão (RJ)
Data: 19 de junho de 2010
Cotação: * * * *

O lance era certeiro: pôr o Skank em campo no Mineirão - o mais tradicional estádio de Belo Horizonte (MG), terra natal do grupo - para gravar ao vivo um show que enfileira hits de carreira que já caminha para os 20 anos (a serem festejados em 2011). De cara pro gol, jogando em casa, Samuel Rosa (voz e guitarra), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria) ganharam já no primeiro lance -a roqueira Mil Acasos - a atenção do público estimado em 50 mil pessoas que compareceu à gravação realizada na noite de 19 de junho de 2009. Foram 21 músicas no roteiro oficial e um farto bis com baladas (Resposta e Dois Rios, ambas pontuadas pelo violão tocado por Samuel), lados B pedidos pelos fãs em votação realizada no site oficial da banda (Ali e O Beijo e a Reza), sucessos do início de carreira (Te Ver e a seminal Tanto) e repetições de números do roteiro oficial (como o inédito reggae De Repente, parceria de Samuel com Nando Reis que cresceu muito no show em relação ao registro embrionário disponibilizado pela banda no seu site oficial no início da semana).

O Skank jogou o tempo todo para a torcida. Samuel até exagerou nos afagos ao ego do público mineiro. Mas pôs a bola na rede já no início do primeiro tempo. Após rebobinar Um Mais Um com pressão roqueira, o grupo eletrizou a torcida com É uma Partida de Futebol, apresentado com introdução dub que preparou a entrada em campo do riff incendiário que introduz este hit que ganha significado mais especial em época de Copa do Mundo. Na sequência, Esmola e Pacato Cidadão fizeram sobressair o trio de metais em brasa que evocou a sonoridade inicial do Skank. Em roteiro sedutor que se deslocou com desenvoltura e coesão entre o passado e o presente do quarteto, Uma Canção É pra Isso foi turbinada com sons eletrônicos que não empanaram o brilho ensolaroado do tema, É Proibido Fumar devolveu ao show o peso roqueiro do início e a inédita Presença - outra parceria de Samuel com Nando Reis - manteve a pressão roqueira, embora pareça ser em essência uma power balada. Em seguida, Amores Imperfeitos - número dedicado para BH - foi novo pretexto para incensar os fãs mineiros, "cúmplices" nas palavras de Samuel. Já Ainda Gosto Dela repôs em campo Negra Li, convidada do registro de estúdio da sensível canção pop que promoveu o último álbum do Skank, Estandarte (2008). Li não se intimidou com as dimensões do show e marcou bela presença vocal, com direito a alguns floreios quando o número foi repetido. Se Noites de um Verão Qualquer esfriou a temperatura do show por alguns minutos, Jackie Tequila - reggae embebido em dubs e grooves antenados - manteve a torcida e os músicos aquecidos no mágico segundo tempo. Foi quando, ainda no tempo regulamentar, o Skank mandou para a rede registros redondos da Balada do Amor Inabalável (com a bossa dos teclados de Henrique Portugal), a calorosa Acima do Sol - pretexto para Samuel lembrar em cena o primeiro espontâneo e explosivo registro ao vivo de caráter retrospectivo realizado pelo Skank na cidade de Ouro Preto (MG) em 2001 - e o inédito reggae De Repente, tocado com os metais e o baixo sempre bem marcado de Lelo Zaneti. Na sequência, Três Lados (número em que Samuel direcionou sua guitarra-câmera para a vasta torcida para captar o movimento circular das bandanas), Vou Deixar e Garota Nacional ratificaram a vitória de um jogo que, a bem da verdade, já estava ganho desde o início. E que terminou no tempo regulamentar com Sutilmente (balada acompanhada em coro pelos fãs-cúmplices), Vamos Fugir (na releitura que une reggae e rock) e Saideira. Em goleada do Mineirão, o Skank se saiu vitorioso por não inventar moda num jogo que tinha mesmo que ser feito para a torcida. Gol!

Notas Musicais viajou a Belo Horizonte (MG) a convite do canal de TV Multishow e da gravadora Sony Music

20 de junho de 2010 às 13:01  
Blogger Mauro Ferreira said...

Aviso aos navegantes, as fotos ainda não aparecem por uma questão técnica (não sei se do servidor ou do meu laptop) que estou procurando resolver o mais rápido possível. Abs, MauroF

20 de junho de 2010 às 13:04  
Anonymous Anônimo said...

Que vontade de ter estado num show desses. Skank é uma das nossas realezas da música. Agradam ao público e ainda conseguem manter a qualidade sem nunca forçar a barra. Parabéns, meninos!

20 de junho de 2010 às 13:08  
Anonymous Anônimo said...

Mauro: No texto consta 19 de junho de 2009. Não seria 2010? Ou esta gravação foi ano passado?

20 de junho de 2010 às 13:36  
Blogger Mauro Ferreira said...

Grato, anônimo das 13:36. Claro que é 2010. Surtei! Abs, MauroF

20 de junho de 2010 às 14:05  
Anonymous Anônimo said...

Galera, adoro o Skank. Única banda do pop que compro disco. Samuel é maravilhoso como artista. Além de um grande cantor, tem músicas lindas. Coisa rara no "popezinho" nacional. Vida longa ao Skank. É engraçado, o Skank tem uma categoria natural, sem perder o "lance" popular. De longe é a melhor banda. Tenho o DVD da Vânia Bastos onde ela canta lindamente "Dois Rios", do samuel Rosa. É demais na voz dela. Uma cantora como Vânia Bastos não iria gravar uma porcaria. Que venha o DVD do Skank.

20 de junho de 2010 às 16:42  
Blogger Luca said...

a grande sacada do skank é que os caras souberam dar uma renovada no som depois de garota nacional. quando todo mundo esperava uma garota 2, eles vieram com resposta. é essa coragem de mudar mas sem mudar pra valer que faz um grupo ter carreira longa.

20 de junho de 2010 às 21:10  
Anonymous Léééééo said...

O Mineirão é em BELO HORIZONTE / MINAS GERAIS...

20 de junho de 2010 às 23:55  
Anonymous moniCa mosqueira said...

Parabéns!
Belo registro!
Gostei da jogada com as palavras "futebolísticas".

21 de junho de 2010 às 01:31  
Blogger Mauro Ferreira said...

Léééééo, muito obrigado por detectar o erro no cabeçalho da resenha, já corrigido. É o hábito de resenhar shows no Rio que me fez tascar um RJ após o Mineirão. Abs, MauroF

21 de junho de 2010 às 07:54  
Anonymous Bernardo said...

vai ser difícil bater em empolgação o cd de Ouro Preto

21 de junho de 2010 às 10:06  
Anonymous Anônimo said...

Só podiam ser mineiros uai!!!
Que orgulho danado de bão sô... (rsrsrs)

Welerson André

21 de junho de 2010 às 16:14  
Anonymous Anônimo said...

Não é por ser mineira, não.Mas os músicos daqui em geral, são de ótima qualidade.Adoro o skank e sua simplicidade.

22 de junho de 2010 às 18:42  
Anonymous Anônimo said...

Dentre outras razões, essa é uma das que me faz orgulhar de ser mineira...
Parabésn ao Skank... show foi maravilhoso!!!

23 de junho de 2010 às 12:58  
Anonymous Anônimo said...

Eu estava lá!!! Graças!
E por ser uma mineira que mora em São Paulo curtindo o final de semana em BH, confesso que não me incomodou o tom regionalista que o Samuel não resistiu em expressar.

24 de junho de 2010 às 14:48  
Blogger Uma Mulher de Fases said...

Parabéns, queria muito ter ido à este show, e lendo a crítica me senti lá!!!
Abraços!!

24 de junho de 2010 às 15:08  
Anonymous marcella said...

Esse show foi PERFEITO!! Estava lá e amei cada segundo daquela noite, agora anciosa pelo dvd. Parabéns pela critica!

25 de junho de 2010 às 22:25  

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