10 de abril de 2010

Elegante, Dionne reitera leveza pop em 'Forever'

Resenha de Show
Título: Dionne Forever
Artista: Dionne Warwick (em fotos de Mauro Ferreira)
Convidados: David Elliott e Ivan Lins
Local: Vivo Rio (RJ)
Data: 9 de abril de 2010
Cotação: * * * *
Agenda da turnê Dionne Forever no Brasil:
* São Paulo (SP) - HSBC Brasil, 10 de abril
* Fortaleza (CE) - Siara Hall, 15 de abril
* Porto Alegre (RS) - Teatro Bourbon Country, 17 de abril
Voz fundamental na consolição do gênero que viria a ser rotulado de canção pop, por ter lançado a partir de 1962 todos os hits iniciais da dupla Burt Bacharach e Hal David, Dionne Warwick está de volta ao Brasil com uma nova turnê, Forever, cujo show é essencialmente o mesmo que foi apresentado no país, em maio de 2009, sob o título Dionne Warwick in Concert. Mas isso pouco pareceu importar para o público que foi ver a cantora norte-americana na noite de 9 de abril de 2010 na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ). Ainda em boa forma vocal, sobretudo se levados em conta seus alegados 70 anos, a intérprete reiterou a leveza pop de seu canto ao enfileirar os clássicos da parceria de Bacharach com David. Walk on by, Anyone Who Had a Heart, I'll Never Fall in Love Again, Message to Michael e Alfie, entre outros números, realçaram a elegância do fraseado da cantora. Novidades no roteiro foram a intervenção de Ivan Lins (num set que mostrou a intimidade da intérprete com o cancioneiro do compositor e que surpreendeu quando Dionne se arriscou a cantar Começar de Novo em português - veja post abaixo), o dueto com o filho David Elliott em I Say a Little Prayer - num registro de divisões bem inusitadas que descontruiu a perfeita arquitetura pop do tema - e a inclusão de Heartbreaker, pop em estado puro, fornecido pelos Bee Gees a Dionne em 1982. Como de praxe, houve o bloco dedicado às músicas brasileiras com o já tradicional medley com três clássicos de Tom Jobim (1927 - 1994) - Corcovado, Wave e Águas de Março, entoados em inglês e em clima bossa-novista - ao qual se seguiram The Girl from Ipanema e Bahia (Na Baixa do Sapateiro), números que, no show de 2009, foram divididos com Gal Costa. Na sequência do recorrente bloco nacional, houve também a habitual apresentação em ritmo de salsa de Do You Know the Way to San Jose? - música de 1968 revivida por Dionne tal como no dueto gravado em 1998 com a cantora cubana Celia Cruz (1925 - 2003). O número foi pretexto para a apresentação da banda que incluía músicos brasileiros na cozinha. No fim, o público - embevecido pela oportunidade de ver ao vivo, mais uma vez, uma das maiores cantoras dos EUA - fez coro forte e espontâneo na balada I'll Never Love This Way Again, hit de 1978 que reergueu a carreira de Dionne Warwick após período de baixa por conta do afastamento de Bacharach. E, como de praxe, a cantora saiu de cena ao som do hino fraterno That's What Friends Are for, número em que Dionne e o filho David Elliott fizeram um jogo de cena que empanou parte do brilho da música. Mesmo assim, não houve quem não saísse da casa Vivo Rio sem aplaudir com vontade Dionne, uma diva do pop, forever...

3 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Voz fundamental na consolição do gênero que veio a ser rotulado de canção pop, por ter lançado a partir de 1962 todos os hits iniciais da dupla Burt Bacharach e Hal David, Dionne Warwick está de volta ao Brasil com uma nova turnê, Forever, cujo show é essencialmente o mesmo que foi apresentado no país, em maio de 2009, sob o título Dionne Warwick in Concert. Mas isso pouco pareceu importar para o público que foi ver a cantora norte-americana na noite de 9 de abril de 2010 na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ). Ainda em boa forma vocal, sobretudo se levados em conta seus alegados 70 anos, a intérprete reiterou a leveza pop de seu canto ao enfileirar os clássicos da parceria de Bacharach com David. Walk on by, Anyone Who Had a Heart, I'll Never Fall in Love Again, Message to Michael e Alfie, entre outros números, realçaram a elegância do fraseado da cantora. Novidades no roteiro foram a intervenção de Ivan Lins (num set que mostrou a intimidade da intérprete com o cancioneiro do compositor e que surpreendeu quando Dionne se arriscou a cantar Começar de Novo em português - veja post abaixo), o dueto com o filho David Elliott em I Say a Little Prayer - num registro de divisões bem inusitadas que descontruiu a perfeita arquitetura pop do tema - e a inclusão de Heartbreaker, pop em estado puro, fornecido pelos Bee Gees a Dionne em 1982. Como de praxe, houve o bloco dedicado às músicas brasileiras com o já tradicional medley com três clássicos de Tom Jobim (1927 - 1994) - Corcovado, Wave e Águas de Março, entoados em inglês e em clima bossa-novista - ao qual se seguiram The Girl from Ipanema e Bahia (Na Baixa do Sapateiro), números que, no show de 2009, foram divididos com Gal Costa. Na sequência do recorrente bloco nacional, houve também a habitual apresentação em ritmo de salsa de Do You Know the Way to San Jose? - música de 1968 revivida por Dionne tal como no dueto gravado em 1998 com a cantora cubana Celia Cruz (1925 - 2003). O número foi pretexto para a apresentação da banda que incluía músicos brasileiros na cozinha. No fim, o público - embevecido pela oportunidade de ver ao vivo, mais uma vez, uma das maiores cantoras dos EUA - fez coro forte e espontâneo na balada I'll Never Love This Way Again, hit de 1978 que reergueu a carreira de Dionne Warwick após período de baixa por conta do afastamento de Bacharach. E, como de praxe, a cantora saiu de cena ao som do hino fraterno That's What Friends Are for, número em que Dionne e o filho David Elliott fizeram um jogo de cena que empanou parte do brilho da música. Mesmo assim, não houve quem não saísse da casa Vivo Rio sem aplaudir com vontade Dionne, uma diva do pop, forever.

10 de abril de 2010 às 13:46  
Anonymous Gustavo said...

ela é bárbara mesmo!

10 de abril de 2010 às 19:05  
Anonymous Anônimo said...

Esse DVD que ela gravou por aqui tá demorando a sair...Pelo visto não é só por aqui que as coisas saõ vagarosas!!!

11 de abril de 2010 às 02:59  

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