Tizumba evoca Minas afro na Estação Nordeste
Resenha de Show
Evento: Trem do Música Minas na Estação Nordeste
Título: Maurício Tizumba no Mercado
Artista: Maurício Tizumba (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Ponto de Cem Réis (João Pessoa, PB)
Data: 28 de janeiro de 2010
Cotação: * * * 1/2
Evento: Trem do Música Minas na Estação Nordeste
Título: Maurício Tizumba no Mercado
Artista: Maurício Tizumba (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Ponto de Cem Réis (João Pessoa, PB)
Data: 28 de janeiro de 2010
Cotação: * * * 1/2
Maurício Tizumba enfatiza o elo nem sempre explicitado entre África e Minas Gerais. Destaque do braço mineiro da 5ª edição do Estação Nordeste, o festival promovido pela Funjope (Fundação Cultural de João Pessoa) na capital da Paraíba neste mês de janeiro de 2010, o cantor e compositor fez apresentação coesa, aberta com Muadiakime, vibrante tema afro dos compositores angolanos Bonga e Landa. Tizumba agrega em seu som - urdido apenas com guitarra (tocada pelo próprio artista) e os tambores percutidos por Beth Leivas, Danuza Menezes e Raquel Coutinho - a batida do congado, o toque das folias de reis e até a levada das modas de viola. Ritmos que ainda ecoam entre as montanhas e cachoeiras das Geraes. Tudo costurado com um toque africano, evocado em temas como Casa Aberta (tributo aos negros dos açudes mineiros) e Velhos de Coroa (música composta por Pererê para saudar os pretos velhos de Minas). É fato que nem sempre a obra autoral do artista está à altura do som produzido em cena. Em Camelô de Farol, por exemplo, Tizumba não chega a esboçar perfil ou crítica social mais consistentes sobre a atividade dos trabalhadores que vendem balas nos sinais de trânsito. Contudo, a música de Tizumba tem pegada. Em Sá Rainha, ele busca (e até consegue) interação com a plateia. No fim, o cantor recorre a versos de folias de reis e a pontos do congado para realçar sua identificação com os tambores e as tradições musicais de Minas Gerais. Sem nunca perder a revigorante ligação com a mãe África!!
3 Comments:
Maurício Tizumba enfatiza o elo nem sempre explicitado entre África e Minas Gerais. Destaque do braço mineiro da 5ª edição do Estação Nordeste, o festival promovido pela Funjope (Fundação Cultural de João Pessoa) na capital da Paraíba neste mês de janeiro de 2010, o cantor e compositor fez apresentação coesa, aberta com Muadiakime, vibrante tema afro dos compositores angolanos Bonga e Landa. Tizumba agrega em seu som - urdido apenas com guitarra (tocada pelo próprio artista) e os tambores percutidos por Beth Leivas, Danuza Menezes e Raquel Coutinho - a batida do congado, o toque das folias de reis e até a levada das modas de viola. Ritmos que ainda ecoam entre as montanhas e cachoeiras das Geraes. Tudo costurado com um toque africano, evocado em temas como Casa Aberta (tributo aos negros dos açudes mineiros) e Velhos de Coroa (música composta por Pererê para saudar os pretos velhos de Minas). É fato que nem sempre a obra autoral do artista está à altura do som produzido em cena. Em Camelô de Farol, por exemplo, Tizumba não chega a esboçar perfil ou crítica social mais consistentes sobre a atividade dos trabalhadores que vendem balas nos sinais de trânsito. Contudo, a música de Tizumba tem pegada. Em Sá Rainha, ele busca (e até consegue) interação com a plateia. No fim, o cantor recorre a versos de folias de reis e a pontos do congado para realçar sua identificação com os tambores e as tradições musicais de Minas Gerais. Sem nunca perder a revigorante ligação com a mãe África!!
Mauro, cadê Sérgio Pererê nesse evento?! Não foi escalado?! Esse sim, o mais genial dessa turma toda!!!!!!
Abs,
Ricardo Guima
Mauro.
Você está em João Pessoa... Vai passar pelo Recife?
Abraços
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