'Comfusões 1' mixa 'beats' de Angola e do Brasil
Incensada na cena européia de world music no fim de 2009, a compilação Comfusões 1 desembarca no Brasil via selo Maianga Discos, sediado na Bahia. Sob o comando do produtor Maurício Pacheco, um time de convidados brasileiros adiciona beats a gravações originais de artistas angolanos. “Se você é branco, isso não interessa a ninguém / Se você é mulato, isso não interessa a ninguém / Se você é negro, isso não interessa a ninguém / O que interessa é a sua vontade de fazer Angola melhor”, sentencia o refrão de Angolé, música de Teta Lando que abre a coletânea no remix assinado por Pacheco. Na sequência, o CD toca a versão de Mario Caldato para Tia, tema de Artur Nunes. Caldato recrutou Domenico Lancellotti - no comando do MPC - e Money Mark, o tecladista dos Beastie Boys. Integrante do grupo O Rappa, Marcos Lobato põe guitarra de sotaque africano em Mama Divva Diame, fonograma original de José Francisco Portugal - o Avozinho - que foi reprocessado por Maurício Pacheco com altas doses de eletrônica. Já a esperta dupla Berna Ceppas & Kassin comandou a produção adicional de Kapakiao, uma gravação de Bonga, nome artístico de José Adelino Barcelos de Carvalho. O mesmo Berna se uniu a Pacheco para produzir o remix de Mãe - fonograma de Wyza, representante da nova geração angolana - em que figura o violão de Lenine. Já Rica Amabis, do Instituto, mexeu e remexeu em Nzambi Nzambi, que vem a ser um semba, ritmo tradicional de Angola, espécie de antepassado do samba, que, aliás, viria a se desenvolver no Brasil - na Bahia e no Rio de Janeiro - a partir de células rítmicas da música africana. Por sua vez, DJ Dolores remixou o Merengue Rebita, de Paulinho Pinheiro, enquanto Moreno Veloso - evocando a origem do pai, Caetano - conectou Kappopola Makongo (gravação de Ciros Cordeiro da Mata) ao samba do Recôncavo Baiano. Comfusões 1 ressalta afinidades musicais entre Brasil e Angola sem macular a cultura de um país que - a rigor - já está naturalmente associado aos sons brasileiros.
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Incensada na cena européia de world music no fim de 2009, a compilação Comfusões 1 desembarca no Brasil via selo Maianga Discos, sediado na Bahia. Sob o comando do produtor Maurício Pacheco, um time de convidados brasileiros adiciona beats a gravações originais de artistas angolanos. “Se você é branco, isso não interessa a ninguém / Se você é mulato, isso não interessa a ninguém / Se você é negro, isso não interessa a ninguém / O que interessa é a sua vontade de fazer Angola melhor”, sentencia o refrão de Angolé, música de Teta Lando que abre a coletânea no remix assinado por Pacheco. Na sequência, o CD toca a versão de Mario Caldato para Tia, tema de Artur Nunes. Caldato recrutou Domenico Lancellotti - no comando do MPC - e Money Mark, o tecladista dos Beastie Boys. Integrante do grupo O Rappa, Marcos Lobato põe guitarra de sotaque africano em Mama Divva Diame, fonograma original de José Francisco Portugal - o Avozinho - que foi reprocessado por Maurício Pacheco com altas doses de eletrônica. Já a esperta dupla Berna Ceppas & Kassin comandou a produção adicional de Kapakiao, uma gravação de Bonga, nome artístico de José Adelino Barcelos de Carvalho. O mesmo Berna se uniu a Pacheco para produzir o remix de Mãe - fonograma de Wyza, representante da nova geração angolana - em que figura o violão de Lenine. Já Rica Amabis, do Instituto, mexeu e remexeu em Nzambi Nzambi, que vem a ser um semba, ritmo tradicional de Angola, espécie de antepassado do samba, que, aliás, viria a se desenvolver no Brasil - na Bahia e no Rio de Janeiro - a partir de células rítmicas da música africana. Por sua vez, DJ Dolores remixou o Merengue Rebita, de Paulinho Pinheiro, enquanto Moreno Veloso - evocando a origem do pai, Caetano - conectou Kappopola Makongo (gravação de Ciros Cordeiro da Mata) ao samba do Recôncavo Baiano. Comfusões 1 ressalta afinidades musicais entre Brasil e Angola sem macular a cultura de um país que - a rigor - já está naturalmente associado aos sons brasileiros.
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