Reverências à bossa e ao jazz no último de Henri
Resenha de CD
Título: Révérence
Artista: Henri Salvador
Gravadora: Universal
Music
Cotação: * * * 1/2
Morto em fevereiro de 2008, aos 90 anos, vítima de um aneurisma, Henri Salvador (1917 - 2008) sempre foi visto como discípulo da Bossa Nova. Révérence - último álbum do artista, lançado em 2006 e somente agora editado no Brasil - explicita as fortes influências bossa-novistas do cantor nascido na Guiana Francesa. A voz já não exibe o brilho dos áureos tempos, mas Henri soa elegante ao reverenciar a velha bossa e o Brasil neste álbum que teve oito de suas 13 faixas gravadas no Rio de Janeiro (RJ) com arranjos de Jacques Morelenbaum. Percebe-se claramente a influência do maestro brasileiro nas enfáticas cordas orquestradas por Morelenbaum para músicas como Mourir à Honfleur e Dans Mon Île, o clássico do repertório de Salvador, lançado em 1957 e regravado em Révérence em tom mais abolerado. Em contrapartida, a latinidade do piano de João Donato pouco sobressai nos arranjos. Reforçando os laços do artista com o Brasil, há duetos com Caetano Veloso e Gilberto Gil. Com vocais macios, Caetano acarinha a melodia de Cherche la Rose. Já Gil valoriza Tu Sais Je Vais T'Aimer, versão em francês de Eu Sei que Vou te Amar. Um terceiro dueto com artista brasileiro - no caso, com Rosa Passos, num registro sofisticado de Que Reste-T-Il de Nos Amours? - aparece em uma das três faixas-bônus da edição nacional de Révérence, álbum que, além da velha bossa, também louva o estilo jazzístico das big-bands em faixas como L'Amour se Trouve Au Coin de la Rue, com os arranjos a cargo de Michel Coeuriot. Entre o jazz e a bossa à francesa, Henri Salvador deixa legado digno e original que extrapola este derradeiro álbum.
Título: Révérence
Artista: Henri Salvador
Gravadora: Universal
Music
Cotação: * * * 1/2
Morto em fevereiro de 2008, aos 90 anos, vítima de um aneurisma, Henri Salvador (1917 - 2008) sempre foi visto como discípulo da Bossa Nova. Révérence - último álbum do artista, lançado em 2006 e somente agora editado no Brasil - explicita as fortes influências bossa-novistas do cantor nascido na Guiana Francesa. A voz já não exibe o brilho dos áureos tempos, mas Henri soa elegante ao reverenciar a velha bossa e o Brasil neste álbum que teve oito de suas 13 faixas gravadas no Rio de Janeiro (RJ) com arranjos de Jacques Morelenbaum. Percebe-se claramente a influência do maestro brasileiro nas enfáticas cordas orquestradas por Morelenbaum para músicas como Mourir à Honfleur e Dans Mon Île, o clássico do repertório de Salvador, lançado em 1957 e regravado em Révérence em tom mais abolerado. Em contrapartida, a latinidade do piano de João Donato pouco sobressai nos arranjos. Reforçando os laços do artista com o Brasil, há duetos com Caetano Veloso e Gilberto Gil. Com vocais macios, Caetano acarinha a melodia de Cherche la Rose. Já Gil valoriza Tu Sais Je Vais T'Aimer, versão em francês de Eu Sei que Vou te Amar. Um terceiro dueto com artista brasileiro - no caso, com Rosa Passos, num registro sofisticado de Que Reste-T-Il de Nos Amours? - aparece em uma das três faixas-bônus da edição nacional de Révérence, álbum que, além da velha bossa, também louva o estilo jazzístico das big-bands em faixas como L'Amour se Trouve Au Coin de la Rue, com os arranjos a cargo de Michel Coeuriot. Entre o jazz e a bossa à francesa, Henri Salvador deixa legado digno e original que extrapola este derradeiro álbum.
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Morto em fevereiro de 2008, aos 90 anos, vítima de um aneurisma, Henri Salvador (1917 - 2008) sempre foi visto como discípulo da Bossa Nova. Révérence - último álbum do artista, lançado em 2006 e somente agora editado no Brasil - explicita as fortes influências bossa-novistas do cantor nascido na Guiana Francesa. A voz já não exibe o brilho dos áureos tempos, mas Henri soa elegante ao reverenciar a velha bossa e o Brasil neste álbum que teve oito de suas 13 faixas gravadas no Rio de Janeiro (RJ) com arranjos de Jacques Morelenbaum. Percebe-se claramente a influência do maestro brasileiro nas enfáticas cordas orquestradas por Morelenbaum para músicas como Mourir à Honfleur e Dans Mon Île, o clássico do repertório de Salvador, lançado em 1957 e regravado em Révérence em tom mais abolerado. Em contrapartida, a latinidade do piano de João Donato pouco sobressai nos arranjos. Reforçando os laços do artista com o Brasil, há duetos com Caetano Veloso e Gilberto Gil. Com vocais macios, Caetano acarinha a melodia de Cherche la Rose. Já Gil valoriza Tu Sais Je Vais T'Aimer, versão em francês de Eu Sei que Vou te Amar. Um terceiro dueto com artista brasileiro - no caso, com Rosa Passos, num registro sofisticado de Que Reste-T-Il de Nos Amours? - aparece numa das três faixas-bônus da edição nacional de Révérence, álbum que, além da velha bossa, também louva o estilo jazzístico das big-bands em faixas como L'Amour se Trouve Au Coin de la Rue, com os arranjos a cargo de Michel Coeuriot. Entre o jazz e a bossa à francesa, Henri Salvador deixa legado digno e original que extrapola este derradeiro álbum.
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