5 de outubro de 2008

Trilha de 'Orfeu Negro' chega, na íntegra, ao CD

Antes de conquistar os EUA na primeira metade dos anos 60, a Bossa Nova já começou a ganhar atenção mundial em 1959, por conta da trilha sonora do controvertido filme Orfeu Negro, de Marcel Camus (1912 - 1982). Gravada no Brasil entre 1958 e 1959, mas até então inédita em CD no País, a trilha sonora desse longa-metragem francês - laureado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes - ressurge na íntegra em sua primeira edição nacional no formato digital. Lançadas na França em compacto duplo, duas músicas da trilha - A Felicidade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes) e Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá e Antonio Maria) - viraram instântaneos clássicos mundiais. Na trilha sonora de Orfeu Negro, as duas músicas - assim como as demais composições da seleção musical produzida por Marcel Camus com direção artística de Tom Jobim (1927 - 1994) - são interpretadas pelos cantores Agostinho dos Santos (1932 - 1970) e Elizeth Cardoso (1920 - 1990). Pela primeira vez, faixas como O Nosso Amor são editadas em sua forma integral (no caso, com quase 15 minutos de duração). Contudo, apesar de contar com as vozes de Agostinho e Elizeth, as inserções nas gravações de falas do filme e de batucadas de escolas de samba - moldadas para ouvidos estrangeiros - tiram um pouco do brilho desta produção de importância histórica, como bem contextualiza a historiadora Anaïs Fléchet em consistente texto publicado no encarte desta (necessária) edição em CD da trilha sonora do filme Orfeu Negro.

6 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Antes de conquistar os EUA na primeira metade dos anos 60, a Bossa Nova já começou a ganhar atenção mundial em 1959, por conta da trilha sonora do controvertido filme Orfeu Negro, de Marcel Camus (1912 - 1982). Gravada no Brasil entre 1958 e 1959, mas até então inédita em CD no País, a trilha sonora desse longa-metragem francês - laureado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes - ressurge na íntegra em sua primeira edição nacional no formato digital. Lançadas na França em compacto duplo, duas músicas da trilha - A Felicidade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes) e Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá e Antonio Maria) - viraram instântaneos clássicos mundiais. Na trilha sonora de Orfeu Negro, as duas músicas - assim como as demais composições da seleção musical produzida por Marcel Camus com direção artística de Tom Jobim (1927 - 1994) - são interpretadas pelos cantores Agostinho dos Santos (1932 - 1970) e Elizeth Cardoso (1920 - 1990). Pela primeira vez, faixas como O Nosso Amor são editadas em sua forma integral (no caso, com quase 15 minutos de duração). Contudo, apesar de contar com as vozes de Agostinho e Elizeth, as inserções nas gravações de falas do filme e de batucadas de escolas de samba - moldadas para ouvidos estrangeiros - tiram um pouco do brilho desta produção de importância histórica, como bem contextualiza a historiadora Anaïs Fléchet em consistente texto publicado no encarte desta (necessária) edição em CD da trilha sonora do filme Orfeu Negro.

5 de outubro de 2008 às 09:59  
Anonymous Anônimo said...

Tem dois clássicos do espetáculo original (Se Todos Fossem Iguais a Você e Lamento no Morro) que não sei se estão na trilha do filme. E o Frevo de Orfeu, onde fica?

Acho isso confuso. Agradeceria a opinião de alguém que conheça o assunto.

5 de outubro de 2008 às 23:41  
Anonymous Anônimo said...

E tem também a Valsa de Euridice, que a Elis gravou no Trem Azul e ficou mais bonita do que já é. Faz parte da trilha do espetáculo? Do filme?

Outra coisa. O samba já estava no Municipal desde aquela época. Orfeu estreou lá, ainda nos anos 50. Não me venham com essa de que só agora o templo da 'música de elite' foi deflorado.

5 de outubro de 2008 às 23:46  
Anonymous Anônimo said...

Luc,

Esse disco ficou famoso na época, porque na edição vendida no mercado internacional, as músicas gravadas pela Elizete Cardoso apareciam como sendo cantadas pela atriz principal do filme, Marpessa Dawn, caracterizando um caso raro de pirataria da voz de um cantor.

Pelo que li, a trilha sonora do filme foi totalmente composta por músicas inéditas que não fizeram parte da peça, por exigência do produtor do filme, o francês Sacha Gordine, que acabou como editor dessas músicas, ganhando rios de dinheiro. As músicas da peça já estavam editadas, ou seja, já tinham dono.

abração,
Denilson

7 de outubro de 2008 às 15:56  
Anonymous Anônimo said...

Valeu, Denilson. Sempre tem um espertalhão nessa área de direitos.

A minha dúvida é porque o Frevo de Orfeu e a Valsa de Euridice também não estão no disco original do espetáculo, aquele do teatro.

Abraço,
Luc

8 de outubro de 2008 às 00:33  
Anonymous Anônimo said...

Com um grande atraso, finalmente chega ao mercado fonografico a triha sonora do classico Orfeu Negro. Espero que sirva de lição para outros selos de gravadoras relançarem grandes pérolas da mpb que sairam em vinil e até o presente momento ainda não reapareceram no formato de cd.

15 de outubro de 2008 às 11:51  

Postar um comentário

<< Home