2 de dezembro de 2008

Machete arma circo para cantar lúdica música

Resenha de CD / DVD
Título: Eu Não Sou
Nenhuma Santa

Artista: Silvia Machete
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * *

Por seu caráter performático, o show de Silvia Machete pedia mesmo um registro em DVD. Em Eu Não Sou Nenhuma Santa, a cantora arma seu circo sob as lentes de Roberto Oliveira, diretor deste DVD bem filmado. Incensada na cena indie, Machete se equilibra no trapézio - de onde canta 2 Hot 2 B Romantic, canção que se destaca em seu irregular repertório autoral - e no ecletismo de um roteiro que irmana bom lado B de Roberto e Erasmo Carlos (Gente Aberta), clássico do grupo Guns N' Roses (Sweet Child of Mine) e tema do maldito Walter Franco (Me Deixe Mudo). A gravação ao vivo - editada também em CD - é centrada no espetáculo inspirado no primeiro álbum de Machete, Bomb of Love - Música Safada para Corações Românticos, editado em 2006. Foi captada principalmente em show feito em fevereiro de 2008, no Na Mata Café (SP), mas inclui takes de apresentações da artista no Bar Geni (SP) - em dezembro de 2007 - e no Mistura Fina, casa carioca na qual, em abril de 2008, Machete recebeu o compositor Edu Krieger (que a acompanha ao violão na dengosa abordagem de Curare, tema de Bororó) e a cantora Nina Becker, com quem fez dueto em Girls Just Wanna Have Fun, número que traduz bem o espírito lúdico dos shows de Machete. Por ser o primeiro DVD da artista, Eu Não Sou Nenhuma Santa sustenta o interesse do espectador nesta artista que conjuga habilidades circenses e musicais. Resta saber se a cantora equilibrista vai conseguir se manter firme no mercado fonográfico - e até mesmo nos palcos - quando suas acrobacias já não forem incensadas e o circo da mídia em torno da artista for desarmado para outra reinar no picadeiro.

14 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Por seu caráter performático, o show de Silvia Machete pedia mesmo um registro em DVD. Em Eu Não Sou Nenhuma Santa, a cantora arma seu circo sob as lentes de Roberto Oliveira, diretor deste DVD bem filmado. Incensada na cena indie, Machete se equilibra no trapézio - de onde canta 2 Hot 2 B Romantic, canção que se destaca em seu irregular repertório autoral - e no ecletismo de um roteiro que irmana bom lado B de Roberto e Erasmo Carlos (Gente Aberta), clássico do grupo Guns N' Roses (Sweet Child of Mine) e tema do maldito Walter Franco (Me Deixe Mudo). A gravação ao vivo - editada também em CD - é centrada no espetáculo inspirado no primeiro álbum de Machete, Bomb of Love - Música Safada para Corações Românticos, editado em 2006. Foi captada principalmente em show feito em fevereiro de 2008, no Na Mata Café (SP), mas inclui takes de apresentações da artista no Bar Geni (SP) - em dezembro de 2007 - e no Mistura Fina, casa carioca na qual, em abril de 2008, Machete recebeu o compositor Edu Krieger (que a acompanha ao violão na dengosa abordagem de Curare, tema de Bororó) e a cantora Nina Becker, com quem fez dueto em Girls Just Wanna Have Fun, número que traduz bem o espírito lúdico dos shows de Machete. Por ser o primeiro DVD da artista, Eu Não Sou Nenhuma Santa sustenta o interesse do espectador nesta artista que conjuga habilidades circenses e musicais. Resta saber se a cantora equilibrista vai conseguir se manter firme no mercado fonográfico - e até mesmo nos palcos - quando suas acrobacias já não forem incensadas e o circo da mídia em torno da artista for desarmado para outra reinar no picadeiro.

2 de dezembro de 2008 às 19:01  
Anonymous Anônimo said...

O DVD ganha com o apuro das imagens e da edição. O repertório pessoal de Silvia não é dos mais densos, mas vale. E o dvd é cheio de pequenas coisas como as cenas dela e do ex nas ruas da Europa e do espectador que convidado aceita chupar o dedão da moça. Não é trash, mas passa perto. E ao cantar Walter Franco fica claro que a moça tem talento. Mas, como bem disse Mauro, não dá para saber se ela continuará no centro do picadeiro depois que terminar o número do bambole. Mas, vale.
O som do cd que vem junto da edição combo (cd/dvd) não soa muito bem, mas o dvd é massa, é divertido e vai além de uma nova cantora. É diveritmento, com poucas contra-indicações.

2 de dezembro de 2008 às 19:33  
Anonymous Anônimo said...

Sinceramente, de tanto ouvir falar fui buscar uns vídeos dessa moça no YouTube pra assistir. De fato ela até que canta direitinho. Mas eu acho MUITO SUSPEITO quando maior atração no show de uma cantora é ela sentar num balanço e rodar bambolê enquanto fuma charuto. Acho tão apelativo e sem futuro quanto a cantora gostosa que canta rebolando (Gretchen) ou a que faz cover de sucessos estrangeiros (Danny Carlos). O foco de uma cantora tem que ser seu trabalho musical. O misancene é uma consequencia. Por isso é que acho que, diferente de Roberta Sá, Teresa Cristina, Fabiana Cozza, Céu ou Mariana Aydar, Sílvia Machete vai passar como uma nuvem. E nem vai ser nuvem de dia de chuva. Vai ser daquelas de dias de sol, que passa e nem molha ninguém.

2 de dezembro de 2008 às 19:34  
Anonymous Anônimo said...

Sinceramente, acho tudo muito over.

2 de dezembro de 2008 às 20:50  
Anonymous Anônimo said...

O foco de um cantor tem que ser a voz. Mas, o que seria do showbiz sem Mick Jagger, Ney Matogrosso, Hendrix (que também era o craque de fazer algo além de cantar e tocar guitarra) e Madonna e Michael Jacson ? Todos tem talento, gostemos ou não. E são mais que cantores. Mesmo correndo o risco do ridicuilo e do apelativo, deixemos, pelo menos por agora, a moça rodar bambole, fumar charuto e se apresentar de calçola... Vale o show

2 de dezembro de 2008 às 21:04  
Anonymous Anônimo said...

Muita presepada e pouca música...

3 de dezembro de 2008 às 10:37  
Anonymous Anônimo said...

Tem presepada sim. Mas, daí a dizer que tem pouca música é preconceito puro. O anônimo que falou isso nem deve ter ouvido nada, nem do youtube.
É circo sim, mas tem o seu talento.
Anonimo reincidente.

3 de dezembro de 2008 às 12:27  
Anonymous Anônimo said...

Bem...

Eu para comentar, sempre escuto e vejo antes. Eu escutei algumas músicas e vi alguns vídeos no Youtube da Silvia Machete. Ela até foi a um programa na rádio USP, apresentado por um amigo meu que é fã dela.

Mesmo assim, sinceramente, para o meu gosto, ela não tem muito a acrescentar musicalmente.

Me causa surpresa todo o investimento financeiro que ela está recebendo. Mais uma vez, cada vez mais entendo menos o funcionamento dessa indústria musical brasileira, enquanto vários artistas, tão ou mais interessantes do que ela, estão à margem... Os próprios Edu Krieger e Nina Becker, por exemplo...

abração,
Denilson

3 de dezembro de 2008 às 14:24  
Anonymous Anônimo said...

Ney, Mick, Madonna e Michael eram (são) performáticos sim. Mas a música que fazem vem antes. Sempre foi. A performance deles é a cereja do bolo.

A moça em questão faz mais malabarismo que qualquer coisa. e se não fizer, não se destaca entre as outras.

3 de dezembro de 2008 às 18:33  
Anonymous Anônimo said...

Sempre Denilson, a voz sensata....
Eu gostei das presepadas da SM e do trabalho, mas também acho que o investimento é muito grande e me pergunto porque outros artistas não tem esse tratamento das majors. Independente tem luxo quando pode, quando não pode usa até papel de pão para fazer capinha, o que prima é o som...
Espaço para todos. Para SM. Mas, que não dá para entender por que ela tem esse espaço e outros artistas como o Kriger não tem. O Kriger é tudo de bom. O cara tem que fazer um disco convidando tudo que é cantora fã e dividir. Vai ser o Bicho.
abs

4 de dezembro de 2008 às 13:44  
Anonymous Anônimo said...

Pois eu acho que o Edu Krieger tem mais é que continuar a trilhar o caminho em que ele já está, ou seja, compondo lindas canções, sendo gravado por metade da nova MPB (inclusive a Silvia Machete, de cujo trabalho eu gosto), fazendo ótimos CDs como o primeiro que ele lançou pela Biscoito Fino e se apresentando em shows bacanas, como o que eu vi dele ao lado do também maravilhoso Rodrigo Maranhão. Tenho medo de que um dia o Krieger entre num desses esquemas de majors e comece a virar um Vercilo da vida. Deus queira que não!

4 de dezembro de 2008 às 18:38  
Anonymous Anônimo said...

Krieger é Krieger e dividir com cantoras seu espaço só realçaria o que ele é. O primeiro disco foi relançado pela BF depois dele já ter trabalhado muito pelo disco. Ou seja um outro disco, com o auxilio de cantoras , pela mesma BF só ressaltaria o que ele é.
Quanto ao Jorge Vercilo minha cara Dininha, há quem goste mais do que a gente (eu até gosto de algumas coisas dele) e cada um é cada um.
Sucesso faz bem. É como água ou alcool. Como diria um amigo meu, para quem não sabe beber, até água faz mal. E Krieger sabe beber e merece o sucesso. E pode ser com SM a roboque, assim como Maria Rita, Roberta Sá, Marginália e outras mais.
Krieger , assim como Hollywood, no tempo que cigarro era status : ao sucesso !

4 de dezembro de 2008 às 21:08  
Anonymous Anônimo said...

Onde que tá armado esse circo da mídia em torno da Sílvia Machete? Sim, porque aqui em Minas não se ouve falar dela, nem se encontra nada dela pra comprar, nem se toca em rádio nem em TV... Mania de críticos cariocas acharem que o Brasil se resume ao Rio de Janeiro... circo da mídia tem outras cantoras aí há mais tempo que pagam altos jabás pra tocarem em rádios e novelas...

5 de dezembro de 2008 às 17:04  
Anonymous Anônimo said...

Quem bom o blog ser interplanetário. Sabemos que SM não tem a força que pensávamos fora do eixoo Rio- SP. Por outro lado, Erika Machado, a afilhada do Pato Fu, que é uma graça, e tem umas músicas bem interessantes (apesar do tom adolescente)e uma postura sem estrelismo.
No site, bem construído, dela podemos ver que há sempre algo para se descobrirhttp://www.erikamachado.com.br/

6 de dezembro de 2008 às 17:25  

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