2 de dezembro de 2008

Jóias do baú de Dylan dão brilho a álbum duplo

Resenha de CD
Título: Tell Tale Signs
- Rare and Unreleased
1989 - 2006
Artista: Bob Dylan
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * * * * 1/2

Houve tempo em que a ação rala dos fabricantes de discos piratas nada tinha a ver com a atividade criminosa que vem corroendo a indústria fonográfica ao longo dos anos 2000. Naquela época, os discos piratas, ou bootlegs, apresentavam gravações extra-oficiais de artistas como Bob Dylan, aliás um dos alvos preferidos dessa indústria artesanal da pirataria desde o fim dos anos 60. Foi por isso que, em 1991, Dylan criou a The Bootleg Series para ele próprio comercializar as jóias raras de seu baú. Tell Tale Signs é o recém-lançado oitavo volume da série. E um dos melhores, diga-se, pois compreende um período (1989-2006) em que o compositor voltou a exibir o brilho que parecia ter perdido ao longo dos anos 80. Dylan não se reinventou ou se modernizou, mas (re)encontrou novamente o ponto exato de sua cortante mistura de rock, folk, country e blues. No caso, já basta...

No Brasil, Tell Tale Signs chega às lojas na forma de álbum duplo (no exterior, a edição é tripla) que totaliza 27 fonogramas, entre registros ao vivo, takes alternativos e sobras inéditas dos álbuns Oh, Mercy (1989), Time out of Mind (1997), Love and Theft (2001) e Modern Times (2006). Os três últimos, em especial, formaram vigorosa trilogia na discografia de Dylan. Levando-se em conta de que o material adicional apresentado em Tell Tales Signs é de alta qualidade, o álbum duplo se torna essencial para fãs do bardo. Inclusive pelo fato de o álbum vir com libreto colorido de 62 páginas, turbinado com fotos e textos, que detalha a origem de cada fonograma. Músicas como Red River Shore, sobra do CD Time out of Mind, estão à altura da obra de Dylan, não podendo jamais serem consideradas restos de valor apenas documental. A raspa do tacho resultou num disco valioso.

1 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Houve tempo em que a ação rala dos fabricantes de discos piratas nada tinha a ver com a atividade criminosa que vem corroendo a indústria fonográfica ao longo dos anos 2000. Naquela época, os discos piratas, ou bootlegs, apresentavam gravações extra-oficiais de artistas como Bob Dylan, aliás um dos alvos preferidos dessa indústria artesanal da pirataria desde o fim dos anos 60. Foi por isso que, em 1991, Dylan criou a The Bootleg Series para ele próprio comercializar as jóias raras de seu baú. Tell Tale Signs é o recém-lançado oitavo volume da série. E um dos melhores, diga-se, pois compreende um período (1989-2006) em que o compositor voltou a exibir o brilho que parecia ter perdido ao longo dos anos 80. Dylan não se reinventou ou se modernizou, mas (re)encontrou novamente o ponto exato de sua cortante mistura de rock, folk, country e blues. No caso, já basta...

No Brasil, Tell Tale Signs chega às lojas na forma de álbum duplo (no exterior, a edição é tripla) que totaliza 27 fonogramas, entre registros ao vivo, takes alternativos e sobras inéditas dos álbuns Oh, Mercy (1989), Time out of Mind (1997), Love and Theft (2001) e Modern Times (2006). Os três últimos, em especial, formaram vigorosa trilogia na discografia de Dylan. Levando-se em conta de que o material adicional apresentado em Tell Tales Signs é de alta qualidade, o álbum duplo se torna essencial para fãs do bardo. Inclusive pelo fato de o álbum vir com libreto colorido de 62 páginas, turbinado com fotos e textos, que detalha a origem de cada fonograma. Músicas como Red River Shore, sobra do CD Time out of Mind, estão à altura da obra de Dylan, não podendo jamais serem consideradas restos de valor apenas documental. A raspa do tacho resultou num disco valioso.

2 de dezembro de 2008 às 08:52  

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