30 de novembro de 2008

O último desbunde dos baianos chega ao DVD

Resenha de DVD
Título: Os Doces
Bárbaros
Artistas: Caetano Veloso,

Gal Costa, Gilberto Gil e
Maria Bethânia
Direção: Jom Tob Azulay
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

Trinta anos depois da estréia nos cinemas, em 1978, o filme Os Doces Bárbaros ganha edição em DVD. Mais do que um documento da turnê do grupo que reuniu em 1976 (e não em 1978, como erra o texto exposto na contracapa do DVD) o fantástico quarteto baiano formado por Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia, Os Doces Bárbaros é um retrato sócio-político da cultura dos anos 70 - como bem resssalta o diretor Jom Tob Azulay na entrevista feita neste ano de 2008 para ser exibida nos extras do DVD. Restaurado para exibição nos cinemas em 2004, o filme chega ao vídeo digital no seu formato integral - com as cenas vetadas pela censura da época - e com imagens adicionais (sobretudo flagrantes de camarim) nos tais extras. Analisado sob a espiral do tempo, o filme ganha especial importância por documentar o último momento de desbunde vivido pelos baianos. Na seqüência, os quatro viveriam as fases mais bem-sucedidas (do ponto de vista comercial) de suas carreiras, já mais acomodados aos esquemas convencionais da indústria fonográfica. Contudo, logo no começo do filme, o próprio Caetano faz questão de desmistificar qualquer aura revolucionária em torno da formação do grupo, cuja reunião em si é, nas suas palavras, um "fato simplícimo". Definições à parte, o DVD perpetua um momento em que os quatro baianos uniram forças e vozes - vigorosos, harmonizados, integrados. Como provam números coletivos como Os Mais Doces Bárbaros e São João, Xangô Menino. De qualquer forma, ao documentar a prisão e o julgamento hilário de Gilberto Gil (fisgado pela polícia em Florianópolis - SC por porte de maconha), o filme adquire um caráter quase sociológico. E é essa abordagem extra-musical que somente ganha importância com o passar dos anos por conta das cenas quase tragicômicas que enfocam um artista militante da contracultura no momento exato de seu enquadramento pelo sistema opressor da época. Entre outros retratos da época, Os Doces Bárbaros expõe a personalidade altiva de Bethânia, transparente no jogo de gato e rato vencido pela intérprete ao conceder entrevista no camarim a um jornalista mais inquisidor. Por ser perene documento de sua época, o filme (ainda) é bárbaro.

56 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Trinta anos depois da estréia nos cinemas, em 1978, o filme Os Doces Bárbaros ganha edição em DVD. Mais do que documentar a turnê do grupo que reuniu em 1976 (e não em 1978, como erra o texto exposto na contracapa do DVD) o fantástico quarteto baiano formado por Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia, Os Doces Bárbaros é um retrato sócio-político da cultura dos anos 70 - como bem resssalta o diretor Jom Tob Azulay na entrevista feita neste ano de 2008 para ser exibida nos extras do DVD. Restaurado para exibição nos cinemas em 2004, o filme chega ao vídeo digital no seu formato integral - com as cenas vetadas pela censura da época - e com imagens adicionais (sobretudo flagrantes de camarim) nos tais extras. Analisado sob a espiral do tempo, o filme ganha importância por documentar o último momento de desbunde vivido pelos baianos. Na seqüência, os quatro viveriam as fases mais bem-sucedidas (do ponto de vista comercial) de suas carreiras, já mais acomodados aos esquemas convencionais da indústria fonográfica. Contudo, logo no começo do filme, o próprio Caetano faz questão de desmistificar qualquer aura revolucionária em torno da formação do grupo, cuja reunião em si é, nas suas palavras, um "fato simplícimo". Definições à parte, o DVD perpetua um momento em que os quatro baianos uniram forças e vozes - vigorosos, harmonizados, integrados. Como provam números coletivos como Os Mais Doces Bárbaros e São João, Xangô Menino. De qualquer forma, ao documentar a prisão e o julgamento hilário de Gilberto Gil (fisgado pela polícia em Florianópolis - SC por porte de maconha), o filme adquire um caráter quase sociológico. E é essa abordagem extra-musical que somente ganha importância com o passar dos anos por conta das cenas quase tragicômicas que enfocam um artista militante da contracultura no momento exato de seu enquadramento pelo sistema opressor da época. Entre outros retratos da época, Os Doces Bárbaros expõe a personalidade altiva de Bethânia, transparente no jogo de gato e rato vencido pela intérprete ao conceder entrevista no camarim a um jornalista mais inquisidor. Por ser perene documento de sua época, o filme (ainda) é bárbaro.

30 de novembro de 2008 às 19:20  
Anonymous Anônimo said...

Aviso aos navegantes:

Só para fãs - como eu, por exemplo.
É DOCUMENTÁRIO. Tem poucas músicas inteiras, sem interrupções ou que não sirvam de pano-de-fundo para alguma entrevista, bastidores ou ensaios do show.
Depois não reclamem.
Abraços.

30 de novembro de 2008 às 20:17  
Anonymous Anônimo said...

Vi o filme numa versão pirata e vou comprar agora o DVD.
Fiquei chapado com a delicadeza (ou temperamento político??) de Gil, no aeroporto do Rio, solícito com a imprensa, parcimonioso, paciente, etc e tal. E o 'bota fora' da Bethania naquele repórter babacão, seguido de sua interpretação raivosa e rascante de Um Indio é apenas fantástico.
Gal cantando 'da cor do azeviche...' tb é antológico.
O quarteto interpretando Atiraste Uma Pedra é DI-VI-NO!!!!!!!

30 de novembro de 2008 às 21:30  
Anonymous Anônimo said...

Bons tempos... todos magrinhos e com tesão na arte de cantar. Hoje o que encontramos é um Caetano achando que ainda tem 20 anos , uma Gal burocrática, um Gil sem voz e uma Bethânia que se repete a cada trabalho, com outros nomes, mas se repetindo...

30 de novembro de 2008 às 21:40  
Anonymous Anônimo said...

Eu vi nos cinemas e adorei, é muito lindo, eles jovens, magros, soltos no palco, uma beleza! Sobre a entrevista da Bethânia, sinceramente eu achei que ela tratou muito mal o reporter, ela foi quase agressiva, isso só contribue para a fama que ela ja tem de antipatica, uma pena! Poderiam ter cortado essa entrevista do filme!

30 de novembro de 2008 às 21:48  
Anonymous Anônimo said...

Interessante ressaltar a presença de Dona Mariah,mãe de Gal, nos extras do dvd

1 de dezembro de 2008 às 00:11  
Anonymous Anônimo said...

Não acho que deveriam ter cortado... Maria Bethânia é agressiva, não é nada suave como alguns pensam.

1 de dezembro de 2008 às 04:54  
Anonymous Anônimo said...

MB é agressiva mesmo mas o repórter era muito babaquinha. Este é um dos pontos altos do DVD. Foi a primeira vez que se viu MB com o cabelo preso. E a sequência com aquela interpretação visceral de Um Índio é dilacerante.
Gal tb está uma delícia. Leve, desencanada, e com aquele cristal na garganta...

1 de dezembro de 2008 às 07:30  
Anonymous Anônimo said...

Bethânia não foi agressiva com o repórter apenas respondeu no tom acertado para a pergunta idiota que o reporter insistia em fazer. Não esqueçam que a entrevista ocorreu em 1976, em um estado autoritário, com cerceamento e patrulhamento ideológico e com alguns integrantes da imprensa supondo que poderiam constranger artistas. Bethânia foi enfática, verdadeira e maravilhosa, como sempre. Um índio é deslumbrante e a sequência tem tudo a ver. Bethânia continua magrinha, sensual e lançando um trabalho maravilhoso após outro.
Que Deus continue sempre a protege-la.
Obrigada Biscoito Fino por mais esse presente lindo.
A pergunta que não quer calar: não dá para lançar o DVD Dentro do mar agora no Natal?
Adélia Caldas
Niterói - Rio de Janeiro

1 de dezembro de 2008 às 09:20  
Anonymous Anônimo said...

1976: Todos vivíssimos.

1 de dezembro de 2008 às 11:13  
Anonymous Anônimo said...

Esse documentário é fantástico.

Vi no cinema na época de seu relançamenteo e, desde então, fiquei ansiando por sua disponibilização em DVD.

Difícil dizer quais os melhores momentos. Alguns deles, na minha opinião: Bethânia respondendo brilhantemente às perguntas imbecis do repórter, Bethânia incendiando na interpretação antológica de "Um Índio", Gal linda como nunca cantando "O Seu Amor" e "Eu Te Amo", Gil corajosamente assumindo ser usuário de maconha diante de um julgamento hilário de tão ridículo, Gil cantando "Quando" em uma versão arrasadora, Caetano e Gil cantando "Chuck Berry Fields Forever"...

De qualquer forma, é um retrato muito representativo daquela época, dos bastidores de um show (lindo o momento em que Gal e Bethânia tentam animar os músicos e os técnicos arrasados pela prisão do Gil e de um dos músicos) e de uma fase muito criativa dos quatro artistas.

Emocionante!

abração,
Denilson

1 de dezembro de 2008 às 11:43  
Anonymous Anônimo said...

Vi no cinema. Realmente incrível! Gal e Bethânia no auge da voz. Todos os quatro ainda com o vigor da juventude e com tesão em cantar, como disse o anônimo das 9:40.
A entrevista da Bethânia deveria entrar sim, porque não? Só pra satisfazer os fãs q gostam de imaginar q ela é um poço de simpatia e delicadeza?
Se não me engano, ela já apareceu com o cabelo preso no show Opinião, em 1965. Não foi nessa entrevista a primeira vez...

1 de dezembro de 2008 às 12:04  
Anonymous Anônimo said...

Doces Bárbaros é uma coisa mara!

1 de dezembro de 2008 às 12:19  
Anonymous Anônimo said...

O filme é histórico, só isso já justifica o seu valor.
Passado tanto tempo, o auge daquela época foi o Doces Bárbaros, mas hoje Bethânia está no auge real do seu canto, assim como Caetano. Gal preguiçosa parece que prefere o ostracismo mesmo com a voz que tem. Só Gil sofreu a ação real do tempo - pelo menos na voz.

1 de dezembro de 2008 às 13:25  
Anonymous Anônimo said...

Gal e Bethânia não estavam no auge da voz nesse especial não. Gal só teve seu auge na época do Sorriso do gato de Alice e Bethânia só vem melhorando, mas na época do Mel ela estava sublime!!!

1 de dezembro de 2008 às 13:49  
Anonymous Anônimo said...

Todos sao maravilhosos..e esta onda de super valorizar Maria Bethania e denegrir Gal Costa e a visceridade de Caetano e de Gil nao ta com nada...burrice!!!

Gal esta DESLUMBRANTE e ainda mantem leveza, delicadezas intactas e o cristal pode estar um pouco arranhado mas ela canta muito mais do que milhoes de cantoras brasileiras.

1 de dezembro de 2008 às 14:00  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo das 1:49, eu prefiro Gal e Bethânia com as vozes desse período, mais potentes. Pra mim, o auge vocal delas começou exatamente aí, e se estendeu por mais alguns anos.

1 de dezembro de 2008 às 14:31  
Anonymous Anônimo said...

Bethania é irascível, qual a novidade? Ali estava no auge de seus arroubos e eletrizava com sua presença andrógina.
Gal igualmente deslumbrante, já ali a maior cantora brasileira moderna.
Os meninos irreverentes, iconoclastas, um luxo só.
As roupas, menino, o que era aquilo?
A cara daqueles anos. Morri de saudade. E amei.
Destaque: Um Índio. GELEI!

1 de dezembro de 2008 às 16:05  
Anonymous Anônimo said...

O problema de Gal não é o cristal arranhado. O problema é a burocratização total do seu canto, que já foi mais emocionante, surpreendente, eletrizante, comovente e vital. Infelizmente ele se deitou em berço esplêndido e passou a viver somente de Aquarela do Brasil e músicas do (genial) Jobim. Acorda, Gal!!! Você faz muita falta.

Marcos

1 de dezembro de 2008 às 17:13  
Anonymous Anônimo said...

Os baianos horrorizaram meeeesmo. Tinham ATITUDE, matéria em falta no mercado. Nenhum melhor que o outro. 4 expoentes da melhor manifestação artística do país.
E todos evoluíram como cantores. Caetano principalmente. Bethania baixou o tom mas manteve a verve; Gal realizou seu destino de grande cantora internacional e Gil se consolidou como o grande músico que nos encanta a todos.

4 cavaleiros-do-após-calipso. Bravos!

1 de dezembro de 2008 às 17:49  
Anonymous Anônimo said...

Em questão de talento musical acho que os 4 continuam em plena forma, dando aula a muita novidade por aí.
A "Abelha Rainha" continua Rainha;
"Gal Fatal" ainda mantém agudos e postura que a torna digna de gravar um CD/DVD só com obras de Tom Jobim (o que já não concordo quando Caetano e Roberto Carlos se atrevem);
Caetano continua compondo - e bem -sem parar, bem diferente de outros de sua geração que andam meio preguiçosos;
Gil foi e continua sendo o cérebro "eletrônico" do grupo(posto que Caetano tenta tomar, mas que não dá).
Quanto a outras posturas não musicais, vale o entendimento de cada um. MAS COM ESSES QUATRO O QUE ME INTERESSA É MÚSICA! Só Caetano é quem deveria deixar de tentar ser o "Lobão da MPB". Gastar o tempo que fala "pra chuchu" nos presenteando com mais música.

1 de dezembro de 2008 às 19:01  
Anonymous Anônimo said...

concordo com o marcos. lamentando. caetano e gil nao me falam de perto mas gal e bethania acho maravilhosas (gal, com ressalvas).
o dvd é bem bacana.

1 de dezembro de 2008 às 19:13  
Anonymous Anônimo said...

Quisera eu ter o 'cristal arranhado' da Gal Costa. A baiana ainda manda muito bem e tem agenda agitada pelos 4 cantos do mundo que a reverenciam como grande Diva da música.

1 de dezembro de 2008 às 20:37  
Anonymous Anônimo said...

Eu comprei o DVD e recomendo, pois É MUITO BOM! Gal está lindíssima, com pernas de fora e cantando muito! Gil está mais louco do que nunca, pulando, saltitando com uma roupa estranhíssima, e a parte do interrogatório dele é impagável! Caetano é dos quatro o que mais fala, nas coletivas, sempre ele explicando tudo, enfim ele é o grande líder. Já Bethânia como sempre brilha, ela está poderosíssima no filme, ela dá uma entrevista com respostas desaforadas pra um reporter chato e ela cantando UM ÍNDIO totalmente dramática olhando pra cima, como se estivesse se oferecendo aos deuses, abrindo os braços e berrando!

É o DVD do ano! Os quatro estão lindos, magros, desafiadores, coloridos, cheios de cordões e patuás, esbanjando talento!

1 de dezembro de 2008 às 21:21  
Anonymous Anônimo said...

personalidade altiva de maria bethânia?? voce foi bondoso mauro, poderia ter dito personalidade DIFICIL e INTOLERANTE de bethânia! ela parece que deu uma entrevista não querendo dar, vai entender?????

1 de dezembro de 2008 às 21:28  
Anonymous Anônimo said...

Gostei imenso dos quatro interpretando Atiraste uma Pedra, e dos ensaios onde Betânia tenta cantar - sem conseguir - Janelas Abertas.
Dos solos, amei Um Indio e Eu Te Amo. Além do encontro charmozérrimo das duas em Esotérico.

1 de dezembro de 2008 às 22:06  
Anonymous Anônimo said...

pelos comentários postado, fiquei interessando em assistir a esse dvd.
mas queria deixar minha opinião a respeito da postura da bethania.
acredito que toda essa raiva deve ser atribuiída ao contexto da época, acho que os artistas da decada de 60 e 70 eram mais raivosos exitia uma certa angustia pelo momento em que o pais vivia.
hoje em dia, ivetes, claudias e outra cantoras podem ser simpáticas, afinal vivemos um momento de culto as celebridades, de fantasias. hoje em dia, um artistas para conseguir algum espaço na midia, precisa provocar polêmica, como( infelizmente) fez mariana recentemente.
é tudo nojento e falso e descartável.
por isso mesmo eu bato palmas de pé para a antipatia verdadeira de bethania, pela postura de marisa monte, pela serieade de gil, gal e caetano.

ps. mauro hoje é o dia do samba e até agora vc não postou as criticas sobre os sambas enredos, to doido pra ler.
um abraço

memoria_pele@hotmail.com

2 de dezembro de 2008 às 08:41  
Anonymous Anônimo said...

Adoro esse lado Iansã de Bethânia...ou vc pisa devagarinho ou o santo desce e sai de baixo!
Salve abelha!

2 de dezembro de 2008 às 10:23  
Anonymous Anônimo said...

Assisti ao show e aquilo deu um up em minha vida.
Saí dali decidido a dar uma reforma geral e fui ao meu encontro.
Acabo de festejar meus fifty em ótima forma, a cabeça arejadíssima, com a paz de espírito possível, 2 filhos decentes, e uma boa parte destas conquistas devo a esta geração de 'bandeirantes' da arte brasileira.
Estes quatro realmente têm dito a que vieram. Mal sabia eu que aquilo era só o começo.
Aplausos e reverências.

2 de dezembro de 2008 às 10:27  
Anonymous Anônimo said...

Vou contar uma estorinha: assisti o DVD na casa de amigos, grupo legal, gente que assistiu ao show, já tinha visto o filme no cinema na época, gente jovem, que nunca tinha assistido, comentários sobre o figurino, uns gostam, outros não, na hora da entrevista da Bethânia, incômodo na nossa platéia, garotada reclamando, mas que reporter pentelho, quando Bethânia coloca aquele idiota em seu devido lugar: urra geral, valeu!, pára, volta! Resumo da ópera: adoraram, vibraram.
Grande Bethânia!
Fernando (Rio)

2 de dezembro de 2008 às 11:04  
Anonymous Anônimo said...

galera, a MARIA BETHÂNIA é uma Diva e por isso mesmo faz parte do comportamento dela essa coisa temperamental, exagerada e antipática.. isso faz parte do mito que tornou ela essa divindade poderosíssima que ela é, pois ela pode tudo! Poucas podem! Viva a Rainha!

2 de dezembro de 2008 às 14:02  
Anonymous Anônimo said...

Maria Bethania é Diva e pode tudo!!!

2 de dezembro de 2008 às 14:05  
Anonymous Anônimo said...

Isso de "diva" e "pode tudo" é demais......
Maria Bethânia é uma grande artista, e uma das maiores cantoras do Brasil. O resto é fanatismo cego.

2 de dezembro de 2008 às 15:51  
Anonymous Anônimo said...

NINGUÉM, nem mesmo a maravilhosa Maria Bethânia, pode tudo.

O DVD é realmente interessantíssimo. Um documentário que é a cara de seu tempo. Das tomadas ao som, performance dos artistas e a papagaiada da prisão de Gil
Nas cenas na delagacia achei que tinha voltado ao Bem Amado. Hilário. Patético.

2 de dezembro de 2008 às 16:33  
Anonymous Anônimo said...

Tia Bethânia estava longe de seu auge como artista. Em relação a tudo...voz, repertório... Gal, idem. Seu cristal ainda estava longe de ser refinado como em Aquarela do Brasil e Mina D´água!

2 de dezembro de 2008 às 17:56  
Anonymous Anônimo said...

Em 1976, a meu ver, Gal inaugurava a maturidade VOCAL q se manteve por vários anos. O disco "Gal Canta Caymmi" mostra isso. Em músicas como "Canoeiro" e "Festa de Rua", o cristal já está pleno. Nesse documentário, "Eu Te Amo" também não deixa dúvidas.
Bethânia já estava com a voz mais solta do que pouco tempo antes, e com uma potência q hoje em dia se reduziu bastante. Além da força dramática, q também foi amenizada com o passar dos anos.
Mas isso são opiniões pessoais. Pra mim, essa fase (segunda metade dos anos 70/começo dos 80) é, sem sombra de dúvidas, a melhor de Gal e Bethânia.

2 de dezembro de 2008 às 21:57  
Anonymous Anônimo said...

concordo com o léo. ali bethania estava no auge de sua performance pujante, e gal já brilhava como uma grande voz. ambas esmaeceram (é natural).
o filme continua bárbaro. os doces, nem tanto.

2 de dezembro de 2008 às 23:56  
Anonymous Anônimo said...

Cristal pleno e maturidade vocal, Gal só conseguiu após Gal Tropical em 1980. E a potência de Maria Bethânia só tem aumentado, o que tem diminuido um pouco são os exageros nas interpretações. Há quem goste de coisas over, eu não...

3 de dezembro de 2008 às 00:37  
Anonymous Anônimo said...

Para meu gosto Bethânia ficou sussurrante (rural e romântica) demais. Tb achava aquele tom um tanto over, mas ela baixou em excesso. O mesmo se deu com Elba.
Gal, apesar de excelente cantora, realmente 'burocratizou' seu canto, como disse alguém aqui mesmo.
Caetano, excelente compositor, nunca me convenceu como cantor.
E Gil lançou um CD anacrônico e gostosinho, há pouco.
Desta galera quem mantém mesmo o pique é o Ney Matogrosso. Vi há pouco seu Inclassificáveis e o cara continua mandando muito.

3 de dezembro de 2008 às 08:30  
Anonymous Anônimo said...

Para estes nossos tempos de calça jeans e camisetinha branca básica, é tudo over à beça neste DVD. Mas estes moços não vieram para seguir moda e sim fazer a moda. Ditar a nova (des)ordem.
Achei um manifesto espetacular de liberdade, inteligência, estética e estilo.
Me impressionaram a juba fantástica da Gal, a figura indomável da Bethania e aquelas piruetas "mico de circo" de Gil e Caetano. Êta galera marrenta!!!!!!!!!

3 de dezembro de 2008 às 12:23  
Anonymous Anônimo said...

Foi daí que surgiu muita gente... Essa é a base de tudo que se tem hoje. Claro que a outra metade da base é a galera sensacional , também, da Bossa Nova.
Leila Pinheiro, Lenine, Celso Fonseca, Roberta Sá, enfim...todos beberam nessas fontes!

3 de dezembro de 2008 às 16:49  
Anonymous Anônimo said...

JO TAPETES, Bethania é Diva mas não é por isso que ganhou o direito de instaurar o depotismo de volta, ok? Nem acho que seja o caso da tal entrevista. Enquanto o tal jornalista era apenas inexpressivo nas perguntas, ela respondeu normalmente; foi só quando ele insistiu em detalhes de sua vida particular (mesmo que por vias tortas)foi que a baiana berrou pra subir.
E, convenhamos, a sequencia seguinte com Um Indio é de incendiar os galápagos. Delirante. Ajudai-me!

3 de dezembro de 2008 às 18:05  
Anonymous Anônimo said...

Gente alguem sabe me dizer se tem videos deles cantando FE CEGA, FACA AMOLADA?

Como são os númeors nos extras? Os extras são inéditos?

3 de dezembro de 2008 às 19:52  
Anonymous Anônimo said...

Bethânia nessa época não sabia respirar, desafinava e fumava demais. Sua voz potente só veio a realmente a aparecer no começo ddos anos 80. Gal, até o Acústico ainda podia se aventurar nos agudos, que só ela sabia dar. Depois é aquilo que se vê nos dias de hoje. Gil perdeu a voz e Caetano ficou mais afinado e mais intérprete também.

3 de dezembro de 2008 às 20:01  
Blogger Pedro Progresso said...

Já tinha visto no cinema numa das primeiras reestréias das tantas que teve. Comprei, lógico, mas já tinha meu pirata em casa.

Concordo com o Caetano quando ele diz que deveria ter sido gravado em estúdio, o disco seria bem melhor do que é.

O show tem seu astral todo diferenciado, é lindo, jovial, mambembe, barroco.
Elis embarcou nessa de fazer peripécias no palco, como no Falso Brilhante e muita coisa certamente saiu de influência dessa onda dos Doces, que por sua vez também teve uma certa influência dos Novos Baianos.

Mas é lindo mesmo rever essas cenas, os meninos novinhos... Gal e Bethânia fazendo a própria maquiagem. Gil às vezes fazia roadie. Uma simplicidade, uma hiponguice boa... Dessas que só em 76 se tinha.

4 de dezembro de 2008 às 02:10  
Anonymous Anônimo said...

Nesse tb vou dar meu pitaco:
Assisti last night em casa de amigos. Para mim foi uma surpresa descobrir que estes senhores já foram aquilo tudo. Pena que o tempo tornou-os excessivamente doces:
Bethânia virou um clone de Inezita Barroso; Gal, a Angela Maria dos novos (?) tempos (ótima mas ultrapassada), Caetano um eterno teenager extemporâneo, e Gil - quem diria - acabou no Planalto Central.
Temo imaginar o que estaria fazendo Elis Regina se não tivesse sido catapultada para a glória ainda em tempo hábil. Quando ainda era bárbara.

4 de dezembro de 2008 às 08:45  
Anonymous Anônimo said...

Fiquei a fim. Vou conferir depois volto.

4 de dezembro de 2008 às 11:09  
Anonymous Anônimo said...

acho a parte da prisão do gil um saco.
aquela coletiva onde ninguém fala nada com nada, idem.
mas acho irresistível as performances das moças em esotérico, dos 4 em atiraste uma pedra e bethânia solando um indio, com os outros 3 fazendo o coral mais luxuoso da mepebê.

4 de dezembro de 2008 às 16:54  
Anonymous Anônimo said...

"Elis embarcou nessa de fazer peripécias no palco, como no Falso Brilhante e muita coisa certamente saiu de influência dessa onda dos Doces"

O Falso Brilhante estreou em 17/12/1975; ou seja, antes do show dos Doces Bárbaros. E "peripécias" no palco ela já fazia nos shows dirigidos por Mieli & Boscoli, onde chegou a sapatear e se vestir como Carlitos.

4 de dezembro de 2008 às 18:10  
Anonymous Anônimo said...

Estes baianos + Ney Matogrosso + Itamar Assunção + Chico Buarque + outros poucos foram (SÃO) referência para muita gente talentosa e antenada que veio depois deles.

4 de dezembro de 2008 às 21:52  
Anonymous Anônimo said...

Tenho uma cópia pirata (que vergonha!) e assisto com o controle na mão.
Páro nos ensaios, no Esotérico, no Pássaro Proibido, Eu Te Amo, e, evidente, em Um Indio, interpretação visceral e colorida como o figurino da turma.

5 de dezembro de 2008 às 07:13  
Blogger Pedro Progresso said...

E isso era péssimo com ela não é Léo?

5 de dezembro de 2008 às 12:03  
Anonymous Anônimo said...

Pedro, não diria péssimo... mas particularmente não acredito q tenha sido o melhor momento dela enquanto show.
Mas enfim, acho q todo artista passa por momentos desse tipo, de gosto meio discutível... Bethânia, no show "Estranha Forma de Vida", terminava uma música atirando um buquê de noiva para a platéia. E Gal, no "Fantasia", aparecia carregada nos ombros de 2 bailarinos, como numa chanchada.

5 de dezembro de 2008 às 16:50  
Anonymous Anônimo said...

A quantidade de opiniões aqui já diz tudo.
Ou os quatro foram e são MUITO ruins ou MUITO bons...
Alguém se atreve a optar pela primeira alternativa ?
Favor não venham com mais ou menos, NÃO É O CASO AQUI.
Mudemos de assunto, pessoal, estamos parecendo o CAETANO discursando. Olha que a BETHÂNIA pode ficar nervosa, a GAL pode ter um problema na garganta e o GIL pode voltar para o Ministério para "censurar" algumas das muitas bobagens ditas aqui, até esta, quem sabe ?

6 de dezembro de 2008 às 18:56  
Anonymous Anônimo said...

Adoro essa coisa DIVA da Bethânia..

7 de dezembro de 2008 às 17:03  
Blogger MM said...

Teu blog é muito show! abraçao!

31 de março de 2009 às 10:43  

Postar um comentário

<< Home