Filme retrata a paixão implícita que move Glass
Resenha de filme
Título: Philip Glass
- Um Retrato em
Doze Partes
(Glass - A Portrait of
Philip em Twelve Parts.
Austrália, 2007)
Direção: Scott Hicks
Cotação: * * * 1/2
Em exibição no Festival
do Rio 2008
* 8 de outubro (Palácio 2,
às 16h e às 20h)
Na penúltima das 12 partes deste documentário sobre Philip Glass, a ex-mulher do compositor, Holly Glass, afirma que a música é a paixão implícita que move todas as ações do artista. "A música é sua linguagem, sua terapia, seu diálogo, sua comunicação mais refinada", lista Holly. Foi na tentativa de expor no cinema o mecanismo desse motor que impulsiona a vida de Glass que o diretor Scott Hicks filmou o cotidiano do compositor durante 19 meses, a partir de julho de 2005, para retratar em roteiro estruturado em 12 partes, ou movimentos, a dinâmica de trabalho deste artista apaixonado cuja música provoca sentimentos passionais de amor e ódio (o trecho em que Glass lê crítica demolidoras é hilário). Não espere sair do cinema com informações substanciais sobre a trajetória profissional deste compositor que compõe trilhas para filmes e óperas com rara devoção. Philip Glass - Um Retrato em Doze Partes subverte o formato tradicional de documentário, embora tenha depoimentos de nomes como o cineasta Woody Allen a respeito da natureza do trabalho de Philip Glass. "É um processo enervante", confidencia Allen para as câmeras, numa referência à tensão que rege toda criação de trilhas sonoras de filmes com compositores renomados. "Você descobre logo que o cineasta sempre vence (as discussões)", devolve Glass - em fala reveladora.
Mais do que documentar a obra do compositor, o filme propicia um mergulho na mente e num processo de trabalho tão solitário que leva Glass a habitar um universo todo particular cujos códigos somente ele decifra. Por isso mesmo, é sintomática a cena de abertura do documentário, em que Holy Glass apresenta o caótico escritório do artista. Para mergulhar no mundo íntimo de Glass, o espectador precisa ter paciência para saborear a longa seqüência em que ele prepara pizzas para a família enquanto conversa com o diretor. Ou as cenas filmadas no Oriente, aonde Glass aproveitou viagens feitas a trabalho para embarcar numa personalíssima jornada espiritual. Ao mostrar como a música é o combustível que mantém vivo o espírito de Philip Glass, o sagaz diretor Scott Hicks esboça retrato sensível do homem. No caso, o homem é sua obra.
Título: Philip Glass
- Um Retrato em
Doze Partes
(Glass - A Portrait of
Philip em Twelve Parts.
Austrália, 2007)
Direção: Scott Hicks
Cotação: * * * 1/2
Em exibição no Festival
do Rio 2008
* 8 de outubro (Palácio 2,
às 16h e às 20h)
Na penúltima das 12 partes deste documentário sobre Philip Glass, a ex-mulher do compositor, Holly Glass, afirma que a música é a paixão implícita que move todas as ações do artista. "A música é sua linguagem, sua terapia, seu diálogo, sua comunicação mais refinada", lista Holly. Foi na tentativa de expor no cinema o mecanismo desse motor que impulsiona a vida de Glass que o diretor Scott Hicks filmou o cotidiano do compositor durante 19 meses, a partir de julho de 2005, para retratar em roteiro estruturado em 12 partes, ou movimentos, a dinâmica de trabalho deste artista apaixonado cuja música provoca sentimentos passionais de amor e ódio (o trecho em que Glass lê crítica demolidoras é hilário). Não espere sair do cinema com informações substanciais sobre a trajetória profissional deste compositor que compõe trilhas para filmes e óperas com rara devoção. Philip Glass - Um Retrato em Doze Partes subverte o formato tradicional de documentário, embora tenha depoimentos de nomes como o cineasta Woody Allen a respeito da natureza do trabalho de Philip Glass. "É um processo enervante", confidencia Allen para as câmeras, numa referência à tensão que rege toda criação de trilhas sonoras de filmes com compositores renomados. "Você descobre logo que o cineasta sempre vence (as discussões)", devolve Glass - em fala reveladora.
Mais do que documentar a obra do compositor, o filme propicia um mergulho na mente e num processo de trabalho tão solitário que leva Glass a habitar um universo todo particular cujos códigos somente ele decifra. Por isso mesmo, é sintomática a cena de abertura do documentário, em que Holy Glass apresenta o caótico escritório do artista. Para mergulhar no mundo íntimo de Glass, o espectador precisa ter paciência para saborear a longa seqüência em que ele prepara pizzas para a família enquanto conversa com o diretor. Ou as cenas filmadas no Oriente, aonde Glass aproveitou viagens feitas a trabalho para embarcar numa personalíssima jornada espiritual. Ao mostrar como a música é o combustível que mantém vivo o espírito de Philip Glass, o sagaz diretor Scott Hicks esboça retrato sensível do homem. No caso, o homem é sua obra.
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Na penúltima das 12 partes deste documentário sobre Philip Glass, a ex-mulher do compositor, Holly Glass, afirma que a música é a paixão implícita que move todas as ações do artista. "A música é sua linguagem, sua terapia, seu diálogo, sua comunicação mais refinada", lista Holly. Foi na tentativa de expor no cinema o mecanismo desse motor que impulsiona a vida de Glass que o diretor Scott Hicks filmou o cotidiano do compositor durante 19 meses, a partir de julho de 2005, para retratar em roteiro estruturado em 12 partes, ou movimentos, a dinâmica de trabalho deste artista apaixonado cuja música provoca sentimentos passionais de amor e ódio (o trecho em que Glass lê crítica demolidoras é hilário). Não espere sair do cinema com informações substanciais sobre a trajetória profissional deste compositor que compõe trilhas para filmes e óperas com rara devoção. Philip Glass - Um Retrato em Doze Partes subverte o formato tradicional de documentário, embora tenha depoimentos de nomes como o cineasta Woody Allen a respeito da natureza do trabalho de Philip Glass. "É um processo enervante", confidencia Allen para as câmeras, numa referência à tensão que rege toda criação de trilhas sonoras de filmes com compositores renomados. "Você descobre logo que o cineasta sempre vence (as discussões)", devolve Glass - em fala reveladora.
Mais do que documentar a obra do compositor, o filme propicia um mergulho na mente e num processo de trabalho tão solitário que leva Glass a habitar um universo todo particular cujos códigos somente ele decifra. Por isso mesmo, é sintomática a cena de abertura do documentário, em que Holy Glass apresenta o caótico escritório do artista. Para mergulhar no mundo íntimo de Glass, o espectador precisa ter paciência para saborear a longa seqüência em que ele prepara pizzas para a família enquanto conversa com o diretor. Ou as cenas filmadas no Oriente, aonde Glass aproveitou viagens feitas a trabalho para embarcar numa personalíssima jornada espiritual. Ao mostrar como a música é o combustível que mantém vivo o espírito de Philip Glass, o sagaz diretor Scott Hicks esboça retrato sensível do homem. No caso, o homem é sua obra.
Glass fica bem em trilhas sonoras, embora o minimalismo seja repetitivo. A pessoa não precisa prestar muita atenção e aquelas colcheias em 3/4 vão levando a gente. No auge do filme, a música acelera um pouco, fica mais alta, Glass usa umas quiálteras para dar emoção. É sempre a mesma fórmula.
Agora, não estou certo de que aguentaria um concerto inteiro com suas composições.
O conheço, graças a Marisa Monte ...
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