Retrô 2006 - Ro Ro acertou o passo fonográfico
Aos 56 anos, Ângela Ro Ro (foto) se reconciliou, enfim, com a indústria fonográfica em 2006. Além de ter lançado em dezembro seu primeiro DVD (Ângela Ro Ro ao Vivo, de hits), a artista apresentou safra de inéditas no CD Compasso, editado em setembro pela Indie Records, a gravadora que interrompeu o hiato fonográfico de Ro Ro. Muito justo!!!
A voz rouca de Ro Ro já desafinou muito na vida. Compasso foi sua esperança de retomar o passo de carreira que saíra dos trilhos já na metade final dos 80 por conta do temperamento autodestrutivo da compositora - atualmente em fase sadia, mais sóbria, magra e pacífica. Primeiro CD de Ro Ro em seis anos, Compasso não foi trabalho à altura dos álbuns iniciais da artista, mas apagou a má impressão deixada pelo anterior, Acertei no Milênio, de 2000.
Ro Ro apresentou 13 inéditas autorais pautadas pela diversidade rítmica. Em boa forma vocal, a cantora entoou bolero (Arranca Essa Flor!), tema de inspiração bossa-novista (Menti pra Você) e rock (Contagem Regressiva). As surpresas foram o reggae Dá Pé! e a pisada firme no terreno nordestino em Não Adianta - duas faixas que ampliaram o universo musical da autora. E o estilo saudável adotado pela artista transpareceu em boa parte das letras. Mas foi difícil reconhecer nas melodias a compositora sensível, projetada na virada dos anos 70 para os 80. Nesse sentido, a faixa-título e o acalanto Dorme, Sonha foram os únicos resquícios da inspirada fase de escândalos e músicas envolventes que evocavam em lírica melancolia tanto Janis Joplin quanto Maysa. Faltou a melodia...
Ro Ro bem que tentou se juntar a nomes de seu passado. Retomou a parceria com a poeta Ana Terra (a letrista de Amor, meu Grande Amor) na balada Paixão e assinou com Antonio Adolfo (produtor de vários de seus discos) outra balada, Chance de Amar, de ótima estirpe. A razão da irregularidade do repertório de Compasso foi a (oni)presença do tecladista Ricardo Mac Cord, autor de todos os arranjos e parceiro de Ro Ro em sete das 13 faixas. Só que é justo reconhecer que a faixa-título, composta pela dupla, já figura entre os clássicos do repertório de uma artista talentosa a quem - nessa altura da vida - só resta enfim viver bem e em paz consigo mesma.
A voz rouca de Ro Ro já desafinou muito na vida. Compasso foi sua esperança de retomar o passo de carreira que saíra dos trilhos já na metade final dos 80 por conta do temperamento autodestrutivo da compositora - atualmente em fase sadia, mais sóbria, magra e pacífica. Primeiro CD de Ro Ro em seis anos, Compasso não foi trabalho à altura dos álbuns iniciais da artista, mas apagou a má impressão deixada pelo anterior, Acertei no Milênio, de 2000.
Ro Ro apresentou 13 inéditas autorais pautadas pela diversidade rítmica. Em boa forma vocal, a cantora entoou bolero (Arranca Essa Flor!), tema de inspiração bossa-novista (Menti pra Você) e rock (Contagem Regressiva). As surpresas foram o reggae Dá Pé! e a pisada firme no terreno nordestino em Não Adianta - duas faixas que ampliaram o universo musical da autora. E o estilo saudável adotado pela artista transpareceu em boa parte das letras. Mas foi difícil reconhecer nas melodias a compositora sensível, projetada na virada dos anos 70 para os 80. Nesse sentido, a faixa-título e o acalanto Dorme, Sonha foram os únicos resquícios da inspirada fase de escândalos e músicas envolventes que evocavam em lírica melancolia tanto Janis Joplin quanto Maysa. Faltou a melodia...
Ro Ro bem que tentou se juntar a nomes de seu passado. Retomou a parceria com a poeta Ana Terra (a letrista de Amor, meu Grande Amor) na balada Paixão e assinou com Antonio Adolfo (produtor de vários de seus discos) outra balada, Chance de Amar, de ótima estirpe. A razão da irregularidade do repertório de Compasso foi a (oni)presença do tecladista Ricardo Mac Cord, autor de todos os arranjos e parceiro de Ro Ro em sete das 13 faixas. Só que é justo reconhecer que a faixa-título, composta pela dupla, já figura entre os clássicos do repertório de uma artista talentosa a quem - nessa altura da vida - só resta enfim viver bem e em paz consigo mesma.
6 Comments:
é uma sacanagem querer que Rô Rô seja a mesma de seus primeiros LPs.
Pô, Mauro... para com essa conversa de que o Acertei no Milênio deixou má impressão. Foi um disco que não chegou ao grande público, mas que deu o prêmio APCA para a RoRo. Até onde sei, não se trata de um Prêmio Multishow da vida....
Ro Ro nao só acertou o passo como também acertou no disco. A cada audição percebe-se sua maturidade artística. O disco Compasso comprova a evolução da artista. Que venham outros tão bons como este !
PS: Ainda bem que ela escolheu o Ricardo Mac Cord para arranjador, Com tantos outros "sem talento" por aí, ela acertou em cheio ! Para os que não concordam comigo sugiro que OUÇAM o disco de novo.
Louvo a volta de Rorô ao cenário comprei o CD mas algumas excessões à parte achei bem ruinzinho. Sem a verve e o maravilhoso piano de outros tempos.
Gostei muito de ver Angela de volta mas o CD me decepcionou. Tirando a primeira faixa, sobrou muito pouco.
Problema meu. O importante é que uma de nossas mais instigantes compositoras está reaparecendo. E sua voz quente, licorosa, permanece apurada. Aguardarei outros e terei grande prazer em vê-la em show, onde ela atua com maestria.
Mauro cismou com o cd ACERTEI NO MILENIO! O cd é ótimo!! Angela está de volta com toda força! Espero q a mídia de a ela o espaço merecido!
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