Uniforme, Parede cai no suingue afro-brasileiro
Resenha de CD
Título: Ponto Enredo
Artista: Pedro Luís
e a Parede
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * *
Lenine deu belo polimento à Parede solidificada por Pedro Luís. Ponto Enredo é o mais uniforme dos quatro álbuns do grupo carioca e roça o alto nível de Vagabundo, o CD de 2004 dividido com Ney Matogrosso. Não se trata de um disco ortodoxo de samba como fazem supor a escolha equivocada da música de trabalho (Santo Samba, uma das mais fracas da ótima safra de inéditas) e a justa participação de Zeca Pagodinho no envolvente partido alto Ela Tem a Beleza que Nunca Sonhei. Pedro e a Parede partem do samba para cair no suingue afro-brasileiro, mais perceptível na faixa-título, em Mandingo (parceria de Pedro com Roque Ferreira) e em Luz da Nobreza, música de Pedro e Zé Renato que conta com suaves floreios vocais de Roberta Sá. Há inclusive toda uma ambiência roqueira - urdida pelas guitarras de Leo Saad - em Animal (Suely Mesquita e Pedro Luís) e, sobretudo, em Tem Juízo, mas Não Usa (Pedro com Lula Queiroga). Da mesma forma que Cantiga - de melodia construída sobre versos de Manuel Bandeira - navega em águas nordestinas com o suingue metaleiro da Trombonada. Contudo, é inegável que o balanço do samba pontua Ponto Enredo. Seja em 4 Horizontes, deliciosa faixa cantada e e composta por Pedro com o produtor Lenine, seja em Cabô, que apropriadamente encerra o coeso álbum. Aliás, nem fecha, pois há ponto afro escondido ao fim da suposta última faixa.
Título: Ponto Enredo
Artista: Pedro Luís
e a Parede
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * *
Lenine deu belo polimento à Parede solidificada por Pedro Luís. Ponto Enredo é o mais uniforme dos quatro álbuns do grupo carioca e roça o alto nível de Vagabundo, o CD de 2004 dividido com Ney Matogrosso. Não se trata de um disco ortodoxo de samba como fazem supor a escolha equivocada da música de trabalho (Santo Samba, uma das mais fracas da ótima safra de inéditas) e a justa participação de Zeca Pagodinho no envolvente partido alto Ela Tem a Beleza que Nunca Sonhei. Pedro e a Parede partem do samba para cair no suingue afro-brasileiro, mais perceptível na faixa-título, em Mandingo (parceria de Pedro com Roque Ferreira) e em Luz da Nobreza, música de Pedro e Zé Renato que conta com suaves floreios vocais de Roberta Sá. Há inclusive toda uma ambiência roqueira - urdida pelas guitarras de Leo Saad - em Animal (Suely Mesquita e Pedro Luís) e, sobretudo, em Tem Juízo, mas Não Usa (Pedro com Lula Queiroga). Da mesma forma que Cantiga - de melodia construída sobre versos de Manuel Bandeira - navega em águas nordestinas com o suingue metaleiro da Trombonada. Contudo, é inegável que o balanço do samba pontua Ponto Enredo. Seja em 4 Horizontes, deliciosa faixa cantada e e composta por Pedro com o produtor Lenine, seja em Cabô, que apropriadamente encerra o coeso álbum. Aliás, nem fecha, pois há ponto afro escondido ao fim da suposta última faixa.
10 Comments:
Lenine deu belo polimento à Parede solidificada por Pedro Luís. Ponto Enredo é o mais uniforme dos quatro álbuns do grupo carioca e roça o alto nível de Vagabundo, o CD de 2004 dividido com Ney Matogrosso. Não se trata de um disco ortodoxo de samba como fazem supor a escolha equivocada da música de trabalho (Santo Samba, uma das mais fracas da ótima safra de inéditas) e a participação de Zeca Pagodinho no envolvente partido alto Ela Tem a Beleza que Nunca Sonhei. Pedro e a Parede partem do samba para cair no suingue afro-brasileiro, mais perceptível na faixa-título, em Mandingo (parceria de Pedro com Roque Ferreira) e em Luz da Nobreza, música de Pedro e Zé Renato que conta com os floreios vocais de Roberta Sá. Há inclusive toda uma ambiência roqueira - urdida pelas guitarras de Leo Saad - em Animal (Suely Mesquita e Pedro Luís) e, sobretudo, em Tem Juízo, mas Não Usa (Pedro com Lula Queiroga). Da mesma forma que Cantiga - de melodia construída sobre versos de Manuel Bandeira - navega em águas nordestinas com o suingue metaleiro da Trombonada. Contudo, é inegável que o balanço do samba pontua Ponto Enredo. Seja em 4 Horizontes, deliciosa faixa cantada e e composta por Pedro com o produtor Lenine, seja em Cabô, que apropriadamente encerra o coeso álbum. Aliás, nem fecha, pois há ponto afro escondido ao fim da suposta última faixa.
Tô louco pra ouvir esse album e aguardava a resenha do Mauro !
Competência e carater é o que não faltam ao Pedro Luis. No final dos anos 90 a antiga gravadora dele exigiu que ele dispensasse A Parede para construir uma carreira solo. Ele escolheu ficar com a banda e mandou a gravadora pastar ...
Recentemente descobri que até Marisa Monte é fã deles. Sucesso !
Agora, essa capa do cd ....
Ninguém merece !
Mauro "A rosa que me encanta" que foi lançada por Verônica Sabino em 1997 quando Pedro Luis e Rodrigo Maranhão ainda eram ilustres desconhecidos, ficou de fora do cd?
*Perdão... 'Ficou fora', seria o correto.
Lurian
Lurian, duas faixas foram limadas da seleção final, segundo disse Pedro numa entrevista. Uma delas é A Rosa que me Encanta. A outra eu não sei.
Vcs podem ouvir o CD na íntegra em nosso site www.plap.com.br.
Inclusive a faixa "Ponto Enredo" está disponível para download gratuito.
As 2 músicas que ficaram de fora do CD foram "A Rosa que me encanta" e "Orasamba", que em breve estarão disponíveis para download também.
No dia 20/10 faremos a gravação do Palco MPB no Teatro Rival, às 20:00. Contamos com vcs.
Forte abs a todos.
Mário Moura
PLAP | Pedro Luís e A Parede
Obrigado pela informação Jorge. "A rosa que me encanta" já é encantadora com Verônica. Não creio que merecesse uma nova interpretação.
Até Marisa Monte é fãs deles ... como se opinião dela tivesse tanto peso ...
Das coisas lançadas, digamos, nos últimos 6 meses, este CD do PLAP é a melhor coisa que ouvi.
e porque não dizerem que até a Marisa Monte é fã deles, como aval de boa crítica? Afinal, não é à toa que a mesma é reconhecida pelo profundo bom gosto na escolha de seu prórpio repertório.
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