17 de junho de 2009

Em casa, Sandra canta ritmos do 'país tropical'

Resenha de Show
Título: Sete em Ponto
Artista: Sandra de Sá e Orquestra de Violinos Cartola
Petrobrás
Foto: Mauro Ferreira
Local: Teatro Carlos Gomes (RJ)
Data: 16 de junho de 2009
Cotação: * * *

"É tipo em casa", avisou Sandra de Sá, ressaltando a informalidade da apresentação, ao fim de elétrica versão de Não Vou Ficar, o funk de Tim Maia (1942 - 1998) lançado por Roberto Carlos em 1969. O bom astral e a descontração da cantora garantiram bons momentos para o público que foi ao Teatro Carlos Gomes (RJ) na noite de terça-feira, 16 de junho de 2009, para assistir ao show que juntou Sandra à Orquestra de Violinos Cartola Petrobrás no projeto Sete em Ponto. O início bem comportado do show - com Meninos da Mangueira e As Rosas não Falam - jamais faria supor um bloco final tão espontâneo. A ponto de Sandra descer para a platéia e circular por ela - convidando o público a fazer o mesmo - enquanto revivia Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua, marcha de Sérgio Sampaio (1947 - 1994) que culminou com uma citação de Maracatu Atômico. No número seguinte, Olhos Coloridos, alguns integrantes da orquestra juvenil já tinham trocado até o violino pela percussão. No bis, dado com País Tropical (Jorge Ben Jor), o clima de euforia animava parte do público. Que já estava em casa.

A voz de Sandra de Sá perdeu um pouco de volume nos últimos anos, mas conserva intacto seu calor. Mais perceptível quando a equipe técnica ajustou enfim o volume do microfone da cantora, excessivamente baixo em números inusitados como Atração de Turista, fraco samba que fez Sandra ser premiada em festival estudantil, aos 12 anos, por conta da letra escrita sob viés social bissexto na discografia da artista. No show, a propósito, a cantora arriscou músicas diferentes de seu repertório habitual. Eu e a Brisa (Johnny Alf) ganhou suingue atípico por conta do baticum dos músicos da boa banda. Já Que Bloco É Esse? - um das obras-primas do repertório afro-brasileiro - foi pretexto para discurso antiracismo, feito com uma clareza nem sempre presente na interpretação da letra (no início da música, Sandra - empolgada - atropelou alguns versos). No fim, o samba O Morro Não Tem Vez reafirmou o clima descontraído que regeu a caseira apresentação.

8 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

"É tipo em casa", avisou Sandra de Sá, ressaltando a informalidade da apresentação, ao fim de elétrica versão de Não Vou Ficar, o funk de Tim Maia (1942 - 1998) lançado por Roberto Carlos em 1969. O bom astral e a descontração da cantora garantiram bons momentos para o público que foi ao Teatro Carlos Gomes (RJ) na noite de terça-feira, 16 de junho de 2009, para assistir ao show que juntou Sandra à Orquestra de Violinos Cartola Petrobrás no projeto Sete em Ponto. O início bem comportado do show - com Meninos da Mangueira e As Rosas não Falam - jamais faria supor um bloco final tão espontâneo. A ponto de Sandra descer para a platéia e circular por ela - convidando o público a fazer o mesmo - enquanto revivia Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua, marcha de Sérgio Sampaio (1947 - 1994) que culminou com uma citação de Maracatu Atômico. No número seguinte, Olhos Coloridos, alguns integrantes da orquestra juvenil já tinham trocado até o violino pela percussão. No bis, dado com País Tropical (Jorge Ben Jor), o clima de euforia animava parte do público. Que já estava em casa.

A voz de Sandra de Sá perdeu um pouco de volume nos últimos anos, mas conserva intacto seu calor. Mais perceptível quando a equipe técnica ajustou enfim o volume do microfone da cantora, excessivamente baixo em números inusitados como Atração de Turista, fraco samba que fez Sandra ser premiada em festival estudantil, aos 12 anos, por conta da letra escrita sob viés social bissexto na discografia da artista. No show, a propósito, a cantora arriscou músicas diferentes de seu repertório habitual. Eu e a Brisa (Johnny Alf) ganhou suingue atípico por conta do baticum dos músicos da boa banda. Já Que Bloco É Esse? - um das obras-primas do repertório afro-brasileiro - foi pretexto para discurso antiracismo, feito com uma clareza nem sempre presente na interpretação da letra (no início da música, Sandra - empolgada - atropelou alguns versos). No fim, o samba O Morro Não Tem Vez reafirmou o clima descontraído que regeu a caseira apresentação.

17 de junho de 2009 às 17:45  
Anonymous Anônimo said...

Uma tremenda voz que na minha opinião em algum momento se perdeu em algum atalho por aí. Mas mesmo assim ainda merece meus ouvidos e meu bolso. UMA VOZ DESSA NÃO SE IGNORA. Vai sempre haver esperança.

17 de junho de 2009 às 19:25  
Anonymous Anônimo said...

Sandra deveria aprimorar seu repertório e cantar sem gritar tanto. Eu e a Brisa deve ter ficado lindo na voz dessa grande cantora. Sandra ainda nos deve um grande cd com repertório de primeira.

17 de junho de 2009 às 22:15  
Anonymous Anônimo said...

ADORO, SANDRA É MARAVILHOSA E BEM VINDA SEMPRE!!!!

18 de junho de 2009 às 09:40  
Blogger Augusto Martins said...

Salve Mauro! A empatia da Sandra com o público foi impactante. Carisma ela tem de sobra. E o melhor de tudo num show: as pessoas saíram do Calos Gomes mais felizes. Grande abraço,
Augusto Martins
Curador e Diretor Artístico do Sete em ponto

18 de junho de 2009 às 11:45  
Anonymous Anônimo said...

Adoro Sandra,mas realmente as baladas gravadas sem parar a pararam.Que pena!Que saudades dos olhos coloridos...Do cabelo duro...

20 de junho de 2009 às 17:45  
Anonymous Anônimo said...

VOCÊ É SEMPRE MUITO ECONOMICO QUANDO O ASSUNTO É SANDRA DE SÁ EM SEU BLOG MAS TENHO DE CONCORDAR QUE A VOZ DELA NÃO É MAIS A MESMA.

SEI TAMBÉM QUE ELA EMAGRECEU MAIS DE 20 QUILOS E SEU NOVO ALBUM SE CHAMARÁ AFRICANATIVIDADE E SERÁ, SEGUNDO A MESMA UM " CD DE MÚSICA " POIS NÃO TERÁ SÓ UM ESTILO.

SALVE A NOSSA RAINHA DO SOUL!

5 de julho de 2009 às 17:11  
Anonymous VADINHO said...

SALVE A NOSSA RAINHA DO SOUL!(2)

TEM UNS 4 ANOS QUE SANDRINHA ANUNCIA QUE ESTÁ GRAVANDO ESSE NOVO CD ... E ATÉ AGORA NADA!


VADINHO
JAPERI(RJ)

10 de julho de 2009 às 19:15  

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