Performance de Roberta valoriza a noite de Ivan
Resenha de Show
Título: Accenture Performances 2008
Artista: Ivan Lins - com Roberta Sá e New York Voices
Local: Morro da Urca (RJ)
Data: 25 de Novembro de 2008
Foto: Mauro Ferreira
Cotação: * * * 1/2
Em Cartaz no Bourbon Street (SP) em 1º e 2 de dezembro de 2008
Bem no fim do show feito por Ivan Lins na noite de terça-feira, 25 de novembro de 2008, um espectador pediu Madalena - como é lei nas apresentações do compositor. Solícito, o cantor atendeu o pedido - emendando o samba que impulsionou sua carreira em 1970 na voz imortal de Elis Regina (1945 - 1982) com Vitoriosa, outro hit radiofônico de sua vasta obra - e saiu de cena. Talvez Madalena já estivesse mesmo designada para fechar o roteiro. Contudo, Ivan Lins não subiu o Morro da Urca para fazer um show convencional de sucessos, ainda que o motivo da apresentação fosse prestar um tributo ao compositor na 3ª edição do projeto Accenture Performances, idealizado pela empresa Accenture para promover shows inéditos com encontros inusitados (Marcos Valle e Tim Maia foram os homenageados de 2006 e 2007). Por mais que a idéia fosse passar em revista a trajetória de Ivan, tarefa da qual se incumbiu seu filho Cláudio Lins, pontuando cada bloco com textos reforçados por imagens de arquivo projetadas no telão, o compositor reavivou velhos sucessos com novos arranjos. E a participação inspirada de Roberta Sá - convidada do show, assim como o quarteto New York Voices - abrilhantou um show que, ao longo de duas horas e meia, afugentou parte da platéia de convidados por sair do tom requentado com que, em geral, são feitos tais espetáculos-tributos de caráter retrospectivo.
Roberta Sá tinha a difícil função de sintetizar a importância das intérpretes na carreira de Ivan Lins -notadamente, Elis Regina e Simone, as mais assíduas e importantes na propagação da música do compositor. No primeiro de seus seis números, o samba Roda Baiana, Roberta parecia que ia ficar confinada ao seu habitual universo musical, pontuado por sambas buliçosos. Na seqüência, a cantora já cresceu em cena ao encarar Me Deixa em Paz, o samba que Ivan lançou em 1971 no LP Deixa o Trem Seguir e que Elis tomou para si ao regravá-lo no ano seguinte no álbum Elis (1972). E mais e melhor ainda estava por vir: Roberta valorizou a letra magoada de Não Tem Perdão, dirigida aos algozes que oprimiam o Brasil na época (o samba foi composto em 1972 e apresentado por Ivan no festival Phono 73), mas que podia ter leitura meramente romântica - como Roberta ressaltou em cena, lembrando que a inclusão de Não Tem Perdão no roteiro foi sugestão de Cláudio Lins, que acumulou as funções de mestre de cerimônias e diretor de cena do show. Em seguida, Vieste reafirmou a limpidez da emissão vocal da cantora, que apresentou um registro lindo dessa balada de 1986. Mantendo os tons suaves, Roberta mergulhou na poesia romântica de Água Doce, fechando com o samba Porta Entreaberta bloco luminoso, arranjado por Rodrigo Campello, em sintonia com o conceito inusitado do show.
Compositor que bebeu na fonte do jazz e da Bossa Nova, como ressaltou em cena, Ivan Lins construiu obra que alterna lirismo e vivacidade rítmica. Tudo com harmonias que lhe abriram as portas do mercado do jazz nos Estados Unidos. Esse recorte jazzístico ficou evidente já nas passagens instrumentais do bloco que abriu o show, emendando Daquilo que Eu Sei, A Gente Merece Ser Feliz e O Meu País. A bordo de seu piano percussivo, Ivan experimentou tonalidades vocais mais delicadas na abordagem dessas músicas. No todo, esse primeiro bloco - que também teve medley com Novo Tempo e Ô Abre Alas - seguiu o estilo mais jazzístico experimentado no CD e DVD Saudades de Casa (2007). O que possibilitou maior liberdade aos músicos da banda que destacou Marcelo Martins, inspiradíssimo nos sopros. A interação entre Ivan e seus músicos ficou evidente no xote Ouro em Pó, composto em saudação a João do Vale (1933 - 1996) e, por isso mesmo, incrementado com a citação de Pisa na Fulô, de Vale.
Na parte final, o quarteto New York Voices entrou em cena para sinalizar o alcance internacional da obra de Ivan Lins, referência mundial de música brasileira desde que, por influência do maestro Quincy Jones, o cantor George Benson gravou Love Dance em 1981. Love Dance, claro, esteve no bloco do New York Voices (em registro plácido) ao lado de Velas Içadas, Dandara (número que permitou ao grupo mostrar maior vivacidade) e de Orozimbo e Roseclair, tema instrumental de caráter jazzístico. Foi endereçado ao Zimbo Trio, mas nunca chegou ao seu destino. No fim, Ai, Ai, Ai, Ai... possibilitou uma efusiva jam entre Ivan, sua banda e o New York Voices. Por mais que tenha faltado maior interação entre artista e platéia, inclusive pela longa duração do show, a performance de Ivan Lins atestou a riqueza de uma música que merece todas as reverências. Inclusive dos que pedem Madalena.
Título: Accenture Performances 2008
Artista: Ivan Lins - com Roberta Sá e New York Voices
Local: Morro da Urca (RJ)
Data: 25 de Novembro de 2008
Foto: Mauro Ferreira
Cotação: * * * 1/2
Em Cartaz no Bourbon Street (SP) em 1º e 2 de dezembro de 2008
Bem no fim do show feito por Ivan Lins na noite de terça-feira, 25 de novembro de 2008, um espectador pediu Madalena - como é lei nas apresentações do compositor. Solícito, o cantor atendeu o pedido - emendando o samba que impulsionou sua carreira em 1970 na voz imortal de Elis Regina (1945 - 1982) com Vitoriosa, outro hit radiofônico de sua vasta obra - e saiu de cena. Talvez Madalena já estivesse mesmo designada para fechar o roteiro. Contudo, Ivan Lins não subiu o Morro da Urca para fazer um show convencional de sucessos, ainda que o motivo da apresentação fosse prestar um tributo ao compositor na 3ª edição do projeto Accenture Performances, idealizado pela empresa Accenture para promover shows inéditos com encontros inusitados (Marcos Valle e Tim Maia foram os homenageados de 2006 e 2007). Por mais que a idéia fosse passar em revista a trajetória de Ivan, tarefa da qual se incumbiu seu filho Cláudio Lins, pontuando cada bloco com textos reforçados por imagens de arquivo projetadas no telão, o compositor reavivou velhos sucessos com novos arranjos. E a participação inspirada de Roberta Sá - convidada do show, assim como o quarteto New York Voices - abrilhantou um show que, ao longo de duas horas e meia, afugentou parte da platéia de convidados por sair do tom requentado com que, em geral, são feitos tais espetáculos-tributos de caráter retrospectivo.
Roberta Sá tinha a difícil função de sintetizar a importância das intérpretes na carreira de Ivan Lins -notadamente, Elis Regina e Simone, as mais assíduas e importantes na propagação da música do compositor. No primeiro de seus seis números, o samba Roda Baiana, Roberta parecia que ia ficar confinada ao seu habitual universo musical, pontuado por sambas buliçosos. Na seqüência, a cantora já cresceu em cena ao encarar Me Deixa em Paz, o samba que Ivan lançou em 1971 no LP Deixa o Trem Seguir e que Elis tomou para si ao regravá-lo no ano seguinte no álbum Elis (1972). E mais e melhor ainda estava por vir: Roberta valorizou a letra magoada de Não Tem Perdão, dirigida aos algozes que oprimiam o Brasil na época (o samba foi composto em 1972 e apresentado por Ivan no festival Phono 73), mas que podia ter leitura meramente romântica - como Roberta ressaltou em cena, lembrando que a inclusão de Não Tem Perdão no roteiro foi sugestão de Cláudio Lins, que acumulou as funções de mestre de cerimônias e diretor de cena do show. Em seguida, Vieste reafirmou a limpidez da emissão vocal da cantora, que apresentou um registro lindo dessa balada de 1986. Mantendo os tons suaves, Roberta mergulhou na poesia romântica de Água Doce, fechando com o samba Porta Entreaberta bloco luminoso, arranjado por Rodrigo Campello, em sintonia com o conceito inusitado do show.
Compositor que bebeu na fonte do jazz e da Bossa Nova, como ressaltou em cena, Ivan Lins construiu obra que alterna lirismo e vivacidade rítmica. Tudo com harmonias que lhe abriram as portas do mercado do jazz nos Estados Unidos. Esse recorte jazzístico ficou evidente já nas passagens instrumentais do bloco que abriu o show, emendando Daquilo que Eu Sei, A Gente Merece Ser Feliz e O Meu País. A bordo de seu piano percussivo, Ivan experimentou tonalidades vocais mais delicadas na abordagem dessas músicas. No todo, esse primeiro bloco - que também teve medley com Novo Tempo e Ô Abre Alas - seguiu o estilo mais jazzístico experimentado no CD e DVD Saudades de Casa (2007). O que possibilitou maior liberdade aos músicos da banda que destacou Marcelo Martins, inspiradíssimo nos sopros. A interação entre Ivan e seus músicos ficou evidente no xote Ouro em Pó, composto em saudação a João do Vale (1933 - 1996) e, por isso mesmo, incrementado com a citação de Pisa na Fulô, de Vale.
Na parte final, o quarteto New York Voices entrou em cena para sinalizar o alcance internacional da obra de Ivan Lins, referência mundial de música brasileira desde que, por influência do maestro Quincy Jones, o cantor George Benson gravou Love Dance em 1981. Love Dance, claro, esteve no bloco do New York Voices (em registro plácido) ao lado de Velas Içadas, Dandara (número que permitou ao grupo mostrar maior vivacidade) e de Orozimbo e Roseclair, tema instrumental de caráter jazzístico. Foi endereçado ao Zimbo Trio, mas nunca chegou ao seu destino. No fim, Ai, Ai, Ai, Ai... possibilitou uma efusiva jam entre Ivan, sua banda e o New York Voices. Por mais que tenha faltado maior interação entre artista e platéia, inclusive pela longa duração do show, a performance de Ivan Lins atestou a riqueza de uma música que merece todas as reverências. Inclusive dos que pedem Madalena.
31 Comments:
Bem no fim do show feito por Ivan Lins na noite de terça-feira, 25 de novembro de 2008, um espectador pediu Madalena - como é lei nas apresentações do compositor. Solícito, o cantor atendeu o pedido - emendando o samba que impulsionou sua carreira em 1970 na voz imortal de Elis Regina (1945 - 1982) com Vitoriosa, outro hit radiofônico de sua vasta obra - e saiu de cena. Talvez Madalena já estivesse mesmo designada para fechar o roteiro. Contudo, Ivan Lins não subiu o Morro da Urca para fazer um show convencional de sucessos, ainda que o motivo da apresentação fosse prestar um tributo ao compositor na 3ª edição do projeto Accenture Performances, idealizado pela empresa Accenture para promover shows inéditos com encontros inusitados (Marcos Valle e Tim Maia foram os homenageados de 2006 e 2007). Por mais que a idéia fosse passar em revista a trajetória de Ivan, tarefa da qual se incumbiu seu filho Cláudio Lins, pontuando cada bloco com textos reforçados por imagens de arquivo projetadas no telão, o compositor reavivou velhos sucessos com novos arranjos. E a participação inspirada de Roberta Sá - convidada do show, assim como o quarteto New York Voices - abrilhantou um show que, ao longo de duas horas e meia, afugentou parte da platéia de convidados por sair do tom requentado com que, em geral, são feitos tais espetáculos-tributos de caráter retrospectivo.
Roberta Sá tinha a difícil função de sintetizar a importância das intérpretes na carreira de Ivan Lins -notadamente, Elis Regina e Simone, as mais assíduas e importantes na propagação da música do compositor. No primeiro de seus seis números, o samba Roda Baiana, Roberta parecia que ia ficar confinada ao seu habitual universo musical, pontuado por sambas buliçosos. Na seqüência, a cantora já cresceu em cena ao encarar Me Deixa em Paz, o samba que Ivan lançou em 1971 no LP Deixa o Trem Seguir e que Elis tomou para si ao regravá-lo no ano seguinte no álbum Elis (1972). E mais e melhor ainda estava por vir: Roberta valorizou a letra magoada de Não Tem Perdão, dirigida aos algozes que oprimiam o Brasil na época (o samba foi composto em 1972 e apresentado por Ivan no festival Phono 73), mas que podia ter leitura meramente romântica - como Roberta ressaltou em cena, lembrando que a inclusão de Não Tem Perdão no roteiro foi sugestão de Cláudio Lins, que acumulou as funções de mestre de cerimônias e diretor de cena do show. Em seguida, Vieste reafirmou a limpidez da emissão vocal da cantora, que apresentou um registro lindo dessa balada de 1986. Mantendo os tons suaves, Roberta mergulhou na poesia romântica de Água Doce, fechando com o samba Porta Entreaberta bloco luminoso, arranjado por Rodrigo Campello, em sintonia com o conceito inusitado do show.
Compositor que bebeu na fonte do jazz e da Bossa Nova, como ressaltou em cena, Ivan Lins construiu obra que alterna lirismo e vivacidade rítmica. Tudo com harmonias que lhe abriram as portas do mercado do jazz nos Estados Unidos. Esse recorte jazzístico ficou evidente já nas passagens instrumentais do bloco que abriu o show, emendando Daquilo que Eu Sei, A Gente Merece Ser Feliz e O Meu País. A bordo de seu piano percussivo, Ivan experimentou tonalidades vocais mais delicadas na abordagem dessas músicas. No todo, esse primeiro bloco - que também teve medley com Novo Tempo e Ô Abre Alas - seguiu o estilo mais jazzístico experimentado no CD e DVD Saudades de Casa (2007). O que possibilitou maior liberdade aos músicos da banda que destacou Marcelo Martins, inspiradíssimo nos sopros. A interação entre Ivan e seus músicos ficou evidente no xote Ouro em Pó, composto em saudação a João do Vale (1933 - 1996) e, por isso mesmo, incrementado com a citação de Pisa na Fulô, de Vale.
Na parte final, o quarteto New York Voices entrou em cena para sinalizar o alcance internacional da obra de Ivan Lins, referência mundial de música brasileira desde que, por influência do maestro Quincy Jones, o cantor George Benson gravou Love Dance em 1981. Love Dance, claro, esteve no bloco do New York Voices (em registro plácido) ao lado de Velas Içadas, Dandara (número que permitou ao grupo mostrar maior vivacidade) e de Orozimbo e Roseclair, tema instrumental de caráter jazzístico. Foi endereçado ao Zimbo Trio, mas nunca chegou ao seu destino. No fim, Ai, Ai, Ai, Ai... possibilitou uma efusiva jam entre Ivan, sua banda e o New York Voices. Por mais que tenha faltado maior interação entre artista e platéia, inclusive pela longa duração do show, a performance de Ivan Lins atestou a riqueza de uma música que merece todas as reverências. Inclusive dos que pedem Madalena.
Música Brasileira com HISTÓRIA.
Esse show teve um problema gravíssimo : foi para poucos. E, isso não se faz !
Quanto mais ouço essa menina, mais gosto. Além de linda, é coerente, escolhe muito bem repertório, é graciosa e canta muito! E ainda cantando Ivan Lins?!
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Ai que vontade de ouvir ela cantando Vieste!
Ai, travou na Sá.
Mauro, esse encontro não é inédito!
No dia 16 de Fevereiro, no Teatro Castro Alves, Roberta fez seu primeiro show em terras baianas e contou com a participação de Ivan. Foi muito bonito, porém, ele no número solo dele, resolveu falar de um projeto que ele defende sobre música nas escolas e com isso demorou além da conta, obrigando a Roberta a cortar 'Samba de Um Minuto' por causa do tempo limite do show. No mais... foi uma bela união.
Roberta é um belo talento da nova geração sim, mas "Doutor" Ivan não precisa de "enfermeira" para valorizar seu trabalho : é MESTRE e se basta - anestesia, opera, supura, receita e acompanha até dar alta para os nossos corações.
Marcelo, meu caro amigo.
Eu gosto da Roberto Sá e concordo contigo na sua avaliação.
Mas confesso que ela ainda me passa um jeito muito Marisa Monte de cantar sem se envolver com a canção. E aí, já basta a Marisa Monte, não é? Para que outra?
Sinceramente, na minha opinião, cantar "Não Tem Perdão", uma das músicas mais fortes que o Ivan Lins e o Ronaldo Monteiro já fizeram, como uma música romântica não tem nada a ver.
abração,
Denilson
Concordo inteiramente com a opinião do André 2. Um artista com a bagagem de Ivan Lins não precisa de nenhum outro para valorizá-lo. Verdade seria dizer ao contrário: é a obra dele que valoriza a atuação de uma intérprete iniciante como RS, como aliás faria com qualquer cantora, mesmo as consagradíssimas. O título do post equivocadamente inverteu esse foco, apontando o holofote para ela, nesse caso uma coadjuvante.
José Carlos
Fala meu caro amigo Denilson!
Tudo bem? Há tempos não papeamos no msn (Diogo tb). Estou batalhando outros concursos e qualquer hora nos "falamos".
Quanto a Roberta, talvez por isso eu goste tanto dela! Mas discordo quanto a não se envolver com a canção.
E eu também fiquei na vontade querendo ouvir o Vieste na voz dela. Deve ficar simplesmente maravilhoso!
E concordo também com a opinião do André apesar de achar que é mais um atrativo. É sempre bem-vinda a presença da mais graciosa das cantoras. Abs,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
PS: Ainda sonharei com um dueto da Roberta e da minha Rainha em Senhora Rezadeira ou então no belo samba de Dona Ivone Lara com Délcio Carvalho chamado Amor sem Esperança que a maior sambista desse país registrou.
Ela é linda, e um ótimo enfeite pra uma noite de um mestre - Ivan Lins. Mas do lado dele, é apenas isso - algo que enfeita.
Roberta Sá tem potencial, mas toda vez que a ouço tenho a mais nítida impressão de estar ouvindo um karaoke de Marisa Monte com Maria Rita - o tom de uma com a impostação da outra, e fica com um som de cópia de muito bom gosto. Ela não é original. E tem potencial pra ser.
Ela tem boa voz, e é uma gracinha, tanto de beleza física quanto de jeito - tem muito carisma (e Madonna se fez assim - com estilo, bom gosto e carisma mais do que boa voz). Mas Roberta tem boa voz - só ainda não tem um estilo vocal único seu. Ela ainda soa a cópia, ainda soa a quem está tentanto encontrar o seu jeito. Quero ve-la ser original e única com seu jeito próprio.
Enfim, minha humilde opinião. Ivan Lins não precisa de talento novo pra fazer enfeite a sua obra - ele é um dos grandes genios da nossa música brasileira (com alguns pequenos escoregões pop - afinal o povo tem que ganhar um dinheirinho). Aonde estava Simone nessa noite?
Roberta é uma intérprete muito cativante, mas o que me atrai está na apresentação, arranjos e visual. Como cantora ela é eficiente, e tem docura, mas ainda não é um talento único. E pode ser na medida em que amadurecer.
Vai pro samba que eu te aplaudo ainda mais Roberta!
Afefé (do samba novo, lindo na voz dela!), Alô Fevereiro!, Laranjeira,fora as do primeiro cd (demo, que era brinde de uma empresa e INFELIZMENTE eu nunca encontrei para comprar)
E citei acima duas de Roque Ferreira que ela MANDA MUITÍSSIMO BEM!
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Há muito holofote para uma cantora mediana, bonitinha e que nada acrescenta à música brasileira. Nunca entendi pq tanto alarde para alguém que nitidamente imita Marisa Monte... Tanto talento melhor e mais competente sem sequer ser citado...
O dia que Ivan Lins precisar de Roberta Sá para salvar algum show ou disco seu, ele (e nós) está perdido.
Despeito das pessoas é uma coisa que chega até a ser patética.
Roberta não é uma clone da Marisa Monte como foi pretensamente mencionado dito aqui. Outra coisa, se fosse apenas o Mauro que fizesse "alarde" acerca da obra da Roberta, mas não é. Ela é agraciada por todos que ENTENDEM de boa música, em outras palavras, pela imensa maioria da crítica, portanto... Bom, não preciso dizer mais nada, pois o tempo por si só vai nos mostrar e perpetuar a carreira dessa excelente cantora.
Cantar " Vieste " e " Me deixa em Paz " ? Roberta foi esperta pois jamais iria se arriscar em temas densos de Ivan como " Começar de Novo " e " Bilhete " e provar que (no fundo) é rasa como interprete !
INJUSTIÇADO POR SER " AFILHADO " DE ELIS REGINA. BETHÂNIA NUNCA GRAVOU E GAL SÓ GRAVOU UMA ... VAI ENTENDER ?
Sim, Elis Regina e Simone foram as mais assíduas e importantes na propagação da música do compositor mas é pecado esquecer de Fafá de Belém - que nos anos 80 foi muito criticada por gravar Zezé di Camargo, Leonardo, vários Sullivan & Massadas e duetos com Chitãozinho & Xororó - que em 82 tornou " Bilhete " em hit . No album " Atrevida " de 86 gravou 3 canções dele ( inclusive uma em dueto ). Em 88, mais Ivan no album " Sozinha " e dueto com ele em " De nosso amor tão sincero "
Palmas para o anônimo.
Fafá - que graças a Deus parece ter abandonado a síndrome "Sullivan & Massadas" - merece o troféu "Bilhete": sua gravação foi definitiva.
Temos de ser justos: é uma bela cantora, uma simpatia de pessoa e parece ter voltado para a estrada da boa MPB. Ela merece, nós merecemos e a MPB agradece.
Os despeitados de plantão voltam a atacar. Roberta cantora rasa??? kkkkk... Só rindo de um comentário desses. Tem gente que não entende que certas cantoras têm um caminho a seguir e certo repertório se enquadra melhor ao seu tom. Portanto, acho que se descabelar e jogar o agudo lá em cima queira ser sinal de algo que revele a qualidade de uma cantora... Rasa ela não é definitivamente, o que ela faz é aproveitar as músicas que mais se adequem a sua voz doce, suave e viajante. Inveja/despeito é uma coisa tão feia e pequena!!! Só me basta lamentar a vida de pessoas que não entendem o que é uma boa música!
Certamente Ivan Lins tem mais a acrescentar na curta carreira de Roberta do que o contrário. Pretensão pouca é bobagem né Sr Mauro, sua paixonite pela Roberta agora ultrapassou todos os limites!!!! Mas, como diria o ditado: futebol, religião e música não se discute!!!!!!!!!!
Eita povo implicante...Ninguém disse que a Roberta Sá salvou a carreira do Ivan Lins. Quanta bobagem!!!
Só reforçando o comentário que já foi feito nesse tópico, não é SOMENTE o Mauro quem admira e elogia o trabalho dela e sim toda a crítica especializada. Pelo que vejo por aqui têm pessoas que simplesmente são cegas e não conseguem se render a MAIOR cantora surgida na primeira década desse século/milênio!!!!
Ainda bem que a Roberta vem galgando passos cada vez maiores e recebendo o que merece!
Parábens por suas observações Mauro!
Cantar " Vieste " e " Me deixa em Paz " ? Roberta foi esperta pois jamais iria se arriscar em temas densos de Ivan como " Começar de Novo " e " Bilhete " e provar que (no fundo) é rasa como interprete !
(2)
Pelo que vejo por aqui têm pessoas que simplesmente são cegas e não conseguem se render a MAIOR cantora surgida na primeira década desse século/milênio!!!!
(2)
Gosto, admiro e tenho os CDs de Roberta, MAS A MELHOR CANTORA SURGIDA NA 1ª DÉCADA DESTE SÉCULO FOI MARIA RITA (acho que Mônica Salmaso surgiu no final dos anos 90senão seria ela!). Ainda conta o blá-blá-blá preconceituoso de que a "voz parece com a da mãe..." ? - sorte dela!). Quem dera ainda tivéssemos Elis entre nós.
Olha, eu também considero a Maria Rita uma extraordinária cantora. A Roberta Sá vale ser ressaltada pois não teve tanta mídia e auê em cima do início de sua carreira. Se ela conseguiu atingir o disco de ouro é sinal de que ela vem conseguindo por esforço próprio e sem maiores lances de marketing conquistar um espaço muito grande entre as maiores cantoras desse país.
Concordo com os argumentos do anônimo sobre a estrutura em torno de Maria Rita.
Mas nem a Petrobrás faz mudo falar, cego enxergar ou surdo escutar, e o tema era a VOZ.
Maria Rita e Mônica Salmaso fazem o que querem com suas gargantas. Roberta também é muito boa, mas se é concurso vai levar o "bronze".
Abraços.
Cada um é cada um e Roberta leva a peleja...heheh
Roberta Sá é novinha, ainda vai ser outra. Maria Rita já apareceu pronta, assim como Fafá, Alcione, Leny Andrade, Elza Soares, o canto dessas vem da natureza, e não das escolas de música.
Maria Rita nasceu pronta...kkkk...cada coisa que a gente lê!!!!
Concordo com uma opinião de que não é necessário fazer firulas com a voz, se descabelar, subir o agudo no último para ser considerada uma grande cantora, nesse caso temos algo OVER!!!!
Portanto, Roberta é a voz canônica de sua geração!
Ivan lins e Victor martins são os autores da melhor música-interpretação que eu já ouvi:"Aos nossos filhos",na voz de Elis,claro.Sem contar "Dinorah Dinorah" na voz da mesma que também é um luxo.
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