11 de abril de 2008

Falabella põe humor nativo em 'Os Produtores'

Resenha de musical
Título: Os Produtores
Autor: Mel Brooks
e Thomas Meeham
Direção: Miguel Falabella
Elenco: Miguel Falabella,
Juliana Paes e Vladimir
Brichta
Em cartaz: Vivo Rio (RJ),
de sexta-feira a domingo,
até 1º de junho
Cotação: * * *

Bem perspicaz, Miguel Falabella entendeu que a graça de Os Produtores reside menos em suas músicas e mais no humor com que os autores Mel Brooks e Thomas Meeham contam a história do envolvimento de um produtor picareta (Max Bialystock, na pele de Falabella) com um contador desajeitado (Leo Bloom, vivido por um impagável Vladimir Brichta). Tanto que realçou e abrasileirou esse humor ao dirigir a versão nacional do musical, em cartaz no Rio de Janeiro (RJ) até 1º de junho depois de ter cumprido concorrida temporada em São Paulo (SP).
Lançada no cinema em 1968 com o título de Primavera para Hitler, a história contada em The Producers virou um musical propriamente dito em 2002, quando estreou na Broadway e se tornou um dos maiores sucessos teatrais da temporada norte-americana, acumulando prêmios e casas cheias durante cinco anos. Em 2005, impulsionada pelo fenômeno de bilheteria do espetáculo de Brooks e Meeham, Hollywood refilmou a história já em forma de musical com Nathan Lane, Matthew Broderick e Uma Thurman nas peles dos personagens encarnados nos palcos nacionais por Falabella, Brichta e por uma estreante Juliana Paes.
Como o trio protagonista não tem vozes talhadas para o canto, o charme da versão nacional de Os Produtores reside no tempero brasileiro que Falabella impõe ao espetáculo - com direito a piadas sobre Alcione e com tiradas à moda de Caco Antibes, a carismática personagem encarnada pelo ator no extinto humorístico da televisão Sai de Baixo. É nítida a cumplicidade de Falabella e Britchta em cena. E é essa afinidade que valoriza o espetáculo, já que o terceiro vértice do triângulo protagonista, Ulla (Juliana Paes, bem no papel), tem entradas apenas episódicas na trama. Nos papéis de Roger de Bris e Carmen Ghia, respectivamente, os atores Sandro Christopher e Mauricio Xavier dão colorido gay ao musical e exploram humor mais escrachado.
Como as 19 músicas do espetáculo, distribuídas em dois atos, têm a rigor caráter insosso, o humor sustenta o interesse do público. Se as coreografias dirigidas por Chet Walker seguem à risca a fórmula norte-americana de parir um musical, os diálogos têm a deliciosa pimenta do Brasil, cuja música é evocada no arranjo de samba que pauta a reprise do número Seu Rosto. Para o bem ou para o mal, e aí vai depender do ponto de vista e das aspirações e expectativas de cada um, Os Produtores tem o jeito do Brasil...

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

faça-me o favor, mauro, musical sem música boa e sem cantores nem merece consideração

11 de abril de 2008 às 12:53  
Anonymous Anônimo said...

Já vi tudo... Os Produtores não tem o jeito do Brasil, mas sim do Falabella.Vc falou uma coisa que eu já desconfiava,que o jeitâo Miguel Caco Antibes Falabella mais uma vez iria dar o ar da graça.Não preciso assistir,já que nem bem musical é.Sai de Baixo.

11 de abril de 2008 às 15:59  
Anonymous Anônimo said...

Concordo:

Musical sem boa música, sem cantores e nem mesmo com atores que saibam que cantar.....

Sai de baixo....

12 de abril de 2008 às 10:25  
Anonymous Anônimo said...

Impliquei com a foto. Parece coisa de pobre.

12 de abril de 2008 às 12:24  
Anonymous Anônimo said...

O problema do Falabella é achar que pode tudo! Na entrevista de divulgacao desse espetáculo para o Sem censura, ele disse que no teatro sempre tem alguma "miserável" que fotografa com o celular. Apesar de escrever bem, é lamentável que el nao tenha respeito pelo público!

13 de abril de 2008 às 09:38  

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