Maré plácida mantém curso fino de Calcanhotto
Resenha de CD
Título: Maré
Artista: Adriana
Calcanhotto
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * * * *
Em vez de puxar Adriana Calcanhotto para correntezas mais agitadas, Maré situa a artista em águas plácidas que, de alguma forma, já impulsionavam o curso de sua discografia. O violão bossa-novista que introduz e pontua a faixa-título, parceria da compositora com Moreno Veloso, sinaliza o tom suave do álbum - imerso no alto padrão estético que molda a obra de Calcanhotto e que não foi transmutado pelo produtor Arto Lindsay. O piloto parece ter tido acertada discrição na condução do barco, que alterna trilhas novas e antigas. Destas, Mulher Sem Razão tem o mérito de fazer emergir uma jóia do mar de Cazuza (1958 - 1990), Dé Palmeira e Bebel Gilberto. Eleita para puxar Maré nas rádios, a música é da mesma leva de Preciso Dizer que te Amo e Mais Feliz, gravada por Calcanhotto em 1998 em seu disco, Maritmo, que mais dialoga conceitualmente com Maré, que, musicalmente, remete mais ao cool Cantada (2002). A recorrência ao cancioneiro de Dorival Caymmi é outro ponto convergente entre Maré e Maritmo, que formam as duas primeiras partes de uma trilogia idealizada por Calcanhotto durante a gestação deste seu oitavo álbum - encerrado com Sargaço Mar (1985), um fim de som adornado pelo violão doce de Gilberto Gil. A escolha desta música, uma das mais difíceis de Caymmi, indica a intenção da artista de navegar por trilhas menos óbvias. Mesmo quando canta uma balada radiofônica como Seu Pensamento, de letra cheia de questionamentos românticos. A música é bela parceria de Calcanhotto com o baixista Dé Palmeira.
A corrente lúdica do projeto infantil da artista, Adriana Partimpim (2004), deságua em duas grandes faixas de Maré. Um Dia Desses é surpreendente flerte com a canção ruralista do interior em que Moreno Veloso faz a segunda voz. Kassin musicou os versos de Torquato Neto (1944 - 1972) com singeleza. É o tema de maior apelo popular do álbum. Porto Alegre (Nos Braços de Calipso) se situa nestas mesmas águas lúdicas das quais emergem o canto da sereia Marisa Monte, que faz lindos vocalises neste tema latino de Péricles Cavalcanti que faz trocadilho no título com a cidade natal da cantora gaúcha. O duo com Marisa é mitológico.
Em corrente mais densa, a artista mergulha fundo nos versos de poema de Augusto de Campos, Sem Saída, musicado por Cid Campos. Pena que, ao musicar os versos revoltos de Waly Salomão (1944 - 2003) para Teu Nome Mais Secreto, a compositora não tenha mergulhado nas profundezas atingidas em Sem Saída. A melodia suave de Calcanhotto se opõe aos versos urgentes de Waly. Maré, aliás, é disco tragado por ondas poéticas de escritores como Ferreira Gullar, Antonio Cicero e Arnaldo Antunes - de quem Calcanhotto musicou com inspiração os versos de Para Lá. Cicero está representado por Três, recente parceria com a mana Marina Lima. A leitura de Calcanhotto é leve - na contramão do peso inadequado imposto por Ana Carolina à sua simultânea gravação da música - mas, das três intérpretes, Marina é a que parece, por motivos óbvios, ter compreendido mais os caminhos sinuosos de Três. Ferreira Gullar teve menos sorte: a regravação de Onde Andarás é a única faixa realmente dispensável de Maré. Novamente, Calcanhotto não mergulhou tão fundo e não expressa na gravação a extrema melancolia e desesperança dos versos de Gullar, musicados por Caetano Veloso para seu disco tropicalista de 1967. Impossível não pensar no mergulho mais profundo feito por Maria Bethânia no álbum Maria (1988). No todo, é justo reconhecer que a maré de Adriana Calcanhotto está cheia. De referências poéticas, de diálogo com as artes plásticas - como exemplifica a bela capa de Gilda Midani - e de uma modernidade que a mantém como uma das artistas mais inteligentes e refinadas de sua época. Maré não altera esse curso.
Eis as 11 músicas do álbum Maré e os respectivos compositores:
1. Maré (Adriana Calcanhotto e Moreno Veloso)
2. Seu Pensamento (Adriana Calcanhotto e Dé Palmeira)
3. Três (Marina Lima e Antonio Cicero)
4. Porto Alegre (Nos Braços de Calipso) (Péricles Cavalcanti)
5. Mulher sem Razão (Cazuza, Dé Palmeira e Bebel Gilberto)
6. Teu Nome Mais Secreto (Adriana Calcanhotto e Waly Salomão)
7. Sem Saída (Augusto de Campos e Cid Campos)
8. Para Lá (Arnaldo Antunes e Adriana Calcanhotto)
9. Um Dia Desses (Torquato Neto e Kassin)
10. Onde Andarás (Caetano Veloso e Ferreira Gullar)
11. Sargaço Mar (Dorival Caymmi)
Título: Maré
Artista: Adriana
Calcanhotto
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * * * *
Em vez de puxar Adriana Calcanhotto para correntezas mais agitadas, Maré situa a artista em águas plácidas que, de alguma forma, já impulsionavam o curso de sua discografia. O violão bossa-novista que introduz e pontua a faixa-título, parceria da compositora com Moreno Veloso, sinaliza o tom suave do álbum - imerso no alto padrão estético que molda a obra de Calcanhotto e que não foi transmutado pelo produtor Arto Lindsay. O piloto parece ter tido acertada discrição na condução do barco, que alterna trilhas novas e antigas. Destas, Mulher Sem Razão tem o mérito de fazer emergir uma jóia do mar de Cazuza (1958 - 1990), Dé Palmeira e Bebel Gilberto. Eleita para puxar Maré nas rádios, a música é da mesma leva de Preciso Dizer que te Amo e Mais Feliz, gravada por Calcanhotto em 1998 em seu disco, Maritmo, que mais dialoga conceitualmente com Maré, que, musicalmente, remete mais ao cool Cantada (2002). A recorrência ao cancioneiro de Dorival Caymmi é outro ponto convergente entre Maré e Maritmo, que formam as duas primeiras partes de uma trilogia idealizada por Calcanhotto durante a gestação deste seu oitavo álbum - encerrado com Sargaço Mar (1985), um fim de som adornado pelo violão doce de Gilberto Gil. A escolha desta música, uma das mais difíceis de Caymmi, indica a intenção da artista de navegar por trilhas menos óbvias. Mesmo quando canta uma balada radiofônica como Seu Pensamento, de letra cheia de questionamentos românticos. A música é bela parceria de Calcanhotto com o baixista Dé Palmeira.
A corrente lúdica do projeto infantil da artista, Adriana Partimpim (2004), deságua em duas grandes faixas de Maré. Um Dia Desses é surpreendente flerte com a canção ruralista do interior em que Moreno Veloso faz a segunda voz. Kassin musicou os versos de Torquato Neto (1944 - 1972) com singeleza. É o tema de maior apelo popular do álbum. Porto Alegre (Nos Braços de Calipso) se situa nestas mesmas águas lúdicas das quais emergem o canto da sereia Marisa Monte, que faz lindos vocalises neste tema latino de Péricles Cavalcanti que faz trocadilho no título com a cidade natal da cantora gaúcha. O duo com Marisa é mitológico.
Em corrente mais densa, a artista mergulha fundo nos versos de poema de Augusto de Campos, Sem Saída, musicado por Cid Campos. Pena que, ao musicar os versos revoltos de Waly Salomão (1944 - 2003) para Teu Nome Mais Secreto, a compositora não tenha mergulhado nas profundezas atingidas em Sem Saída. A melodia suave de Calcanhotto se opõe aos versos urgentes de Waly. Maré, aliás, é disco tragado por ondas poéticas de escritores como Ferreira Gullar, Antonio Cicero e Arnaldo Antunes - de quem Calcanhotto musicou com inspiração os versos de Para Lá. Cicero está representado por Três, recente parceria com a mana Marina Lima. A leitura de Calcanhotto é leve - na contramão do peso inadequado imposto por Ana Carolina à sua simultânea gravação da música - mas, das três intérpretes, Marina é a que parece, por motivos óbvios, ter compreendido mais os caminhos sinuosos de Três. Ferreira Gullar teve menos sorte: a regravação de Onde Andarás é a única faixa realmente dispensável de Maré. Novamente, Calcanhotto não mergulhou tão fundo e não expressa na gravação a extrema melancolia e desesperança dos versos de Gullar, musicados por Caetano Veloso para seu disco tropicalista de 1967. Impossível não pensar no mergulho mais profundo feito por Maria Bethânia no álbum Maria (1988). No todo, é justo reconhecer que a maré de Adriana Calcanhotto está cheia. De referências poéticas, de diálogo com as artes plásticas - como exemplifica a bela capa de Gilda Midani - e de uma modernidade que a mantém como uma das artistas mais inteligentes e refinadas de sua época. Maré não altera esse curso.
Eis as 11 músicas do álbum Maré e os respectivos compositores:
1. Maré (Adriana Calcanhotto e Moreno Veloso)
2. Seu Pensamento (Adriana Calcanhotto e Dé Palmeira)
3. Três (Marina Lima e Antonio Cicero)
4. Porto Alegre (Nos Braços de Calipso) (Péricles Cavalcanti)
5. Mulher sem Razão (Cazuza, Dé Palmeira e Bebel Gilberto)
6. Teu Nome Mais Secreto (Adriana Calcanhotto e Waly Salomão)
7. Sem Saída (Augusto de Campos e Cid Campos)
8. Para Lá (Arnaldo Antunes e Adriana Calcanhotto)
9. Um Dia Desses (Torquato Neto e Kassin)
10. Onde Andarás (Caetano Veloso e Ferreira Gullar)
11. Sargaço Mar (Dorival Caymmi)
32 Comments:
Mauro,
não acho que "Maritmo" seja o disco que mais dialoga com "Maré".
As correntes que impulsionaram o álbum de 1998, primeiro da trilogia sobre o mar, foram bem mais agitadas do que aquelas que puxam "Maré", e exemplo disso são as faixas "Parangolé Pamplona", "Mão e Luva", "Vamos comer Caetano" e "Dançando".
Creio que, em "Maré", Adriana deu continuidade à atmosfera intimista e minimalista que marcou seu disco anterior, "Cantada", que muitos chamam de blasé e pretensioso por não compreenderem a proposta da artista. Espero que absorvam de vez com o lançamento deste novo álbum.
Como citado na resenha, "Para Lá" é uma das grandes faixas de "Maré", uma melodia maravilhosa composta para Adriana para os versos de Antunes. Confesso que esperava mais de "Porto Alegre", canção que, a meu ver, soa meio brega, até pela incensada participação de Marisa Monte.
"Mulher sem razão" foi uma boa aposta para puxar o disco nas rádios. "Um dia desses" é uma canção muito interessante e, quanto a "Três", concordo contigo, não superou a intensa interpretação de Marina.
Começas a resenha falando em correntes mais agitadas. Não vejo motivos para Adriana sair de seu curso normal em função de agitação. Gostei muito do disco, da profusão de artistas com maneiras diferentes de ver o mundo, que Adriana tem a capacidade de torná-las uníssonas. É um grande álbum.
só pra lembrar que Bethânia já havia gravado "Onde Andarás", no disco homônimo de 1969.
Mauro, não entendi. Vc afinal achou bom ou ruim a Adriana se manter fiel à sua trajetória e ao seu trabalho refinado e inteligente? Sua resenha ficou ambígua, cheia de entrelinhas...
Concordo em absoluto. O disco não traz nada de novo, mas é belo e bem feito. A minha enorme curiosidade em ouvir Onde Andarás ficou gurada. É uma fraca versão...
Dois comentários:
não altera o curso ? e por acaso adriana tem q alterar?
e sereia marisa monte? mitológico?
não tem jeito mesmo Pablo, até na crítica do cd de um grande artista respeitada como adriana, você "endeusa" Marisa Monte, essa sim, alterou "seu curso"... ladeira abaixo...
Referências espertinhas ao mar no texto: 385.
Moreno Veloso tá numa fase boa ultimamente, compondo pra todo mundo.
Muito bom este texto Mauro, nesta resenha senti uma suavidade inteligente. Voce demarca o territorio de Adriana sem construir muros em volta da obra da autora. Gostei muito! Parabens!
Anônimo da madruga (1:33): concordo com você. Tanto que, para evitar confusões, alterei o texto para deixar claro que o diálogo entre Maré e Maritmo é conceitual, já que musicalmente Maré está, sim, mais próximo do Cantada.
"Maritmo" foi mai forte e interessante que "Maré".
Concordo que Calypso ficou aquém do que esperava, mas Adriana se mostra 'tropicalista' ao lado da também neo-tropicalista Marisa ao devorarem a melodia quase-brega; um aula para Joelma e afins.
O tango 'Três' também ficou aquém da versão quente e envolvente de Marina que é a melhor intérprete se suas próprias canções.
'Onde andarás' passou longe da gravação antológica de Bethânia - 1988.
'Sargaço mar' também foi entoado recentemente por uma Nana misteriosa e intensa...
As melhores são 'Mulher sem razão','Seu pensamento','Teu nome mais secreto' 'Para lá' e 'Maré'.
O disco é bom, mantém o conceito dos outros Adriana, é menos denso que "A fábrica do poema" e o próprio "Maritmo".
Quanto às composições, me parece às vezes que ela manda suas melhores para os/as intérpretes.
Não se pode perder de vista que, apesar e dialogar sim com Maré, o Maritmo também falava de dança, de ritmo, era um disco misto, mais alegre, e que as canções marítimas dele já tinham o tom mais intimista mesmo...
Eu gostei do disco de modo geral. Gostei da versão de Três, até porque amo a Marina, e mesmo sabendo que sua voz está cada vez melhor, não consigo ouvir suas gravações mais recentes, sempre tenho vontade de chorar (não apenas pelo que se ouve, mas por pensar em todo o sofrimento por que ela passou e que a deixou sem voz). Então eu ouço a Adriana, porque Ana Carolina não dá, né? :-)
Escutando Porto Alegre tenho a impressão de que nada mais poderia resultar da soma da cabecice da Adriana com bobagem atual de Marisa, hehehehehe. Achei a canção bacaninha, leve, divertida...
Maré não altera o curso da obra de Adriana Calcanhotto, mas retoma algumas coisas bacanas e a graça que tinham se perdido (ou simplesmente ficado de fora) no Cantada.
É verdade, concordo com um membro anterior, quem realmente desceu ladeira abaixo foi a Marisa Monte, putz, uns trabalhinhos ruins, uma voizinha pequininha, não mostra potencia nenhuma, é bonita mas sem arroubos, e as músicas, senhor do céu, uma + cafoninha com a outra, aí ela lança junto um cd de samba e todo mundo endeusa, tem dó, tanta gente melhor, tantos cds melhores, um bom exemplo é o HOJE da Gal, um cd maravilhoso e que passou meio batido, talvez pela gravadora. A Adriana sempre tem uma coisa guardada na manga, vou esperar!
Agora todo dia tem post sobre esse CD...?
Ja ouvi na internet o cd, e "Seu pensamento" é de uma leveza incrível!! O cd é realmente uma continuação de Cantada, outro cd incrível!
Não acho um grande album.Mas tem seus bons momentos, a regravação da canção de Cazuza é uma delas.Não gostei da capa.Gosto da Adriana.Acho que gosto mais do cantada.Mas vou esperar o show e o dvd, ali é que a Adriana fica demais!
É louvável a admiração de Adriana por Caymmi, mas a verdade é que ela nem sempre escolhe as canções melhores à sua voz (contida). Concordo que Sargaço mar é bem superior com Nana, pois a canção pede + intensidade do que a que Calcanhoto imprimiu.
Quem tem se revelado uma boa intérprete das caymmianas é Mônica Salmaso.
Também achei Calypso meio deslocada para se referir à fria Porto Alegre. O canto das sereias não me convenceu.
Engracado ne..eu ja acho que Adriana guarda as melhores composicoes dela pra ela mesma...
Falando em Caymmi, tem musicas q ficam legais com outras cantoras, mas temos q admitir que a grande intérprete é sem dúvida Gal Costa, quando ela canta caymmi não tem pra ninguém. Nem mesmo Nana Caymmi consegue superar. A Gal alcança a perfeição cantando músicas desse homem, é impressionante. Falando de Adriana, gostei mais ou menos do cd, não é o trabalho mais brilhante dela e nem do Arto Lindsay que chegou a fazer obra prima com Gal Costa em o Sorriso do Gato de Alice, e alguns bons trabalhos com a Marisa Monte mas parece q dessa vez isso não ocorreu, ahhh tem também os cds do Caetano Veloso q ele produziu q foram fantásticos. Cada dia q passa vejo como a Gal é superior as outras cantoras brasileiras, é a grande cantora desse país mesmo, condordo com um post anterior falando do último cd dela, bem melhor q essa da Adriana Calcanhoto e por falar em Gal Costa tem alguma notícia de algum novo trabalho dela! Muitas pessoas lendo isso aqui deve imaginar q sou fã da Gal Costa, não é isso não, gosto de muitas cantoras brasileiras e venho observando atentamente uma por uma e cheguei a conclusão q ninguém supera a Gal, nem cantoras novas e nem a velhas! A Zizi Possi é bacana, tá alí firme mas a Gal supera. Até os mais ruizinhos trabalhos da Gal Costa batem trabalhos de muitas cantoras. Um abração
O disco é bom,coeso,enxuto, sem excesso de barulhinhos modernóides e nada soa gratuito e sem sentido. Mas confesso que me decepcionei um pouco com a participação de Marisa Monte na faixa "Porto Alegre".Pela expectativa que foi criada, me parecia que ia ser um grande dueto, e não um reles vocalises.
Bom, Danilo, pra mim o reles vocalises de Marisa fizeram toda a diferença na canção, hehehe.
Mas voltando a Dorival Caymmi, adoro suas canções na voz de Jussara Silveira. Para mim, é dela a mais linda versão de Lá vem a baiana.
Para o anonimo das 4:14pm..
.
Assino em baixo e faco minhas suas palavras...fala-se muito em cantoras cantando Caymmi, mas ninguem supera a Gal.. Pra mim o disco inteiro dela dedicado ao Caymmi eh atemporal e me soa otimo ate hoje...otras cantoras dedicaram discos inteiros a ele mas nada que superasse o disco de Gal.
Oivia Hime fez uma homenagem linda, sofisticada, mas Caymmi tem uma simplicidade que destoou bastante da maneira como ele eh em sua na essencia .Mas adoro a Adriana e acho o risco dela
em tentar regravar algumas cancoes perigosas pra voz dela e pro estilo dela super valido.
E falando em "Onde andaras", Mauro,
a Joanna gravou e teve a Gal como convidada..eu gosto muito...nao eh densa como a versao de Betha, mas tem brilho!
A Nana é que foi pouco eclética e tacanha em cantar o repetório do pai.Praticamente apenas cantou os sambas-canção,por sinal insuperáveis com ela.Mas a obra do Caymmi é muito mais e realmente a Gal representa melhor mesmo a obra dele.Nana sempre muito amarrada aos conceitos das características que deram e que ela própria dá a sua voz,acabou por perder grandes oportunidades de quebrar tais regras e provar que poderia ser a grande intéprete do pai.Basta ouvir seu dueto com o pai em "Milagre".não fica nada dever com a doçura de Gal.
Imagina, a própria Nana Caymmi sabe q a grande interprete do pai é Gal Costa, aliás, não dá para comparar Gal Costa com Nana Caymmi em absolutamente nada, a Gal é muito superior. A Gal Costa é de fato a maior cantora desse país, ela passeia por todos os ritmos, do rock ao baião, do samba ao jazz, ela canta tudo e tudo muito bem, com a marca dela, é a cantora mais interessante da MPB, juventude moderna, pop, diva, ela tem posturas diferentes no palco, muitas vezes simples e em outras aquela postura de Diva absoluta. Eu acredito que a genialidade da Gal é q faz a diferença, um bom exemplo é o único trabalho que ela fez com o Arto Lindsay, ele não conseguiu fazer outro que supere aquilo, nem com a Marisa Monte e agora com a Adriana Calcanhoto. O Sorriso do GAto de Alice é sem dúvida o melhor trabalho do Arto Lindsay e isso deve-se realmente ao fato dele ter encontrado a boa cantora, a voz, o talento, as outras tem mais a Gal Cosa a cada dia q passa mostra p/ todo mundo que é imbatível, os críticos tem que engolir isso, não tem jeito, as outras estão longe de chegar perto do que a Gal fez e faz. Bacana os post anteriores falando da Gal Costa, é sinal de que muitos tem a mesma opinião e essa é a minha.
E falando da Gal no topico de Adriana tem tudo a vre pois Gal gravou "Esquadros" lindamente e tenho ceretza de que se nao gravou mais cancoes de Adriana foi porque ainda nao chegou ate ela "A MUSICA" de "Drica" feita pra Gal.
Torco para que Gal ainda grave um tema de Adriana que a coloque difinitivamente inserida na obra de Gal pois das cantoras/compositoras de sua geracao Adriana Calcanhoto eh a melhor. Adoro esta gaucha/carioca, Maravilhosa!
Tenho que comentar sobre esta capa:
Achei lindissima...gostei demais destes tons de azul sobre a face de Adriana...barbaro!
Tambem concordo que a cantora Gal Costa é superior a Nana Caymmi.Como o Tom Jobim também é muito superior ao Dorival Caymmi.Gosto muito da Adriana cantado coisas do Tom.
Marisa Monte tem um canto menos bruto que o de GAL.
Gal, por sua vez fez seu último disco com a produção de ARTO LINDSAY, chamado O SORRISO DO GATO DE ALICE. Hoje, perdeu alguns tons, e não canta como até 10 anos atrás.
Calcanhotto não é uma grande voz, mas se consagrou o disco A FABRICA DO POEMA, em 1994. ´
Calcanhotto em termos de LETRAS, perde para RITA LEE, MARINA LIMA E ANGELA RO RO.
Calcanhotto camufla os arranjos daí parecem mais que lindos, e no mais, ela canta mais outras pessoas que ela prória.
Pedro - SP.
Eu acho, sinceramente, pelos comentários que li sobre a Marisa Monte é que os fãs da concorrência têm é muita inveja dela...
Sequer conseguem disfarçar.
E, falando do disco da Calcanhotto: lindo! Gostei de "mulher sem razão", "porto alegre" (com os valizes perfeitos da Marisa) e "para lá", cheia de lirismo...
Parabéns, mais uma vez, Adriana!
"valizes"!?!?!?!?O que venha a ser "valizes"?
Concorrência?
Não entendi!
Ninguém tá concorrendo em nada aqui!
Aqui existe opiniões, comentários crescentes, ninguém falou em concorrência.
A própria Marisa Monte já disse que sua maior referência é Gal Costa, então acho q tudo para aí né!
O q percebi aqui e até concordo é que muitos acham q a Marisa Monte está fazendo uns trabalhos ruins, tudo muito parecidinho com os outros, e que ela realmente não usa sua voz na totalidade.
Eu acho q a Gal e Zizi mostram potencia vocal, brincam com a voz, deixa os ouvintes de boca aberta com suas interpretações e vamos combinar que as duas não são mais mocinhas de 30 anos né.
Nossa o anônimo das 9:49 esta precisando urgente de um post sobre a Gal.Alivia a dele Mauro!Sutilmente o cara despreza a figura central que é a Adriana,diminue a maravilhosa Marisa e aniquila a Nana.Menos,tá?
Achei o disco muito bonito. Da primeira faixa ao final, segue como o mar, com uma leveza e estranheza que somente a Calcanhotto poderia transpor. A primeira faixa diz tudo sobre o disco e e uma das musicas mais lindas na voz de Adriana.
Mas acredito que 'Sem saida' seja uma das melhores musicas de 2008.
Vamos ouvir.
"Calcanhotto não é uma grande voz, mas se consagrou o disco A FABRICA DO POEMA, em 1994. ´
Calcanhotto em termos de LETRAS, perde para RITA LEE, MARINA LIMA E ANGELA RO RO."
Pedro, discordo. Calcanhotto é uma grande voz. Bossanovista totalmente. Sua leveza se contrapõe ao vigor da Gal, outra grande voz, mas não a diminui.
Dizer que Calcanhotto perde em letras para Rita Lee é uma descalábrio. Não concordo. Tenho muita coisa da Rita e da Adriana. Digo: Adriana é, sem sombra de dúvida, bem mais pungente em suas composições que Rita.
Maré é um belo cd. Bem feito, com belas interpretações. Digo que é contagiante. Ressalto que gosto de Porto Alegre (meu filho de 1 ano e 6 meses tb ama) mas creio que se ela fosse retirada, não faria falta nenhuma, assim como Um Dia Desses.
Teu Nome Mais Secreto, Maré, Seu Pensamento, Para lá, Mulher sem razão, Três são, pra mim, as mais marcantes. Ouso discordar da opinião do Mauro acerca da gravação de Marina. Achei forçada, de mal gosto e ruim. Marina poderia ter feito melhor. Ana Carolina é sem comentários. Ficou deselegante (característica bem pecualiar à Ana nesses último tempos, chata, desconcertantemente ruim. Desse "Menàge à Tròis", ao meu ver, Calcanhotto se saiu melhor.
Mauro, sua resenha foi elegante e direta. Parabéns!
Valdson Tolentino Filho - Cristalina/GO
Acabei de adquirir este CD são de musicas bem, calminhas, as composições são otimas adorei mulher sem razão. Mas bem q Marisa Monte devia ter "se doado" mais....algo assim, como : UM DUETO MESMO!!!!! Mas Adriana Calcanhotto esta lindamente cantando... como sempre!!!!!
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