18 de novembro de 2008

Victor & Leo voam menos baixo com Borboletas

Resenha de CD
Título: Borboletas
Artista: Victor & Leo
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * * *

A propagação diária da canção Tem que Ser Você na primeira fase da novela A Favorita amplificou o sucesso de Victor & Leo, dupla mineira que já lidera as vendas do atual mercado sertanejo. Borboletas, quinto álbum da dupla, acaba de chegar às lojas com expressiva tiragem inicial de 150 mil cópias. É o terceiro CD dos irmãos nascidos em Ponte Nova (MG) que ganha edição da Sony BMG, gravadora que já volta todas suas maiores atenções para Victor e Leo Chaves mesmo já tendo em seu elenco duplas como Bruno & Marrone e Zezé Di Camargo & Luciano. E o fato que, se desviar da lacrimosa rota sertaneja, a dupla alça em Borboletas vôo menos baixo do que os de colegas do gênero. Há leveza e até (alguma) elegância em seu som. A superioridade está, sobretudo, nos arranjos mais acústicos - estruturados no violão de Victor - que tornam menos pasteurizada a música da dupla, mesmo quando ela acena para os mercados dos arrasta-pés (como em Timidez, balada que ganha tom forrozeiro por conta do acordeom de Luciano Passos) e dos rodeios (Luz, Paixão, Rodeio, faixa de textura country). Outro fator que põe Victor & Leo (um pouco) acima de outras duplas é a qualidade melódica dos temas compostos por Victor, autor das 12 faixas do CD, sendo quatro em parceria com o irmão. Tanta Solidão, Nada Normal, Lado Errado e a faixa-título, Borboletas, são boas composições dentro dos cânones rasteiros da canção popular e, se soam banais, é por causa das letras que desfiam clichês do chororô sentimental que dá o tom da repetitiva música romântica que se acredita sertaneja.

13 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

A propagação diária da canção Tem que Ser Você na primeira fase da novela A Favorita amplificou o sucesso de Victor & Leo, dupla mineira que lidera as vendas do atual mercado sertanejo. Borboletas, quinto álbum da dupla, acaba de chegar às lojas com expressiva tiragem inicial de 150 mil cópias. É o terceiro CD dos irmãos nascidos em Ponte Nova (MG) que ganha edição da Sony BMG, gravadora que já volta todas suas maiores atenções para Victor e Leo Chaves mesmo já tendo em seu elenco duplas como Bruno & Marrone e Zezé Di Camargo & Luciano. E o fato que, se desviar da lacrimosa rota sertaneja, a dupla alça em Borboletas vôo menos baixo do que os de colegas do gênero. Há leveza e até (alguma) elegância em seu som. A superioridade está, sobretudo, nos arranjos mais acústicos - estruturados no violão de Victor - que tornam menos pasteurizada a música da dupla, mesmo quando ela acena para os mercados dos arrasta-pés (como em Timidez, balada que ganha tom forrozeiro por conta do acordeom de Luciano Passos) e dos rodeios (Luz, Paixão, Rodeio, faixa de textura country). Outro fator que põe Victor & Leo (um pouco) acima de outras duplas é a qualidade melódica dos temas compostos por Victor, autor das 12 faixas do CD, sendo quatro em parceria com o irmão. Tanta Solidão, Nada Normal, Lado Errado e a faixa-título, Borboletas, são boas composições dentro dos cânones rasteiros da canção popular e, se soam banais, é por causa das letras que desfiam clichês do chororô sentimental que dá o tom da repetitiva música romântica que se acredita sertaneja.

18 de novembro de 2008 às 17:24  
Anonymous Anônimo said...

Mais um descartável para a atual mediocridade da música comercializada no Brasil.

18 de novembro de 2008 às 17:34  
Anonymous Anônimo said...

O comentário aqui é dispensável, tanto o quanto mais uma música que ousam chamar de sertaneja... Coitados de Renato Teixeira, Pena Branca & Xavantinho, Rolando Boldrin, Elomar, Xangai...

18 de novembro de 2008 às 19:02  
Anonymous Anônimo said...

Tá bom, admita-se que Victor é um bom violonista e que a dupla faz músicas menos artificialmente lamuriosas do que a média das duplas sertanejas.

Mas é duro saber que vieram da mesma Ponte Nova onde nasceu João Bosco...

Felipe dos Santos Souza

18 de novembro de 2008 às 19:30  
Anonymous Anônimo said...

Não sei da música deles. Nunca ouvi e não pretendo. Só sei que acho essa capa horrorosa! =S

18 de novembro de 2008 às 23:34  
Anonymous Anônimo said...

Não são sertanejos nem aqui, nem na China!!!!!!

19 de novembro de 2008 às 04:29  
Anonymous Anônimo said...

Mesmo que algumas opiniões falam que a dupla não faz lá o estilo sertanejo, é neste mercado que a dupla se encaixa, aliás, o mais lucrativo e vendável. Agora, se esse “chororô sentimental” e outros temas banais que é exposto na crítica, fazem o gosto da maioria do povo no Brasil, eu sou mais eles! Cada estilo musical no seu lugar. O que fica dispensável é cultivar, valorizar estilos que não são nossos...

19 de novembro de 2008 às 14:47  
Anonymous Anônimo said...

Achei até longa essa resenha do Mauro - que trata a musica sertaneja da mesma forma que o Grammy Latino trata a nossa música.

19 de novembro de 2008 às 18:06  
Anonymous Anônimo said...

De Minas Gerais o que espero é o novo cd de Sá, Rodrix e Guarabira. Qualquer coisa " mineira " como J.Quest, Skank, Victor e Leo e etc não me interessa ...

20 de novembro de 2008 às 19:13  
Anonymous Anônimo said...

Victor e Leo são exemplos de que um tema brega também pode ser bem feito dentro dos limites estéticos do gênero. E a Bossa Nova ? não tem um tom repetitiva e romântico também ?

20 de novembro de 2008 às 19:26  
Anonymous Anônimo said...

Jesus, Maria e José !

Comparar o "brega-romântico da roça estilizada" (coitada da roça, roça mesmo) com a Bossa-Nova é apelar demais.
Nem merecia comentário, mas confesso que em defesa de Tom, Vinicius, Carlinhos Lyra, João Donato, Baden Powell, e outros gênios (que não encontramos neste lamentável segmento dito musical) TIVE QUE COMENTAR... Lamentável. É o que dá a falta de argumento...
Ai, ai

21 de novembro de 2008 às 21:06  
Anonymous Anônimo said...

Gostei do comentário de Mauro Ferreira. As pessoas querem que Victor & Leo cantem da mesma forma que sertanejos de 40 anos atrás? Vamos evoluir gente! Os rapazes são bons e não podemos ser radicais e viver só de passado, temos que valorizar os bons artistas dos tempos modernos, eu prefiro que meu filho goste de Victor & Leo do que tantas baboseiras que vemos hoje aí no mercado.

Guilherme. BH/MG

16 de dezembro de 2008 às 13:58  
Anonymous Morghana said...

Guilherme...
Concordo plenamente com vc.
Ninguém pode parar no tempo. Os meninos são ótimos, deram uma nova cara à música popular. O Victor é genial, o cara canta bem, compõe bem, é arranjador, e ainda por cima tem uma visão futurista das coisas, tanto é que é o compositor que mais arrecada hj em dia.
V&L, parabéns! vcs são ótmimossss
É melhor gostar de pessoas como vcs que cantam o amor, valorizam a rais do que idolatrar e ter como modelos bandas que fazem apologia às drogas!

2 de novembro de 2009 às 03:20  

Postar um comentário

<< Home