10 de outubro de 2008

Pop de Katy Perry faz muito barulho por nada...

Resenha de CD
Título: One of the Boys
Artista: Katy Perry
Gravadora: Capitol
Records / EMI Music
Cotação: * * 1/2

É fato que Katy Perry tem feito bastante barulho na cena pop adolescente com seus versos desbocadas. Muito por conta do moralismo norte-americano, Perry tem ganhado destaque na mídia por conta de seu hit I Kissed a Girl, em cuja letra afirma ter beijado uma garota e... gostado. Em outra música em evidência do repertório da artista, Ur So Gay, ela alfineta com senso de humor as manias sensíveis do namorado, que não é gay. Tudo isso ainda causa furor porque ouvido na voz de uma garota da Califórnia (EUA), filha de pastores evangélicos. Em 2001, Perry chegou a gravar um álbum de gospel. Contudo, One of the Boys, recém-editado no Brasil pela EMI Music, pode ser considerado sua verdadeira estréia fonográfica. E a audição do álbum sugere que, por trás da retrô pose de pin-up feita por Perry na boa capa, se esconde uma garota comum, inofensiva, com os típicos anseios adolescentes, expostos de forma explícita nos versos de músicas como Lost. A rigor, Perry tem feito muito barulho por nada. Ou quase nada. Seu pop, que adquire textura roqueira em Waking Up in Vegas, é convencional e, a rigor, não tem a fúria adolescente que fez a fama de Alanis Morrissette em 1995, ano do álbum Jagged Little Pill, ou mesmo a força de Avril Lavigne. A menos que cresça e (re)apareça com mais consistência na cena pop, Katy Perry logo vai sumir na poeira da estrada. Tem atitude. Mas é só...

7 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

É fato que Katy Perry tem feito bastante barulho na cena pop adolescente com seus versos desbocadas. Muito por conta do moralismo norte-americano, Perry tem ganhado destaque na mídia por conta de seu hit I Kissed a Girl, em cuja letra afirma ter beijado uma garota e... gostado. Em outra música em evidência do repertório da artista, Ur So Gay, ela alfineta com senso de humor as manias sensíveis do namorado, que não é gay. Tudo isso ainda causa furor porque ouvido na voz de uma garota da Califórnia (EUA), filha de pastores evangélicos. Em 2001, Perry chegou a gravar um álbum de gospel. Contudo, One of the Boys, recém-editado no Brasil pela EMI Music, pode ser considerado sua verdadeira estréia fonográfica. E a audição do álbum sugere que, por trás da retrô pose de pin-up feita por Perry na capa, se esconde uma garota comum, inofensiva, com os típicos anseios adolescentes, expostos de forma explícita nos versos de músicas como Lost. A rigor, Perry tem feito muito barulho por nada. Ou quase nada. Seu pop, que adquire textura roqueira em Waking Up in Vegas, é convencional e, a rigor, não tem a fúria adolescente que fez a fama de Alanis Morrissette em 1995, ano do álbum Jagged Little Pill, ou mesmo a força de Avril Lavigne. A menos que cresça e (re)apareça com mais consistência na cena pop, Katy Perry logo vai sumir na poeira da estrada. Tem atitude. Mas é só...

10 de outubro de 2008 às 11:34  
Anonymous Anônimo said...

Han? Que força da Avril Lavigne, Mauro?

10 de outubro de 2008 às 19:06  
Anonymous Anônimo said...

Katy Perry é até tolerável. Mesmo que tenha só atitude. "I Kissed a Girl" enche um pouco o saco, mas tem lá sua qualidade.

O que me enerva, me injuria e me preocupa é ver que, dentre os protagonistas norte-americanos da vez, cada vez mais, Jonas Brothers e Miley Cyrus (ou seria Hannah Montana?) estão sendo encarados como "rock". A sério, não mais como mera febre adolescente.

Não, sério, tem gente que acha que ambos fazem rock de verdade. Mesmo a MTV está abrindo espaço para "isso": os JB se apresentaram no VMA e Miley Cyrus já é equiparada às campeãs de vendas da vez, como Rihanna. Pior: eles próprios começam a achar-se "rockers" de truz. Mesmo que o trio familiar não seja mais do que um Bryan Adams triplicado. E que a filha de Billy Ray Cyrus seja uma sub-Avril Lavigne. E mesmo que ambos sejam de um moralismo assustador.

Eu fico vendo vídeos do Clash, do Led Zep, até do U2, no VocêTubo e penso: "Ah, se esses pirralhotes assistissem isso, iam ver o que é postura de roqueiro..."

Felipe dos Santos Souza

10 de outubro de 2008 às 19:53  
Anonymous Anônimo said...

Homossexualismo foi tabu. Não é mais. Madonna que o diga, quando lançou, em 1990, o clipe de Justify My Love.

Se ter atitude é querer polemizar em torno de homossexualismo, em pleno ano de 2008, então eu tenho que rever meus conceitos.

11 de outubro de 2008 às 13:53  
Blogger Unknown said...

Miley Cyrus já tem mais nome que a Avril Lavigne, pode ter certeza!

12 de outubro de 2008 às 18:54  
Anonymous Anônimo said...

Katy Perry tem uma voz legal, e esbanja carisma nas suas apresentações. Mas concordo, ela precisa melhorar o repertório, embora tenha algumas músicas interessantes, como "Hot N Cold".

Mas acredito que ela vá melhorar no futuro, sim. Nem todo artista impressiona já no primeiro álbum. A Aguilera, por exemplo: quem ouvia o CD de pop açucarado que ela gravou em 1999 nunca imaginaria que em 2008 ela seria reconhecida como uma das vozes mais potentes e uma das cantoras mais ousadas (não só em letras ousadas, mas também nas melodias ecléticas e bem trabalhadas)?

Perry não tem uma voz magnífica, mas tem potencial pra melhorar muito. E pra sua estréia, acho que ela apresentou um trabalho bom, no geral.

13 de outubro de 2008 às 08:33  
Anonymous Anônimo said...

Como Avril, muita producao. Uma boa embalagem.... mas e o conteúdo???

13 de outubro de 2008 às 10:56  

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