29 de outubro de 2008

Gachot desvenda Martha em Conversa Noturna

Martha Argerich é reclusa pianista erudita argentina encoberta por sua postura reservada. Além de dar recitais bissextos, evita exposições na mídia. Num fim de tarde de 2001, Georges Gachot - o diretor suíço que ganhou alguma projeção no Brasil por ter retratado Maria Bethânia no sensível documentário Música É Perfume (2005) - penetrou (um pouco) na intimidade de Argerich numa entrevista de três horas, concedida na Alemanha no intervalo entre o ensaio e a apresentação de um concerto. O papo revelador é a matéria-prima de Conversa Noturna, filme de Gachot sobre a pianista, lançado em 2002 e editado no Brasil, em DVD, pela gravadora Biscoito Fino neste mês de outubro de 2008. A conversa é entremeada com trechos de recitais e raras imagens de arquivo, coletadas ao redor do mundo. Entre confidências de Argerich, Gachot expõe sua habilidade para enfocar artistas repletos de musicalidade no escurinho do cinema.

4 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Martha Argerich é reclusa pianista erudita argentina encoberta por sua postura reservada. Além de dar recitais bissextos, evita exposições na mídia. Num fim de tarde de 2001, Georges Gachot - o diretor suíço que ganhou alguma projeção no Brasil por ter retratado Maria Bethânia no sensível documentário Música É Perfume (2005) - penetrou (um pouco) na intimidade de Argerich numa entrevista de três horas concedida na Alemanha no intervalo entre o ensaio e a apresentação de um concerto. O papo revelador é a matéria-prima de Conversa Noturna, filme de Gachot sobre a pianista, lançado em 2002 e editado no Brasil, em DVD, pela gravadora Biscoito Fino neste mês de outubro de 2008. A conversa é entremeada com trechos de recitais e raras imagens de arquivo, coletadas ao redor do mundo. Entre confidências de Argerich, Gachot expõe sua habilidade para enfocar artistas repletos de musicalidade no escurinho do cinema.

29 de outubro de 2008 às 09:09  
Anonymous Anônimo said...

Arguerich foi no passado uma garota superdotada que tornou-se uma linda mulher e figura emblemática no cenário da música argentina (embora viva desde adolescente na Europa). Personagem esquiva...Esse documentário eu quero muito ver!

29 de outubro de 2008 às 09:53  
Anonymous Anônimo said...

Bom esse lançamento. Argerich é, para quem gosta de piano, mais ou menos o que a Callas seria para o pessoal da ópera. Ao entrar no palco, gera eletricidade. Fui a três concertos dela. No quarto, levamos bolo, ela não apareceu.

Tirante toda essa aura, é uma das grandes pianistas do século 20, notória vendedora de discos.

Se houver interesse, sugiro assistir sua participação no documentário do Nelson Freire (de quem é amiga desde sempre, estudaram juntos em Viena com o Seidlhofer, que foi tb professor do nosso Luiz Eça, quem diria). Ou então ouvi-la tocando Scarlatti no You Tube. Biscoito finíssimo.

29 de outubro de 2008 às 12:00  
Anonymous Anônimo said...

Vou correndo comprar. Martha Argerich é uma artista única. A sua interpretação do segundo movimento do concerto para piano e orquestra em sol maior, de Ravel, é uma das coisas mais sublimes que se pode ouvir. Vou gostar muito de saber mais da vida dessa pianista maravilhosa. Obrigado pela dica.

José Carlos

29 de outubro de 2008 às 13:48  

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