27 de outubro de 2008

O Papas é pop em irregular disco mais roqueiro

Resenha de CD
Título: Disco Rock
Artista: Papas da Língua
Gravadora: EMI Music
Cotação: * *

Formado em 1993, no Rio Grande do Sul, o grupo Papas da Língua ganhou projeção inicial na praia do reggae. Era um fenômeno regional no Sul do Brasil, longe demais das capitais que exportam modas para o País, até que em 2006 a balada Eu Sei foi propagada em escala nacional na trilha sonora da novela global Páginas da Vida, invadindo as FMs e motivando a EMI Music, que até então apenas distribuía os discos do quarteto, a contratar o Papas da Língua. Sexto álbum da banda, Disco Rock é o primeiro produto desse contrato e chega às lojas pautado pela produção uniforme de Paul Ralphes, o galês que já se tornou onipresente nas fichas técnicas de discos de rock made in Brazil. O Papas é pop neste seu disco mais roqueiro que apresenta 13 inéditas, a grande maioria de seu guitarrista Leo Henkin. Por mais que Henkin siga bem a fórmula pop, com habilidade rara para compor músicas palatáveis, Disco Rock se ressente de um repertório mais diversificado do ponto de vista autoral. Quando Henkin acerta, como na gostosa faixa-título (parceria com Serginho Moah, bom vocalista do grupo) e como em Juliana (canção melodiosa à moda simples da Jovem Guarda), o CD soa sedutor e prima por trazer a voz apropriada de Paula Toller na canção O Amor se Escondeu. Mas o fato é que o álbum vai perdendo pique à medida que avança. Ainda que a última das 13 faixas, Balada do Amor Perdido, seja o melhor momento de Disco Rock pela beleza da música e a elegância do arranjo, turbinado com órgão tocado por Humberto Barros e percussão pilotada pelo próprio Paul Ralphes. A praia do Papas da Língua é outra neste CD eventualmente tragado por ondas rasteiras de pop-luau em músicas como Oba Oba. No todo, mesmo com irregular safra inédita, Disco Rockupgrade na discografia do quarteto.

6 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Formado em 1993, no Rio Grande do Sul, o grupo Papas da Língua ganhou projeção inicial na praia do reggae. Era um fenômeno regional no Sul do Brasil, longe demais das capitais que exportam modas para o País, até que em 2006 a balada Eu Sei foi propagada em escala nacional na trilha sonora da novela global Páginas da Vida, invadindo as FMs e motivando a EMI Music, que até então apenas distribuía os discos do quarteto, a contratar o Papas da Língua. Sexto álbum da banda, Disco Rock é o primeiro produto desse contrato e chega às lojas pautado pela produção uniforme de Paul Ralphes, o galês que já se tornou onipresente nas fichas técnicas de discos de rock made in Brazil. O Papas é pop neste seu disco mais roqueiro que apresenta 13 inéditas, a grande maioria de seu guitarrista Leo Henkin. Por mais que Henkin siga bem a fórmula pop, com habilidade rara para compor músicas palatáveis, Disco Rock se ressente de um repertório mais diversificado do ponto de vista autoral. Quando Henkin acerta, como na gostosa faixa-título (parceria com Serginho Moah, bom vocalista do grupo) e como em Juliana (canção melodiosa à moda simples da Jovem Guarda), o CD soa sedutor e prima por trazer a voz apropriada de Paula Toller na canção O Amor se Escondeu. Mas o fato é que o álbum vai perdendo pique à medida que avança. Ainda que a última das 13 faixas, Balada do Amor Perdido, seja o melhor momento de Disco Rock pela beleza da música e a elegância do arranjo, turbinado com órgão tocado por Humberto Barros e percussão pilotada pelo próprio Paul Ralphes. A praia do Papas da Língua é outra neste CD eventualmente tragado por ondas rasteiras de pop-luau em músicas como Oba Oba. No todo, mesmo com irregular safra inédita, Disco Rock dá upgrade na discografia do quarteto.

27 de outubro de 2008 às 10:27  
Anonymous Anônimo said...

Paula Toller cantando com eles deve estar mara!

27 de outubro de 2008 às 18:21  
Blogger Unknown said...

Pela primeira vez leio uma crítica tua que não diz com clareza seu ponto de vista... À mim, pelo menos, me pareceu isto!!

Mas lendo as entrelinhas, me pareceu que o disco é bom, apesar dos anteriores do Papas da Língua que eu considero muito bons!!

Resta agora auví-lo para tirar uma conclusão particular e pessoal.

Abraços

27 de outubro de 2008 às 19:59  
Anonymous Anônimo said...

A Paula é demais estou ansiosa para ver essa participação dela no cd deles, ela que sempre teve a voz inconfundivel e que recentemente me tornei fã depois de ouvir seu ultimo cd solo!!

28 de outubro de 2008 às 00:57  
Anonymous Anônimo said...

Só mesmo da divulgação para considerar os anteriores muito bons.

Jose Henrique

28 de outubro de 2008 às 01:08  
Blogger Franchico said...

Na moral, essa capa é plagiada do Greatest Hits do Blur, né?

29 de outubro de 2008 às 12:34  

Postar um comentário

<< Home