29 de junho de 2008

Summer retorna à cena bem na foto e na pista

Resenha de CD
Título: Crayons
Artista: Donna Summer
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * * *

Rainha da disco music nos anos 70, década em que fez - sob a fina batuta do produtor Giorgio Moroder - gravações que resistem bem à era eletrônica, caso sobretudo de I Feel Love, Donna Summer consegue ficar bem na pista e na foto (literalmente retocada em excesso) neste seu primeiro álbum de estúdio em 17 anos. Desta vez, sem saudosismo de sua fase áurea. Embora Fame (The Game) remete aos bons tempos da discoteca e de Summer. "A rainha está de volta", anuncia a cantora já no título de uma das boas faixas do CD, The Queen Is Back. Mas Crayons, cuja música-título tem intervenção de Ziigy Marley, procura - e consegue - atualizar o som de Summer, fazendo a transitar por batidas pop contemporâneas de dance e r & b. A primeira metade do disco é excelente. Temas como Stamp your Feet e Mr. Music têm pegada forte, capaz de esquentar uma pista. Mas o fato é que, na segunda metade, cai o nível do repertório autoral, formatado por um time de produtores que já pilotou gravações de Lilly Allen, P!nk e Rihanna. Seja como for, Crayons tem seu valor por expor Summer fora do circuito nostálgico de seu passado de glória. Suas boas músicas redimem a diva de evocar o país natal da Bossa Nova em Drivin' Down Brazil ao som de pseudo-samba temperado com molho de salsa! Mas o CD não devolverá a Donna o reino perdido...

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

não acredito que vá tocar em pista alguma, Donna vai continuar vivendo de seu passado

29 de junho de 2008 às 16:28  
Anonymous Anônimo said...

Foi exatamente essa impressão que tive ao ouvir o disco. Parabéns pela resenha.

30 de junho de 2008 às 00:58  
Blogger Sandro CS said...

O lado positivo de Crayons é que mostra que Donna Summer, acima de tudo, é uma artista criativa, que não quer viver de passado, e, do alto de seus 60 anos, vê muito caminho pela frente para trilhar.
O lado negativo é que o disco é um caldeirão de estilos, uma metralhadora giratória, equivocadamente voltada para o público jovem, que, ao contrário de arrebatar novos "seguidores", acaba por afastar alguns.
Como fã de longa data, comprei assim que saiu, mas, sinceramente, nem ouço mais.
Aguardo o próximo.

28 de junho de 2009 às 13:45  

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