26 de junho de 2008

Rosa faz romance com classe e toques de jazz

Resenha de CD
Título: Romance
Artista: Rosa Passos
Gravadora: Telarc
/ Universal Music
Cotação: * * * *

Lançado em maio no exterior, o 14º álbum de Rosa Passos, Romance, chega esta semana às lojas do Brasil, com o selo da Universal Music, evidenciando as qualidades da intérprete. É disco que tem o clima esfumaçado e intimista de uma boate. Dona de divisão toda particular, Rosa apresenta coleção de canções de amor compostas no Brasil. Músicas como Álibi, Eu Sei que Vou te Amar e Nem Eu ganham tonalidades jazzísticas e divisões que lhes dão novas nuances sem desfigurar as melodias originais. Os arranjos - divididos entre o pianista Fábio Torres, o violonista Lula Galvão e o baixista Paulo Paulelli - são pautados pela suavidade. Que promove saudável contraste com a dramaticidade contida nos versos de Atrás da Porta, Tatuagem e Altos e Baixos - interpretados com economia por Rosa, sem arroubos vocais. O único ponto negativo de Romance é uma certa linearidade que inexiste nos shows da cantora, nos quais números mais suingantes se alternam com outros bem mais íntimos. Neste irretocável cancioneiro amoroso, o clima pouco varia de uma faixa para outra. Mas nada que lhe empane o brilho. Romance é disco para quem aprecia uma cantora que interage com seus músicos como se fosse mais uma integrante da banda. Nesse sentido, tem muito de João Gilberto em Rosa Passos. E não é somente o canto macio...

16 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Não entendi: em princípio deveria haver linearidade se só houvesse músicas suingantes, ou só intimistas. Se elas se alternam, como haver linearidade? No mais vou correr atrás desse CD, Rosa é o máximo da sofisticação.

26 de junho de 2008 às 16:47  
Anonymous Anônimo said...

Desculpe Mauro. Eu li "existe" onde você escreveu "inexiste". O erro foi da minha miopia.

26 de junho de 2008 às 17:26  
Anonymous Anônimo said...

Que repertório mais batido!!!

E que capa feia. Dá pra refazer não?

26 de junho de 2008 às 18:11  
Anonymous Anônimo said...

4 estrelas ???????????
Repertório pra lá de batido...
Músicas com duração de 7, 8 minutos (som pra músico, não pra público...)
Affe... Tá bem, né Mauro ?

26 de junho de 2008 às 20:14  
Blogger Tombom said...

Mauro,
A "linearidade" é óbvia e inevitável, pois Rosa quis gravar um CD apenas de "baladas".

Aliás, "Romance" foi gravado para o mercado externo, que nem sempre conhece a fundo essas canções brasileiras "antigas".

E lá fora, Rosa é MUITO MAIS reconhecida e solicitada do que em sua própria terra...

26 de junho de 2008 às 21:30  
Anonymous Anônimo said...

Rosa é maravilhosa e o repertório é pra ser saboreado...Quem está acostumado a Ivetes, Danielas e Anas é melhor passar bem longe...
Mauro, espero q vc libere esse comentário apesar de ter metido a "sua" Daniela no meio..:))

27 de junho de 2008 às 01:17  
Anonymous Anônimo said...

oba!!!mais um disco da Rosinha Passos na praça, coisa boa de se ouvir e ver.Quando ela e o Paulo Paulelli se juntam para duelar musicalmente, aí não tem pra ninguém.

27 de junho de 2008 às 01:48  
Anonymous Anônimo said...

POR ISSO QUE ESSAS CANTORAS NÃO ATINGEM O SUCESSO, CANTAM AS MESMAS COISAS QUE JÁ SE CANTAVAM A 30 ANOS ATRAS: ÁLIBI, NEM EU E EU SEI QUE VOU TE AMAR.

27 de junho de 2008 às 07:34  
Anonymous Anônimo said...

Comento alguns comentários:

Não sei o que o anônimo das 7:34 entende por sucesso. Até por que, Rosa atualmente é a cantora brasileira de maior destaque no mundo inteiro. E o Brasil parece que começa a conhecer e valorizar mais seu trabalho.

Repertório batido: tom já pontuou muito bem que o disco foi gravado para o mercado externo, mas acrescentaria uma observação: TUDO que passa pela voz de Rosa ganha novos contornos. É sempre uma recriação muito particular e sofisticada.

Música com duração de 7, 8 minutos: As músicas em geral tem 3, 4 minutos, por um aspecto primeiramente técnico: não cabia mais que isso em um disco. Depois, quando as rádios já estavam adaptadas ao formato, rejeitavam qualquer música que excedesse essa duração. Nesse sentido, artistas que fazem música que ultrapassam muito o 'tocar ou não numa rádio', ou ainda que não pretendem atingir um público acostumado a certos tipos de padrão, não precisam se enquadrar. E isso não quer dizer que é música feita pra músico. É música pra quem gosta de música. E Rosa e sua banda têm mesmo muito a mostrar.

Acho que é isso.

No mais só digo que fico feliz demais com o fato de o disco ter chegado rapidamente ao Brasil.

Essa baiana é luxo só!

Anderson Falcão.

Brasília - DF

(ouvindo Rosa Passos cantando na Berklee, Obi, do Djavan)

27 de junho de 2008 às 10:14  
Anonymous Anônimo said...

FALCÃO, VAMOS VER QUANTOS MILHÕES DE DISCOS ELA VAI VENDER.

27 de junho de 2008 às 11:05  
Anonymous Anônimo said...

Se fazer show em pubs pra 40, 50 pessoas lá fora é sucesso, então tudo bem ...
Mas que disco chato hein...

27 de junho de 2008 às 13:43  
Anonymous Anônimo said...

Devagar com o andor, 1:43. Não é pub. É o Lincoln Center (embora obviamente não no Avery Fisher, muito menos no Met, mas no Allen Room, que tem por volta de 450 lugares).

Tenho problemas com o timbre de Rosa Passos. Soa entupido. Mas acho que a artista supera em muito esse problema com sua capacidade de recriar a métrica das canções (sua famosa divisão) e de interagir com os músicos de igual para igual. Ela deve ter ouvido harmônico. Não se perde de jeito nenhum.

E canta Djavan como poucas.

27 de junho de 2008 às 17:03  
Anonymous Anônimo said...

Sem entrar no mérito do 'músico' Rosinha, devo declarar que sua voz me deleita. Prefiro ouvi-la na rede, noite de estrelas, longe do Carnegie Hall.

maria

27 de junho de 2008 às 17:57  
Anonymous Anônimo said...

O disco está lindo . As músicas são batidas sim , mas ganharam roupagem nova . Os instrumentos estão lindos . Os 7:30 minutos de Tatuagem foram um presente . Voce nem se dá conta quando acaba , não dá para cansar. Pelo contrário, é uma viagem . Os arranjos fizeram as faixas ficarem longas porém sofisticadas. Infelizmente a música boa (aquela para ser sentida e não escutada) ainda é para a minoria. Eu escutei o cd e adorei . O tal suingue de show mencionado pelo Mauro realmente não cabe nesse cd . Quebraria toda a sua harmonia.

27 de junho de 2008 às 20:37  
Anonymous Anônimo said...

ah, que cansaço...
essa gente adora uma cantora vicinal...
rosa é apenas honesta como cantora...e esse repertório...cansei...enjoei...bocejo.

28 de junho de 2008 às 00:22  
Anonymous Anônimo said...

Bocejante anônimo das 12:22, fiquei um bom tempo tentando imaginar o que você quis dizer com "cantora vicinal". Aí concluí que alguém com um vocabulário tão peculiar não pode mesmo ter sensibilidade e inteligência pra apreciar a sofisticação de Rosa Passos. Mas lhe dou um desconto, deve ter sido o sono.

5 de julho de 2008 às 19:22  

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