6 de janeiro de 2008

Isenção fiscal de CDs implica redução de preços

Em 2008, a indústria fonográfica brasileira vai continuar a batalha iniciada em 2007 pela isenção de imposto para a comercialização de discos. As gravadoras reivindicam junto ao Governo Federal o mesmo benefício já concedido às editoras de livros. Pode ser que, diante da crise, as companhias obtenham do poder estatal o alívio da carga tributária. No entanto, seria justo que ficasse claro que a tal isenção de impostos – se concedida – deve implicar imediata redução do preço cobrado pelos CDs aos lojistas que o revendem ao público, pois não há sentido em beneficiar as gravadoras com a anistia fiscal se tal medida não beneficiar o consumidor que paga caro por um CD nas lojas porque – alegam as gravadoras – o custo de produção, marketing e tributos de um disco é muito alto. Sem os impostos, o preço tem que baixar. Afinal, a lei é para todos...

4 Comments:

Blogger Pedro Progresso said...

Desculpa cortar logo de cara o entusiasmo, mas eu só acredito vendo o preço baixar de verdade.
Isso às vezes parece terra de ninguém.
Enquanto uma grande loja na avenida Paulista ou a maior loja da internet cobram um preço super acessível em um lançamento, uma loja pequena cobra um preço absurdo em um cd que todos sabem que não vale o preço.
E aí quem vai culpar quem?
Enquanto no prédio da Sony Music discute como diminuir a pirataria, logo no piso térreo um camelô vende piratas com CD-R feitos pela própria Sony.

Um exemplo mais pesado:
fui na loja tradicional ver o preço de uma caixa do Chico com 3 dvd's da série: 129 reais.
fui nessas bancas do centro (que não por acaso ficam do lado de uma distribuidora) encontrei por 45, a mesma caixa, nova, original e com os mesmos 3 dvd's.
E não se enganem, a caixa do Chico pra mim vale um milhão, e se eu pudesse eu pagaria os malditos 129 reais só pra aumentar a bola dele lá na gravadora, só pra finaciar o ap dele em Paris e deixar o homem de negócios da gravadora feliz, mas não dá. Ou só ele sairia no lucro, ou eu compraria a caixa dele mais o dvd do Caetano.
E isso soa justo pra mim.

Quando as gravadoras, as lojas e os impostos estiverem de acordo com esse preço eu até entro numa loja "de verdade".

6 de janeiro de 2008 às 21:06  
Anonymous Anônimo said...

Sonhar mais um sonho impossível...

7 de janeiro de 2008 às 10:32  
Anonymous Anônimo said...

Essa questão é muito complexa.

Como citou o Mauro, tem também os tais "custos de marketing", nome elegante para o velho conhecido "jabá", que é o grande mal que assola a indústria cultural brasileira e que sustenta um grande número de profissionais (?) dessa mesma indústria.

As gravadoras vão parar de pagar "jabá"? Isso pode ser controlado por uma lei? Quem vai garantir a aplicação dessa lei?

Enquanto isso, muitos artistas brasileiros estão passando fome.

Luc está certo: sonhar mais um sonho impossível...

abração,
Denilson

8 de janeiro de 2008 às 10:13  
Anonymous Anônimo said...

Vocês disseram tudo. Se um cd custasse 10 reais já estaria bom demais. Poderiam pensar também numa forma de fazer uma arte mais barata. Deixar de tirar fotos com fotógrafos caros, tentar fazer um encarte mais economico, etc...Ninguém quer só o cd e uma capa de papelão, mas acho que dá pra fazer m encarte mais barato e criativo ao mesmo tempo.

9 de janeiro de 2008 às 23:34  

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