15 de outubro de 2007

Piaf é hino de amor de Marion ao ofício de atriz

Resenha de filme
Título: Piaf - Um Hino ao Amor
Diretor: Olivier Dahan
Elenco: Marion Cotillard, Gérard Depardieu e outros
Cotação: * * * * 1/2

Edith Piaf (1915 - 1963) teve vida ímpar e folhetinesca, pautada tanto pela luta e glória como pela trajetória. A trajetória da senhora da canção francesa já havia sido contada nos palcos brasileiros em musical estrelado por Bibi Ferreira - a voz e o rosto brasileiros da artista. O filme La Môme (Piaf - Um Hino ao Amor, no bom título nacional) reconta essa história de forma magistral. Se Bibi impressionava ao interpretar o cancioneiro da colega, Marion Cotillard encara e encarna Piaf de forma mediúnica, num hino de amor ao ofício de atriz. É Cotillard que sustenta a narrativa - construída em ordem não cronológica através de belas imagens captadas pelo diretor Olivier Dahan - e torna o filme imperdível a ponto de seus 140 minutos passarem como se fossem dez. É fato que a vida novelesca de Piaf renderia mesmo um filme. Só que, no caso, o filme em questão somente se tornou especial pela credibilidade com que Cotillard vive Piaf na juventude, na glória e na queda precoce - motivada pelo abuso do álcool e da morfina. Um retrato comovente da diva. E, para quem quer ouvir em casa a música projetada na tela, a gravadora EMI lançou a trilha do filme. Intitulado La Vie en Rose, o CD mistura gravações originais da célebre artista com a música original deste filme inebriante como o canto - passional e imortal - de Edith Piaf.

7 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Piaf é a Bethânia da música francesa

15 de outubro de 2007 às 10:53  
Anonymous Anônimo said...

Desculpe Dirceu, mas nada a ver. Falta para a nossa Baiana a dramaticidade, o caos da vida pessoal de Piaf que longe de a atirar para a lama, fortaleceu-a e a engrandeceu. Penso que Maysa estaria mais próxima de Piaf. Para a nossa Baiana Deus lhe deu, para além do talento ímpar, o esteio de uma família maravilhosa( vê-se isso em Pedrinha de Aruanda) e o discernimento de se relacionar durante toda a sua vida com pessoas inteligentes. Bethânia teve sempre uma vida equilibrada,isso é super importante no processo criativo de um(a) artista. Piaf foi aquela vida fragmentada, detonada .Aquela luta constante com ela própria, com o mundoque a rodeava. Deus, como era maravilhosa!!!
Correndo comprar esse cd, correndo assistir pela quinta vez o filme. Obrigado Mauro, obrigado, voce disse tudo.

15 de outubro de 2007 às 12:47  
Anonymous Anônimo said...

já começaram as comparações...

mas se é por aí, permita-me discordar:

Piaf é maior.

15 de outubro de 2007 às 12:54  
Blogger Fabio said...

Nunca haverá outra mulher parecida com Piaf. Ela era única, parafraseando Jean Cocteau.
Fico feliz , muito feliz, ao ver que depois de mais de 40 anos de sua morte, alguém teve a fantástica idéia de fazer um filme tão comovente, tão bem feito, tão extraordinário como roteiro, fotografia, qualidade de atores, veracidade.
Piaf pra sempre.

15 de outubro de 2007 às 20:46  
Anonymous Anônimo said...

Eternamente e ternamente Piaf, Amália Rodrigues, Billie Holliday, Maria Callas e Elis Regina que já estão no firmamento. Felizmente ainda É Mercedes Sosa que estará em São Paulo na próxima quinta feira para, conforme o mau gosto do anúncio, a sua " última digressão".Razão tem o Mauro em assumir-se como um " fã de cantoras". Cantem os nossos sofrimentos as vozes femininas do planeta TERRA!!

15 de outubro de 2007 às 23:17  
Anonymous Anônimo said...

Piaf me lembra Bibi que a interpretou muito bem e Bethânia me lembra o Ben Harper pois lançam discos direto !

16 de outubro de 2007 às 01:03  
Anonymous Anônimo said...

a cena final é impressionante e inesquecível. um trabalho de atriz absolutamente monumental.

16 de outubro de 2007 às 01:11  

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