18 de abril de 2010

'Andante' traça curvas e retas de Sylvia Patrícia

Resenha de CD
Título: Andante
Artista: Sylvia Patrícia

Gravadora: Lua Music
Cotação: * * *

Cantora e compositora baiana que transita pelo universo pop, longe do baticum da axé music, Sylvia Patrícia quase chegou lá. A artista estreou no mercado fonográfico com álbum (Sylvia Patrícia) editado em 1989 via Sony Music. Em 1992, Sylvia foi alvo do investimento da Warner Music, que apostou em seu segundo CD, Curvas e Retas, mas infelizmente promoveu faixa insossa, Glória, em detrimento de outra mais vocacionada para as paradas, Mil Pedaços e... Crac, delícia pop que chegou a ser hit espontâneo em algumas cidades do Sul do Brasil. Daí em diante, Sylvia migrou para a cena indie. Bom sucessor de Tente Viver sem mim (1998), Purpurina 37 (2003) e No Rádio da Minha Cabeça (2006), Andante - sexto álbum da artista - é o resultado das experiências da cantora por Espanha, Portugal, Estados Unidos e Tailândia ao longo de 2009. A safra de inéditas foi composta nessas andanças. Urdidas com a arquitetura que caracteriza a obra pop da compositora, músicas autorais como Haja Yoga, As Contas, Vibe do Bem (esta assinada em parceria com Cecelo Frony) e Vida Boa fazem o CD transcorrer retilíneo sem sobressaltos. As boas surpresas estão nas curvas, quando Andante sai dos trilhos habituais e é direcionado para o tango pop (Depois das Seis), para o samba (Samba da Janela, faixa que conta com o bandolim de Armandinho Macedo) e para o pop reggae (como na envolvente regravação de Resistiré, tema do filme Ata-me, de Pedro Almodóvar). A rota global de Andante também passa pela Itália - Água e Sal, versão de Acqua e Sale, hit de Mina e Adriano Celentano) - e pelo Brasil de 1990, pois Meus Olhos (parceria de Sylvia com Kal Venturi) é a música gravada por Zélia Duncan em seu equivocado primeiro álbum, Outra Luz. Entre curvas e retas, Andante é um simpático diário de bordo das viagens de Sylvia Patrícia pelo, nem sempre justo, mundo pop.

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Cantora e compositora baiana que transita pelo universo pop, longe do baticum da axé music, Sylvia Patrícia quase chegou lá. A artista estreou no mercado fonográfico com álbum (Sylvia Patrícia) editado em 1989 via Sony Music. Em 1992, Sylvia foi alvo do investimento da Warner Music, que apostou em seu segundo CD, Curvas e Retas, mas infelizmente promoveu faixa insossa, Glória, em detrimento de outra mais vocacionada para as paradas, Mil Pedaços e... Crac, delícia pop que chegou a ser hit espontâneo em algumas cidades do Sul do Brasil. Daí em diante, Sylvia migrou para a cena indie. Bom sucessor de Tente Viver sem mim (1998), Purpurina 37 (2003) e No Rádio da Minha Cabeça (2006), Andante - sexto álbum da artista - é o resultado das experiências da cantora por Espanha, Portugal, Estados Unidos e Tailândia ao longo de 2009. A safra de inéditas foi composta nessas andanças. Urdidas com a arquitetura que caracteriza a obra pop da compositora, músicas autorais como Haja Yoga, As Contas, Vibe do Bem (esta assinada em parceria com Cecelo Frony) e Vida Boa fazem o CD transcorrer retilíneo sem sobressaltos. As boas surpresas estão nas curvas, quando Andante sai dos trilhos habituais e é direcionado para o tango pop (Depois das Seis), para o samba (Samba da Janela, faixa que conta com o bandolim de Armandinho Macedo) e para o pop reggae (como na envolvente regravação de Resistiré, tema do filme Ata-me, de Pedro Almodóvar). A rota global de Andante também passa pela Itália - Água e Sal, versão de Acqua e Sale, hit de Mina e Adriano Celentano) - e pelo Brasil de 1990, pois Meus Olhos (parceria de Sylvia com Kal Venturi) é a música gravada por Zélia Duncan em seu equivocado primeiro álbum, Outra Luz. Entre curvas e retas, Andante é um simpático diário de bordo das viagens de Sylvia Patrícia pelo, nem sempre justo, mundo pop.

18 de abril de 2010 às 15:36  
Blogger Mauro Ferreira said...

Cantora e compositora baiana que transita pelo universo pop, longe do baticum da axé music, Sylvia Patrícia quase chegou lá. A artista estreou no mercado fonográfico com álbum (Sylvia Patrícia) editado em 1989 via Sony Music. Em 1992, Sylvia foi alvo do investimento da Warner Music, que apostou em seu segundo CD, Curvas e Retas, mas infelizmente promoveu faixa insossa, Glória, em detrimento de outra mais vocacionada para as paradas, Mil Pedaços e... Crac, delícia pop que chegou a ser hit espontâneo em algumas cidades do Sul do Brasil. Daí em diante, Sylvia migrou para a cena indie. Bom sucessor de Tente Viver sem mim (1998), Purpurina 37 (2003) e No Rádio da Minha Cabeça (2006), Andante - sexto álbum da artista - é o resultado das experiências da cantora por Espanha, Portugal, Estados Unidos e Tailândia ao longo de 2009. A safra de inéditas foi composta nessas andanças. Urdidas com a arquitetura que caracteriza a obra pop da compositora, músicas autorais como Haja Yoga, As Contas, Vibe do Bem (esta assinada em parceria com Cecelo Frony) e Vida Boa fazem o CD transcorrer retilíneo sem sobressaltos. As boas surpresas estão nas curvas, quando Andante sai dos trilhos habituais e é direcionado para o tango pop (Depois das Seis), para o samba (Samba da Janela, faixa que conta com o bandolim de Armandinho Macedo) e para o pop reggae (como na envolvente regravação de Resistiré, tema do filme Ata-me, de Pedro Almodóvar). A rota global de Andante também passa pela Itália - Água e Sal, versão de Acqua e Sale, hit de Mina e Adriano Celentano) - e pelo Brasil de 1990, pois Meus Olhos (parceria de Sylvia com Kal Venturi) é a música gravada por Zélia Duncan em seu equivocado primeiro álbum, Outra Luz. Entre curvas e retas, Andante é um simpático diário de bordo das viagens de Sylvia Patrícia pelo, nem sempre justo, mundo pop.

18 de abril de 2010 às 15:37  

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