18 de março de 2010

Beck encorpa o som de Charlotte no coeso 'Irm'

Resenha de CD
Título: Irm
Artista: Charlotte
Gainsbourg
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * *

Em 2006, a cantora Charlotte Gainsbourg começou a sair da sombra de seu pai famoso, o compositor francês Serge Gainsbourg (1928 - 1991), ao lançar um sedutor segundo álbum, 5:55, cujo clima sensual foi realçado pelo som viajante do duo francês Air, autor dos arranjos. Quatro anos depois, Charlotte Gainsbourg volta à cena com Irm, trabalho denso e igualmente sedutor, cujo título (uma sigla que significa ressonância magnética) faz alusão à operação no cérebro feita pela artista em decorrência de um grave acidente. Recém-lançado no mercado brasileiro pela Warner Music, Irm é disco mais denso, pautado pelo som de Beck, responsável pela produção do álbum, pela composição de 12 das 13 músicas - a exceção é Le Chat du Café des Artistes, de Jean Ferland e Michel Robidoux - e pelos vocais de uma ou outra faixa, caso de Time of Assassins. Beck encorpou o som de Charlotte. Temas como Voyage têm forte pulsação percussiva e certa tensão na forma como as cordas foram embaladas. Por mais que haja um ou outro momento mais introspectivo, caso da leve Vannities, Irm é álbum de peso que envolve o ouvinte pelos arranjos sedutores e sempre criativos. La Connectionneuse, grandioso tema que encerra o disco, é ótima síntese da capacidade da cantora de conciliar uma sensualidade que lhe parece nata com os timbres densos da produção de Beck. Irm tem apelo rítmico. Músicas como Greenwich Mean Time, Heaven Can Wait e In the End sinalizam o crescimento do som de Charlotte Gainsbourg - ainda que Irm não seja necessariamente superior a 5:55. O alto nível é o mesmo. A diferença está no clima.

4 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Em 2006, a cantora Charlotte Gainsbourg começou a sair da sombra de seu pai famoso, o compositor francês Serge Gainsbourg (1928 - 1991), ao lançar um sedutor segundo álbum, 5:55, cujo clima sensual foi realçado pelo som viajante do duo francês Air, autor dos arranjos. Quatro anos depois, Charlotte Gainsbourg volta à cena com Irm, trabalho denso e igualmente sedutor, cujo título (uma sigla que significa ressonância magnética) faz alusão à operação no cérebro feita pela artista em decorrência de um grave acidente. Recém-lançado no mercado brasileiro pela Warner Music, Irm é disco mais denso, pautado pelo som de Beck, responsável pela produção do álbum, pela composição de 12 das 13 músicas - a exceção é Le Chat du Café des Artistes, de Jean Ferland e Michel Robidoux - e pelos vocais de uma ou outra faixa, caso de Time of Assassins. Beck encorpou o som de Charlotte. Temas como Voyage têm forte pulsação percussiva e certa tensão na forma como as cordas foram embaladas. Por mais que haja um ou outro momento mais introspectivo, caso da leve Vannities, Irm é álbum de peso que envolve o ouvinte pelos arranjos sedutores e sempre criativos. La Connectionneuse, grandioso tema que encerra o disco, é ótima síntese da capacidade da cantora de conciliar uma sensualidade que lhe parece nata com os timbres densos da produção de Beck. Irm tem apelo rítmico. Músicas como Greenwich Mean Time, Heaven Can Wait e In the End sinalizam o crescimento do som de Charlotte Gainsbourg - ainda que Irm não seja necessariamente superior a 5:55. O alto nível é o mesmo. A diferença está no clima.

18 de março de 2010 às 11:11  
Blogger Leonardo Davino said...

Visite e conheça o Projeto 365 canções:

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Abraço
Leonardo Davino

18 de março de 2010 às 12:40  
Anonymous Lurian said...

Charlotte faz um som moderno e estonteante. Na minha modesta opinião 5:55 é um dos melhores discos pop de todos os tempos. Uma pequena jóia para ser ouvida muitas vezes, com seus sons e suas camadas sobrepostas de inúmeras texturas, uma viagem muito bem costurada do Air com Charlotte. IRM é um disco mais denso, um pouco menos sedutor que 5:55, mas querer igualar ao primeiro (segundo da discografia de Charlotte) seria esperarmos demais. Charlotte se saiu muio bem para quem vem de um grande e cultuado disco, e mantém sua aura hype e cult entre os europeus. Infelizmente, no Brasil, a música de Charlotte, assim como outras cantoras francófonas (igualmente boas) como Isabelle Boulay é menos conhecida em tempos de Gaga, Byoncé e afins...

18 de março de 2010 às 16:55  
Anonymous Leo said...

Charlotte é divina!

18 de março de 2010 às 19:05  

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