'Amanhã' é o 'ontem' de Sá, Rodrix & Guarabyra
Resenha de CD
Título: Amanhã
Artista: Sá, Rodrix &
Guarabyra
Gravadora: Roupa Nova
Music / Microservice
Cotação: * * * 1/2
Amanhã - o (bom) disco de inéditas que foi finalizado pelo reagrupado trio Sá, Rodrix & Guarabyra meses antes da morte de Zé Rodrix (1947 - 2009) - bem poderia se chamar Ontem por ser trabalho extremamente fiel à sonoridade cristalizada pelo trio entre 1972 e 1973. Criadores de um gênero logo batizado de rock rural, Sá, Rodrix & Guarabyra não sucumbiram à tentação de fazer um CD modernoso para que soassem contemporâneos. Nessa fidelidade aos áureos tempos, reside o mérito de Amanhã, gravado em 2008. Os harmoniosos arranjos vocais e a produção luxuosa - capitaneada por Tavito - valorizam a safra de inéditas autorais que preserva o bom nível da anterior produção fonográfica do trio. O xote estilizado Dia do Rio - incrementado com cordas orquestradas pelo maestro Eduardo Souto Neto - é exemplo da devoção do trio ao seu passado de glória, evocado também nos delirantes versos de Sonho Triste em Copacabana, o blues-rock rural que abre o álbum ora editado (quase um ano depois da morte de Rodrix) pelo selo do grupo carioca Roupa Nova. Entre balada de formato convencional (Nós nos Amaremos) e um melodioso tema já propagado em novela (Amanhece um Outro Dia, lançada na abertura de Revelação, trama exibida pelo SBT), o trio transita pela seara nordestina mais pop em Amar Direito e roça o universo do pop rock em Caminho de São Tomé (tema composto e cantado por Zé Rodrix). Aliás, a faixa-título, Amanhã, também ostenta um solo vocal de Rodrix. No fim, Logo Eu, Saudade - música assinada e cantada pelos três artistas - fecha o álbum em grande estilo com metais e versos que remetem à ideologia hippie de Casa no Campo (1972), obra-prima de Rodrix com Tavito. Enfim, Amanhã é um disco digno que - mesmo sem ser estupendo - está em sintonia com o legado do trio.
Título: Amanhã
Artista: Sá, Rodrix &
Guarabyra
Gravadora: Roupa Nova
Music / Microservice
Cotação: * * * 1/2
Amanhã - o (bom) disco de inéditas que foi finalizado pelo reagrupado trio Sá, Rodrix & Guarabyra meses antes da morte de Zé Rodrix (1947 - 2009) - bem poderia se chamar Ontem por ser trabalho extremamente fiel à sonoridade cristalizada pelo trio entre 1972 e 1973. Criadores de um gênero logo batizado de rock rural, Sá, Rodrix & Guarabyra não sucumbiram à tentação de fazer um CD modernoso para que soassem contemporâneos. Nessa fidelidade aos áureos tempos, reside o mérito de Amanhã, gravado em 2008. Os harmoniosos arranjos vocais e a produção luxuosa - capitaneada por Tavito - valorizam a safra de inéditas autorais que preserva o bom nível da anterior produção fonográfica do trio. O xote estilizado Dia do Rio - incrementado com cordas orquestradas pelo maestro Eduardo Souto Neto - é exemplo da devoção do trio ao seu passado de glória, evocado também nos delirantes versos de Sonho Triste em Copacabana, o blues-rock rural que abre o álbum ora editado (quase um ano depois da morte de Rodrix) pelo selo do grupo carioca Roupa Nova. Entre balada de formato convencional (Nós nos Amaremos) e um melodioso tema já propagado em novela (Amanhece um Outro Dia, lançada na abertura de Revelação, trama exibida pelo SBT), o trio transita pela seara nordestina mais pop em Amar Direito e roça o universo do pop rock em Caminho de São Tomé (tema composto e cantado por Zé Rodrix). Aliás, a faixa-título, Amanhã, também ostenta um solo vocal de Rodrix. No fim, Logo Eu, Saudade - música assinada e cantada pelos três artistas - fecha o álbum em grande estilo com metais e versos que remetem à ideologia hippie de Casa no Campo (1972), obra-prima de Rodrix com Tavito. Enfim, Amanhã é um disco digno que - mesmo sem ser estupendo - está em sintonia com o legado do trio.
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Amanhã - o (bom) disco de inéditas que foi finalizado pelo reagrupado trio Sá, Rodrix & Guarabyra meses antes da morte de Zé Rodrix (1947 - 2009) - bem poderia se chamar Ontem por ser trabalho extremamente fiel à sonoridade cristalizada pelo trio entre 1972 e 1973. Criadores de um gênero logo batizado de rock rural, Sá, Rodrix & Guarabyra não sucumbiram à tentação de fazer um CD modernoso para que soassem contemporâneos. Nessa fidelidade aos áureos tempos, reside o mérito de Amanhã, gravado em 2008. Os harmoniosos arranjos vocais e a produção luxuosa - capitaneada por Tavio - valorizam a safra de inéditas autorais que preserva o bom nível da anterior produção fonográfica do trio. O xote estilizado Dia do Rio - incrementado com cordas orquestradas pelo maestro Eduardo Souto Neto - é exemplo da devoção do trio ao seu passado de glória, evocado também nos delirantes versos de Sonho Triste em Copacabana, o blues-rock rural que abre o álbum ora editado (quase um ano depois da morte de Rodrix) pelo selo do grupo carioca Roupa Nova. Entre balada de formato convencional (Nós nos Amaremos) e um melodioso tema já propagado em novela (Amanhece um Outro Dia, lançada na abertura de Revelação, trama exibida pelo SBT), o trio transita pela seara nordestina mais pop em Amar Direito e roça o universo do pop rock em Caminho de São Tomé (tema composto e cantado por Zé Rodrix). Aliás, a faixa-título, Amanhã, também ostenta um solo vocal de Rodrix. No fim, Logo Eu, Saudade - música assinada e cantada pelos três artistas - fecha o álbum em grande estilo com metais e versos que remetem à ideologia hippie de Casa no Campo (1972), obra-prima de Rodrix com Tavito. Enfim, Amanhã é um disco digno que, mesmo sem ser estupendo, está em sintonia com o legado do trio.
Muito se fala em Gal Costa,Simone e Fafá de Belém mas Sá & Guarabyra foram os mais prejudicados pela febre " Sullivan & Massadas ".
Eles,que raramente gravam composições alheias,não cederam as pressões da (então) RCA e não apelaram ao mel falsicado dos hitmakers oitentistas pra emplacar nas paradas. Postos na geladeira em represália, não emplacaram mais nenhum hit - antes disso surgiram "Cheiro Mineiro " , "Roque Santeiro" , " Sobradinho " e " Mestre Jonas ".
Águas passsdas.Não se deixem levar pela já conhecido faixa " Amanhece um Outro Dia " e ouçam o album!
Sucesso a dupla
Viva nosso rock rural
Um abraço a todos
Esse álbum é fantástico. E histórico, ao mesmo tempo, tanto por ser a reunião do trio depois de tantos anos, quanto por ser o último registro do grande Zé Rodrix.
Mauro, tem um pequeno erro de digitação no nome do Tavito.
abração,
Denilson
Tavito é o nosso quarto Beatle.
Luiz Carlos,Guarabyra Guttember,Zé Rodrix e Tavito.Fab Four
Bem que a EMI poderia aproveitar a oportunidade e relançar os albuns Passado,Presente,Futuro(72) e Terra(73)com remasterização decente e encarte caprichado.
Um disco com frescor. Bom de se ouvir. Coisa de amigos para sempre.
É para ouvir muitas vezes, direto.
Carioca da Piedade
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