Rock do Manacá cresce quando é mais regional
Resenha de CD
Título: Manacá
Artista: Manacá
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * *
Título: Manacá
Artista: Manacá
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * *
Quarteto surgido na cena indie do Rio de Janeiro (RJ), incensado a partir de 2007 por um jornal carioca, o Manacá é mais um grupo que funde a batida do rock com elementos e sons do folclore e da cultura regional brasileira - em especial, a nordestina. Manacá, o disco recém-lançado pela EMI Music, foi produzido por Mario Caldato com o grupo em 2008, mas, engavetado, chega tardio às lojas, um ano e meio depois da gravação. E mostra que, embora já batida, a receita pop regionalista adquire sabor ligeiramente original no toque da boa banda. Diabo é a faixa promocional que enfatiza a pegada roqueira do Manacá. Contudo, o rock do Manacá cresce justamente quando as doses de regionalismo são mais concentradas - como em Flor de Manacá (maior destaque de um repertório autoral que, a rigor, soa irregular) e na versão acústica de O Galo Cantou, tema sucedido no álbum por harmonioso cover de Canto de Ossanha (Baden Powell e Vinicius de Moraes). As referências regionalistas aparecem não somente no som - que acrescenta rabeca e acordeom aos instrumentos típicos do rock - mas também nas letras escritas pela vocalista e percussionista Leticia Persiles, projetada nacionalmente como atriz ao encarnar a personagem-título da minissérie Capitu, exibida em 2008 pela Rede Globo. Enfim, o Manacá não reinventa a roda - na qual giram desde os anos 90 grupos como o extinto Mestre Ambrósio e, um pouco depois, o Cordel do Fogo Encantado - mas, se burilar seu repertório, pode vir a crescer na cena pop brasileira. Tem talento.
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Quarteto surgido na cena indie do Rio de Janeiro (RJ), incensado a partir de 2007 por um jornal carioca, o Manacá é mais um grupo que funde a batida do rock com elementos e sons do folclore e da cultura regional brasileira - em especial, a nordestina. Manacá, o disco recém-lançado pela EMI Music, foi produzido por Mario Caldato com o grupo em 2008, mas, engavetado, chega às lojas um ano e meio depois da gravação. E mostra que, embora já batida, a receita pop regionalista adquire sabor ligeiramente original no toque da boa banda. Diabo é a faixa promocional que enfatiza a pegada roqueira do Manacá. Contudo, o rock do Manacá cresce justamente quando as doses de regionalismo são mais concentradas - como em Flor de Manacá (destaque de um repertório autoral que, a rigor, soa irregular) e na versão acústica de O Galo Cantou, tema sucedido no álbum por harmonioso cover de Canto de Ossanha (Baden Powell e Vinicius de Moraes). As referências regionalistas aparecem não somente no som - que acrescenta rabeca e acordeom aos instrumentos típicos do rock - mas também nas letras escritas pela cantora e percussionista Leticia Persiles, projetada nacionalmente como atriz ao encarnar a personagem-título da minissérie Capitu, exibida em 2008 pela Rede Globo. Enfim, o Manacá não reinventa a roda - na qual giram desde os anos 90 grupos como o extinto Mestre Ambrósio e, um pouco depois, o Cordel do Fogo Encantado - mas, se burilar seu repertório, pode vir a crescer na cena pop brasileira. Tem talento.
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